02/11/2010 às 17:12
(leiam primeiro o posto abaixo aqui)
O PMDB gritou e já levou. E a eleição aconteceu anteontem! As coisas estarão muito mais difíceis para o PT do que parecem à primeira vista. Em primeiro lugar, como se viu, Dilma não é aquele Lula que vencia seus adversários com mais de 20 pontos de vantagem. Em segundo lugar, o PMDB continua a ser um dos garantidores daquele oceano de votos no Congresso. E, desta vez, veio mesmo para dividir o poder. Até mesmo no terreno da esquerda (ou quase isso), o partido enfrenta uma espécie de concorrência do PSB, que ganha musculatura.
O PT cresceu, sim, no Congresso. Mas vai ter de aprender, para o bem e para o mal, a dividir o poder. O PMDB protestou, e lá está Michel Temer a “coordenar” o grupo. É claro que, num primeiro momento, os próprios petistas se encarregarão de espalhar que a relevância de Temer é só para inglês ver; seria mero cavalo de parada. O PMDB se encarregará de provar, na prática, que é sócio da vitória.
Essa relação ainda vai dar o que falar. Os peemedebistas não são ingênuos e devem saber que os maiores plantadores de notícias contra o seu partido — e contra Temer em especial — são os seus “aliados” do PT, que mantêm uma conversa muito sedutora com as normalistas da imprensa. Qual? O PT — vejam que espanto! — é que seria a âncora ética do governo. Sempre que o PMDB se mexer ou reivindicar alguma coisa, trata-se de fisiologia; sempre que o PT resistir ou disputar um cargo até de chefe de funerária, será por ideologia.
Os petistas contam com a “mídia”, que eles tanto odeiam, para conter os apetites do PMDB e, assim, poder manter a “hegemonia” da aliança, como costuma dizer José Dirceu. Vamos ver. É aí que entra a oposição: minoritária como nunca no Congresso, cumpre-lhe exercer quatro papéis:
1 - vigiar o governo, tarefa básica de qualquer oposição do mundo, apontando descaminhos;
2 - ter sempre uma proposta alternativa (e melhor) à dos governistas, em vez de ser uma terceira força que se alinha com esta com aquela banda do governismo;
3 - aliar-se sempre que possível ao PMDB, ou a grupos circunstanciais que se formem, para derrotar o PT desde que não tenha de abrir mão de princípios;
4 - NÃO CEDER À TENTAÇÃO DE SER LINHA AUXILIAR DO PETISMO NA SUA LUTA INTESTINA CONTRA O PMDB. OS BRANCOS QUE SE ENTENDAM. O PSDB, EM ESPECIAL, TEM DE SE LEMBRAR DE QUE NÃO É MAIS GOVERNO, COISA QUE DIFICILMENTE ACONTECEU AO LONGO DE OITO ANOS.
1 - vigiar o governo, tarefa básica de qualquer oposição do mundo, apontando descaminhos;
2 - ter sempre uma proposta alternativa (e melhor) à dos governistas, em vez de ser uma terceira força que se alinha com esta com aquela banda do governismo;
3 - aliar-se sempre que possível ao PMDB, ou a grupos circunstanciais que se formem, para derrotar o PT desde que não tenha de abrir mão de princípios;
4 - NÃO CEDER À TENTAÇÃO DE SER LINHA AUXILIAR DO PETISMO NA SUA LUTA INTESTINA CONTRA O PMDB. OS BRANCOS QUE SE ENTENDAM. O PSDB, EM ESPECIAL, TEM DE SE LEMBRAR DE QUE NÃO É MAIS GOVERNO, COISA QUE DIFICILMENTE ACONTECEU AO LONGO DE OITO ANOS.
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