Um leitor muito indignado (e certo por estar assim) com a piadinha infame que mostrava (?) a semelhançca entre petistas e cachorros me escreveu.
Depois de ler o comentário, tenho que pedir desculpas a todos os que se sentiram ofendidos com a mentira que contei. Se eu for mordido na rua por uma ou mais destas nobres criaturas é porque mereço. E terei que levar o digno quadrúpede ao médico para ver se não foi contaminado, no mínimo, com a minha estupidez.
O texto é irrepreensível, vai na íntegra, trocando o nome do companheiro (não é "cumpanhêru", viu?) por XXX:
***
Na mais elevada expressão do protesto, a raça canina, representada por XXX aqui ao meu lado, enumera os consideráveis serviços prestados, no papel de psiquiatras, que os cães exercem para o bem estar e equilíbrio mental de seus donos.
Grandes obras foram inspiradas pela mensagem contida no olhar canino. Hoje enriquecem as galerias mais famosas: cães meditando em posição sonolenta, cães brincando com crianças, cães de guarda das matronas, cães de caça em matilha, latindo e avisando a raposa estúpida prá dar no pé... (XXX continuou exemplificando e terminou por indicar uma visita ao MAM, Louvre, Hermitage, só prá começar.
Esta ideotice de dizer que um nobre canino "é petista", só pode partir de descerebrados materialistas. É uma confusão própria dos marxistas pensar que o exaustivo trabalho físico (nos esportes com o dono, identificando drogas nas bagagens, identificando a presença de corpos nos escombros, livrando os donos do ataque de outros animais, na tarefa de guiar cegos, proteger crianças, etc...) bem como o trabalho intelectual, na condição de analistas silentes da escola freudiana espiritual - tudo isso possa ser comparado à preguiça, inutilidade, de psicopatas degenerados.
Os comunistas asiáticos que comem cães, fazem-no imaginando poder adquirir a força mental e espiritual que lhes falta. Esta foi a última e sábia observação de XXX, que de repente mudou de assunto, lembrando que já está na hora da nossa caminhada diária. É um auxiliar competente.
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