6 de dezembro de 2009
Hilary White
ROMA, Itália, 16 de novembro de 2009 (Notícias Pró-Família) — As notícias sobre o índice de aborto, casamento, divórcio e nascimentos na Europa estão ruins e ficando apenas pior, declarou um relatório recentemente apresentado para a União Européia.
De acordo com o relatório do Instituto Norueguês para Políticas Públicas os índices de aborto na Grã Bretanha pularam um terço entre adolescentes solteiras e o aborto está ajudando a envelhecer a população da Europa. Sem uma mudança imensa que traga políticas públicas favoráveis às famílias, o modelo de crescimento do aborto e população cada vez mais idosa inevitavelmente levará ao colapso dos benefícios da previdência social e, no final, à falência do Estado socialista europeu que é assistencialista do nascimento até a morte do cidadão europeu.
Apresentado ao Parlamento Europeu na quarta-feira, o relatório disse que a situação da família na Europa é "um panorama de desolação".
"A Europa foi atirada num inverno demográfico sem precedente e se tornou um continente de idosos, com um grande déficit de nascimentos, menos casamentos e mais lares despedaçados e vazios".
"A população envelhecendo, a grave taxa de natalidade, os abortos em ascensão, o colapso do casamento, a explosão de separações conjugais e o esvaziamento dos lares são os principais problemas dos europeus", disse o Relatório sobre a Evolução da Família na Europa de 2009.
O estudo revelou que o número anual de abortos na UE se iguala à população combinada inteira de seus dez menores países membros, com os três principais países abortadores sendo a Grã Bretanha, a França e a Romênia. Na Europa há um aborto a cada 25 segundos, para um total de mais de 1.200.000 abortos por ano. 19 por cento de todas as gravidezes européias terminam em aborto e 28 milhões de crianças foram mortas por meio do aborto desde 1990, tornando o aborto a principal causa de morte na Europa.
A população acima de 65 anos em todos os Estados europeus já excede a população de menos de 14 anos. A população de menos de 14 da UE caiu de 89 milhões em 1993 para 78.4 milhões em 2008. A população de mais de 65 anos aumentou de 68.3 milhões em 1993 para 84.9 milhões em 2008 — um aumento de 16.5 milhões de idosos. A idade média dos cidadãos europeus é 40.3 anos, com a Itália e a Alemanha tendo as mais elevadas populações de idosos.
O índice de nascimentos em queda na Europa, diz o relatório, com seu concomitante aumento de custos de saúde e pensão, levará a aumentos em gastos de assistência pública à população idosa e ao colapso eventual das receitas governamentais oriundas de impostos, levando finalmente à falência do Estado de previdência social. O índice de nascimentos médio dos países da UE é agora 1.38 por mulher, bem abaixo do índice de substituição de 2.1 de nascimentos por mulher, mesmo em países relativamente férteis como a França.
Sem uma mudança significativa em políticas públicas em todos os países da UE, o relatório prediz que o resultado será "catastrófico". Começando em 2010, a população da Europa em geral começará a cair de 499 milhões para 472 milhões em 2050 e de cada três habitantes, um terá mais de 65.
De acordo com o estudo, a Grã Bretanha é a "capital do aborto na Europa" com índices que no ano passado passaram na frente da França. Seu índice de aborto é o quinto no mundo, atrás da Rússia, EUA, Índia e Japão. Entre esses países, a Grã Bretanha é a nação que menos pode se dar ao luxo de ter tal índice elevado, com uma população menos da metade da Rússia e do Japão, um quinto da população dos EUA, e 1/19 da Índia. A idade média das mulheres na Grã Bretanha também esta se levantando, para 41.3, tornando uma recuperação ainda mais difícil.
A população de 27 nações da UE chegou a 500 milhões no ano passado com a maioria dos aumentos em população (78 por cento) atribuível à imigração, não a nascimentos. O aumento natural da população da Europa é 12 vezes mais baixo do que dos EUA. A Espanha tem uma imigração 9 vezes maior do que seu aumento nacional de nascimentos e a população original da Itália caiu (-0.14 milhões) e teve 23 vezes mais imigrantes do que nascimentos (+3.28 milhões). A Polônia, a Romênia e a Bulgária estão perdendo cidadãos pela imigração e a Lituânia, a Letônia, a Romênia e a Bulgária estão sofrendo a diminuição de suas populações devido aos baixos índices de imigração.
Só a França, a Holanda, a Finlândia e a Eslováquia têm índices internos de aumento populacional maiores do que suas estatísticas de imigração.
Outros indicadores mostram que o número de casamentos, principalmente primeiros casamentos, está diminuindo e o índice de divórcios está crescendo. Há um quarto menos casamentos do que em 1980 e o índice de casamento caiu em 9 entre dez países. Uma de cada 3 crianças (36.5 por cento) nasce fora do casamento. Em alguns países a queda do índice de casamento está por volta de 50 por cento desde 1983 e há mais de um milhão de divórcios por ano, o equivalente a uma separação conjugal a cada 30 segundos.
Mais pessoas (55 milhões) estão vivendo sozinhas do que nunca. Uma de cada quatro residências na Europa tem apenas um morador e duas de cada quatro residências não têm filhos. Das residências com crianças, 50 por cento têm apenas um filho.
O relatório recomenda a criação de um ministério da UE para a família, leis para aumentar a flexibilidade das horas de trabalho para favorecer as famílias, aumentos nas taxas de benefícios para as famílias e uma ênfase em programas assistencialistas para as famílias em vez de para indivíduos.
O relatório pede que os governos reconheçam os direitos das famílias, inclusive o direito de os pais reconciliarem trabalho e vida familiar; tenham o número de filhos que quiserem; escolham o tipo de educação que seus filhos recebem e o direito de as crianças viverem num lar estável.
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