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Terça-feira, 18 de maio de 2010
Por Jacornélio M. Gonzaga
Para se entrevistar alguém, manda a regra que venhamos a dar, pelo menos, uma repassada na biografia do nosso “alvo”. Nesses tempos de eleição, nada mais importante do que uma entrevista com os candidatos à Presidência da República. Comecei pela dama do Partido dos Trabalhadores.
Dilma Vana Rousseff nasceu em Belo Horizonte, no dia 14 de dezembro de 1947. Ativista política, desde a tenra idade brigou pelos direitos dos menos favorecidos. No berçário, liderou u’a manifestação que pedia um acesso mais democrático às instalações das UTI neonatal dos hospitais públicos.
Quando cursava o pré-escolar (1953) no Colégio Izabela Hendrix, fazendo parte da ala infantil do Partido Comunista Brasileiro (PCB), que já estava na ilegalidade, liderou uma série de manifestações, juntamente com os estudantes da UNE, a favor do monopólio estatal. Com os dedos pichava em sala de aula: “O PETRÓLEO É NOSSO”.
As quarteladas contra Juscelino Kubistchek de Oliveira (Jacareacanga – Fev 1956 e Aragarças – Dez 1959), e os episódios decorrentes da renúncia de Jânio Quadros (1961), encontraram-na no meio das freiras do Colégio Nossa Senhora de Sion, o que não impediu o seu apoio à Constituição e à legalidade. Naquela época, Dilma, já habituada a disputar inúmeras eleições, derrota experientes candidatos e é eleita presidente da Juventude Socialista das Filhas de Maria.
Durante os três anos em que estudou no Colégio Estadual Central (1964 / 65 e 66), em BH, revivendo suas raízes operárias (seu pai era advogado e sua mãe professora) passou a militar na POLOP (Política Operária), pacífica organização de esquerda que, como todas suas congêneres da época, lutava pela verdadeira implantação da democracia em nosso País.
Em 1967, após hercúleo esforço, pois além da militância política, tinha que estudar, inicia seu curso de Ciências Econômicas na Universidade Federal de Minas Gerais e passa a fazer parte de uma organização mais light, a COLINA (Comando de Libertação Nacional) – é bom lembrar que no sítio da Dilma omitiram o nacional da COLINA.
Também em 1967, Dilma se casa com Cláudio Galeno e, no ano seguinte, por culpa da ditadura, separa-se dele e, em 1969, desgostosa da vida de militante de esquerda, ingressa numa dissidência dos Congregados Marianos, a Vanguarda Armada Revolucionária – Palmares, organização na qual, num surto de paixão, conhece seu novo futuro marido, o brilhante advogado gaúcho Carlos Franklin Paixão Araújo – não confundir com o Franklin Goebbels.
Dilma foi presa em 1970, tendo sido torturada nos porões da ditadura. Somente conseguiu sobreviver graças aos ensinamentos obtidos com Brigitte Montfort, filha da Giselle Montfort, a espiã nua que abalou Paris.
Gozado, na biografia oficial tem uma citação que Dona Dilma foi condenada a dois anos e um mês de prisão e que ficou presa por três anos no Presídio Tiradentes, em São Paulo. Naquela época, diferentemente de hoje, o controle das Varas de Execução Penal sobre o tempo de cumprimento das penas era terrível!
Após sua libertação, Dilma retorna para junto dos seus, recupera forças e reinicia sua brava militância, retomando aos estudos e acrescendo em seu mavioso currículo os cursos de mestrado e doutorado na UNICAMP, que nunca completou.
Importante para os caçadores de dragão saberem que ela se separou do último marido em 1994, sendo que, a partir de então, tem-se dedicado exclusivamente ao Brasil, ao PT e ao Presidente Lula
Mas, deixa de lengalenga e vamos à entrevista:
Jacó: Cientistas dizem ter encontrado grandes buracos no campo magnético da Terra, sugerindo que os Pólos Norte e Sul estão se preparando para trocar de posição, numa guinada magnética. Como a senhora vê a preparação de uma solução brasileira para esse problema?
Dima: Os teóricos dessa visão afirmam “né” que está ocorrendo uma desaceleração na rotação do planeta e, quando a Terra perdê-la por completo “né”, nós estaremos no Ponto Zero do campo magnético. Temos, portanto, é que impedir “né” que o geodínamo de nosso planeta perca sua velocidade atual e, o que posso garantir ao povo brasileiro é que, para resolver este problema “né”, destinaremos uma substancial parcela de recursos advindos da exploração do pré-sal, dentro de um planejamento iniciado no governo do Presidente Lula.
