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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O Colapso Financeiro Global — O Que Você Precisa Saber e Como se Precaver

O Colapso Financeiro Global — O Que Você Precisa Saber e Como se Precaver


Autor: Carl Teichrib
Forcing Change, julho de 2008.



Autor: Carl Teichrib, artigo "Economics Undone", em
http://www.crossroad.to/articles2/forcing-change/08/7-economics.htm
Data da publicação: 27/9/2008
Patrocinado por: L. O. G. — Curitiba / PR
Revisão: http://www.TextoExato.com
A Espada do Espírito: http://www.espada.eti.br/colapso.asp




Compreenda a crise do dinheiro sem lastro e criado a partir do nada, um sistema fraudulento que está prestes a ruir. Conheça o contexto histórico e saiba como o clima econômico em mutação poderá afetar sua situação em particular. As ações preventivas que você deve considerar.


Prefácio — Não foi fácil redigir este artigo. Sempre que alguém escreve sobre assuntos econômicos, incluindo a possibilidade de uma crise, é fácil cair em algumas ciladas. Sensacionalismo e tornar o artigo técnico demais são riscos difíceis de evitar. Além disso, quando os dados são em si mesmos sensacionais, é difícil colocar de lado o entusiasmo e ao mesmo tempo tratar a situação em vista. Tudo é ainda mais complicado pelo fato de você precisar apresentar certa quantidade de material provocador. Com esta compreensão, é minha esperança que os leitores reflitam sobre as informações contidas neste artigo — procurando compreender o contexto histórico e como o clima econômico em mutação poderá afetar sua situação específica. Diversas ações preventivas são apresentadas para sua consideração.


Durante os últimos catorze meses, a ameaça de incerteza econômica permeou as comunidades empresariais e financeiras. Desde a crise das hipotecas de alto risco nos EUA até a elevação dos preços da energia e dos alimentos, é evidente que um grande abalo está para acontecer e essa turbulência econômica resultou em algumas matérias muito interessantes na imprensa. Aqui estão algumas que foram publicadas no fim de junho:

- O Royal Bank of Scotland "orientou os clientes a se prepararem para um colapso total no mercado de ações e de crédito nos próximos três meses, à medida que a inflação paralisa os principais bancos centrais." [1].


- Tim Bond, estrategista-chefe de Participações do Barclays Capital: "Estamos em um ambiente muito ruim. Um choque de inflação está para acontecer. Esse choque será muito negativo para os ativos financeiros. Estamos entrando no modo do jabuti e estamos nos retraindo para dentro de nossa casca. Os investidores farão bem se puderem preservar seu patrimônio..."


- "Eles (os bancos centrais) terão de pisar firme nos freios. Haverá uma recessão global muito profunda nos próximos três anos à medida que os responsáveis pelas políticas econômicas tentam colocar a inflação de volta sob controle." [2].


- Fortis Bank, uma importante instituição financeira européia, recentemente recapitalizou com base na crença que a economia norte-americana está à beira da ruína. O presidente Maurice Lippens, ao discutir esse programa de recapitalização, soltou a seguinte bomba: "Fomos salvos no último minuto. As coisas nos EUA estão ficando muito piores do que as pessoas imaginam." [3].


Para compreender melhor a condição econômica em que nos encontramos, é importante fornecer algumas informações de pano de fundo. Isto inclui um fato comumente negligenciado: A economia, a política e a religião estão indelevelmente vinculadas.


A lógica que está por trás desse raciocínio pode ser interpretada como uma generalização; apesar disso, há validade no argumento que não pode ser ignorado. No nível pessoal e cultural, a moralidade está baseada no impacto das convicções históricas e religiosas contemporâneas, ou na falta delas.


Além disso, a partir de uma perspectiva cultural, nossa cosmovisão e nossos padrões morais refletem o modo como nossas questões financeiras e econômicas são conduzidas. Por sua vez, isso influencia o espectro político, que aprova leis e regulamentações para guiarem o comportamento no terreno das obrigações econômicas e financeiras.


Dando a volta completa no círculo, essa ação reforça a moralidade que forneceu a ética que está por trás da economia. A religião, a moralidade e a política formam a moldura do quadro econômico nacional e global.


Sendo assim, qual é o aspecto do quadro? Para os iniciantes, é enorme: O cenário interconectado da moralidade, da política e da economia é tão amplo, tão vasto, e envolve tantas coisas, que é difícil explicar usando somente um exemplo. Os escândalos da Enron e da WorldCom vêm imediatamente à lembrança. Assim também as corretoras "chop houses", controladas pela Máfia em Nova York, em que o crime organizado administrava fundos ilícitos por meio do mercado de ações nos anos 1990. [4].


