25, outubro, 2010
É sabido que em 1917, nas aparições de Fátima, Nossa Senhora transmitiu ao mundo inteiro, através dos pastorinhos Lúcia, Jacinta e Francisco, seu pedido de oração, penitência e emenda de vida, como condição para Deus não punir com severos castigos a humanidade pecadora.
De lá para cá, infelizmente, os homens não deram ouvido aos maternais e dolorosos apelos da Santíssima Virgem, e se entregaram ao gozo despreocupado da vida neopagã.
Basta comparar os modos de ser, expressar-se e vestir-se de 1917 com os de hoje, para nos darmos conta do abismo no qual nos encontramos.
Avançando um pouco no tempo, se há cinquenta anos uma neta comentasse com a sua avó que ela pensava em usar trajes como os de hoje, seria duramente censurada e objeto das maiores preocupações de toda a família. Entretanto, todo mundo hoje – inclusive a avó – tende a achar isso coisa mais normal…
O que mudou, então? A moral, ou as pessoas?
Evidentemente as pessoas, que embaídas pela malfadada “evolução” em nome da qual todos os absurdos são praticados e justificados, os vão aceitando sem resistência. Preferem isso a serem marginalizadas – propriamente discriminadas – e chamadas de retrógradas.
Mas, para enfrentarmos obstáculos deste porte e “obedecermos antes a Deus que aos homens”, cumpre rezarmos, como Nossa Senhora nos indicou. A oração, de modo especial o Santo Rosário, nos dá forças para enfrentar vitoriosamente todos os obstáculos e proclamar com destemor os princípios e a moral católicos.
Tanto mais quanto, na direção do Brasil e do mundo – que tanto sofreram, durante várias décadas, a influência revolucionária proveniente do cinema e dos modos de ser libertários de Hollywood e do American way of life – sopra hoje uma lufada benfazeja de ventos da graça, oriunda dos mesmos Estados Unidos e em sentido diametralmente oposto ao do passado.
Com efeito, por meritória iniciativa da American Society for the Defense of Tradition, Family and Property (TFP), vem-se realizando anualmente naquele País a recitação pública do Rosário, reunindo uma verdadeira multidão se considerada globalmente.
No dia 16 do corrente mês de outubro, como se pode ler no site da entidade, tal exemplo de proclamação pública da Fé e ausência de respeito humano se fez sentir em nada menos que 5.963 lugares, reunindo um total de 150 mil pessoas! Se atentarmos para o fato de que o Brasil possui 5.564 municípios, seria como se em cada uma de nossas cidades se recitasse publicamente o Terço no mesmo dia e na mesma hora. E sobrariam ainda quase 400!
Quantas graças não seriam assim atraídas para o Brasil e os brasileiros?
Imagino quantos adeptos inveterados do laicismo consubstanciado no PNDH-3bradarão indignados contra este espetáculo, tachando-o de fanatismo religioso. No entanto, estou certo de que eles não têm a mesma indignação quando lêem que nos próprios países europeus, no mês do Ramadã, os muçulmanos interrompem cinco vezes ao dia suas atividades para rezarem a um falso deus.
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