9/05/2009 04:20:00 PM
Convocadas pela internet, as manifestações atingiram 2 continentes (Américas e Europa), 30 países e mais de 120 cidades pelo mundo. Em dez dias, 400 mil pessoas foram mobilizadas. Foi a primeira manifestação simultânea em várias cidades contra um mandatário da América Latina. E não será a última.
— Quando os governos temem seus povos, há liberdade. Mas quando os povos temem os governos, há ditaduras — disse Milagros Ramírez, organizadora do protesto em Caracas.
O QUE DISSE O REPUGNANTE CHÁVEZ?
"Sabe-se que por trás disto está a CIA e seu grande poderio, muito dinheiro e recursos tecnológicos do capitalismo ocidental", afirmou o Nefasto, em um contato por telefone com a estatal Venezuelana de Televisão (VTV).
CONCLUINDO
A verdade é uma só: UNIDOS, somos capazes de grandes feitos contra esses mandatários ignorantes da América Latina, já que nossas oposições políticas são fracas para enfrentá-los.
Que essa nossa capacidade de mobilização seja o nosso instrumento poderoso em favor da democracia. Parabéns aos participantes e principalmente aos organizadores da Marcha No Mas Chávez. Por Arthur/Gabriela - Veja mais fotos da manifestação aqui. Veja também em Miami
CHÁVEZ SE ESFORÇA PARA SUFOCAR OPOSIÇÃO
A fragmentada oposição venezuelana vem sendo constantemente reprimida na década da chamada "revolução bolivariana".
Quando um líder que proteste contra o governo chavista se destaca, é anulado mediante recursos como impedimento político, prisão ou exílio. Há dois anos, o ex-ministro da Defesa Raúl Isaías Baduel era compadre de Hugo Chávez. Literalmente: a caçula de seus 12 filhos é afilhada do presidente. Há seis meses, porém, ele divide com outros dois generais uma cela pequena, onde não há paredes internas, o banheiro fica atrás de uma cortina e as camas individuais são lado a lado. Foi detido por criticar o socialismo e a "ânsia de poder" de seu antigo companheiro. A acusação oficial foi desvio de verba das Forças Armadas.
- Sairei daqui quando Chávez sair da Presidência - disse, na prisão militar.
Manifestações também são sufocadas. Segundo dados da Cofavic, uma ONG de defesa dos direitos humanos, há na Venezuela mais de 2 mil pessoas investigadas por delitos como obstrução de via pública e violação de zonas de segurança durante protestos políticos, trabalhistas ou contra o governo. Liliana Ortega, diretora da ONG, conta que estudantes, professores, líderes sindicais e comunitários foram privados de sua liberdade por "utilizarem um mecanismo democrático, que é o protesto pacífico", que o governo transforma em crime pela via judicial.
A promotora-geral da Venezuela, Luisa Ortega, disse na semana passada que iria levar à Justiça todos os que alterem a tranquilidade e a paz públicas, em resposta a uma manifestação contra a polêmica Lei Orgânica de Educação do país.
Adversários políticos de Chávez também denunciam que são vítimas de uma dura ofensiva. Uma das mais pesadas penas imputadas a um oposicionista - 30 anos de prisão - recaiu este ano sobre três comissários que trabalhavam para o prefeito oposicionista da capital, Caracas. O Globo
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