domingo, 5 de dezembro de 2010
“Religião ambientalista”, circo bolivariano e benesses são destaques em Cancún ‒ COP16
Bin Laden, chefe terrorista e ambientalista islâmico:
Não pensar na realidade: alarmistas não desistem |
Sem presenças de alto nível e com a certeza de que nenhum grande governo aceitaria qualquer decisão prejudicial, a Conferência pareceu se concentrar em atividades mais específicas da religião ambientalista.
Ela foi inaugurada com uma oração à deusa maia Ixchel, pronunciada por Christiana Figueres, secretário-executivo da Convenção Quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas (U.N. Framework Convention on Climate Change) ‒ COP16. Ela é nativa da Costa Rica, e de lá trouxe a superstição não se sabe bem a que pretexto. Porém, todo mundo, a mídia brasileira inclusive, achou muito normal nesse ambiente.
“Que a deusa da razão, - invocou - da criatividade e da tecelagem vos inspire, porque hoje vocês estão reunidos em Cancún para tecer os elementos de uma resposta sólida à mudança do clima, utilizando a razão e a criatividade como ferramentas.”
Nem Ixchel ligou |
Segundo o “Washington Post” – nestas horas também adepto religioso ‒ Figueres iniciou a saudação dizendo:
“Excelências, a deusa Ixchel provavelmente vos dirá que um tapete é o resultado do entrelaçamento hábil de muitos fios ... Estou convencida de que daqui a 20 anos, vamos admirar a tapeçaria de política que vocês teceram e olharemos para trás com carinho para Cancún e para a inspiração da Ixchel”.
Pouco antes, um ativista do aquecimento global garantira que com um regime de racionamento – nisto a URSS e Cuba são profetas ‒ e 20 anos de crescimento econômico zero seriam necessários para conter os efeitos da mudança climática antrópica.
Ken Pastor de NewsBusters lembrou a catadupa de desprezo que a imprensa despejou sobre o congressista americano John Shimkus (R-IL) que citou o Gênese dizendo: “A terra vai acabar só quando Deus declarar que chegou sua hora. O homem não vai destruir a terra. Esta terra não será destruída por uma enchente”.
Conferência ôca e demagógica nada resolve |
Na quarta-feira, o Japão anunciou que não renovará o Tratado de Kyoto. O grupo de países “bolivarianos” reunidos na ALBA exigiram a cabeça da presidência mexicana por preparar um texto de negociação que incluía um compromisso favorável aos países "ricos".
Protesto à toa, sem peso nem eco.
A enviada venezuelana Claudia Salerno tripudiou no vazio contra os EUA: “Nós não vamos apoiar qualquer situação em que esses países se safem dessa e não aceitem compromissos. Queremos compromissos concretos. O novo texto deve incluir o segundo período de Kyoto”.
Países do "norte rico" aquecem o planeta: Auchterarder na Escócia |
A Fox News informou que o negociador da UE Arthur Rung-Metzger lembrou a esses países latino-americanos algo muito primário: que é preciso chegar a um consenso e isso “está pendurado como uma espada de Dâmocles sobre esta conferência”.
Venezuela e Bolívia acentuaram o ridículo culpando o capitalismo pela suposta mudança climática. Seus representantes argüiram que a industrialização liberou CO2 e outros gases estufa na atmosfera, sem se incomodar com a China comunista amiga, ali presente, poluidora número um do mundo.
Nesse ambiente, não espantou que um jornal americano observasse ironicamente que a deusa Ixchel procurada não estava disponível para comentários.
Ovelha inglesa nem entende o que está acontecendo |
Os representantes humanos pouco se importaram dessa voz vinda do fundo da realidade e aproveitaram as benesses largamente pagas pelos organizadores nas belas ‒ e globalmente bem aquecidas ‒ praias mexicanas.
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