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sábado, 8 de janeiro de 2011

As engolidoras de sapo

CONTRA O ABORTO
Sexta-feira, Janeiro 07, 2011


É assim que se parece uma feminista
Em outubro passado, em plena campanha eleitoral para a presidência, quando o PT sentia na carne o efeito do debate sobre o aborto, publiquei aqui no blog uma postagem na qual eu perguntava "Afinal, onde se meteram os favoráveis ao aborto?".
Foi realmente um bocado divertido ver gente que não perde uma oportunidade de aparecer em jornais revistas e televisões ficar bem quietinha em seu canto, só esperando a tempestade passar. Não houve uma feminista militante que pulasse nas tamancas e viesse a público dizer que o aborto tem que ser liberado sim e que Dilma não devia recuar coisa nenhuma em suas declarações.
Que nada! Os favoráveis ao aborto ficaram todos com o rabinho entre as pernas. Para quem não perde a oportunidade de dizer que a sociedade deve debater a questão do aborto, é peculiar que os abortistas tenham deixado passar o grande debate da questão durante as eleições.
A verdade é uma só: querem debater coisa nenhuma! Quem é simplesmente empurrar goela abaixo da população a liberação total do aborto. É isto o que se tem. O resto é enganação, coisa na qual são mestres.
Rose Marie Muraro, patrona feminista, deu aval à enganação eleitoral de Dilma e disse que faria a mesma coisa. "Há oito anos [de governo] para isso, ou quatro que seja. Não é o fim do mundo" -- declarou à Folha de São Paulo.
A senhora Muraro manda às favas o debate e aplaude a dissimulação de Dilma, que disse que não disse o que está gravado em vídeo em mais de uma oportuidade: que ela é sim favorável ao aborto.
Que debate nada! O negócio é enganar a população eleitora.
Segundo a mesma reportagem da Folha, outras feministas também manifestaram opinião semelhante.

"Numa campanha eleitoral só traz esse tema quem quer queimar o movimento feminista", afirma Maria Laura Pinheiro, ex-secretária-adjunta da SEPM (Secretaria de Políticas para as Mulheres) e coordenadora da comissão tripartite que fez o projeto de lei da descriminalização do aborto, em 2005.

Ou seja, quando os olhos e ouvidos da população estão atentos ao debate, não é o momento de o assunto ser trazido à luz. Vale muito mais esperar baixar a poeira e criar uma comissãozinha para mandar lei para o Congresso pela porta dos fundos. 
Detalhe: quem já deu uma olhada na composição da tal Comissão Tripartite criada logo nos primeiros tempos do governo Lula sabe bem o que é um jogo de cartas marcadas.
"Queimar o movimento feminista", para Maria Laura Pinheiro, é trazer o tema a debate. Que coisa, não? E não é que as sapecas sabem bem que o tema lhes é desfavorável e é exatamente por isto que evitam a luz sobre suas ações? Coisa feia, senhoras!
Já Clara Ant, assessora de Lula que estava licenciada para servir à campanha da fantoche Dilma, chamou a questão do aborto de secundária na campanha eleitoral.
É isso aí! A morte de milhões de seres humanos ainda no ventre de suas mães mundo afora e no Brasil é questão pequena, coisa pouco relevante. 
A moral estúpida desta história toda é que as militantes feministas estão nem aí para a vontade da população. O que querem mesmo é levar à frente sua agenda abortista. Mestres da dissimulação, da enganação, sabem como ninguém quando recuar taticamente para continuar na caminhada rumo ao objetivo.
Isto não é coisa nova no movimento. Na verdade, é muito antiga. Quando se trata de mostrar como funcionam tais grupos, gosto muito de trazer uma pequena declaração dada por uma feminista histórica. Este trecho já foi publicado em outra postagem aqui neste blog. Ei-lo:

"Vejamos o que escreveu a feminista Leila de Andrade Linhares Barsted citando Danda Prado, no artigo "Legalização e descriminalização do aborto no Brasil - 10 anos de luta feminista", publicado na revista Estudos Feministas vol. 0 n° 0 do 2° semestre de 1992:
"(...) o único valor da proposta de lei sobre o aborto com indicação embriopática (...) a partir do ângulo da integridade e autonomia das mulheres, reside no fato de ampliar o leque de possibilidades de abortamento, como etapa tática para alcançar, dentro de uma estratégia de luta, a liberação mais ampla dos casos permitidos na lei para a interrupção da gravidez." 
É isto aí! As feministas pró-aborto, quando brigam por aborto por motivo de estupro ou anencefalia ou outro defeito embrionário, o fazem apenas como "etapa tática" em seu objetivo principal: a liberação total do aborto. Não é compaixão, não é justiça, nada. É apenas cálculo. Um frio cálculo." (postagem original aqui)

O mesmo cálculo frio pode ser visto na declaração de Rose Marie Muraro quando ela diz que faria exatamente como Dilma Rousseff fez. Épocas diferentes, mesmo método.
Ou seja, acredita que abortista quer debater algo quem quiser... 
Mas que as militantes tenham tais atitudes só pode surpreender quem não conhece o mínimo sobre como funciona o movimento. Esperando vitória futura, elas sabem bem engolir um belo sapo caladinhas. Há gosto para tudo.

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