Também não nos esqueçamos da incrível teia de enganação e destruição tecida pelo BCCI. Durante os anos 1980 e início dos anos 1990, o Bank of Credit and Commerce International atuou como 'banco central' para mercadores de armas, traficantes de drogas, para lavagem de dinheiro e uma miríade de outras operações perniciosas — atraindo alguns dos mais poderosos e malignos atores da arena internacional.


Quando o BCCI foi finalmente liquidado, ele foi apelidado de "Banco dos Crápulas e Criminosos Internacionais" [5]. Mas, além disso, está o fato que os depositantes incluíam "bancos centrais, organizações governamentais, fundos de investimento governamentais e altos funcionários de governos, envolvendo a maioria dos países do mundo." [6] Quando o caso do BCCI foi exposto, rastros de cadáveres e crateras abertas por bombas se espalhavam da América Latina até o Oriente Médio, e por toda a parte. Se serviu para alguma coisa, o BCCI validou as palavras da Bíblia: "Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores." [1 Timóteo 6:10].


Mas outros ângulos do nosso panorama econômico precisam ser considerados. Richard Ebeling, um professor de Economia, nos faz lembrar o papel exercido pela intervenção estatal:

"Olhe ao redor em qualquer direção de sua vida econômica e social e tente encontrar um aspecto de sua existência que esteja livre de qualquer forma de intrusão direta ou indireta do governo em suas relações pessoais ou interpessoais. É praticamente impossível encontrar um aspecto ainda livre. Nossa vida não nos pertence mais; ela é propriedade do governo...".

"Hoje, não são mais as forças do livre mercado, mas as decisões políticas que mais freqüentemente influenciam quais bens e serviços serão produzidos, onde e como eles serão fabricados, e para quais propósitos eles poderão ser usados. Pegue qualquer produto em qualquer loja e você descobrirá que centenas de regulamentações federais e estaduais determinam os métodos que precisam ser seguidos para a fabricação, a qualidade, conteúdo, embalagem, as condições de venda e sob as quais ele pode ser 'seguramente' usado pelo consumidor. Compre um terreno ou um edifício já construído e você se verá preso em uma teia de aranha, com restrições sobre como usar, como fazer melhorias e como vender. Cada faceta de nossas vidas está agora sujeita aos caprichos do Estado.".

"Em um ambiente em que a 'política pública' determina as vidas individuais, em que a vida social e econômica se tornou politizada, não é surpresa que muitos tenham virado sua atenção para a política para melhorar sua posição no mercado e sua porção de renda relativa. A coerção legalizada se tornou o método pelo qual eles avançam na vida. E não se engane: Toda transferência de renda, toda tarifa ou cota de importação, todo subsídio comercial, toda regulamentação ou proibição sobre quem pode competir no mercado, ou como um produto pode ser fabricado ou vendido, e toda restrição sobre o uso e transferência de propriedade é um ato de coerção... Com o tempo, o intervencionismo ofusca a distinção entre o que é moral e o que não é." [7].


Todas essas questões refletem um dilema moral que ultrapassa os próprios interesses básicos (atender às necessidades pessoais); ele é chamado de ganância e o poder e a capacidade de alimentar a ganância resultaram na indústria de maior crescimento no mundo — o dinheiro.


Falando de ganância financeira, Alan Greenspan, ex-presidente do Federal Reserve, fez a seguinte declaração durante uma oitiva diante do Comitê de Bancos do Senado Americano, em 2002:

"Uma ganância infecciosa parecia tomar conta da maior parte da comunidade empresarial. Nossos guardiões históricos das informações financeiras estavam sobrecarregados. Um número muito grande de executivos empresariais procurava modos de 'colher' alguns daqueles ganhos do mercado de ações. Como resultado, a altamente desejada distribuição da participação acionária e de opções entre os gerentes empresariais perversamente criava incentivos para artificialmente inflar os ganhos reportados de modo a manter os preços das ações em alta e subindo ainda mais... Não que as pessoas tenham se tornado mais gananciosas do que as das gerações passadas; os meios de expressar a ganância é que cresceram enormemente." [8].


Greenspan estava certo; uma "cobiça infecciosa" tomou conta da comunidade empresarial. Entretanto, ao apontar um dedo para o setor empresarial, três estavam apontando contra ele mesmo. Afinal, nenhum outro setor comercial no mundo dominou melhor a capacidade de alimentar a ganância do que o setor bancário. O poder final de criar ou de reter as riquezas não se encontra no setor empresarial. Ele está firmemente plantado no terreno dos bancos centrais e das instituições bancárias comerciais.


Sir Josiah Stamp tinha essa compreensão. Como ex-presidente de um dos bancos mais poderosos do mundo — o Banco da Inglaterra — e considerado o segundo homem mais rico da Inglaterra durante os anos 1920, ele conhecia intimamente o sistema financeiro internacional:

"O sistema financeiro moderno fabrica dinheiro a partir do nada. O processo é talvez o mais surpreendente truque de prestidigitação que já foi inventado. Os bancos foram concebidos na iniqüidade e nascidos em pecados. Os banqueiros são os donos do planeta Terra. Tire tudo deles, mas mantenha somente o poder de criar depósitos e, fazendo rabiscos com uma caneta, eles criarão depósitos suficientes para comprar tudo de volta.".

