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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Psicopatia apaixonada: a autoridade moral dos genocidas.

Fonte: CONDE LOPPEUX DE LA VILLANUEVA

TERÇA-FEIRA, MAIO 29, 2007



Uma coisa que sempre surpreende nos esquerdistas é que são incapazes de ver a realidade mais óbvia. É uma grande patologia do conhecimento, um dos grandes enigmas do universo. Uma boa parte do discurso deles é um reflexo de neuroses e idealizações rasteiras de assuntos que desconhecem completamente. Os socialistas não compreendem a realidade como ela é, e sim como eles querem que seja. Daí uma vez eu comentar que o socialista é como alguém contaminado por um vírus de computador, um trojan. Quanto mais eles atuam na cabeça do sujeito, mais fica emburrecido, preso nos esquemas mentais estéreis de pensamento, que empatam a qualidade de raciocínio. É curioso perceber que todos os comunistas que eu conheço, em sua maior parte são burros, por causa do raciocínio que comungam. O estranho é que muitas vezes a burrice é artificial. E quando alguém deixa de ser socialista ou comunista, parece que o QI do indivíduo, tal como um antivírus, se eleva dramaticamente. Eu já vi muitos casos assim: o cara era idiota, admirador de genocidas e assassinos em massa, incapaz de entender noções básicas de economia e política; e num belo estalo de Vieira, ele desperta de sua sonolência, de sua letargia intelectual e sai do matrix. Começa a pensar como gente. Alguns escritores diriam que isso é uma paranóia: eu diria que a ideologia socialista foi a maior doença mental do século XX. Na mais cômica das hipóteses, é o pesadelo humorístico da história, já dizia Nelson Rodrigues. Todavia, o problema, em si, não é a estupidez, mas a deficiência de caráter. O socialista médio costuma acreditar nas suas loucuras, com aquela indignação típica das pessoas honestas. É uma das maiores perversões do pensamento que se há notícia:aquela mentira apaixonada, histérica, com uma retórica moralista e lacrimosa. Mentir, mentir e mentir acaba se tornando uma espécie de causa do bem, ainda que seja o pior mal. Torna-se uma regra moral do malígno.


No século do genocídio em massa, exemplos é que não faltam. Quando se medita que uma boa parte da inteligentsia européia e norte-americana serviu conscientemente ao mal, percebe-se a monstruosidade do fato em questão. Uma elite pensante, supostamente esclarecida, apoiou, escondeu, enganou, escamoteou, colaborou, para encobrir uma das maiores tragédias e um dos mais monstruosos crimes do século: entre oitenta a cem milhões de mortos causados por regimes totalitários socialistas. Quando figuras como Lênin, Stalin, Trotsky, Mao, Pol Pot, e muitos outros, eram divinizados nas academias, universidades, escolas, com o aval de intelectuais, professores, jornalistas e formadores de opinião, milhões de inocentes eram chacinados na Rússia, China, Camboja e alhures. Quem ignora as mentiras de intelectuais como Sartre, que dizia que os campos de concentração soviéticos não existiam? Ou a ilusão esquizofrênica de Bernard Shaw, ao afirmar que o arquipélago gulag era tão bom de se viver, que o prisioneiro político não queria sair mais lá? E os socialistas chiques da Fabian Society, como o casal Webb, que dizia, categoricamente, que Stalin era menos poderoso do que o presidente Roosevelt e que a Constituição Soviética de 1936 era a mais democrática do mundo? Ou mesmo a propaganda política disfarçada de documentário jornalístico de John Reed, mesmo sabendo das atrocidades cometidas por Lênin e Trotsky contra o povo russo? E a adesão bestial de intelectuais dos anos 60 às monstruosidades da Revolução Cultura Chinesa? Que dirá então de Louis Aragon, o famoso escritor francês, que idealizava a França esmagada pela NKVD stalinista? E as falácias de Noam Chomsky (o maior intelectual vigarista do mundo), negando o genocídio do Camboja e do ditador Pol Pot, o eterno queridinho dos intelectuais do Partido Comunista Francês?Que razões explicariam para que homens supostamente inteligentes servissem, de forma tão lacaia, aos auspícios de um grupo político e um sistema tão criminoso?


Há duas coisas que parecem claras para entender a sociopatia apaixonada do século XX:
uma, é o relativismo moral, e outra, a ambição desmesurada da engenharia social. A total falta de escrúpulos de uma elite intelectual em relação aos valores da moral e mesmo da verdade engendrou um tipo de pessoa, cujas ambições não significam o amor pelo conhecimento, e sim a ânsia pelo poder. O intelectual não procura a verdade: molda-a; não quer compreender o mundo, quer transformá-lo. Daí o vendaval de mentiras e charlatanismo que seduziu todo o século XX e as demais loucuras intelectuais, que geraram demências coletivas, como o comunismo. Demência que inverte a ordem dos valores, destrói qualquer busca racional e honesta da verdade e aniquila o conhecimento e a moral em nome do poder. A negação da verdade no século XX compatibilizou com o alto grau de alienação e depravação moral de um séqüito de pensadores. Em particular, os socialistas, neste ponto, são imbatíveis.


