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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Indústria farmacêutica desiste de células-tronco embrionárias

O POSSÍVEL E O EXTRAORDINÁRIO
novembro 16, 2011 por Wagner Moura


Cientistas anti-éticos choram pela decisão recente da maior indústria farmacêutica americana perita em destruição de embriões humanos, a Geron. Cansada de ver resultado nenhum nas pesquisas com células-tronco embrionárias a empresa nos deu uma EXCELENTE notícia: ela decidiu interromper os trabalhos no campo de pesquisas que ajudou a criar. Ou seja: provavelmente menos embriões humanos serão destruídos, agora.
Ah… Todo mundo está careca de saber que só as células-tronco ADULTAS demonstram resultados satisfatórios. Olha, há 32 anos existe a pesquisa que mata embriões humanos e NUNCA houve nenhum avanço. Agora, parece, as indústrias e mesmo os cientistas anti-éticos estão caindo na real. E no Brasil? Ninguém tá falando nada, hein? Ninguém sabe nada.
Vale lembrar que mesmo a garota-propaganda das pesquisas com embriões humanos “menores que uma cabeça de alfinete”, a super-ética doutora, Meengana Zatz assumiu o fracasso dessas pesquisas rapidamente e mudou logo seus interesses científicos, concentrando-se nas células-tronco adultas e não nas embrionárias – e olha que Meengana suou, suou, suou, para liberar as pesquisas que destroem os embriões, mas como ela não está rasgando dinheiro…
Depois de fazer tanta confusão para liberar a pesquisa com embriões humanos eis que a Mayana Zatz surgiu, em 2008, como a pesquisadora nível 1 do CNPq por conta de pesquisas com células-tronco ADULTAS!!! No site do Centro de Estudos do Genoma Humano havia uma notícia sobre o assunto. Na época eu fiz a seleção do seguinte parágrafo:
“Mayana Zatz mostrou que as pesquisas com células-tronco adulta (obtidas da gordura, da polpa dentária e do cordão umbilical) estão produzindo resultados esperançosos em modelos experimentais de distrofia muscular, envolvendo a produção da distrofina, proteína relacionada à preservação da função dos músculos, e a restauração da força muscular em cães afetados pela doença. Além disso, elas já foram utilizadas com sucesso na reconstrução óssea, promovendo uma regeneração muito mais rápida.”
A novidade, na época, fez a pesquisadora publicar mais sobre o assunto na coluna online da Veja:
http://genoma.ib.usp.br/noticias/noticias_vejaonline081212.php
“Na semana passada o Jornal Nacional, da TV Globo, mostrou a nossa pesquisa com células-tronco (CT) humanas obtidas de gordura de lipoaspiração que foram injetadas em camundongos com distrofia muscular, uma doença genética que causa perda progressiva da musculatura. Para quem não se lembra, nós já havíamos escrito uma matéria a respeito, Células-tronco e camundongos distróficos, mostrando inclusive um vídeo com os camundongos tratados. Mas recebi tantos e-mails sobre o tema nessa semana, que decidi retomar o
assunto.
(…)
Sabemos que CT adultas não conseguem formar neurônios funcionais. Ou seja, a partir de tecido adiposo ou outra fonte de CT adultas ainda não será possível tratar doenças onde precisamos substituir as células nervosas. Foi por isso que batalhamos tanto para a aprovação das pesquisas com CTE. Elas sabem e podem nos ensinar como formar todos os tecidos, inclusive os neurônios. Ainda não sabemos qual será a melhor estratégia para tratar as doenças neuromusculares. Talvez seja necessário usar uma combinação de tratamentos. Chegaremos lá, mas é importante lembrar que ainda estamos na fase de pesquisas e será necessário realizar muitas experiências em animais antes de começar os testes clínicos em pacientes. Repito: seres humanos não são cobaias. Não podemos correr riscos desnecessários.”
É, né?

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