"Entretanto, tire tudo deles, e todas as grandes fortunas, como a minha, desaparecerão, e elas precisam desaparecer, pois o mundo se tornaria mais feliz e melhor para todos viverem. Mas, se você desejar continuar sendo escravo dos banqueiros e pagar o custo da sua própria escravidão, então permita que eles continuem a criar depósitos." [9].


Alguns leitores estarão franzindo as testas e perguntando para si mesmos: "O que ele quis dizer com 'criar depósitos'?"


É isto mesmo: os bancos criam dinheiro. Na verdade, a vasta maioria do dinheiro em uso não existe fisicamente; existe apenas na forma de depósitos bancários. Acessando as estatísticas de 2006 do Federal Reserve, a autora Ellen Brown reportou que 3% do suprimento de dinheiro dos EUA estão na forma de moedas e papel (dólares).

"Os outros 97% são criados pelos bancos comerciais como empréstimos, mas na forma de crédito e depósitos bancários baseados em dívidas." [10].


Algumas vezes Isto é chamado de "dinheiro do talão de cheques" e é criado por um processo chamado "reserva bancária fracionária" — um sistema empregado por praticamente todas as instituições bancárias e de crédito. Larry Bates, um ex-banqueiro e membro do Comitê de Bancos e Comércio da Assembléia do Tennessee, explica como o mecanismo funciona:

"Como um ex-banqueiro, criei literalmente milhões de dólares a partir do nada fazendo rabiscos com minha caneta. O sistema funciona da seguinte forma: Um dia, fiz um empréstimo a um cliente no valor de 100 mil dólares, desse modo aumentando meus ativos em empréstimos em 100 mil dólares. Esse cliente tinha um bom histórico de crédito, de modo que depositei os fundos em sua conta corrente, desse modo aumentando meu exigível no Passivo de meu balanço em 100 mil dólares. No fim do dia, quando totalizei meu balancete, eu tinha aumentado o tamanho do meu banco em 100 mil dólares.".

"Tudo o que tenho legalmente de fazer é manter em reserva 10% dos 100 mil dólares que depositei na conta corrente do cliente, ou 10 mil dólares. Subtraio esses 10 mil do depósito de 100 mil, e agora empresto ao próximo cliente 90 mil dólares do dinheiro do primeiro cliente e repito o processo. A quantidade total que posso criar no fim é chamado de 'multiplicador'. Ele é determinado por uma fórmula que é definida pela exigência de reserva, definida pelo Federal Reserve.".

"Se a exigência de reserva for 10%, um modo simples de determinar o multiplicador é dividir 100 pela porcentagem exigida. No caso, 100 dividido por 10 são 10, de modo que o multiplicador é 10. Em outras palavras, com uma exigência de reserva de 10%, posso receber um milhão de dólares em novos depósitos e sob o sistema de reserva fracionária posso transformar isso em um máximo de 10 milhões de dólares de novo dinheiro criado e injetado na economia." [ênfase adicionada].


Contrariamente ao que muitas pessoas imaginam, as moedas do mundo não estão mais baseadas no padrão ouro (isto é assim há várias décadas), ou em qualquer outro bem tangível. As moedas estão baseadas em uma gigantesca bolha de dívidas (crédito) e a "fé" do usuário que o governo "garantirá". Essa forma de dinheiro é chamada de fiduciária — dinheiro criado por decreto do governo, e sem valor intrínseco. [11] Portanto, todo o sistema monetário é agora uma grande pirâmide de dívidas irreversíveis construída sob o fundamento da reserva bancária fracionária.


Precisamos explorar brevemente outras realidades econômicas: Inflação monetária e deflação. Falando em termos simples, inflação monetária é a expansão do dinheiro. Quanto mais dinheiro for criado, menos "valor" ele tem e mais os preços aumentam para compensar essa perda no poder de compra. Outras questões certamente influenciam a elevação dos preços, como a oferta e procura e os desequilíbrios que aparecem. Entretanto, a inflação geral é produzida por um aumento na quantidade geral de dinheiro em circulação.


