VIVERDENOVO
TERÇA-FEIRA, 27 DE JULHO DE 2010
Por George Chaya
A terceira e grande guerra mundial começou faz tempo. Está entre nós, mas poucos a percebem, porque incorpora novas formas de ação às guerras tradicionais.
Esta é uma guerra diferente onde, em alguns momentos, desaparecem os mísseis e a artilharia. O campo de batalha não é o clássico e uma das características desta guerra é que não apresenta as imagens exteriores. As batalhas se desenvolvem "dentro da cabeça" da "opinião pública", mesmo que seja de modo inconsciente.
As manobras não se originam de estratégias militares para controlar um território e sim do planejamento de ações para o controle mental das sociedades ocidentais. Os soldados não são militares, são peritos em comunicação e campanhas de propaganda, que substituem as tradicionais ações psicológicas da propaganada militar.
Os projéteis foram substituídos por "slogans" e palavras de ordem que não ferem o corpo das pessoas, mas anulam a capacidade de decidir por si mesmas. O bombardeio desta comunicação destroi o pensamento reflexivo com uma saraivada de imagens sem resolução de tempo e espaço. O barulho ensurdecedor da mídia opera sobre a inteligência racional das pessoas atingindo o emocional e manipulando a consciência, os desejos e os temores.
O exército invisivel aponta permanentemente na cabeça dos leitores. Sem carros de combate, sem aviões tripulados, sem foguetes. Serve-se de informação manipulada e direcionada por meio de imagens e mensagens estudadas para atingir incautos ou sobre pessoas que eventualmente querem informação sobre um fato ou um cenário de conflito.
Os guerreiros midiático-psicológicos não querem que você "pense a informação" e sim que você "consuma" os sons, imagens e mensagens que exitem os sentidos e a curiosidade de modo desconexo. Assim o cérebro é submetico à lógica maquiavélica do "dividir para governar".
Quando a mente se fragmenta com a informação desconexada, deixa de analisar o relevante. Este é o elemento que configura a comunicação atual e o fundamento de sua existência. Isto significa: o "que, por que, para que" de cada informação é transformado em ordem de consumo psicológico da coisa tal como está.
Sons, titulares e imagens formam o complexo de armas e bombas de última geração, que a mídia demolidora dispara com precisão contra a mente da opinião pública, convertida em teatro de operações desta guerra moderna.
Um exemplo acabado e perfeito deste cenário, foi o incidente da flotilha encabeçada pelo navio turco interceptado em águas sob a jurisdição de Israel. Até hoje repetem que eram águas internacionais e da brutalidade do exército israelense.
Outro exemplo é a descarada operação montada pelo Serviço Bolivariano de Informações, para efetuar a prisão de Alejandro Peña Esclusa, opositor político de Chávez. A cobertura de agências e veículos de mídia, foi encabeçada pelo ministério do interior venezuelano, sob a responsabilidade de um dos principais defensores do acesso do terrorismo islâmico na América Latina, o Sr. Tarek Al Aissami.
As declarações da esposa de Alejandro Peña Esclusa, tiveram pouco destaque em poucos veículos da mídia, para denunciar que os mesmos agentes do chavismo plantaram explosivos em sua casa. Há um sem fim de situações similares de manipulação da imprensa em função de interesses econômicos e ideológicos, entre outros.
Quando a gente consome a notícia manipulada pelos que se dizem democratas, populares, latino americanistas, anti imperialistas, anti sionistas, está consumindo os rançosos interesses do fascismo anti semita, anti democrático e anti cristão, que se move por trás das pautas que só são possíveis em ambiente democrático. Um jornalismo responsável, verdadeiro, sério, jamais poderia expressar-se em Havana, Damasco, Teerã, Islamabad, etc., onde os inimigos jurados das democracias e das liberdades, governam com punho de ferro.
Mesmo assim, estas ditaduras odiosas, dispõem de um ambiente propício, gerado pelas proprias democracia que insultam e pretendem destruir. Esta é a guerra de terceira geração, que o Ocidente dicidiu não lutar e que aprofundará a decadência ao ponto de arriscar a existência das instituições democráticas, que caracterizou e fortaleceu iluminismo contra a barbárie.
Fonte: El Diário Exterior
Tradução: A. Montenegro.
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