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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Apagão

Fontes: JORNAL DO BRASIL e BLOG REINALDO AZEVEDO


Trecho do artigo do JB ONLINE:

"– É bobagem. Os ministros não entendem nada. O que é que vão fazer aqui? – dispara o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA). – O que aconteceu foi uma barbeiragem. Colocam sindicalistas que não entendem nada em cargos técnicos que deveriam estar sendo ocupados por engenheiros competentes. O governo precisa deixar a arrogância de lado porque o que não falta é oferta de energia.


A preocupação do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) segue a mesma linha:

Está havendo um incentivo a aposentadoria em Furnas e os melhores técnicos não estão sendo substituídos à altura. Em Furnas, Eletrobrás e Itaipu a situação é a mesma. Os espaços administrativos das empresas estão sendo ocupados por apadrinhados políticos do governo."


Agora REINALDO AZEVEDO


sexta-feira, 13 de novembro de 2009 | 4:51


Ontem, em entrevista à imprensa, Osmar Pinto, pesquisador do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), descartou a possibilidade de que os raios tenham provocado o apagão de terça-feira: “Foi uma tempestade normal nesta região do país, durante o período do apagão. Ou seja, dez minutos antes e dez minutos depois, nós tivemos 25 raios na região. Isso significa quase que com um raio a cada dois minutos, que não é quantidade de raios muito grande.”


Mais tarde, o INPE divulgou uma nota em que parecia amaciar um pouco a negativa. No primeiro parágrafo, lê-se: “O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) irá preparar uma relatório técnico, a ser entregue ao Operador Nacional do Sistema (ONS), em que analisa as condições atmosféricas no Brasil durante a noite de terça-feira, quando ocorreu o apagão. Para isso, os técnicos do Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) e do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), ambos do INPE, estão analisando em conjunto os dados sobre as descargas atmosféricas (raios) e demais fatores meteorológicos, como intensidade dos ventos e chuvas.”


O INPE é um órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia. Está sujeito a pressões políticas, claro. Mas seus técnicos têm uma reputação a zelar. O último parágrafo da nota não deixa a menor dúvida (íntegra na nota no site do instituto):


Segundo os especialistas do Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do INPE, embora houvesse uma tempestade na região próxima a Itaberá, com atividade de raios no horário do apagão, as descargas mais próximas do sistema elétrico estavam a aproximadamente 30 km da subestação e cerca de 10 km distantes de uma das quatros linhas de Furnas de 750 kV e a 2 km de uma das outras linhas de 600 kV, que saem de Itaipu em direção a São Paulo.


Para os especialistas do ELAT/INPE, a baixa intensidade da descarga registrada (menor que 20 kA) não seria capaz de produzir um desligamento da linha, mesmo que incidisse diretamente sobre ela, segundo dado da Rede Brasileira de Detecção de Descargas (BrasilDat), que no momento do apagão estaria operando com ótimo desempenho. Em geral, apenas descargas com intensidade superiores a 100 kA, atingindo diretamente uma linha, poderiam causar um desligamento de linhas de transmissão operando com tensões tão elevadas como as linhas de Itaipu (duas de 600 kV e duas de 750 kV).


Voltei

Acho que não há espaço para ambigüidade no que vai acima. A causa do apagão, apontada pelo governo, é um blefe.

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