Isso é significativo, especialmente quando se considera o poder dos bancos de criar dinheiro e a presente realidade do crédito como dinheiro. Walter Stewart, um autor canadense que escreve sobre bancos e finanças, reconheceu essa vinculação raramente considerada:

"As implicações são imensas. Primeiro, não há uma restrição eficaz sobre a quantidade de dinheiro que um banco pode criar na memória de um computador, com alguns poucos toques no teclado e, se isso não for perigoso, não sei o que é... Segundo, não há mais nenhum instrumento eficaz, além da elevação das taxas de juros, que o governo possa usar para controlar a inflação." [12; ênfase adicionada];


'Elevar as taxas de juros' nos traz a outro ponto: deflação. Deflação é a contração da oferta geral de dinheiro. Agora, com menos dinheiro em circulação, o preço dos produtos em geral diminui para refletir o valor mais alto do dinheiro mais escasso. A redução dos preços parece ser uma coisa boa, até que você descobre que é o resultado de menos dinheiro nos bolsos de todos, inclusive do seu e do meu.


Em nosso sistema moderno em que o dinheiro está baseado somente em dívidas — e é inflacionário por sua própria natureza — o efeito de elevar as taxas de juros é uma medida deflacionária. Taxas de juros elevadas significam menos empréstimos, menos créditos, menos dinheiro. Isso é conhecido como "aperto no crédito".


Encontrar o equilíbrio perfeito entre expansão e contração monetária, especialmente à luz de outros fatores do mercado, como oferta e procura, balanço de pagamentos e nível de emprego, não é uma tarefa fácil. Todavia, é isto que o banco central de um país precisa fazer. Portanto, quando um banco central reduz as taxas de juros, e as mantêm artificialmente reduzidas para induzir o crescimento (os gastos dos consumidores) — que é exatamente o que aconteceu nos últimos quinze anos — ocorre um desequilíbrio inflacionário.


Há mais de uma década esse crédito barato tem sido visto como uma coisa boa. Ele agrada à nossa ganância pessoal. Você não pode comprar um carro novo? Uma nova casa? Compre agora e pague ao longo de sua vida. Não tem dinheiro para comprar um sofá de couro, uma TV de tela grande, um novo computador? Compre agora e pague depois com o financiamento aprovado. Não tem dinheiro para as roupas da moda, as refeições em restaurantes sofisticados, os filmes? Use seu cartão de crédito.


Todos já fizemos isso e agora nossa cultura está afogada em dívidas e com um dinheiro inflado, sem valor e baseado em crédito. O seguinte comercial da LendingTree, que está tentando oferecer ainda mais crédito, fornece um ótimo exemplo. O cenário é um bairro elegante, de classe média alta e somos apresentados ao sorridente Stanley Johnson, que gentilmente nos mostra seu estilo de vida do sonho americano — incluindo sua bela casa com lareira e piscina.

"Meu nome é Stanley Johnson. Tenho uma linda família. Moro em uma casa de quatro dormitórios em um ótimo bairro. Gosta do meu carro? É novo! Também sou sócio do clube de golfe da cidade. Como consigo? Estou superendividado. Mal consigo pagar os encargos do meu financiamento."

"A inserção da LendingTree diz: 'Precisa de um modo inteligente de lidar com suas dívidas? Na LendingTree.com, você pode reduzir seus pagamentos mensais usando a participação em sua casa, ou em um financiamento, ou refinanciando sua hipoteca. Ligue para 1-800...'."

"Dirigindo seu pequeno trator cortador de grama no quintal de sua casa, Stanley diz: 'Alguém me ajude'." [13].


É triste dizer, mas isto resume a situação das finanças pessoais em grande parte do mundo ocidental. As grandes empresas e os governos não estão em melhor situação, conforme testemunhado pela dívida nacional total dos EUA (incluindo governos, empresas e pessoas físicas) de mais de 50 trilhões de dólares. [14].


Mas isto não é acidental. Toda vez que um empréstimo ou um programa de financiamento é contratado, uma decisão consciente foi tomada para prosseguir — algumas vezes para o aperfeiçoamento pessoal do indivíduo, algumas vezes não. Coletivamente, sabíamos o que estávamos fazendo. Assim também as empresas e os governos.


Da mesma forma as instituições de crédito. O setor bancário, seguindo o exemplo dos bancos centrais, distribuiu crédito barato (dívidas) como doces. Eles sabiam o que estavam fazendo? É claro que sim! Os bancos anunciaram taxas de juros reduzidas e pagamentos em suaves prestações, fazendo de tudo para vender o crédito barato.


O público, não mais satisfeito em começar pequeno e poupar aos poucos para adquirir os bens, se empanturrou com todo o crédito suave oferecido. Por sua vez, isto criou um ciclo quase infindável de crédito-inflação que a sociedade aparentemente não tem escolha senão perpetuar.


O mercado de habitação nos EUA demonstra esse princípio. [Nota: A explicação a seguir foi simplificada por limitações de espaço.].


Todos precisam de um lugar para morar, mas comprar uma casa é um passo muito grande e poucos têm condições de pagar à vista. Portanto, um financiamento habitacional é necessário para o comprador mediano. Quando o financiamento é feito, mais dinheiro baseado em crédito é injetado na economia. Assim, com os anos, os preços sobem coletivamente. Em algumas localidades, o mercado de habitação está mais aquecido do que em outras, mas isto é um reflexo de pressões localizadas da oferta e procura. Em termos gerais, os preços subiram à medida que as taxas de juros foram reduzidas, e os financiamentos se tornaram maiores e com menos garantias associadas.


