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sexta-feira, 11 de junho de 2010

Qual é a saída?

MONITOR MERCANTIL

09/06/2010 - 17:06

Há muito tempo estamos registrando nesta coluna os riscos assumidos pela nossa Pátria, quando nossos dirigentes começaram a renegar os valores e princípios morais e éticos herdados de nossos antepassados, passando a aceitar, sem resistência, a imposição de uma Nova Ordem Mundial, imposta por forças exógenas.

Houve a rendição quase incondicional aos parâmetros do que há de mais nefasto da globalização, fato agravado pela adoção pelos atuais detentores do poder político de medidas "gramscistas", por paradoxal que possa parecer.

O escritor Holbein Menezes, autor do livro Os subterrâneos do faz-de-conta, sobre sua experiência de 15 anos de clandestinidade como dirigente do "Partidão", escreveu o exposto a seguir. "Na releitura que estou a fazer dos Cadernos, encontrei estas duas jóias de Antonio Gramsci cuja carapuça cabe bem em certos "líderes sindicais" da CUT e do PT:

"Em certo ponto do desenvolvimento histórico, as classes se separam de seus partidos tradicionais, ou seja, os partidos tradicionais, naquela dada forma organizativa, com aqueles determinados homens que os constituem ou os dirigem, não representam mais a sua classe ou fração de classe.

"Essa é a crise mais delicada e perigosa, porque oferece o campo para os homens providenciais ou carismáticos. De que modo se forma essa situação de contraste entre representantes e representados, que, a partir do terreno das organizações privadas (partidos ou sindicatos), não pode deixar de se refletir no Estado, reforçando formidavelmente o poder da burocracia (em sentido lato: militar e civil)? O processo é diferente em cada país, embora o conteúdo seja o mesmo."

"A burocracia é a força consuetudinária e conservadora mais perigosa: se ela termina por constituir um corpo solidário, que se fecha em si e se sente independente da massa, o partido termina por se tornar anacrônico, e, nos momentos de crise aguda, é esvaziado de seu conteúdo social e permanece como que solto no ar."

A principal consequência desta situação anômala é a existência de três candidatos à presidência da República que pouco diferem entre si. Há apenas nuances. Possuem em comum a falta de compromisso com os Objetivos Nacionais Brasileiros (ONB). A vitória da candidata Dilma representará, na prática, a implantação de mais uma ditadura bolivariana nas Américas, porém com a política econômica imposta pelos "donos do mundo". Ela terá em suas mãos o poder formal e o informal.

O sucesso de Marina, o domínio da administração federal por grupos internacionais que, em nome da defesa do meio ambiente, procuram obstar o desenvolvimento de países emergentes como o Brasil, em proveito das nações mais ricas.

Serra significará o risco de desnacionalização progressiva do sistema produtivo do país, apesar de ser o mais bem preparado deles. E na hipótese de sua vitória, dificilmente conseguirá chegar incólume ao final do seu mandato, pois enfrentará o poder informal das hostes petistas.

E nenhum dos candidatos apresentou até agora sua proposta de administração, sob a forma de um Plano Nacional de Desenvolvimento. Não existe um compromisso formal com os superiores interesses nacionais.

De fato não há como negar que:

I) A globalização está produzindo efeitos altamente nocivos, em especial com relação aos países emergentes e, em particular, quanto ao desemprego. A catástrofe do continente africano é uma mostra do que pode acontecer. Regiões ricas em recursos naturais são dilaceradas, em conflitos tribais provocados por interesses externos;

II) As medidas adotadas pelas recentes administrações diminuíram o grau de segurança econômica do Brasil, tornando-o mais vulnerável a ataques especulativos, em razão do alto grau de dependência econômica e tecnológica a que foi levado;

III) É um crime de lesa-pátria permitir o processo de internacionalização da Amazônia, quando se sabe que seus abundantes recursos serão vitais para a Humanidade.

Chega de entreguismo! Acreditamos que já passou a hora de discutir, falar e propor. Agora, chegou a vez de agir. Cada um cumprindo sua missão. Se todos o fizerem, a solução ideal, capaz de preencher os interesses nacionais e evitar maiores desastres ao país e ao nosso povo, aparecerá.

Agora, as seguintes premissas deverão ser respeitadas:

1) Os ONB terão de ser respeitados, acima de eventuais desejos dos detentores do poder político de plantão: Soberania, Democracia, Progresso, Paz Social, Integração Nacional e Integridade do Patrimônio Nacional;

2) A oposição a um governo é legítima e democrática, porém a ação consciente para criar uma pressão capaz de impedir a consecução dos ONB é traição à Pátria. Quem impedir o atingimento de um destes objetivos pertence ao universo antagônico e como tal deve ser tratado;

3) As Instituições existentes devem pugnar para alcançar os ONB, eliminando os antagonismos e pressões, tanto internos, quanto externos;

4) É vital uma atenção especial aos processos separatistas em ação, oriundos em especial do exterior, através de ONGs e colaboracionistas nativos (Amazônia, em destaque);

5) A Pátria deve estar acima de tudo e todos nós, que juramos defendê-la, teremos que cumprir nossa promessa, sob pena de passarmos à História como covardes, cúmplices ou omissos;

Marcos Coimbra

Conselheiro diretor do Cebres, professor de Economia e autor do livro Brasil Soberano.

mcoimbra@antares.com.br

www.brasilsoberano.com.br

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