Hilary White
3 de fevereiro de 2010 (Notícias Pró-Família) — Um novo estudo revelou que pacientes julgados estarem em estado “vegetativo” ainda têm função cerebral e podem até mesmo se comunicar em alguns casos. Publicado na Revista de Medicina da Nova Inglaterra, o estudo examinou 54 pacientes com “desordens de consciência” e avaliou sua “capacidade de gerar reações deliberadas” durante duas “tarefas estabelecidas de imagens mentais”.
Cinco dos pacientes puderam “deliberadamente modular” sua atividade cerebral e três desses exibiram “algum sinal de consciência”. Um dos cinco pôde comunicar respostas de sim ou não a perguntas simples.
Esses resultados, disseram os pesquisadores, indicaram que alguns pacientes diagnosticados como vegetativos podem ter alguma medida de “consciência preservada”.
Os pesquisadores concluíram “que uma pequena proporção de pacientes em estado vegetativo ou minimamente conscientes tem atividade cerebral que reflete alguma consciência e percepção”.
“Cuidadoso exame clínico resultará em reclassificação do estado de consciência em alguns desses pacientes. Essa técnica poderá ser útil para estabelecer comunicação básica com pacientes que parecem não reagir”.
A pesquisa, dirigida pelo Dr. Martin M. Monti, da Unidade de Ciência Cerebral e Cognitiva do Conselho de Pesquisa Médica em Cambridge, Inglaterra, também alertou sobre os elevados índices de diagnósticos errados, até 40 por cento, em casos de pacientes em “estado minimamente consciente”.
O relatório observou que “reação intencional a estímulos” é crucial na hora de avaliar pacientes em “estado vegetativo” e tem “implicações para subseqüente assistência e reabilitação, bem como para tomada de decisões legais é éticas”. Em jurisdições que permitem a remoção de órgãos de pacientes julgados com “morte cerebral”, tal tomada de decisão é uma questão de vida e morte.
“Ficamos perplexos quando aconteceu isso”, Monti disse para o jornal The New York Times. “Acho literalmente estupendo. Esse era um paciente que críamos estava em estado vegetativo havia cinco anos”.
Bobby Schindler, irmão de Terri Schiavo, que morreu depois que a sonda de alimentação dela foi removida sob ordens de seu marido, respondeu às descobertas do estudo, dizendo que ele desejava que tal tecnologia estivesse disponível para sua irmã.
“É perturbante para mim quando vejo esse tipo de pesquisa”, Schindler disse. “Estávamos tentando conseguir esses tipos de testes para Terri, mas o tribunal não nos permitiu realizá-los”.
O caso de Schiavo iniciou uma tormenta de publicidade entre 1998 e 2005. No fim, os tribunais ficaram do lado dos médicos que testificaram que Schiavo estava em persistente estado vegetativo, sem esperança de recuperação — embora os médicos que os Schindlers tivessem trazido para o tribunal dissessem que havia chance de recuperação.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Fonte: http://noticiasprofamilia.blogspot.com
Veja também este artigo original em inglês:
http://www.lifesite.net/ldn/viewonsite.html?articleid=10020403
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