Então, no fim dos anos 1990, os bancos começaram a distribuir financiamentos habitacionais de alto risco para famílias que já viviam sob o peso de dívidas e também para a população de baixa renda. Esses empréstimos tinham uma taxa de juros inicial muito baixa, mas eram ajustáveis — entra em cena o modelo das hipotecas de alto risco. À medida que as dívidas dos consumidores continuamente se expandiram em todas as faixas de renda e com o poder de compra do dólar caindo de forma correspondente, o uso das hipotecas de alto risco rapidamente ganhou ímpeto.


Expandindo tudo isto, as instituições bancárias formavam pacotes com esses financiamentos e os vendiam a outros bancos e especuladores em todo o mundo, criando o lado do investimento do mercado de hipotecas de alto risco. Isto se tornou uma mina de ouro para os investidores que estavam dispostos a correr riscos. O dinheiro fluía e os bancos que trabalhavam com hipotecas habitacionais procuravam assegurar que todos que quisessem ter sua casa própria pudessem comprar uma.


Você não tem poupança? Não tem garantias a oferecer? Não há problema. O crédito barato fluía como soda limonada e o mercado habitacional cresceu e se transformou em uma bolha inimaginável, levando os mutuários, bancos e os investidores em hipotecas de alto risco para a beirada do precipício.


Entretanto, do mesmo modo como doces em excesso deixam a pessoa com ânsia de vômito, uma economia inflacionária baseada em dívidas eventualmente atinge um ponto crítico. Para inúmeros mutuários que tinham essas hipotecas de alto risco, o ponto crítico ocorreu quando as taxas de juros foram ajustadas para cima.


O problema das hipotecas ainda não acabou e está longe de acabar. Ao contrário, ele pode ter atuado como a rolha no dique. Quando a rolha finalmente estourou, ela revelou uma teia de rachaduras que estavam se formando rapidamente, indo até às bases. Agora, parece que toda a infra-estrutura poderá ruir.


Se as debilidades econômicas não puderem ser sustentadas por algumas vigas de apoio, o que podemos esperar? Duas opções se apresentam: inflação e deflação. Vamos recapitular:


Inflação:
Neste cenário, o banco central reduz as taxas de juros e injeta mais liquidez (dinheiro na forma de crédito) no sistema, fornecendo uma solução emergencial e provisória. Isso pode conter o inevitável por certo tempo, mas se essa prática for continuada por muito tempo, ocorre uma saturação. Neste cenário, a hiperinflação pode aparecer como conseqüência: o dinheiro perde o valor e os preços sobem a cada semana, a cada dia, a cada hora. Os ativos monetários, como o ouro, ganham valor à medida que a moeda nacional é rejeitada pelo mercado;


Deflação:
Neste cenário, o banco central eleva as taxas de juros e, portanto, reduz a inflação por meio da contração do dinheiro que entra em circulação na economia. Se essa reação ocorrer rápido demais em uma sociedade que opera basicamente com crédito, então uma depressão deflacionária se propaga pelo sistema. Nesse cenário de "aperto", as linhas de crédito não são mais suportáveis, os financiamentos tornam-se difíceis de obter e as pessoas endividadas não conseguem suportar a elevação das taxas de juros. Surge o problema do desemprego e os preços caem vertiginosamente, incluindo os preços das ações, uma vez que o dinheiro se torna cada vez mais difícil de ganhar.


Existe uma terceira opção, mas ela é tão improvável que quase não vale a pena mencionar: No curto prazo, os bancos centrais estendem um cabo de aço bem rígido entre a inflação e a deflação e caminham por cima dele, ao mesmo tempo em que reformam a base financeira da sociedade — colocando restrições sobre o poder de criação de dinheiro do setor bancário (inclusive sobre si mesmos) e introduzindo alguma forma de moeda lastreada por ativos para trazer estabilidade e responsabilidade. Isto seria um início: Boa sorte.


O fato que estamos entrando em um período de crise é certo. Surgem duas grandes questões: A crise será deflacionária ou inflacionária? E quanto tempo antes do dique se romper? Atualmente, muitos analistas estão prevendo um período de inflação. Mary Anne e Pamela Aden, editoras do The Aden Forecast, recentemente reportaram:

"Subitamente, há muita discussão sobre inflação nos círculos oficiais e isso não acontecia antes. Mas nos dois ou três últimos meses, comentários ou advertências sobre inflação foram feitos pelo Fed, pelo Banco Central Europeu e pelo Banco da Inglaterra. As autoridades do governo estão falando sobre o assunto, bem como a imprensa. O Fundo Monetário Internacional foi o mais direto, advertindo que a inflação global reapareceu como uma grande ameaça para a economia mundial." [ênfase adicionada].


