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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Os beneficiados pelo show no Rio de Janeiro?

OBSERVATÓRIO DA SEGURANÇA PÚBLICA

Pesquisa mostra que paramilitares dominam mais favelas que a principal facção do tráfico

Notícia da imprensa (O Globo, 06/11/2010).

O mapeamento das 250 maiores favelas do Rio revela que as milícias atuam em 105 delas. Com isso, já superam a maior facção do tráfico, que domina 55 comunidades. Elaborado pelo pesquisador Paulo Storani, do Instituto Universitário de Políticas Públicas e Ciências Policiais da Universidade Candido Mendes, o levantamento mostra que a prisão dos principais chefes dos grupos paramilitares - os irmãos e ex-políticos Natalino e Jerônimo Guimarães, Ricardo da Cruz, o Batman, e Fabrício Mirra - não freou a expansão dessas quadrilhas.

A comparação do poder dos milicianos é feita ainda com o de duas outras facções do tráfico, menores, que controlam respectivamente 35 e 31 favelas.

A análise indica que, enquanto a maior quadrilha de traficantes perdeu terreno com a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em comunidades nas zonas Sul e Norte, milicianos vêm estendendo sua área de influência ao asfalto. Esse tipo de movimentação tem sido denunciada por moradores de diversas ruas de Jacarepaguá, Recreio dos Bandeirantes, Vargem Grande e Ilha do Governador. Nesses bairros, grupos paramilitares oferecem "segurança patrimonial", cobrando, por meio de cartas deixadas em casas e prédios, taxas diárias que chegam a R$ 2,20 por domicílio.

Em regiões como Jacarepaguá, praticamente todas as favelas acabaram anexadas à área de domínio das milícias. Em Campinho, traficantes e grupos paramilitares disputam o controle do Morro do Fubá. A área vive uma rotina de invasões e conflitos, que também se repete em comunidades de Madureira. Nesse bairro, enquanto traficantes de duas facções travam uma guerra na Serrinha, milicianos ganham espaço em pequenas favelas como Patolinha, Indiana e Faz Quem Quer.

Ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e antropólogo, o pesquisador Paulo Storani afirma que, se não houver uma mudança na atual política de combate aos grupos paramilitares, o quadro vai se agravar, principalmente nos bairros da Zona Norte do Rio.

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