Os socialistas foram gênios da mentira. Quando se abrem os arquivos históricos de Moscou, com as documentações comprovando toda sorte de crimes e genocídios do bolchevismo; quando se coleta relatos e mais relatos, declarações e testemunhos, que confirmam todas essas atrocidades aberrantes; quando ainda saem notícias sobre as crueldades que ocorrem na China e na Coréia do Norte, em flagrantes violações dos direitos humanos; e, apesar de tudo, quando uma classe intelectual presunçosa, mau caráter e mitomaníaca, se presta a apontar o dedo para toda uma sociedade democrática e capitalista, e ainda é vista com notoriedade e respeito pela classe acadêmica, percebe-se até que ponto uma ideologia pode desfigurar a consciência de alguém. É mais grave:
o imaginário da mentira socialista dá alta credibilidade moral, já que eles se apropriaram das intenções da justiça e da igualdade das sociedades democráticas. Isto, com o propósito de destrui-las.


Os socialistas têm vários subterfúgios para escamotear suas mentiras:
uma, é relativizar a extensão das tragédias que causaram, como que querendo culpar as vítimas pelas matanças ocorridas. Daí ainda se ver pessoas justificando a morte de milhões de pessoas, ora porque eram “burguesas”, ora porque eram“reacionárias”, “fascistas”, como se a ideologia fosse motivo para matar alguém. A perversão da linguagem totalitária é notória: o socialista ou comunista médio quer que as pessoas pensem, com a mesma perspectiva criminosa dele. É como se fosse justificável a matança de judeus, precisamente por alguém do senso comum adaptar sua consciência à ideologia nazista. Na verdade, a humanidade de um ser humano não é vista pelas qualidades intrínsecas da pessoa individual, mas pelos atributos abstratos e estéreis da classe social inimiga.


A deturpação lingüística não tem fim;
os princípios de justiça, igualdade e liberdade, tão apregoados por eles, são totalmente diferentes dos conceitos comuns conhecidos em nossas democracias. Até o termo “democracia” na boca de um socialista é invertido. São apenas apropriações momentâneas de um discurso, que é contrário do que ele significa. Trotsky, não sem razão, dizia que a moralidade bolchevista não era a moralidade comum: era a “moral” deles, contra a “nossa” moral. A raivamaníaco-depressiva com que os socialistas acusam os crimes nazistas, é algo de um descompasso e cinismo tão doentio, que nos faz crer que os nazistas são ogros bem sinceros. O nazismo, pelo menos, nunca escondeu suas intenções criminosas. Não é por acaso que George Orwell, ao escrever “1984”, retratou bem esse vício retórico e semântico, quase beirando a doença mental, no lema do partido totalitário do seu romance: “Guerra é paz, Liberdade é escravidão, ignorância é força!”. “Justiça”, “igualdade”, “liberdade”, na alma de socialista termina como sempre terminou, em qualquer tempo, em qualquer lugar: em genocídio, tirania e assassínio da liberdade.


Há outro subterfugiu, mais desonesto ainda: simplesmente negar os fatos históricos. Aí a exploração do argumento ad hominem e do relativismo é total. O socialista médio precisa negar a objetividade dos fatos, para transformar a discussão dos crimes totalitários, como mera formalidade de opinião. Ou seja, a mentira vai da negação sistemática (tal como idealizaria Goebbels, o ministro nazista da propaganda), até a tentativa de desmerecer os comentaristas e os historiadores, como “reacionários”, “burgueses”, “vendidos”, etc. O comunista ou socialista médios reduzem o discurso da verdade como se fosse um estado de natureza, uma guerra de todos contra todos. Foi assim quando Alexander Soljenitsin publicou seus romances, denunciando os crimes das prisões soviéticas, em o “Arquipélago Gulag”, tanto quanto Boris Pasternak, André Gide, e muitos outros. Acusados de fascistas, reacionários e traidores, tal dialeto apenas reproduzia o procedimento inquisitorial arbitrário que já existia, até então, na União Soviética. E neste ponto, os militantes cumpriram seu papel. O processo de desinformação repetitivo, estridente, pedante, com um aparatchik de cães raivosos elevados a intelectuais do regime comunista, dentro de nossas democracias, minou de tal maneira o acesso à verdade, que só muito tempo depois se descobriu a verdadeira história. Até então, os crimes eram praticados livremente, enquanto toda a sociedade ocidental, cega nas mentiras socialistas, simplesmente esqueceu os inocentes. O comunista médio, na onda relativista, acaba monopolizando a idéia de dizer a verdade, já que esta não depende dos fatos em si, mas daquilo que ele determina. Ou melhor, daquilo que ele possar mentir mil vezes, até a idéia se tornar verdadeira. Pouco importa que ele mate mais do que os nazistas; a causa que ele preconiza para a humanidade é maior do que os meros acidentes de milhões de vidas!