Não há dúvida que a inflação poderia estar pronta para dar um salto para cima. Entretanto, a reação a uma crise inflacionária — e estamos experimentando um lento crescimento da inflação há décadas — poderia nos preparar para um movimento reacionário, de aperto no crédito. Além disso, embora os custos da energia e dos alimentos estejam atualmente em alta (em parte devido às pressões geopolíticas), outros setores, como a habitação nos EUA, estão em queda. Outras regiões do mundo também estão experimentando uma redução na atividade econômica, porém mesmo no nível global essa crise não mostra uniformidade.


Ambrose Evans-Pritchard escreveu no jornal inglês The Telegraph: "O Ocidente está totalmente sob o controle de uma deflação de dívidas, pois anos de abuso no crédito voltaram para apavorá-lo. O Oriente — falando de forma bem livre — está na fase do estouro de uma expansão inflacionária." [16; ênfase adicionada].


Em 19 de junho, Bob Janjuah, um estrategista da área de crédito do Royal Bank of Scotland, indicou que um movimento deflacionário estava em formação:

"Um período muito ruim em breve virá sobre nós — estejam preparados... Dinheiro vivo é o porto seguro fundamental. Agora, a preocupação deve ser não perder seu dinheiro e não perder seu emprego... O aspecto ruim é que teremos de ver um crescimento mundial muito menor para voltarmos a ter uma inflação menor." [17].


George Soros foi citado no Telegraph dizendo que "este é o fim de um período de 60 anos de expansão contínua do crédito baseado no dólar como moeda de reserva." [18] [ênfase adicionada].


Inflação ou deflação? Ou um monstro híbrido que bata no mundo pelas duas extremidades? Até que a tempestade esteja diretamente sobre nós, é extremamente difícil dizer. Além disso, ninguém pode prever com certeza quando a tempestade desabará sua fúria. Mas uma observação pode ser feita: As nuvens da tempestade já aparecem no horizonte.


Não é impressionante o que a ganância pode fazer? Nas palavras de Ambrose Evans-Pritchard:

"Estamos navegando em águas desconhecidas, para as quais não existem cartas náuticas. A fácil acomodação entre crescimento e inflação que beneficiou tanto os preços dos ativos nos últimos vinte e cinco anos está acabada. Os barões das finanças não podem mais nos blindar das conseqüências totais de nossas dívidas. Eles nem mesmo querem fazer isto." [19].


Sugestões Para Enfrentar a Tormenta


As seguintes são sugestões práticas para enfrentar a tempestade — seja ela na vida pessoal ou uma tempestade que afete toda a sociedade.


Observe, porém, que estas não são idéias bem desenvolvidas, mas apenas abordagens práticas. Sendo o autor desta lista, preciso admitir que não sou capaz de seguir tudo o que estou sugerindo. Tenho plena consciência que muitas outras pessoas também não conseguirão, devido à falta de capital, ou por outras razões. Portanto, a lista deve ser vista como um ponto de partida para avaliar individualmente sua própria situação.


Conseqüentemente, cada pessoa terá de analisar seu próprio conjunto de circunstâncias e encontrar o melhor caminho de ações a seguir. Isso dependerá do capital de cada pessoa, dos níveis de endividamento, das habilidades e talentos e até mesmo da localidade em que você vive, entre diversos outros fatores.


A lista é formada por quatro partes: Conhecimento, Relacionamentos, Econômicos e Físicos.


Conhecimento:


Separe um tempo para estudar e compreender a história do dinheiro, dos bancos, das dívidas e da economia. Não se satisfaça em ler somente livros e artigos de autores com os quais você concorda. Faça um desafio a si mesmo: Separe tempo para analisar e encarar as posições da oposição — e encontre livros de diversas épocas. Em seguida, armado com esse conhecimento, você estará melhor equipado para compreender a situação presente. No fim deste artigo apresento uma lista de livros e recursos.


Faça uma avaliação completa da sua situação financeira. Seja honesto consigo mesmo. Um bom livro para usar como referência em conjunto com esse exercício é: Your Money Counts, de Howard Dayton (Tyndale House, 1997).


Relacionamentos:


Conheça seus vizinhos. Envolva-se com outras pessoas, apoiando-as nos tempos de estresse e alegrando-se com elas nos tempos de tranqüilidade e de comemorações. Pense nos outros e seja rápido em ajudar. Não faça isso pensando em reciprocidade, mas porque é a coisa certa a fazer. Crie relacionamentos que vão além de conversar sobre esportes ou sobre o clima. Seja um verdadeiro vizinho; seja um amigo.


- Onde for possível, envolva-se em uma comunidade mais ampla: na escola de seus filhos, em sua igreja, exerça funções na comunidade e em outras áreas de interação social. O ponto anterior: 'Conheça seus vizinhos', aplica-se ao contexto maior.


