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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

DESARMAMENTO DE QUEM, SENHORA ROUSSEFF?

PELA LEGÍTIMA DEFESA

Prof.ª Aileda de Mattos Oliveira (17/4/2011)

Um governante, qualquer que seja ele, sem programa de governo, vive de ocasionais acidentes e incidentes ocorrentes, momentos em que retira da cartola um coelho esquálido, cansado de ser o protagonista da mesma representação.

Como representação é farsa, para disfarçá-la, reveste-a de bombástica exuberância e seriedade, para impingir uma mentira sobre a qual passou um verniz de má qualidade. Como lhe faltam argumentos convincentes, recorre aos atores coadjuvantes, que dispõe no Congresso, fâmulos genuflexos sempre dispostos a babar-lhe as mãos com a saliva da bajulação.

Um aloprado resolve acabar com os sonhos de um grupo de crianças, e toda a sociedade é responsabilizada pelo ato insano. Já imaginou se o governo militar tivesse proibido o uso de armas, porque um bando de esquerdistas queria arrasar com o país, destruindo aeroportos, quartéis e pessoas que passavam por aqueles locais inadvertidamente?

Estoura mais uma bomba, desta vez na imprensa, de que já foi determinada a realização de um novo referendo para ouvir a voz da sociedade sobre mais uma ação governamental contra ela, a de retirar as armas de pessoas honestas e pacíficas. Claro, que a sociedade vai dizer um sonoro “Não!” à audácia de deixar-lhe inerme, sem a segurança de seu patrimônio e de sua família.

Porém, supondo que o governo vença essa desigual luta de braços, diga-nos, senhora Rousseff, as armas do MST também serão recolhidas? Neste ‘grupo social’, no qual as crianças também as usam, da mesma forma serão protegidas pela lei da criança e do adolescente, ainda que o adolescente, já tenha cometido todos os delitos contra a propriedade privada? Se esses ‘lutadores em prol da reforma agrária’ não obedecerem às ordens emanadas pela justiça, ficarão presos por seis anos, pena determinada, segundo a imprensa, para os pacíficos habitantes da cidade?

Espero que não mande o coelho esquálido, cansado, para mais esta missão. Venha a público, olhe nos olhos da sociedade e responda às perguntas que lhe foram feitas.


(*Prof.ª universitária e membro da Academia Brasileira de Defesa. A opinião expressa é particular da autora).

Um comentário:

  1. José de Araújo Madeiro3 de novembro de 2011 às 20:23

    CT,

    Respeito a opinião expressa da autora.

    Porém concordo na integralidade do texto.

    A minha arma, eu não integro em hipótese nenhuma, mesmo que a Lei seja aprovada. E quem duvidar, que venha tomá-la na minha casa.

    A Dilma se quiser armas, que tomá-las dos bandoleiros, seus amigos e confrades.

    Abs, Madeiro

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