É grotesco quando o comunista, arrogando-se o monopólio da verdade, só admiti-la, quando é falada por um comunista. Foi daí que, de uma hora pra outra, o queridíssimo Stalin, guia genial dos povos, líder progressista da humanidade, virou o psicopata paranóico, assassino e criminoso em massa. Tudo por responsabilidade de Krushev, um de seus asseclas e capataz dos próprios crimes do seu mestre. A revelação dos crimes de Stalin foi uma escapadela que Krushev tentou para ocultar seus próprios crimes. Antes disso, porém, fizera a última cartada stalinista: mandara fuzilar o chefe da KGB, Lavrenti Beria, tal como Stalin fez com Yagoda e Yezhov. Pois a nomenklatura soviética, cansada das matanças periódicas causadas pelo seu benfeitor, queria manter a ditadura com estabilidade, sem os seus fantasmas. E como era ordem do dia, os cães de guarda comunistas, antes, fidelíssimos a Stalin, começaram a culpá-lo pelas falhas do regime que promoveram.


Outro raciocínio desonesto é negar a aplicação lógica da ideologia na prática. Um dos modismos é dizer que o “comunismo nunca existiu”, como se a teoria marxista não fosse aplicada na realidade. Inventaram vários motivos para as falhas: culpa de Stalin, culpa de Lênin, culpa da nomenclatura bolchevique, culpa dos capitalistas, culpa da realidade. É curioso perceber que os mesmos comunistas, que defenderam esses modelos com devoção fanática, agora cuspam no prato que comeram e reneguem tudo aquilo que até a um tempo atrás defendiam como o futuro da humanidade. Todavia, como dizia Jean François Revel, o socialismo nunca é um fracasso, é apenas um sucesso mal explicado. Os socialistas e comunistas inventaram a nova mentira do momento:tudo que eles tanto defenderam, tudo que eles tanto eram capazes de morrer, nunca foi o socialismo. Na melhor das hipóteses, transformaram o marxismo numa ideologia platônica: é o socialismo “real”.


Os sofismas de tais argumentos não sobrevivem a uma avaliação séria. Tudo aquilo que Marx pregou no Manifesto Comunista, ou que Lênin escreveu em seus panfletos, foram integralmente aplicados. Até os lampejos de violência, de crueldade e de domínio total e tirânico do Estado, são fundamentos genuinamente marxista-leninistas e revolucionários. Quanto a bobagem do comunismo nunca ter existido, os marxistas não percebem
(ou fingem não perceber), que se a ideologia leva a fins totalmente contrários aos meios que apregoa, logo, essa ideologia é falsa. O comunismo nunca vai existir no modelo que eles idealizam. Ele sempre será aquilo que sempre foi, quando aplicado na prática: uma assombrosa tirania e um assombroso morticínio em massa. As premissas totalitárias do comunismo sempre levarão aos fins diversos daquilo que os socialistas apregoam. Contudo, o socialista e o comunista médios nunca questionam a insanidade de suas premissas básicas, quando a questão é comunismo: é um dogma, um paradigma de realidade, ainda que tudo seja pura irrealidade. Daí eles mentirem a vontade, sempre respaldado numa hipótese que acreditam de forma sectária, enquanto a realidade prova justamente o contrário. No mundo puramente racional e abstrato, todas as ideologias são lindas, porque vivem no plano das idealizações. A mentira chegou a tal ponto, que o socialismo “real” não é mais socialismo; é capitalismo de Estado! Ou quando não, Stalin era fascista! Em outras palavras, se o socialismo fracassa, a culpa é sempre dos outros! Quanto mais os comunistas matam, destróem, roubam, violam e oprimem, menos eles se responsabilizam pelos atos. A ideologia se torna cada vez mais rarefeita, irracional, incompreensível, já que vira uma subjetividade no plano das idéias. Uma verdadeira mitologia! E quanto mais confusa e inalcançável é a ideologia, mais ela se torna atraente!


