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terça-feira, 22 de junho de 2010

A ASSIMETRIA DO PODER DO ESTADO BRASILEIRO

A ASSIMETRIA DO PODER DO ESTADO BRASILEIRO

HEITOR DE PAOLA


  

Desde a tão propalada redemocratização o poder do Estado brasileiro vem evoluindo da seguinte maneira: enquanto cada vez mais cresce o poder para reprimir internamente seus cidadãos, diminui sensivelmente a capacidade de reação frente a eventuais ataques estrangeiros. Enquanto as forças de segurança e repressão interna aumentam, as de defesa caem perigosamente.

O incremento da força de repressão interna é de tal monta que pessoas jovens nem se dão conta, enquanto são doutrinados contra uma ‘ditadura militar’ do passado, esta sim tida como extremamente repressiva. Cada vez menos pessoas que viveram os chamados ‘anos de chumbo’ sobrevivem para dar o testemunho de que, naqueles tempos, o poder repressivo era mínimo e seletivo, embora mais ostensivo e algumas vezes mais truculento, se comparado ao que vivemos hoje. Claro, hoje é tudo legal e democrático e conta com o apoio de uma população de carneiros sedenta de controles que aplaude a cada medida legal tomada contra ela. Aliás, nem percebe o quanto está perdendo de liberdade para viver numa falsa segurança magnanimamente concedida pelo Estado. A campanha anti-fumo, a lei seca, a imposição do politicamente correto, as leis contra a ‘homofobia’, a lei ficha limpa, ou suja, sei lá, a lei das cadeirinhas para crianças em automóvel todas são aplaudidas com entusiasmo. Esperem que vem mais por aí! Se Serra ganhar o poder aumentará exponencialmente com o tal Ministério da Segurança Pública, inspirado no KGB e no RSHA (Departamento Central de Segurança do Reich). O pior é que, democraticamente como sói, os três poderes estão unidos e, somados às estatais, formando a Nova Classe ou o Partido Interno de George Orwell, que já poderia ter lema em novilíngua: repressão é liberdade.

Quanto à defesa, desde 1994 os governos ressentidos e vingativos de FHC e Lula vêm sucateando as FFAA e afastando-as dos centros do poder. Já abordei este assunto em outros textos, hoje quero falar de um específico.

Nas discussões sobre a possibilidade do Brasil e outros países desenvolverem tecnologia para enriquecimento de urânio e fabricarem bombas atômicas, está faltando verdades, sinceridade, franqueza e debate aberto. Abundam falsidades, mentiras, hipocrisia e cinismo, misturados com dissimulação e falsos protestos de pacifismo. Qualquer tentativa de discutir o assunto é bloqueada e parece que falar disto é igual a explodir um artefato nuclear. Tornou-se tabu sequer levantar a hipótese. Mais: pensar nela já constitui uma crimidéia!

Por um lado, os histéricos amedrontados exigem silêncio em nome de uma falsa paz de espírito. Por outro, a ‘comunidade internacional’, que nada mais é que a comunidade da Nova Ordem Mundial, via ONU, usa seu poder de terrorismo para aterrorizar a população com os horrores de um holocausto nuclear. No entanto, quem possui o poder de desencadear tais horrores – inegáveis, sem dúvida – são os mesmos que defendem só para si o direito de fazê-lo! Mais uma vez tentam despertar uma falsa ilusão de segurança.

Até hoje não li ou ouvi nenhum argumento que me convencesse de que o mundo está mais seguro se somente as potências que fazem parte do ‘clube atômico’ forem capazes de destruição em massa. Mas li e conheço bem o documento que deu origem a tudo isto: A diretiva Freedom from War, Department of State Publication 7277 enviada por Kennedy à Assembléia Geral da ONU em setembro de 1961. A assimetria apontada neste artigo não é inventada aqui, mas segue à risca a diretiva 18(a) do Estágio III: Os Estados deverão reter apenas aquelas forças e armamentos não nucleares necessários para manter a ordem interna (...) e deverão também concordar em providenciar as tropas necessárias para a Força de Paz da ONU. Dos países do BRIC o Brasil é o único que não possui capacidade nuclear.

Os países periféricos ocidentais vêm respeitando como vaquinhas de presépio a estas diretivas e à ONU, e o Islam? Ahmadinedjad estará brevemente de posse de artefatos nucleares. Vamos confiar nossa defesa à ONU ou aos EUA presidido por Obama? Este é apenas um, mas dos maiores problemas!



Artigo para ser publicado no Jornal Inconfidência, Belo Horizonte, MG

Um comentário:

  1. José de Araújo Madeiro22 de junho de 2010 às 15:59

    Cavaleiro do Templo,

    Agora sabemos quais eram as reais intensões do Lula e seus petralhas em desarmar os homens de bem deste país.

    Lula sempre teve um Projeto Pessoal de Poder, como um agente a Serviço da Família Castro. Assim procurando destruir às Instituições Republicanas Brasileiras, dentre elas às FFAA e deixando os bandidos armados e impunes para ajudá-lo em tal paranóica tarefa.

    Quando seria um caos para nação brasileira, desgovernada e violenta, com instabilidades em todos campos e um retrocesso incomparável na sua história.

    Esses homens são uns primatas e não sabem o que é Estado Democrático de Direito, de Civilidade e de Liberdades Individuais. Apenas o poder o que lhes interessa. Depois fazer doações dos nossos bens, para manutenção do Poder da Família Castro.

    Não temos culpa por tais convicções, são observações e leituras da conjuntura, dos dados, posturas e propostas que são bem evidentes com o desenrolar da gestão Lula, das ações do Zé Dirceu, da candidata Dilma e de todas eles, dos seus assessores e da sua diplomacia, na questão da expulsão dos boxeadores cubanos, do envolvimento nas questões internais de Honduras, do apoio ao Ahmadinejad, além das FARC, do Hugo Chaves e das mortes por greve de fome em Cuba, condenadas por Lula.

    Por isto a classe média deve preservar suas armas, em casa ou em suas propriedades, o momento ainda não dá sinais para desarmamentos e do relaxamento de ânimos.

    Continuemos fazendo a nossa parte. O Lula é um quadro patológico de fome de poder, que se alia com Deus e o Diabo na concretude de seus instintos selvagens e com tais objetivos.

    o FHC, embora de uma esquerda mais lite, sem pretensões ditatoriais, foi um presidente que não enfrentou a especulação financeira que continua vitimando nosso país, fruto do projeto neoliberal e da liquidação da nossa dívida externa, sem que saibamos dos fundamentos e como seu deu num passe de mágica. Hoje sabemos do Clube de Bilderberg, Centro Financeiro Internacional e do Poder Mundial, para dominação do mundo e subjugação dos seus povos, como nações de segunda classe.

    Infelizmente nós não temos uma escolha bem brasileira definida para resolução dos problemas crônicos e graves nacionais, que não são poucos e agora estão sendo abafados pela Copa do Mundo.

    Mas na escolha não devemos tergiversar, temos que derrotar a Dilma, construindo a Alternância de Poder, como o meio possível de oxigenação da nossa democracia, para esta não ruir.

    O Mário Oliveira não tem chances e por isto a Luta Continua. Já avançamos em alguns pontos, como na campanha do Ficha Limpa e vamos votar no Serra para desarticular o Foro de São Paulo, o verdadeiro parlamento da bandidagem petralha, não somente no Brasil, mas em toda América Latina.

    Att. Madeiro

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