21, junho, 2010
Há alguns dias Bento XVI disse em homilia no Vaticano que nenhum governo pode tentar “modificar” ou “destruir” os princípios da Lei Natural, sob pena de levar o país ao relativismo e ao totalitarismo. Ora, entre os princípios da Lei Natural está o direito de propriedade. Se o homem é dono de si, é dono do fruto de seu trabalho, já ensinava Leão XIII.
Infelizmente, correntes infectadas de comunismo e socialismo se infiltraram nos meios católicos, dando origem ao chamado progressismo. Essa corrente chegou a ter influência até em altos cargos do clero. Em nome da paz e da justiça, tal corrente propugna diversas medidas para cercear o direito de propriedade. Veja a última medida progressista nesse sentido, lendo a notícia abaixo:
As coordenações nacionais e regionais das Pastorais Sociais e dos Organismos membros da Comissão Episcopal para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB, divulgaram uma carta de apoio e participação ao Grito dos Excluídos e ao Plebiscito Popular para o limite de propriedade da Terra no Brasil.
A carta, divulgada no encerramento do encontro das coordenações, em Brasília, na quarta-feira passada, é assinada pelo presidente da Comissão, Dom Pedro Luiz Stringhini, Bispo de Franca, SP.
“A decisão de participar do Grito dos Excluídos e do Plebiscito tem como base a consciência de que a democratização da terra através da reforma agrária é uma luta histórica do povo e uma exigência ética afirmada pela CNBB há décadas” – frisa a carta.
O Plebiscito é uma das ações concretas propostas pela Campanha da Fraternidade deste ano, que discutiu o tema “Economia e vida”.
Leia a íntegra da carta, como publicada no site da CNBB.
APOIO AO PLEBISCITO POPULAR PELO LIMITE DA PROPRIEDADE DA TERRA E AO 16º GRITO DOS EXCLUIDOS
Reunidas em Brasília, nos dias 14, 15 e 16 de Junho, as coordenações regionais e nacionais das Pastorais Sociais e Organismos da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB, assumem o compromisso de participar do 16⁰ Grito dos Excluídos e da organização do Plebiscito Popular por um Limite da Propriedade da Terra no Brasil.
Esta decisão tem como base a consciência de que a democratização da terra através da reforma agrária é uma luta histórica do povo e uma exigência ética afirmada pela CNBB há décadas. É também a realização de um gesto concreto proposto pela Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2010, promovida pelas Igrejas membros do CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs), como consta no Texto Base, n. 120:“Mobilização de apoio ao Plebiscito de iniciativa popular pelo Limite da Propriedade da Terra, em defesa da Reforma Agrária, da Soberania Territorial e Alimentar, promovido pelo Fórum Nacional de Reforma Agrária e Justiça no campo”.
Para isso, convidamos os cristãos e cristãs das dioceses, paróquias, comunidades, movimentos a engajarem-se neste exercício de cidadania que será realizado na Semana da Pátria e especialmente no dia 7 de setembro, junto com o 16⁰ Grito dos Excluídos/as, abrindo espaços, formando comitês, colaborando com os comitês estaduais no processo de informação, formação e coleta dos votos.
O engajamento nesta prática cidadã de democracia direta é uma forma de realizar nossa missão evangélica em favor e junto com os excluídos e excluídas, construindo uma sociedade justa e solidária que garanta vida digna para todos os brasileiros e brasileiras.
Brasília, 16 de Junho de 2010.
Dom Pedro Luiz Stringhini
Presidente da Comissão
(CM-CNBB)
Fonte: Rádio Vaticano
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