- Busque o aconselhamento de indivíduos que você conhece e em quem confia. Converse com os idosos, pois muitos deles enfrentaram tempos difíceis em suas vidas e podem compartilhar experiências e incidentes que contêm lições preciosas.


Econômicas:


- Se possível, livre-se das dívidas, especialmente as dívidas com consumo. Mesmo nos bons tempos, as dívidas são como uma âncora; elas mantêm você preso e tiram sua liberdade. No caso de uma crise financeira pessoal ou nacional, as dívidas podem ser o machado do verdugo executor.


- Guarde certa quantidade de dinheiro vivo. Uma regra de ouro é ter dinheiro vivo suficiente e guardado para atender às necessidades de sua família durante quatro a seis meses sem receber novos rendimentos. (Como e onde guardar esse dinheiro é algo que só você deve saber.) Esse dinheiro deve ser visto como um fundo emergencial e tratado de forma diferente que a poupança. (Para muitas pessoas, pode ser muito difícil conseguir reservar essa quantidade de dinheiro vivo, especialmente aqueles que estão enfrentando uma situação de endividamento.).


- Adquira ouro e prata. Alguns analistas sugerem aplicar 10% da sua carteira de investimentos em ouro e prata, outros sugerem até 50%. Você precisa determinar o quanto adquirir e de que forma (certificados, moedas, barras, etc.) Historicamente, ouro e prata são investimentos muito mais sólidos que o papel-moeda. Estude o assunto e determine o que você precisa fazer em sua circunstância específica.


- Analise seu emprego ou carreira e/ou seu negócio. Ele é seguro? Se você tiver um negócio próprio, o que precisa fazer para fortalecê-lo? No caso de um emprego, o quão seguro ele é? Você tem as habilidades e conhecimentos necessários para mudar se o cargo for extinto?


- Investimentos. Como não sou um especialista em investimentos, hesito em sugerir quais opções seguir. Algumas idéias vêm à mente: Diversifique suas aplicações monetárias com moedas fortes de países estáveis, veja as oportunidades sólidas de investimento em outras partes do mundo (é importante observar o setor de recursos; uma boa publicação para assinar é Resource World Magazine), não copie o que todas as outras pessoas estão fazendo. Pense!


Físicas:


- Crie um estoque de itens de alimentação que sejam duráveis. Cresci e ainda vivo em uma região rural em que as pessoas têm uma grande dispensa. A maioria dos meus amigos na cidade não tem muitos alimentos estocados. Após viver em Indianápolis por quatro anos, e observar a cidade reagir à chegada de uma tempestade de neve, minha crença em ter um grande estoque de alimentos foi reforçada. Afinal, você precisa comer.


- Cultive uma horta se tiver espaço suficiente. Faça um acordo para comprar carne, leite e ovos direto de um sítio ou fazenda. Caso você não conheça, procure encontrar quem possa atendê-lo.


Se possível, compre um gerador de energia e também tenha o combustível estocado. Preciso confessar que, mesmo sendo um residente da zona rural que já ficou sem energia devido ás tempestades de neve, ainda não tenho um gerador, mas espero retificar essa situação em breve.


- Tenha ferramentas à mão e saiba como utilizá-las. Isso não significa tornar-se um técnico em mecânica; significa apenas saber como fazer as coisas para você mesmo e para os outros, quando possível. Você não tem as habilidades necessárias? Leia alguns livros, converse com as pessoas e experimente (comece aos poucos no início). Um amigo meu tinha poucos conhecimentos neste campo. Após passar um tempo na biblioteca, conversar com as pessoas e planejar tudo cuidadosamente, ele fez um trabalho fantástico de renovar sua casa. Se entrarmos em um período em que a economia fique paralisada, prepare-se para fazer mais coisas você mesmo.


Aqui estão mais alguns recursos sugeridos:


Sítios na Internet:

www.resourceworld.com (vale a pena assinar a revista impressa)


Livros:


A lista a seguir contém alguns dos livros que já li ou que estou lendo, incluindo itens historicamente relevantes. Essa lista não tem o objetivo de ser um guia, mas apenas um ponto de partida para você começar a investigar.


- James Eggert, What is Economics? (Mayfield Publishing Company, 1997). Uma boa visão geral sobre Economia.


- Howard Dayton, Your Money Counts, (Tyndale House, 1997). Um livro fácil de ler com uma cosmovisão cristã com relação a dinheiro e dívidas — repleto de aplicações práticas.


- Martin Mayer, The Bankers (Weybright and Talley, 1974). Um histórico dos bancos.


- John Kenneth Galbraith, A Journey Through Economic Time (Houghton Mifflin, 1994) e The Anatomy of Power (Houghton Mifflin, 1983). Galbraith foi um gigante. Journey é um volume curto sobre a compreensão do que move a economia e Power é um estudo importante sobre os usos e alavancagem da influência.


