15/12/2010 às 6:25
Por Dimmi Amora, na Folha:
A relatora do Orçamento de 2011, senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), sabia há pelo menos oito meses que a sua assessora, Liane Muhlenberg, é diretora de uma ONG que recebia recursos de emendas de aliados políticos. Anteontem a senadora disse em entrevista que desconhecia a atividade de Liane. No início de abril, a Folha questionou a senadora sobre a atividade de Liane no comando do Ipam (Instituto de Pesquisa e Ação Modular), relatando inclusive que ela havia se beneficiado de emendas ao Orçamento de outros parlamentares.
A relatora do Orçamento de 2011, senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), sabia há pelo menos oito meses que a sua assessora, Liane Muhlenberg, é diretora de uma ONG que recebia recursos de emendas de aliados políticos. Anteontem a senadora disse em entrevista que desconhecia a atividade de Liane. No início de abril, a Folha questionou a senadora sobre a atividade de Liane no comando do Ipam (Instituto de Pesquisa e Ação Modular), relatando inclusive que ela havia se beneficiado de emendas ao Orçamento de outros parlamentares.
Em reposta, à época, Serys defendeu a legalidade das ações da assessora. “Busquei as informações e vimos que é tudo [os eventos feitos pela ONG] regular. E que ela pode ser comissionada e participante da organização.” Anteontem, porém, ao informar que havia demitido Liane após a divulgação de que ela havia se beneficiado de emendas, Serys se disse “traída”. “Eu desconhecia que ela tivesse qualquer relação com qualquer instituto. Nunca fiz emenda para qualquer instituto e muito menos para este.”
Em abril, a Folha conversou também com assessores da senadora e com a própria Liane, que defendeu sua atividade sob o argumento de que era uma produtora com 13 anos de experiência e de que não se beneficiava de emendas da senadora. Serys é a terceira a assumir a função de relatora do Orçamento nas últimas semanas. Antes, Gim Argello (PTB-DF) renunciou sob acusação de que direcionou verbas para institutos fantasmas ou de aliados. Ideli Salvatti (PT-SC) não assumiu na prática, pois foi oficializada como ministra do governo Dilma. Aqui
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