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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

O aquecimento global é uma religião

Fonte: INSTITUTO LUDWIG VON MISES BRASIL
15/1/2010 por


"O objetivo de todas as políticas práticas é manter o populacho alarmado - e, portanto, clamando para ser liderado até a segurança - ameaçando-lhe com uma série infindável de bichos-papões, todos eles imaginários."

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O aquecimento global causado pelo homem é, para muitos, uma religião cujo deus a ser adorado é a Terra. A característica essencial de qualquer religião é que suas declarações devem todas ser aceitas por uma questão de fé, e não pela apresentação de provas concretas. Questionar tais declarações transforma qualquer um em pecador.


Ninguém nega que a temperatura da Terra se altera. Milhões de anos atrás, grande parte do nosso planeta estava coberta de gelo - em alguns lugares com camadas de mais de 1,5 km de espessura -, um período que alguns cientistas chamam de "Terra bola de neve". Como hoje a Terra não está mais coberta por essa camada de 1,5 km de gelo, então é seguro concluir que deve ter havido um pouco de aquecimento global. Eu não sei a causa desse aquecimento, mas seria capaz de apostar toda a minha riqueza que esse aquecimento não foi causado por usinas termelétricas a carvão, lâmpadas incandescentes e automóveis andando incessantemente pelas rodovias.


A mera ideia de que a humanidade tem o poder de causar significativas mudanças paramétricas na Terra representa o ápice da arrogância. Que tal algumas outras perguntas, já que a temperatura é apenas uma das características da Terra. Por exemplo, peguemos a órbita da Terra. Se todos nós, 6,5 bilhões de seres humanos que habitamos a Terra, começássemos ritmicamente a pular ao mesmo tempo e durante um longo período, você acha que conseguiríamos alterar a órbita ou a rotação da Terra? Seguindo o mesmo raciocínio, você acha que a humanidade seria capaz de conseguir alterar a direção e a periodicidade das marés? Existe alguma coisa que a humanidade possa fazer para provocar ou impedir um tsunami ou furacão?


Certamente você me diria, "Willians, é uma estupidez sugerir que a humanidade pode alterar a órbita ou a rotação da Terra, as marés, ou mesmo provocar ou impedir tsunamis ou furacões!". E você estaria certo, é claro. Da mesma maneira, é absurdo crer que as atividades da humanidade são capazes de provocar mudanças globalizadas na temperatura da Terra.


Todavia, existem muitos interesses em jogo, o que torna urgentemente necessário fazer as pessoas aceitarem e endossarem a religião do aquecimento global. Existe tanta coisa em jogo que alguns cientistas, utilizando gordas subvenções governamentais, estão fraudulentamente manipulando dados climáticos e praticando abertamente atividades criminosas, como revelado no recente escândalo que vem sendo apelidado de "Climate gate". Uma das mais perigosas características da religião do aquecimento global é o nível de intimidação feito sobre os hereges ou os aspirantes a hereges.


Alguns anos atrás, a Dra. Heidi Cullen, a climatologista do Weather Channel, exortou a Sociedade Meteorológica Americana a retirar seu selo de aprovação de qualquer meteorologista televisivo que expressasse ceticismo quanto às previsões sobre o aquecimento global antropogênico. Scott Pelley, correspondente do programa "60 minutes", da rede CBS, comparou os céticos do aquecimento global a "negadores do Holocausto". Já o ex-vice-presidente americano Al Gore chamou os céticos de "negadores do aquecimento global". Mas a coisa fica ainda pior. Em um de seus programas, a Dra. Cullen recebeu como convidado o colunista Dave Roberts, que, no dia 19 de setembro de 2006, em sua publicação online, disse que "Quando finalmente estivermos levando a sério o aquecimento global, quando estivermos sentindo todos os seus impactos e estivermos em uma luta em escala mundial para tentar minimizar os estragos, deveríamos implementar tribunais semelhantes aos de crimes de guerra para julgar esses canalhas - uma espécie de Nuremberg climático".


Como resultado, muitos climatologistas foram intimidados a ficar em silêncio. Isso significa que o público não está informado sobre os seguintes fatos contra-alarmistas: Durantes longos períodos de tempo, não se percebe absolutamente nenhuma relação direta entre os níveis de CO2 e a temperatura. Os seres humanos contribuem com aproximadamente 3,4% dos níveis anuais de CO2, ao passo que a natureza contribui com 96,6%. Houve um aumento estrondoso das formas de vida 550 milhões de anos atrás (no Período Cambriano), quando os níveis de CO2 eram 18 vezes maiores que os de hoje. Durante o Período Jurássico, quando os dinossauros perambulavam pela Terra, os níveis de CO2 eram até nove vezes maiores que os de hoje. Contrariamente à lavagem cerebral que os professores estão fazendo com as nossas crianças, o número de ursos polares aumentou dramaticamente: em 1950 havia aproximadamente 5.000; hoje, as estimativas mais altas chegam a 25.000, um número maior do que o ocorrido em qualquer período do século XX.


O comentarista político Henry Louis Mencken (1880-1956) alertou que "O objetivo de todas as políticas práticas é manter o populacho alarmado - e, portanto, clamando para ser liderado até a segurança - ameaçando-lhe com uma série infindável de bichos-papões, todos eles imaginários." Esse é o objetivo político dos aquecimentistas globais.

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