Jacó: Supondo que a senhora não consiga atuar no geodínamo, haverá um caos, pois no mínimo, as bússolas apontarão para o sul. Existe um Plano Beta?
Dilma: O Presidente Lula, com sua visão de grande líder, já determinou ao Ministério da Defesa a elaboração de novos mapas onde constam as inversões do sul com o norte e do oeste com o leste. Eu soube que o Centro de Imagens e Informações Geográficas do Exército já possui um protótipo, em fase final, com toda a área amazônica invertida.
Jacó: Segundo o diretor do Centro de Pesquisa de Riscos, da University College of London, um grande bloco de terra, aproximadamente do tamanho da ilha britânica de Man (572 km²), está prestes a se desgarrar da ilha de La Palma, nas Canárias, após uma erupção do vulcão Cumbre Vieja. Dezenove horas depois da erupção, ondas de 4 a 18 metros vão atingir a costa Norte e Nordeste do Brasil, do Pará à Paraíba. A ilha de Fernando de Noronha será um dos locais aonde a tsunami chegará com mais força no Atlântico Sul. No Plano de Governo Dilma existe algum planejamento para salvar o litoral nordestino?
Dilma: Não se trata somente das praias do nordeste, temos também a Ilha de Fernando de Noronha, onde nossos “cumpanheiros” adoram veranear. Mas, vamos à sua resposta. Já está tudo planejado, será mais uma das necessárias obras inseridas no PAC 3. Em termos gerais, daremos continuidade ao planejado pelo Governo do Presidente Lula, que é o de cercar a ilha com um muro bem alto e, no continente, aumentar a faixa de praia nordestina e cavar uma profunda fossa, que absorverá a grande onda. Tudo isso será feito, sem agredir ao meio ambiente, contando com o apoio do empresariado nacional, que não se furtará a participar de mais este grande empreendimento do governo do PT.
Jacó: Seus adversários políticos e os ideológicos dizem que, pelo seu passado e temperamento, a senhora, se assumir a Presidência da República, fará a revisão da Lei da Anistia e, se puder, será capaz até de revogar até a Lei da Gravidade. O que tem de verdade nessa afirmação?
Dilma: Newton concebeu o Universo como um mecanismo perfeito, governado por “leis” lineares, rígidas, imutáveis. O imenso sucesso da física newtoniana influencia outros campos do conhecimento, como as ciências sociais e humanas. A concepção mecanicista da realidade física, cujas variáveis têm variações sensivelmente regulares, em certo sentido previsíveis, oferece soluções convincentes a uma gama imensa de problemas materiais. Já os processos complexos, de variação irregular, têm caráter holístico, não admitem o mecanicismo nem a cosmovisão ideológica, visionária - um arremedo de imagem da realidade, no entanto, acho que no meu governo verificaremos a verdadeira gravidade da anistia.
Jacó: Recente reportagem do programa Fantástico mostrou que existe uma possibilidade de que, caso ocorram grandes erupções vulcânicas no Equador, as nuvens decorrentes inviabilizarão os vôos na região amazônica.
Dilma: Trata-se, inclusive, de um problema de segurança pública. Nunca neste país não se investiu tanto nessa área como no Governo do Presidente Lula. Com a possibilidade de o espaço aéreo amazônico ficar fechado, em decorrência das nuvens vulcânicas, as rotas do narcotráfico certamente irão mudar, trazendo uma preocupação maior. Mas a área de inteligência do Governo do Presidente Lula, do qual eu fiz parte, tem um plano de contingência para empregar a Polícia Federal e a Guarda nacional, a fim de resolver qualquer situação de risco.
Dilma: Trata-se, inclusive, de um problema de segurança pública. Nunca neste país não se investiu tanto nessa área como no Governo do Presidente Lula. Com a possibilidade de o espaço aéreo amazônico ficar fechado, em decorrência das nuvens vulcânicas, as rotas do narcotráfico certamente irão mudar, trazendo uma preocupação maior. Mas a área de inteligência do Governo do Presidente Lula, do qual eu fiz parte, tem um plano de contingência para empregar a Polícia Federal e a Guarda nacional, a fim de resolver qualquer situação de risco.
Jacó: Mas, Dona Dilma essas nuvens não poderão trazer um desequilíbrio ecológico na região?
Dilma: Quando eu deixei o Ministério das Minas e Energia, havia um estudo, que por vislumbre do grande Presidente Lula, determinava a instalação de grandes ventiladores, ao longo de toda fronteira amazônica. Estes equipamentos, utilizando energia eólica, mandariam essas nuvens de volta para o oceano Pacífico. A implementação dessa obra está prevista no PAC 4 e, a Aeronáutica, com sua experiência com aviões a hélice, é que receberá os recursos necessários para tocar esta importante obra de conservação e de defesa de nossa Amazônia.
