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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Nada de sagrado - para a Esquerda, todo texto é "vivo"

DEXTRA
TERÇA-FEIRA, 11 DE JANEIRO DE 2011


Dennis Prager: National Review, 11 de janeiro de 2011
Original:  Nothing Sacred - For the Left, every text is ‘living’
Tradução: Dextra


Uma série de porta-vozes bem conhecidos da Esquerda têm expressado reservas, não só sobre a decisão republicana de fazer membros do Congresso -- tanto republicanos quanto democratas -- lerem a Constituição em voz alta, mas também sobre a veneração americana à Constituição.

Três exemplos:

Em uma recente participação na MSNBC, Ezra Klein, colunista do Washington Post, disse: "O problema com a Constituição é que o texto é confuso, porque foi escrito há mais de cem anos atrás e o que as pessoas acreditam que ela diz varia de pessoa para pessoa."

Joy Behar perguntou a seus convidados no Headline News, da CNN, "Vocês acham que esta adoração à Constituição está saíndo do controle?"
O deputado democrata por Nova Iorque Jerrold Nadler se queixou de que "eles estão lendo ela [a Constituição] como um texto sagrado."
O que tanto incomoda o Sr. Klein, a Sra. Behar e o deputado Nadler?

A resposta é que para o esquerdismo -- embora não necessariamente para todo indivíduo que se considera esquerdista -- não há textos sagrados. Os dois maiores exemplos são a Constituição e a Bíblia.

Não se pode entender a Esquerda sem entender isto. O rebaixamento do sagrado, em geral, e dos textos sagrados, em particular, está no centro do pensamento esquerdista.

A razão é que a elevação de qualquer padrão, religião ou texto ao nível do sagrado significa que eles estão acima do indivíduo. Portanto, aquilo em que um indivíduo ou mesmo sociedade qualquer acredita é de importância secundária para o que se julga sagrado. Se, para citar o exemplo mais óbvio, se a Bíblia for sagrada, então eu tenho que venerá-la mais do que venero a meus próprios sentimentos, na avaliação do que é certo e errado.

Mas para a Esquerda, o que é certo e errado são determinados pelos sentimentos de cada indivíduo, não por algo acima dele.

Esta é uma das grandes razões pela qual a Esquerda, desde Karl Marx, se opõe tanto à religião judaico-cristã. Para o Judaísmo e o Cristianismo, Deus e a Bíblia estão acima do ego. Na verdade, a civilização Ocidental foi construída sobre a idéia de que o indivíduo e a sociedade respondem moralmente a Deus e às exigências morais daquele livro. Esta, aliás, era a perspectiva de cada um dos Pais Fundadores, mesmo de deístas como Thomas Jefferson e Benjamin Franklin. 

Isto é inteiramente inaceitável para a Esquerda. Como Marx e Engels disseram, "O Homem é Deus e Deus é o Homem." Portanto, a sociedade deve se livrar do sagrado, ou seja, Deus e a Bíblia. Aí, cada um de nós (seja a sociedade, o partido ou o judiciário) toma o lugar de Deus e da Bíblia.

A moralidade, então, não é mais um fato objetivo colocado por Deus; ela se torna uma opinião subjetiva criada por homens. E não se precisa mais de consultar uma fonte externa para se distinguir o certo do errado, só o próprio coração. Então, não respondemos mais a Deus pelas transgressões, só a nós mesmos.

É por isto que quando a Esquerda vem com a conversa de Deus, trata-se normalmente do "Deus que está dentro de cada um de nós," não de um Deus externo (e muito menos superior) a nós, como o Judaísmo e o Cristianismo sempre pensaram.

Isto explica a crença universalmente encampada pela Esquerda de que a Constituição é um "texto em evolução," querendo com dizer com isto que ela diz  o que qualquer um (na Esquerda) quiser que ela diga. Os conservadores, por outro lado, não compartilham deste ponto de vista. Eles não acreditam que a Constituição têm algo a dizer sobre tudo em que eles acreditam. Enquanto que a Esquerda vê o direito ao aborto na Constituição (porque a Esquerda acredita no direito ao aborto), os que se opõe ao aborto não acreditam que a Constituição proíbe o aborto. Eles acreditam que a Constituição não se pronuncia sobre o assunto. Justamente porque a Direita acredita, sim, que a Constituição deve ser tratada como um texto sagrado, ela não afirma que tudo o que ela apoia está na Constituição ou que tudo ao que ela se opõe é inconstitucional.
Há indivíduos humildes e arrogantes  na Direita e na Esquerda. Mas não há arrogância como a arrogância esquerdista. Se a pessoa tem uma posição esquerdista, ela acha que é mais inteligente, sábia e moral não só do que os conservadores, mas também do que a Bíblia, a Constituição e do que todo mundo que viveu antes dela.

O casamento entre pessoas do mesmo sexo é um exemplo perfeito disto. O fato de que nem Moisés nem os Profetas hebreus, nem Jesus, nem Buda, nem qualquer grande pensador secular jamais tenha advogado a definição do casamento como ocorrendo entre membros do mesmo sexo não faz com que a Esquerda repense sua defesa do casamento entre pessoas do mesmo sexo; isto apenas prova para eles o quanto eles são moralmente superiores a Moisés, Jesus, os Profetas e todo mundo que viveu antes deles.
É por isto que precisamos tratar a Constituição como um texto sagrado. Porque a questão é: se não for tratada como sagrada, ela não é nada mais do que o que qualquer um acredita a respeito de qualquer questão social. O que é precisamente o que a Esquerda quer que ela seja -- desde, é claro, que o "qualquer um" seja um esquerdista.

Para a Esquerda, não há textos sagrados. Só há sentimentos (esquerdistas) sagrados.
— Dennis Prager é apresentador de talk-show e colunista sindicalizado nacionalmente. Ele pode ser contatado através de seu site,  dennisprager.com.


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