| 30 JULHO 2010
ARTIGOS - EDUCAÇÃO
ARTIGOS - EDUCAÇÃO
Segundo ele, a objetividade do conhecimento e a autonomia da consciência individual estão inseparavelmente ligados, ligação esta que é perdida quando o conhecimento só é considerado seguro quando é reduzido ao academicismo.
Quem me acompanha já notou a influência que o filósofo Olavo de Carvalho tem sobre mim. Confirmo esta impressão: muito do que sei hoje aprendi com ele. Ele é uma das minhas grandes inspirações na vida intelectual.
Ontem lembrei-me que já o acompanho há 10 anos. 10 anos! Uma década já se passou, e para mim foi como se tudo começasse num dia desses. Uma década de aprendizado e de transformação intelectual, majoritariamente positiva. Antevejo que mais uma década de "olavismo" ainda virá para mim. E talvez outra, e outra...
Não vou mais me alongar sobre o assunto. O que cabe dizer agora eu já disse, há quase 1 ano atrás, no penúltimo texto do antigo blog, que republico aqui, já que nada há que acrescentar:
Sobre Olavo de Carvalho
Li o primeiro texto de Olavo de Carvalho em Março ou Abril de 1999. Na altura eu tinha 16 anos, cria-me cultíssimo e, embora fosse mezzo direitista, por meus conhecimenos de humanidades e principalmente por minha formação familiar, na prática era influenciado por várias teses esquerdistas que me eram impingidas por meus professores de colégio (como a de que o nazi-fascismo era uma corrente de direita, a de que a ditadura militar brasileira foi de uma violência comparável à da ditadura hitlerista, a de que a violência nas cidades e nos campos é causada pela pobreza, a de que a Inquisição foi uma das maiores monstruosidades que já existiram, a de que a Igreja Católica estava repleta de "podres" ao longo da sua história, a de que Mao Tsé-Tung foi, afinal de contas, responsável por um grande desenvolvimento na China; a de que o PSDB é um partido de direita, tal como o PMDB e o antigo PFL; etc).
Era um texto sobre a Revolução de 31 de Março de 1964, que encerrava uma homenagem feita pelo Clube Militar aos 35 anos da Redentora. O folheto fora-me dado por meu pai, que o recebera de um amigo coronel da reserva do Exercito, e narrava o episódio do ponto de vista militar. Era a primeira vez que eu lia algo como aquilo, e esta leitura chacoalhou profundamente minha visão sobre o regime militar brasileiro. O texto de Olavo de Carvalho encerrava o encarte e também me marcou, não só por elogiar certos aspectos do regime mas também por afirmar que, no Brasil, não existe uma direita politicamente organizada. O artigo não o identificava, por isso pensei tratar-se de um coronel ou algo assim.
No ano seguinte, ao revirar umas edições passadas da revista Época, defrontei-me com o artigo Longe de Berlim, fora do Mundo e o nome do autor logo atiçou minha memória. Surpreendi-me ao vê-lo chamado filósofo. Era a primeira vez que via um brasileiro das humanidades com tais posturas antiesqurdistas. Começei a acompanhá-lo com mais regularidade até que, no dia 24 de Julho de 2000, lendo uma reportgem sobre o comunismo numa edição da citada revista, leio logo a seguir A velha alucinação. Foi tiro e queda: bastante ácido, inteligente e honesto, este artigo do filósofo é um golpe pesado contra o comunismo e impressionou-me deveras. Foi um poderoso contra-ataque ao que eu aprendia na escola. Foi a partir daí que passei a acompanhá-lo seriamente.
E lá estava eu, lendo seus artigos todas as semanas em Época. Meses depois, numa livraria, encontrei acidentalmente O Futuro do Pensamento Brasileiro. Estudos sobre o Nosso Lugar no Mundo. Comprei-o imediatamente e nele descobri que Olavo de Carvalho é muito mais do que um crítico do comunismo; é um autêntico intelectual, nas boas acepções do termo. Foi o primeiro de muitos: O Jardim das Aflições, O Imbecil Coletivo I, Aristóteles em Nova Perspectiva, e outros. Pouco depois descobri seu site na Internt e isso foi um deleite intelectual para mim. Não só em quantidade mas também em qualidade, tudo aquilo me impressionou positivamente. Era mesmo muita coisa boa o que ali havia e há.
