Material essencial

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Greenpeace: seguindo o rastro do dinheiro

ALERTA EM REDE

Editoria


Rio, 29/jun/10 (Alerta em Rede) - “O Greenpeace, desde seu início, definiu que só receberia dinheiro de doadores individuais, como faz até hoje. Essa decisão fechou nosso acesso a um volume considerável de fontes de financiamento. Por outro lado, lançou os alicerces para um tipo de atuação completamente independente, que até hoje é admirada e reforça o nosso comprometimento com a busca de um futuro melhor para a sociedade.” (Site do Greenpeace, acessado a 27 de junho de 2010).

O Greenpeace é uma organização independente, que recusa o financiamento de grandes empresas e sobrevive graças às colaborações individuais de milhões de simpatizantes de todo o mundo. Certo? Errado. Por detrás da nobre retórica, há uma realidade tão putrefata como as reais intenções de tais organizações: as linhas de financiamento de fundações privadas do Establishment anglo-americano, como a Rockefeller, Charles Stewart Mott, Turner e MacArthur. De fato, o volume de captação do Greenpeace proveniente dessas fundações tem sido constante.

No rastro do ensurdecedor silêncio do Greenpeace e caterva em relação à tragédia ambiental no Golfo do México, proporcionada pela negligência de uma das maiores empresas do setor petrolífero mundial, a BP, vieram à tona as ligações do aparato ambientalista com a empresa britânica e, não menos, as do Greenpeace com aquelas instituições do Establishment
.

Segundo informações divulgadas pelo Projeto Activist Cash, criado pelo Center for Consumer Freedom (importante associação de consumidores estadunidenses), a “tropa de choque verde” tem recebido, de forma constante, verbas de instituições de fachada de grandes empresas transnacionais – inclusive do setor petrolífero (Libertad Digital, 5 de maio).

O blog Desde El Exílio aprofundou a investigação, e apresentou uma relação de contribuições ao Greenpeace-EUA, por entidade. O rastreamento de tais informações foi realizado através da análise das declarações de impostos das suas fachadas para captação de recursos nos EUA: Greenpeace Foundation, Greenpeace Fund Inc., Greenpeace Inc. e Greenpeace Vision Inc. A legislação americana obriga as ONGs a apresentarem, anualmente, uma declaração discriminando rendas e despesas, publicados em documentos oficiais conhecidos como IRS Form 990 (Return of Organization Exempt From Income Tax).

Assim, revelou-se, por exemplo, que de 2001 a 2008, o poderoso Rockefeller Brothers Fund doou ao Greenpeace U$ 1.150.000.

A Charles Stewart Mott Foundation, cujo fundador foi o pai de um dos maiores grupos industriais automobilísticos do mundo, a General Motors – GM, também figura na lista de financiadoras do Greenpeace-EUA, com 199 mil dólares, entre 2002 e 2008.

Um dos maiores impérios de comunicação do mundo, de propriedade de Ted Turner, figura na lista de apoiadores do Greenpeace, representado pela Turner Foundation. A fundação de Turner, fundador e acionista majoritário de empresas como a CNN, TNT, AOL Time Warner, doou 450 mil dólares à ONG, entre 1999 e 2001.

Outra revelação interessante é a contribuição financeira da MacArthur Foundation ao Greenpeace. Criada em 1970, a fundação tem um histórico de atuação que visa a imposição do intervencionismo ambientalista em países subdesenvolvidos. Entre 1997 e 2002, ela doou ao Greenpeace US$ 841.365. Outras contribuições muito expressivas foram: US$ 32.814.450 à Conservation International, entre 1992 e 2001; US$ 8.741.000 ao WWF, entre 1992-2003; US$ 870.000 à Friends of the Earth.

Estas informações podem se restringir ao Greenpeace-EUA, mas se relacionam diretamente com a rede mundial do ambientalismo, uma vez que o escritório estadunidense da “multinacional verde” é um dos poucos superavitários, realocando parte dos seus recursos para os deficitários – dentre os quais, o escritório brasileiro.

Uma vez mais, se comprovam as denúncias de investigadores sérios de todo o mundo, que este Alerta tem divulgado constantemente, quanto ao atrelamento visceral do ambientalismo internacional com o Establishment anglo-americano, do qual deriva a sua agenda antidesenvolvimentista e pró-status quo das relações de poder econômico e político no mundo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá internauta

O blog Cavaleiro do Templo não é de forma algum um espaço democrático no sentido que se entende hoje em dia, qual seja, cada um faz o que quiser. É antes de tudo meu "diário aberto", que todos podem ler e os de bem podem participar.

Espero contribuições, perguntas, críticas e colocações sinceras e de boa fé. Do contrário, excluo.

Grande abraço
Cavaleiro do Templo