Jacó: O navio de assistência hospitalar Dr. Monte Negro, que está na região do Juruá desde janeiro e tinha previsão para retornar à cidade de Manaus no início de abril, poderá permanecer todo este ano no Vale Juruá, em função de ter encalhado nas pedras que ficam no leito do rio próximo ao município de Marechal Thaumaturgo. A preocupação é que o Rio Juruá continua vazando e não há previsão de uma nova enchente. Se isto acontecer, o navio vai ficar no local até o próximo ano aguardando a subida das águas do Juruá. Esta é a segunda vez que o navio encalha no Rio Juruá por conta do volume baixo de água. Como a senhora vê a resolução deste problema no seu futuro governo?
Dilma: O Presidente Lula já deu ordem ao Ministério da Defesa para que a nossa marinha passe a utilizar a técnica da cortiça, a fim de aproveitar melhor a navegabilidade dos rios. Quanto ao caso específico, se conseguimos mudar, durante o Governo do Presidente Lula, o curso do Rio São Francisco, porque não poderemos encher a calha do Rio Juruá. Basta que a indústria nacional se empenhe um pouco e os nossos empresários fabriquem as potentes bombas que serão necessárias para transportar a água do Rio Amazonas para o Juruá.
Sinto-me um privilegiado pela oportunidade que tive de conhecer, bem de perto, a entrevistada. Pude aquilatar, sem medo de errar, que se Dona Dilma for eleita, estaremos muito bem arranjados. Que grande desenvoltura! Que enorme conhecimento de Brasil! Que carinho, admiração, quase idolatria pelo nosso guia!
Em tempo, e sem nada a ver com o assunto: li num e-mail que o Ministério da Defesa está estudando a mudança de nome dos postos de Oficial Superior da Marinha. Serão: capitão-de-corveta; capitão-de-fragata e capitão-de-marighella.
Jacornélio é jornalista, sem curso superior e, ainda, é o Diretor-Geral do Fundo Nacional de Pensão dos Anistiados Políticos (FUNPAPOL).
Dilma: Quando eu deixei o Ministério das Minas e Energia, havia um estudo, que por vislumbre do grande Presidente Lula, determinava a instalação de grandes ventiladores, ao longo de toda fronteira amazônica. Estes equipamentos, utilizando energia eólica, mandariam essas nuvens de volta para o oceano Pacífico. A implementação dessa obra está prevista no PAC 4 e, a Aeronáutica, com sua experiência com aviões a hélice, é que receberá os recursos necessários para tocar esta importante obra de conservação e de defesa de nossa Amazônia.
Jacó: O navio de assistência hospitalar Dr. Monte Negro, que está na região do Juruá desde janeiro e tinha previsão para retornar à cidade de Manaus no início de abril, poderá permanecer todo este ano no Vale Juruá, em função de ter encalhado nas pedras que ficam no leito do rio próximo ao município de Marechal Thaumaturgo. A preocupação é que o Rio Juruá continua vazando e não há previsão de uma nova enchente. Se isto acontecer, o navio vai ficar no local até o próximo ano aguardando a subida das águas do Juruá. Esta é a segunda vez que o navio encalha no Rio Juruá por conta do volume baixo de água. Como a senhora vê a resolução deste problema no seu futuro governo?
Dilma: O Presidente Lula já deu ordem ao Ministério da Defesa para que a nossa marinha passe a utilizar a técnica da cortiça, a fim de aproveitar melhor a navegabilidade dos rios. Quanto ao caso específico, se conseguimos mudar, durante o Governo do Presidente Lula, o curso do Rio São Francisco, porque não poderemos encher a calha do Rio Juruá. Basta que a indústria nacional se empenhe um pouco e os nossos empresários fabriquem as potentes bombas que serão necessárias para transportar a água do Rio Amazonas para o Juruá.
Sinto-me um privilegiado pela oportunidade que tive de conhecer, bem de perto, a entrevistada. Pude aquilatar, sem medo de errar, que se Dona Dilma for eleita, estaremos muito bem arranjados. Que grande desenvoltura! Que enorme conhecimento de Brasil! Que carinho, admiração, quase idolatria pelo nosso guia!
Em tempo, e sem nada a ver com o assunto: li num e-mail que o Ministério da Defesa está estudando a mudança de nome dos postos de Oficial Superior da Marinha. Serão: capitão-de-corveta; capitão-de-fragata e capitão-de-marighella.
Jacornélio é jornalista, sem curso superior e, ainda, é o Diretor-Geral do Fundo Nacional de Pensão dos Anistiados Políticos (FUNPAPOL).
Revisão: Paul Word Spin Houaiss
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