Os leitores haverão de recordar do meu artigo sobre a “apresentação” da candidatíssima Marina Silva ao público da revista TPM, destinadas a mulheres ricas e chiques. Ela continua seu esforço de se mostrar para os membros das classes superiores, agora tendo como veículo o último número da revista dos banqueiros esquerdistas, a Piauí, cujo público é a esquerda sofisticada como seus próprios donos. Candidata a que mesmo? A dar crédito a Diogo Mainardi, em Veja, a vice de José Serra (A chapa cabocla). Talvez isso explique o grande esforço publicitário e dinheiro abundante para isso. Ou à própria Presidência da República, ela que é o Plano “B” das esquerdas radicais no caso de Dilma fracassar pelo PT. O fato é que a sucessão passará pelo nome da ex-seringueira e senadora pelo Acre, de um jeito ou de outro.
Eu li, como sempre, a excelente matéria da revista, assinada por Daniela Pinheiro e perguntei-me: quem é Marina Silva? Qual o seu conteúdo intrínseco? O que a torna um nome presidenciável? Li e reli. Deparei-me com um conjunto vazio, uma mulher de história banal cujas qualidades são falsas qualidades: ter sido militante esquerdista a vida toda, ter se ligado ao esquerdista Chico Mendes, ao PT, ser militante ecológica xiita. A única coisa de mais concreto que possui é o mandato de senadora, que a alçou ao ministério do Meio Ambiente de Lula, onde atrasou todas as licenças para construção de hidrelétricas, no período crítico em que o país estava sob ameaça de escassez de energia. E mandou prender 700 pessoas por supostos crimes ambientais. E uma conversão a uma igreja neopentecostal, reduto da mentalidade evangélica mais boçal.
Marina Silva é um conjunto vazio que pleiteia a Presidência da República. Depois do apedeuta Lula seria uma apoteose, o caminho para o desastre, vê-la no Palácio do Planalto. Por detrás das saias da senadora estão os radicais esquerdistas do Psol e todos os radicais ecologistas das ongs, que imaginam a perfeição do mundo como a implantação das imagens do filme Avatar, tornando o Brasil uma grande floresta e seu povo uma tribo de silvícolas aborígenes. O Brasil teria, em um governo seu, saudades dos delírios e dos palavrões de Lula.
Tentei pinçar alguma coisa de substantivo da longa narrativa de Daniela Pinheiro. Não tem, porque a personagem é um conjunto vazio. Sua vida agora está ornada pela rotina burocrática de candidata, mas continua sendo um conjunto vazio, um nada portador de um mandato. Valha-nos Deus! Se ela vier a compor a chapa de José Serra, como informou Mainardi, é porque está tudo dominado mesmo. O Brasil caminhará para a entropia inapelável.
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