Através de Olavo de Carvalho conheci outros sites interessantes como O Indivíduo, WND, MSM, Lew Rockwell ou o Seventh Seal. Foi ele quem me apresentou autores como Mário Ferreira dos Santos, Miguel Reale, Eric Voegelin, Ludwig von Mises, Roger Scruton, Ângelo Monteiro e Bruno Tolentino. Foi com Olavo que conheci bem temas como a paralaxe cognitiva, a dialética erística, a revolução gramsciana, a Religião Comparada, o Foro de São Paulo, o politicamente correto e o mundialismo. Digo, enfim, sem nenhum receio, que a minha vida intelectual (algo mais que aprendi com ele) deve imensamente ao trabalho de Olavo de Carvalho há uns 9 anos.
A filosofia de Olavo de Carvalho centra-se na defesa da consciência individual frente à tirania da colectividade, sobretudo quando baseada numa ideologia dita "científica". Segundo ele, a objetividade do conhecimento e a autonomia da consciência individual estão inseparavelmente ligados, ligação esta que é perdida quando o conhecimento só é considerado seguro quando é reduzido ao academicismo. Sustentando que a principal guarida da consciência individual contra a alienação e a coisificação se encontra nas antigas tradições religiosas, o filósofo de Campinas analisa os problemas da cultura atual à luz destas tradições.
Embora eu reconheça nele algumas faltas que se tornaram mais claras para mim nos últimos anos - brigas nem sempre necessárias, desrespeito a alguns importantes membros da Igreja, uso de uma linguagem nem sempre recomendável em seu programa True Outspeak, algum feitichismo intelectual que complica a vida, negativismo em relação ao Brasil, etc - penso que o saldo final de sua obra é e será positivo, já que seu trabalho não está ainda concluído. Penso que, se houver uma renovação e mesmo um robustecimento da intelectualidade brasileira nas próximas décadas, essa renovação em muito deverá ao trabalho do filósofo Olavo de Carvalho.
Não vou mais me alongar sobre o assunto. O que cabe dizer agora eu já disse, há quase 1 ano atrás, no penúltimo texto do antigo blog, que republico aqui, já que nada há que acrescentar:
Sobre Olavo de Carvalho
Li o primeiro texto de Olavo de Carvalho em Março ou Abril de 1999. Na altura eu tinha 16 anos, cria-me cultíssimo e, embora fosse mezzo direitista, por meus conhecimenos de humanidades e principalmente por minha formação familiar, na prática era influenciado por várias teses esquerdistas que me eram impingidas por meus professores de colégio (como a de que o nazi-fascismo era uma corrente de direita, a de que a ditadura militar brasileira foi de uma violência comparável à da ditadura hitlerista, a de que a violência nas cidades e nos campos é causada pela pobreza, a de que a Inquisição foi uma das maiores monstruosidades que já existiram, a de que a Igreja Católica estava repleta de "podres" ao longo da sua história, a de que Mao Tsé-Tung foi, afinal de contas, responsável por um grande desenvolvimento na China; a de que o PSDB é um partido de direita, tal como o PMDB e o antigo PFL; etc).
Era um texto sobre a Revolução de 31 de Março de 1964, que encerrava uma homenagem feita pelo Clube Militar aos 35 anos da Redentora. O folheto fora-me dado por meu pai, que o recebera de um amigo coronel da reserva do Exercito, e narrava o episódio do ponto de vista militar. Era a primeira vez que eu lia algo como aquilo, e esta leitura chacoalhou profundamente minha visão sobre o regime militar brasileiro. O texto de Olavo de Carvalho encerrava o encarte e também me marcou, não só por elogiar certos aspectos do regime mas também por afirmar que, no Brasil, não existe uma direita politicamente organizada. O artigo não o identificava, por isso pensei tratar-se de um coronel ou algo assim.
