DOMINGO, DEZEMBRO 12, 2010
No dia 17 de dezembro, Dilma Rousseff e Aloizio Mercadante Oliva estarão recebendo os seus respectivos diplomas. A primeira será diplomada como Presidente da República. O segundo será diplomado como Doutor em Economia pela UNICAMP. O segundo será ministro da Ciência e Tecnologia no governo da primeira. Existem semelhanças entre os dois diplomas. Dilma conquistou o seu pela mão de Lula, sem a qual não se elegeria nem mesmo tesoureira da Associação das Amigas Guerrilheiras. Mercadante vai receber o seu graças à mão companheira dos doutores da UNICAMP, no maior ato de compadrismo acadêmico que se tem na notícia na história deste país. Durante muitos anos, Dilma mentiu, no seu currículo, que era doutora por esta mesma UNICAMP. Mercadante também mentiu. Ambos foram desmascarados. Em qualquer país decente, tais fatos serviriam para sepultar a carreira política dos envolvidos. No Brasil, não. Dilma será diplomada como Presidente da República, sem ter história, sem ter capacidade, sem ter experiência, sem ter méritos para isso, sem ter ao menos uma biografia conhecida, como mera fantoche de um presidente populista e marqueteiro, que fez da mentira e da desqualificação da democracia a sua maior estratégia, durante oito anos de governo e mais de trinta anos de vida pública. O caso de Mercadante, então, é um acinte. Com o seu prestígio e "caneta" de futuro ministro da Ciência e Tecnologia, que comanda entre outras coisas a liberação das bolsas do CNPq e a avaliação dos programas de pós-graduação pela CAPES, está impondo uma defesa de tese de doutorado sem cumprir os mínimos requisitos exigidos de qualquer aluno, nas universidades mais chinfrins. Vamos citar algumas:
- interrompeu o curso durante 20 anos, "estourando" todos os prazos regimentais e legais;
- não possui currículo na Plataforma Lattes, para que comprove um mínimo de produção científica que o habilite ao doutorado;
- não participou dos seminários de tese;
- não passou pelo "qualifying";
- a sua tese não é inédita, pois já foi publicada como livro, há meses atrás
- a sua banca não é isenta, composta por empresários do ensino, políticos aliados ao PT e ativistas do partido
Se Dilma teve um Lula para inventá-la como presidente, Mercadante conspurca a imagem de uma das mais prestigiadas universidades do país ao fazer com que ela lhe invente como doutor. Tudo isso ante o silêncio da Imprensa. Ante a condescendência da Academia. Ante a covardia dos tucanos, pois a UNICAMP é uma universidade estadual. Uma universidade possui autonomia nas suas funções, mas não é por isso que não deva prestar explicações para a comunidade que a sustenta. Só falta alguém pedir. Exigir. E por que não, governador Goldman, mandar!
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