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quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Diretor-executivo do Greenpeace abre o jogo e quebra a cara: "Como grupo de pressão, usamos o emocionalismo"
Fonte: MÍDIA A MAIS por Redação Mídia@Maisem 23 de agosto de 2009
'Não nos envergonhamos de usar do emocionalismo', afirma o diretor do Greenpeace
E
ntrevistado no programa HARDtalk (algo como “Conversa sem rodeios”) da BBC, levado ao ar no dia 05/08/2009, Gerd Leipold, diretor-executivo do Greenpeace International, parecia à vontade no seu papel de homem devotado a salvar o planeta de nós mesmos.
O entrevistador, Stephen Sackur, deixava claro que a entrevista seria para discutir se a abordagem de confrontação do Greenpeace era a melhor opção para vencer o debate sobre mudanças climáticas.
Tudo indicava que a tal conversa sem rodeios seria, na verdade, uma conversa combinada, onde algumas perguntas mais “duras” já teriam resposta pronta.
Os céticos das mudanças climáticas antropogênicas foram mencionados de passagem, como um grupo alheio ao debate, já vencido.
A grande questão, para o entrevistador e o entrevistado, era como conquistar os políticos e os eleitores mundo afora.
Então, já passados 14 minutos da entrevista, a greenhouse começou a cair. O entrevistador citou o fato deque nenhum cientista levava a sério a idéia propugnada pelo Greenpeace de que as geleiras da Groenlândia se derreteriam nos próximos 20-30 anos. Leipold titubeou, tentando desviar o foco para o suposto big picture.
Nenhuma novidade: sempre que acuados por uma pergunta ou afirmação objetiva quanto ao que fazem e dizem, a evasiva é nos seguintes termos:
“Veja bem...Você tem de ver o contexto geral, não se prenda a esse ponto, etc., etc.”
A conversa morna esquentou, e aos 14min40s, Stephen Sackur falou realmente sem rodeios: “Vocês [o Greenpeace] usam o alarmismo... e com isso, ao longo do tempo, o público ficará cético...”
Sackur estava genuinamente preocupado com a credibilidade da causa verde. Aos 15min30s a casa caiu, quando o diretor-executivo do Greenpeace declarou:
“We, as a pressure group, have to emotionalize issues...And we’re not ashamed of emotionalizing issues…” [Nós, como grupo de pressão, precisamos usar o emocionalismo… E não temos vergonha disso]. O entrevistador observou: “O que você chama de emocionalismo pode ser chamado de scare-tactics [táticas para assustar o público]”.
Dali em diante, pouco mais havia a ser dito ou ouvido, ficando patente que a nau dos insensatos está fazendo água.
Outros detalhes importantes da entrevista:
Gerd Leipold defende um “different concept of growth” [um conceito diferente de crescimento econômico]. Traduzindo: quem já se desenvolveu, ótimo. Quem quer se desenvolver, que se contente em ficar como está.
Ao 1min30s da entrevista, Gerd Leipold, ainda muito à vontade, comemorava a expansão e intensificação das atividades do Greenpeace na África e América Latina.
Obs.: Gerd Leipold estima entre três e quatro milhões o número de membros do Greenpeace, enquanto o Dr. Patrick Moore, um de seus fundadores, fala em cem milhões. Não sabemos se comemoramos o encolhimento desse número ou se lamentamos que um grupo proporcionalmente tão pequeno faça tanto barulho e estrago por nada.
O blog Cavaleiro do Templo não é de forma algum um espaço democrático no sentido que se entende hoje em dia, qual seja, cada um faz o que quiser. É antes de tudo meu "diário aberto", que todos podem ler e os de bem podem participar.
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