No ano seguinte, ao revirar umas edições passadas da revista Época, defrontei-me com o artigo Longe de Berlim, fora do Mundo e o nome do autor logo atiçou minha memória. Surpreendi-me ao vê-lo chamado filósofo. Era a primeira vez que via um brasileiro das humanidades com tais posturas antiesqurdistas. Começei a acompanhá-lo com mais regularidade até que, no dia 24 de Julho de 2000, lendo uma reportgem sobre o comunismo numa edição da citada revista, leio logo a seguir A velha alucinação. Foi tiro e queda: bastante ácido, inteligente e honesto, este artigo do filósofo é um golpe pesado contra o comunismo e impressionou-me deveras. Foi um poderoso contra-ataque ao que eu aprendia na escola. Foi a partir daí que passei a acompanhá-lo seriamente.
E lá estava eu, lendo seus artigos todas as semanas em Época. Meses depois, numa livraria, encontrei acidentalmente O Futuro do Pensamento Brasileiro. Estudos sobre o Nosso Lugar no Mundo. Comprei-o imediatamente e nele descobri que Olavo de Carvalho é muito mais do que um crítico do comunismo; é um autêntico intelectual, nas boas acepções do termo. Foi o primeiro de muitos: O Jardim das Aflições, O Imbecil Coletivo I, Aristóteles em Nova Perspectiva, e outros. Pouco depois descobri seu site na Internt e isso foi um deleite intelectual para mim. Não só em quantidade mas também em qualidade, tudo aquilo me impressionou positivamente. Era mesmo muita coisa boa o que ali havia e há.
Através de Olavo de Carvalho conheci outros sites interessantes como O Indivíduo, WND, MSM, Lew Rockwell ou o Seventh Seal. Foi ele quem me apresentou autores como Mário Ferreira dos Santos, Miguel Reale, Eric Voegelin, Ludwig von Mises, Roger Scruton, Ângelo Monteiro e Bruno Tolentino. Foi com Olavo que conheci bem temas como a paralaxe cognitiva, a dialética erística, a revolução gramsciana, a Religião Comparada, o Foro de São Paulo, o politicamente correto e o mundialismo. Digo, enfim, sem nenhum receio, que a minha vida intelectual (algo mais que aprendi com ele) deve imensamente ao trabalho de Olavo de Carvalho há uns 9 anos.
A filosofia de Olavo de Carvalho centra-se na defesa da consciência individual frente à tirania da colectividade, sobretudo quando baseada numa ideologia dita "científica". Segundo ele, a objetividade do conhecimento e a autonomia da consciência individual estão inseparavelmente ligados, ligação esta que é perdida quando o conhecimento só é considerado seguro quando é reduzido ao academicismo. Sustentando que a principal guarida da consciência individual contra a alienação e a coisificação se encontra nas antigas tradições religiosas, o filósofo de Campinas analisa os problemas da cultura atual à luz destas tradições.
Embora eu reconheça nele algumas faltas que se tornaram mais claras para mim nos últimos anos - brigas nem sempre necessárias, desrespeito a alguns importantes membros da Igreja, uso de uma linguagem nem sempre recomendável em seu programa True Outspeak, algum feitichismo intelectual que complica a vida, negativismo em relação ao Brasil, etc - penso que o saldo final de sua obra é e será positivo, já que seu trabalho não está ainda concluído. Penso que, se houver uma renovação e mesmo um robustecimento da intelectualidade brasileira nas próximas décadas, essa renovação em muito deverá ao trabalho do filósofo Olavo de Carvalho.
Fábio Barreto edita o blog Bios Theoretikos - http://biostheoretikos2. blogspot.com/
Isso não é artigo. Um auto-elogio do psicopata Olavo de Carvalho, com pseudônimo. Só um idiota não percebe.
ResponderExcluirÉ claro, quem não percebe? Olavo criou um blog através de um pseudônimo para, dez anos depois, fazer auto-elogios. Claro que você está certo!!!
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