segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Historiadores Boris Trenin e Vasily Khanevich no museu das 23000 vitimas do socialismo soviético em Tomsk |
Túmulos oficialmente inexistentes falam de massacres de massa nos tempos stalinianos.
Milhares de pessoas inocentes foram ali imoladas em aras da utopia socialista.
Historiadores locais montaram um museu com escassos recursos em antiga prisão da polícia política.
Eles visam recolher os testemunhos desses massacres e perpetuar a lembrança.
Mas, isso não vai com a tendência promovida pelo todo-poderoso premiê Vladimir Putin e seus oficiais: ele insufla a glorificação dos “triunfos soviéticos” e quer “lavar” o sistema de horrores socialistas.
Tomsk, fotos das vítimas |
O serviços de segurança comunistas como a KGB foram fautores de primeira linha desses crimes.
Mas, o assunto é delicado porque Putin foi formado pela própria KGB.
Para historiadores como Boris P. Trenin, promotor do museu de Tomsk, o fechamento desses arquivos reflete uma grande verdade: a Rússia nunca repudiou o comunismo e seus crimes, e nada fez para corrigir os erros do passado.
A propaganda oficial diz que a Rússia foi posta de joelhos e que ela deveria se orgulhar de seu passado vermelho.
Historiador Boris Trenin sobre fossa comum para 15,000 vitimas do comunismo, Tomsk. |
Os arquivos dos serviços de repressão soviéticos chegaram a estar abertos alguns anos, mas hoje estão fechados até para os estudiosos. Os requerimentos de pesquisa são recusados.
Os dados de milhões de pessoas executados ou mortas em campos de trabalho forçado ficaram bloqueados
O Kremlin recusou o pedido da Polônia para investigar a massacre de 22.000 oficiais polonês na floresta de Katyn durante a II Guerra Mundial. Durante décadas o “socialismo real” russo pôs a culpa nos nazistas, mas Mikhail Gorbachev reconheceu quer foram os comunistas.
Os parentes das vítimas se sentem ludibriados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá internauta
O blog Cavaleiro do Templo não é de forma algum um espaço democrático no sentido que se entende hoje em dia, qual seja, cada um faz o que quiser. É antes de tudo meu "diário aberto", que todos podem ler e os de bem podem participar.
Espero contribuições, perguntas, críticas e colocações sinceras e de boa fé. Do contrário, excluo.
Grande abraço
Cavaleiro do Templo