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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

José Octavio Dettmann - Lembrar o passado imperial do Brasil enquanto elemento que fortalece o empreendedorismo moral

O autor, José Octavio Dettmann, me escreve isto:

"Para quebrar a república, é preciso combater o carreirismo.


O que fortalece o Estatismo é o carreirismo. E isso favorece a esquerdopatia.


Isto é um exemplo de atividade intelectual engajada. Não tenho pretensão de mudar o mudo, mas de restaurar o verdadeiro poder que há em meu país - fato esse que conheci estudando, a sério, a História do Brasil, sem ideologia.


O ativismo intelectual de direita, no Brasil, decorre disso. Não há tradição conservadora brasileira fora da monarquia. Quem se diz conservador e republicano, está na verdade sendo conservantista, revolucionário - e é aí que se começa a se separar joio do trigo. O primeiro passo é esse.

Para que o Brasil seja forte como ordem, é preciso que os servidores públicos sirvam bem, tenham prazer em bem servir e que tenham compromisso com a excelência, pois só assim o serviço público terá sentido enquanto um empreendimento, em termos se tomar o país como se fosse um lar - trata-se de um feito de empresa, promovido pela ação do governante, com o intuito de maximizar o bem-estar existente no país, decorrente de se haver uma economia livre para se empreender e um ordenamento legal justo que garanta ordem e justiça para todos, além da própria boa-fé objetiva dos contratos.  É mais fácil haver um ambiente de boa serviência na monarquia do que na República, historicamente falando - pois o reii, na condição de árbitro da nação (chefe do Poder Moderador) ele está acima de toda e qualquer pressão poítica, além de ser o mais interessado em promover uma ordem moral justa conforme o bom direito, visto que sua autoridade deriva da autoridade de Deus e não dos caprichos dos homens, através da democracia. 

É indiscutivelmente fora de dúvida, no Brasil, de que republicanismo e carreirismo são sinônimos - afinal, o pensamento republicano brasileiro tem profunda e estreita ligação com o slogan revollucionário da "igualdade, liberdade e fraternidade", que não só matou muita gente, como também promoveu a desordem, destruindo o sentido da França como país, em termos de nacionidade, sob uma monarquia, enfraquecendo-se todo e qualquer sentido de autoridade que havia no país, seja no plano político, moral ou religioso. Numa ordem moral onde o carreirismo é o único caminho possível pra se crescer e de se ser alguém na vida, a liberdade é o bem que menos se importa, pois o Estatismo cresce, a economia fundada na liberdade criativa fica emprerrada, a nacionidade de um povo se enfraquece, e a perversão da lei impera. Trata-se do mal objetivo por excelência.

Não basta buscar um Estado mínimo e eficiente, do ponto de vista econômico; o combate deve ser cultural  também - combater o carreirismo é combater o parasita que alimenta a corrupção moral a longo prazo. E esse é o erro dos liberais - pois o inimigo, o marxismo, sabe jogar muito bem com a questão cultural também, de modo a ter domínio total sobre as nossas mentes - e ele é mestre nisso. O liberalismo, no aspecto cultural, é nulo, pois ele é tão materialista quanto o socialismo - e ao contrário deste, é pobre culturalmente porque ele é rebelde, pois ele tem tendências anarquistas, visto que rejeita o papel da autoridade, no sentido de se maximiazar o senso de nacionidade do páis, através de boas políticas públicas. O conservadorismo tem mais chance de vencer o marxismo cultural porque ele é contra tudo aquilo que não presta e contra tudo aquilo não é bom por si mesmo - se  crer em Deus, na Igreja, é o fundamento da nossa liberdade, qualquer ordem, fora disso, nos levará à perdição. 

O problema do qual padecemos historicamente não está nos servidores públicos em si - mas, sim, na atitude que muitos têm em se locupletar através de um cargo público, ao se ganhar um alto salário, sem produzir algo em troca pra sociedade. É muito fácil , e cômodo, reclamar e mendigar um aumento quando se usa chapéu alheio - se as graves fossem no sentido de se combater o carreirismo e a corrupção moral decorrente disso, a própria república, que implantou esse mal objetivo, seria a primeira a cair. Quem deseja conservar um estado de coisa desses, ao meu ver, não deveria ser chamado de conservdor, mas, sim, de conservantista, pois justifica o mal com base em suas necessidades fisiológicas, de modo a que ele cause mais desordem e injustiça no país - para o conservantista, a moral terá fins meramente utilitários. Se é assim no micro, ao se ver o sentido da greve dos servidores da forma como conhecemos hoje, então não há o que se reclamar no macro, nessas passeatas contra o corrupção - pois o exemplo deveria vir de baixo, e não de cima.

Estes são os comentários adicionais."


José Octavio Dettmann - Lembrar o passado imperial do Brasil enquanto elemento que fortalece o empreendedor...

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