11 de abril de 2011
6 de abril de 2011 (Notícias Pró-Família) — Os mitos sobre a Federação de Planejamento Familiar estão se espalhando como fogo no gramado. Graças a um perfeito bombardeio de eventos, essa empresa fornecedora de abortos está se arrastando para cauterizar o maior golpe de relações públicas que já sofreu. A eleição de novembro passado [nos EUA] de um Congresso esmagadoramente pró-vida, a revelação de numerosas infrações de seus funcionários e frequentes solicitações de conservadores fiscais e sociais para a cessação de todo financiamento à Federação de Planejamento Familiar estão colocando em risco o sustento dessa empresa de aborto.
O ponto principal da Federação de Planejamento Familiar são os números. E, com o aborto como seu principal meio de fazer dinheiro, isso significa implementar uma cota. Sei que isso é verdade porque trabalhei numa de suas clínicas do Texas por 8 anos, dois como a diretora da clínica.
Embora 98 por cento dos serviços da Federação de Planejamento Familiar para as mulheres grávidas sejam de aborto, a Federação de Planejamento Familiar e seus aliados políticos têm jurado totalmente que nenhum dinheiro dos cidadãos que pagam impostos está sendo usado para pagar abortos. Mas é claro que está. A Federação de Planejamento Familiar obtém um terço de seu orçamento inteiro de financiamento público e realizou mais de 650 mil abortos entre 2008 e 2009. Um aborto é caro. Seu custo inclui pagamento para o médico, para a equipe médica de apoio, seus pacotes de benefícios de saúde e seguro contra negligência médica. Como diretora de clínica, eu via como o dinheiro que as clínicas filiais recebiam de várias fontes era combinado para uma finalidade geral, não separado para serviços específicos.
A alegação da Federação de Planejamento Familiar de que os abortos perfazem apenas 3 por cento de seus serviços é também artifício de propaganda. Esse número é realmente mais perto de 12 por cento, mas é estrategicamente torcido ao desvincular os serviços de planejamento familiar de modo que cada paciente aparece, nos registros, com um número de cinco a vinte “visitas” por encontro marcado (por exemplo, 12 pacotes de dispositivos de controle da natalidade equivalem a 12 visitas) e fazendo o oposto com as visitas de aborto, embrulhando tudo junto de modo que cada encontro marcado equivale a uma visita. A diferença resultante entre “visitas” de planejamento familiar e aborto é impressionante.
Mas essa não é a única enganação que a Federação de Planejamento Familiar (FPF) está espalhando.
A FPF também afirma que ajuda a reduzir o número de abortos. O fato é que a FPF realmente não só não faz isso, mas também sua meta pode ser o oposto. Como gerente de uma clínica de aborto da Federação de Planejamento Familiar, eu era orientada a duplicar o número de abortos que nossa clínica realizava a fim de aumentar o rendimento. Para complementar, a sede da Federação de Planejamento Familiar recentemente lançou uma diretiva ordenando que todas as suas filiais fornecessem abortos em 2013.
A Federação de Planejamento Familiar está também gastando muito dinheiro convencendo seus principais fornecedores de rendimento — os cidadãos que pagam impostos — de que sua prioridade mais elevada é a saúde e segurança das mulheres. A coalizão Live Action e Expose Planned Parenthood (Desmascarando a Federação de Planejamento Familiar) anunciou numerosos vídeos secretos que mostram funcionários de clínicas ajudando e instigando alegados traficantes sexuais na exploração de meninas menores de idade — algumas com a idade de 14 anos.
Depois de inicialmente minimizar a importância do primeiro vídeo como fraude, a clínica da Federação de Planejamento Familiar da região central de Nova Jérsei passou a ficar sob tanta pressão que despediu a gerente da clínica que apareceu na filmagem. Paula Dow, procuradora-geral de Nova Jérsei, rapidamente pediu uma investigação, mas os problemas da Federação de Planejamento Familiar não terminam com a demissão da gerente da clínica. Mais tarde os vídeos de Live Action revelaram uma cadeia ininterrupta de problemas similares em clínicas em todas as partes da Costa Oeste dos EUA.
A Federação de Planejamento Familiar encontrou outras maneiras de aumentar os rendimentos à custa da segurança das mulheres. As consultas de aborto são muitas vezes feitas sem um médico na sala por meio da “telemedicina” online. O aborto é um procedimento cruelmente traumático e potencialmente perigoso. Na própria época em que houve a campanha Funcionário do Ano 2008 da Federação de Planejamento Familiar, eu vi essa agressiva promoção para se ter telemedicina mais “eficiente” como negócio perigoso.
Outro incômodo que a organização está buscando eliminar é a denúncia de abuso sexual de meninas menores de idade. A FPF tem entrado com processos para derrubar um projeto de lei que ordena denunciar abuso infantil. Esse projeto se aplica a meninas menores de 14 anos. As ações legais da FPF se baseiam no argumento de que essa lei, se aprovada, violará o “direito constitucional das meninas à privacidade”. A FPF chamou esse projeto de lei desnecessário, considerando que seus funcionários médicos já são obrigados a denunciar tais problemas e preencher relatórios adicionais só “sobrecarregará” o governo. A FPF não quer incomodar o governo com a responsabilidade de proteger as meninas menores de idade.
A FPF também não quer incomodar o governo com a responsabilidade de dar às mulheres condições de fazerem decisões depois de receberem todas as informações necessárias. A FPF tem de forma determinada se oposto a projetos de lei em aproximadamente vinte e quatro estados que exigem que funcionários de clínicas mostrem um ultrassom para as mulheres antes de um aborto. Com todos os supostos serviços de saúde que essas clínicas fornecem, por que é que elas deveriam ter medo dos ultrassons? Porque eles reduzem sua maior fonte de renda.
Com as batalhas envolvendo aprovações de orçamento e financiamento diante de nós no Congresso, podemos, por pouco que seja, parar de fazer os cidadãos que pagam impostos perpetuarem uma cultura que coloca percentagens de rendimentos na frente da segurança das mulheres. O Congresso tem de aproveitar esta oportunidade para parar de direcionar centenas de milhões de dólares dos cidadãos que pagam impostos para organizações que os recebem e que deliberadamente enganam o público e violam a lei federal.
Entrei para a Federação de Planejamento Familiar porque eu queria ajudar as mulheres pobres com reais necessidades de saúde. Eu ainda quero ajudar — é por isso que sai da FPF. A FPF não se importa com as necessidades de saúde das mulheres. Só se importa com o aborto.
É hora de parar de financiar a Federação de Planejamento Familiar com nosso dinheiro.
Nota: Este artigo foi originalmente publicado em The Hill.
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Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/news/exposing-the-planned-parenthood-business-model
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