- James Turk and John Rubino, The Collapse of the Dollar and How to Profit from It (Doubleday, 2004). Uma excelente visão geral sobre inflação e o ouro.


- Contantino Bresciani-Turroni, The Economics of Inflation: A Study of Currency Depreciation in Post-War Germany (George Allen & Unwin, 1937) Um estudo detalhado da catástrofe econômica na Alemanha.


- Larry Bates, The New Economic Disorder (Creation House, 1994). Uma análise curta, porém muito boa, do poder dos bancos, do dinheiro e da política.


- Gordon Thomas and Max Morgan-Witts, The Day the Bubble Burst: The Social History of the Wall Street Crash of 1929 (Penguin, 1979). Exatamente o que o título diz: O Dia em Que a Bolha Estourou: A História Social do Colapso de Wall Street em 1929.


- Norman Angell, The Story of Money (Garden City, 1929). Um livro antigo, mas com muitos fatos interessantes.


- G. Edward Griffin, The Creature from Jekyll Island: A Second Look at the Federal Reserve (American Media, 1998). Um estudo extenso, porém fácil de ler, sobre Economia, o poder do dinheiro criado pelos bancos, e as motivações políticas mais profundas.


- Walter Stewart, Bank Heist: How our Financial Giants are Costing you Money (Harper Collins, 1997). Uma análise canadense da manipulação e influência dos bancos.


- Jack Weatherford, The History of Money (Crown, 1997). Um histórico fácil de ler do dinheiro.


Notas Finais


1.
“RBS issues global stock and credit crash alert,” Telegraph, edição on-line, 19 de junho de 2008.

2. “Barclays warns of a financial storm as Federal Reserve’s credibility crumbles,” Telegraph, edição on-line de 28 de junho de 2008.

3. “Fortis made cash call in face of expected U.S. ‘meltdown’,” CNBC News [on-line], http://www.cnbc.com/id/25451427/for/cnbc, 30 de junho de 2008.

4. Veja Gary Weiss, Born to Steel: When the Mafia Hit Wall Street (Warner Books, 2003).

5. Veja o ensaio de Lucy Komisar: “BCCI’s Double Game: Banking on America, Banking on Jihad”, A Game as Old as Empire (Berrett Koehler, 2007). Veja também: The Outlaw Bank: A Wild Ride into the Secret Heart of BCCI, de Jonathan Beaty e S. C. Gwynne.

6. The BCCI Affair: Report to the Committee on Foreign Relations, Senado dos Estados Unidos, senadores John Kerry Hank Brown, dezembro de 1992, 102nd Congress, 2nd Session.

7. Richard M. Ebeling, The Free Market and the Interventionist State, Between Power and Liberty: Economics and the Law (Hillsdale College Press, 1998), pg 36-37.

8. Testemunho do presidente Alan Greenspan, relatório semi-anual de política monetária da diretoria do Federal Reserve ao Congresso diante do Comitê de Bancos, Habitação e Questões Urbanas, Senado dos EUA, 16 de julho de 2002.

9. Embora as fontes para esta citação não tenham sido obtidas, a citação pode ser encontrada no livro de Larry Bates: The New Economic Disorder (Creation House, 1994), pg 122, e em Web of Debt, de Ellen Brown (Third Mellenium Press, 2008), Introdução. Aparentemente, o Sr. Stamp fez essa declaração em 1927 ao discursar na Universidade do Texas.

10. Ellen Brown, Dollar Deception: How Banks Secretly Create Money, 3 de julho de 2007, http://www.webofdebt.com/articles/dollar-deception.php.

11. James Eggert faz um bom trabalho de explicar isto em seu livro What is Economics? (Mayfield Publishing Company, 1997). Veja também o Cap. 9.

12. Walter Stewart, Bank Heist: How Our Financial Giants Are Costing You Money, (Harper Collins, 1997), pg 12.

13. Este comercial pode ser assistido em http://www.youtube.com/watch?v=hn5EP9StlVA&feature=related

14. Este número foi derivado por meio do trabalho de Michael Hodges (Grandfather Economic Reports), usando diversas estatísticas do governo americano. Você pode ver os gráficos em http://mwhodges.home.att.net/nat-debt/debt-nat-a.htm.

15. “Global Inflation: The Next Major Obstacle”, comentário da irmã de Aden em www.Kitco.com.

16. Ambrose Evans-Pritchard, “Federal Reserve and ECB are in no mood to save us from the consequences of our debt,” Telegraph, edição on-line, 30 de junho de 2008.

17. “RBS issues global stock and credit crash alert,” Telegraph, edição on-line, 19 de junho de 2008.

18. Ibidem.

19. Ibidem. Money Answereth All Things, de Larry Bates.

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