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domingo, 9 de maio de 2010

Kolkhozes brasileiros: propriedades rurais sendo coletivizadas

DEMÉTRIUS SURDI

SÁBADO, 8 DE MAIO DE 2010


O artigo que segue é baseado na matéria-denúncia “Quilombo de Palmas: mais um Kolkhoze tupinikin!” do Notalatina e pretende ajudar na divulgação desse que é mais um escandaloso acontecimento no Brasil e para a nação brasileira. Visitem o link para se inteirarem do assunto, lá é possível ouvir um documento de áudio que corrobora a denúncia. Aqui farei uma breve digressão para ajudar a entender o que está em jogo. 

Assim como na comunista União Soviética as propriedades rurais eram coletivizadas e passadas para o controle do Estado, também aqui no Brasil muitas propriedades rurais estão sendo destituídas das mãos dos produtores, que nelas trabalham e delas provêm o seu sustento, para serem transformadas em terras do Estado. Na URSS, essas terras de produção coletiva, servas do Estado, eram chamadas deKolkhozes, aqui elas estão sendo mascaradas sob o título de “quilombos” ou “reservas indígenas” (nem todos os quilombos ou reservas indígenas são servos do Estado, mas dos recentemente criados, grande parte está servindo para essa finalidade. A reportagem da Veja indicado pelo Notalatina explica esse ponto). Trata-se de uma agressão violenta do governo socialista brasileiro contra a propriedade privada, que precisamos defender por ser um direito inalienável ao homem. Inadmissível o argumento de “dívida histórica” para com os descendentes de escravos, índios ou o que for – nada de aceitar o atropelamento da Constituição e das leis. 

É necessário compreender a atitude praticada pelo governo brasileiro como uma revitalização e adaptação da técnica soviética ao contexto local. Não faz muito tempo que a URSS deixou de existir. O seu fim não representa o fim da ideologia por ela representada, muito menos não significa o sepultamento das pessoas que a sustentavam. O comunismo continua no mundo da mesma forma como as pessoas que a cultuam. A era que vivemos é uma continuação dos episódios provocados por essas ideologias paridas nos últimos dois séculos, engendradas para entrarem em conflito com a tradição e confundirem a mentalidade das pessoas. 

Quase três décadas antes da revolução que instaurou na Rússia o comunismo, o Papa Leão XIII (encíclica Rerum Novarum) já alertava em 1891 para os perigos dessa ideologia que, entre outras vontades, apregoava o fim da propriedade privada, como se a coletivização das terras fosse resolver a desigualdade econômica e social. Pelo contrário, a propriedade particular é que dá segurança para o indivíduo, que tem onde produzir, permanecer e prosperar, para assim provir o sustento de sua família nas gerações seguintes. 

Para terras públicas o produtor não dedicará esforços do mesmo modo como dedica para sua propriedade rural particular, visto que a incerteza da coisa pública lhe impede investir na terra que será usufruída por qualquer um, e não por sua família ou seus herdeiros. 

Não vêem, pois, que despojam assim esse homem do fruto do seu trabalho; porque, afinal, esse campo amanhado com arte pela mão do cultivador, mudou completamente de natureza: era selvagem, ei-lo arroteado; de infecundo, tornou-se fértil; o que o tornou melhor, está inerente ao solo e confunde-se de tal forma com ele, que em grande parte seria impossível separá-lo. Suportaria a justiça que um estranho viesse então a atribuir-se esta terra banhada pelo suor de quem a cultivou? Da mesma forma que o efeito segue a causa, assim é justo que o fruto do trabalho pertença ao trabalhador. (Leão XII, Rerum Novarum, em A propriedade sancionada pelas leis humanas e divinas). 

Indo contra esses princípios, o governo quer suscitar a briga entre os homens, que antes não existia, pela disputa de terras que agora precisam ser defendidas com barricadas contra a tirania das vontades socialistas dele próprio, o Estado, que joga militantes sociais em uma briga que não lhes pertence, mas que lhes agrada pelo oportunismo.   

Vamos fazer chegar essas notícias a um maior número de leitores, como a Graça Salgueiro está fazendo ao denunciar no seu Notalatina. Obrigado Graça pelo serviço prestado!

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