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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Os mocinhos e os bandidos

MENTE CONSERVADORA
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A mídia conta a história mais ou menos assim:

Em 1964, os malvados bandidos militares resolveram dar um golpe de estado e implantar uma ditadura no Brasil. Os mocinhos carinhosos da esquerda, por sua vez, estavam lutando com todas as suas forças para levar o Brasil de volta à democracia, e conseguiram, se livrando do pior momento da história do Brasil.

No início dos anos 90, surge uma guerra: os mocinhos muçulmanos (incluindo Osama Bin Laden e vários altos nomes da Alcaida) resolveram reclamar da escravidão e jugo dos malvados bandidos sérvios, e lutaram pela sua independência. No meio da guerra, com bombas para todo o lado, houve um genocídio de... 6 mil pessoas, apenas do lado da Bósnia. Os sérvios foram culpados por tudo: por todas as mortes, pela destruição, pelo genocídio, e por terem começado a guerra.

No fim dos anos 90, ocorre novamente: os mocinhos muçulmanos do Kosovo (auxiliados por islamitas do mundo inteiro e pelos EUA) resolvem seguir o exemplo dos seus colegas bósnios e quiseram se livrar da escravidão e jugo dos malvados bandidos sérvios. Novamente, tudo foi culpa dos sérvios: eles que começaram a guerra e forçaram intervenção da OTAN, eles foram responsáveis por todas as mortes, destruição e tudo mais, embora a Sérvia tivesse ficado destruída pelos ataques da OTAN.

No início da década seguinte, mais uma guerra, essa mais prudente, dir-se-ía. Saddam Hussein detém armas de destruição em massa, é ditador, oprime e escraviza o seu povo, e precisa ser deposto. Os Estados Unidos invadem, depõem Saddam Hussein, e os mocinhos muçulmanos (incluindo o "Estado Islâmico do Iraque") ganham cada vez mais popularidade e força política no país.

Agora, em 2011, a história se repete: O Egito é governado por um malvado bandido ditador, Hosni Mubarak, que oprime e escraviza o seu povo. Mais uma vez, Estados Unidos e mídia em geral oferecem seu apoio (até agora tácito) aos mocinhos carinhosos da Irmandade Muçulmana, apoiados pelo governo iraniano e pelo "Estado Islâmico do Iraque", que lideram os protestos e estão prontos a compor um novo governo no Egito.

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