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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Novo Senna? Psicanalista afirma que menor apreendido 17 vezes tem “talento que precisa ser descoberto”

MÍDIA A MAIS
em 28 de janeiro de 2011

por Redação Mídia@Mais


Façam suas apostas: na cabeça de simpatizante de bandidos, um menor infrator reincidente é candidato a se tornar um marginal ainda mais perigoso ou um ídolo do automobilismo?
Calma, você já vai entender: o menor de 14 anos já foi detido quase duas dezenas de vezes roubando carros, entre outras “peraltices”. Ele é bem “esperto” para imaginar crimes contra as pessoas, mas, para os “especialistas”, é quase um bebê que não sabe o que está fazendo.
O diagnóstico? Para um psicanalista especializado em menores infratores e ouvido – obviamente – pela Folha de S.Paulo, ele é só um garoto cheio de talento e nós – a sociedade, a burguesia, os cidadãos honestos, seja lá o que for – não estamos sabendo atender as suas necessidades. “A obsessão (do garoto) por carros, por exemplo, pode revelar uma capacidade inata por mecânica ou competições de corrida”, afirma o doutor. Então: Acelera, menor infrator!
O caso é típico exemplo de um habitual clichê esquerdista: o de dizer que os piores alunos, os que se comportam mal, aqueles que cometem delitos a torto e a direito, são na verdade os jovens “mais inteligentes”, “mais talentosos”, e a sociedade simplesmente não consegue atender sua gigantesca demanda por atenção e atividades criativas. A ideia esdrúxula se baseia em meia dúzia de casos de pessoas de sucesso que, de fato, eram maus alunos ou foram jovens indisciplinados – e parte daí para uma inversão moral que acaba por, basicamente, transformar jovens esforçados e honestos em “idiotas sem talento” e “cordeirinhos”.
O anjinho da notícia vai certamente continuar solto, sem exercer seus “talentos” conforme quer o psicanalista. Na delegacia, ele chegou a morder o delegado. Se você ler a notícia clicando aqui (para assinantes, http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2601201101.htm), verá que todos estão preocupados em resolver o problema...do garoto! Como se, na verdade, o problema de verdade não fosse de suas vítimas.
 
Aqui, você lê a entrevista com o especialista: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2601201102.htm.
 
De nossa parte, continuamos ingenuamente acreditando que:
 
1- Se o garoto demonstra um “talento” assim, tão grande, para o crime, é melhor que fique longe das pessoas honestas, “sem talento” provavelmente, na visão dos especialistas. Duas opções: pode ficar detido, ou na casa de algum “especialista”, que responderia por seus atos. Cada um que arque com os talentos que lhe couberem.
 
2- Mais inteligentes e “talentosos” são aqueles jovens que conseguem progredir e levar sua vida, honestamente, num país onde grande parte de sua elite (política, acadêmica, intelectual) está mais interessada em proteger criminosos de todas as idades e mover todos os esforços e recursos (especialmente aqueles recolhidos das pessoas honestas através dos tributos) para garantir que nenhum crime seja mais punido.

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