Porém, os comunistas e socialistas inventaram outro escopo histórico de mentiras convenientes:
a culpa do socialismo ter fracassado foi da burocracia estatal. O raciocínio, por si só, já é contraditório. Primeiro, porque é imprescindível ao Estado a gerência burocrática, princípio básico da organização e hierarquia administrativa. Se os mesmos se dizem tão inimigos da burocracia, por outro lado, a lógica socialista só tende a alargar o poder burocrático ao infinito. A idéia do planejamento estatal centralizado e do controle total do Estado só é possível, mediante um poder onipotente e onipresente da burocracia. Se uma das características do Estado moderno democrático é a existência de um corpo burocrático-funcional limitado, o Estado totalitário idealizado pelos socialistas é o agigantamento monstruoso de burocratas. É interessante notar a particularidade dessa esquizofrenia: os socialistas criticam aquilo que, logicamente, acabam promovendo. Isso porque prometem acabar com o Estado, criando o Estado mais absoluto da face da Terra, um poder que centraliza o comando da economia e da política da sociedade nas mãos de uma diminuta burocracia planejadora.


E como não devia deixar de ser, o socialista médio diz, contraditoriamente, negar seu passado, enquanto quer repeti-lo no futuro. É um ardoroso defensor da China Comunista, de Cuba, enquanto apóia a ascensão de ditaduras totalitárias na América Latina. Hugo Chavez e Morales são os queridinhos desses psicopatas monstrinhos. Todos se merecem aí. Ele defendem o mesmo raciocínio que até então condenavam no tão alardeado socialismo “
real”: a centralização absoluta do poder governamental, a burocratização total da vida civil e a sua pulverização como foro livre e autônomo do poder estatal. Movimentos sociais como o MST, treinados pelas Farcs, sonham em coletivizar a agricultura a brasileira. Desejam matar de fome milhões de brasileiros, tal como Mao eliminou, só numa tacada, milhões de chineses, através de uma reforma agrária desastrosa. Ou mesmo Lênin e Stalin, com as mesmas aplicações políticas de confisco e estatização da agricultura. E o Presidente da República, o sr. Lula, sonha em cubanizar o Brasil, criando uma gigantesca miséria e servidão comunista tropical. São tagarelas pomposos, que repetem a exaustão a ideologia de culpas sociais dos ricos e dos injustos, enquanto são os mais criminosos, os mais mentirosos e os mais injustos e arbitrários. É possível entender o quanto é surrealista crer que um regime tenha matado tanta gente; as pilhas de ossos do Camboja, as pilhas de cadáveres da Rússia e mesmo as torturas insólitas aplicadas aos chineses recalcitrantes, nos dão a idéia demoníaca de uma ideologia, que em nome do bem, faz o pior mal neste mundo. Biblicamente e metaforicamente falando, o Anticristo parecerá justo e enganará a muitos com a linguagem floreada, enquanto os fins serão diametralmente opostos à língua da serpente. O comunismo soube, como ninguém, personificar essa maldade inacreditável, sem precedentes para os padrões humanos.


E mesmo depois de toda a desmoralização histórica e denúncia dos crimes socialistas, as universidades públicas, com seus militantes vermelhos, assassinos em potenciais, querem ossos e sangue. Quem se diz comunista, depois de milhões de cadáveres na consciência, é uma pessoa ignorante, ou um doente que precisa de tratamento; no mínimo, uma internação no manicômio judiciário. A consciência deste homem simplesmente não existe. Isso faz refletir as palavras de Alain Besançon, em seu livro
“A Infelicidade do Século”, o nível moral de alguém que se diz comunista: (...)nas discussões que se seguiram à publicação do Livro Negro do Comunismo, um editorialista do L´humanité declarou à televisão que os oitenta milhões de mortos não manchavam em nada o ideal comunista. Eles representavam apenas um lamentável desvio. Depois de Auschwitz, continuou ele, não se pode ser nazista; mas depois dos campos soviéticos, pode-se continuar sendo comunista. Esse homem que falava com a consciência não se dava de forma alguma conta de que acabava de formular sua mais fatal condenação. Ele não percebia que a idéia comunista tinha pervertido de tal forma o princípio de realidade e o princípio moral, que ele não poderia de fato sobreviver a oitenta milhões de cadáveres, ao passo que a idéia nazista tinha sucumbido sob os seus. Acreditando falar como um homem muito honesto, idealista e intransigente, ele tinha pronunciado uma palavra monstruosa. O comunismo é mais perverso do que o nazismo porque ele não pede ao homem que atue conscientemente como criminoso, mas, ao contrário, se serve de espírito de justiça e de bondade que se estendeu por toda a terra para difundir em toda a terra o mal. Cada experiência socialista é recomeçada na inocência”.


Basta complementar, só se for a inocência útil!

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