O embaixador de Honduras, José Delmer Urbizo, foi expulso nesta segunda-feira da sala do Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) a pedido do Brasil e outros países latino-americanos que alegam que ele não representa o governo do presidente deposto Manuel Zelaya.
Zelaya foi deposto em uma ação perpetrada por Suprema Corte, Congresso e Exército quando se preparava para realizar uma consulta popular para estabelecer a reeleição presidencial, proibida pela Constituição. O golpe (Cavaleiro do Templo: golpe de quem??? Se a Suprema Corte, o Congresso e o Exército perpretaram a ação CONTRA uma consulta popular (a reeleição presidencial), proibida pela Constituição, o golpe foi tentado pelo Zelaya) foi condenado pelo Brasil e outros países da região, que exigem a reposição de Zelaya à Presidência.
Salvatore Di Nolfi/AP |
Embaixador de Honduras, Jose Delmer Urbizo, foi expulso de sessão da ONU por pressão de colegas latino-americanos |
A polêmica presença do diplomata bloqueou durante mais de cinco horas os trabalhos do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, que abriu sua sessão nesta segunda-feira.
Não houve debates pela manhã e, no reinício da sessão à tarde, os trabalhos também ficaram bloqueados durante mais de duas horas devido às intensas consultas sobre o pedido de expulsão apresentado pelo grupo dos países da América Latina e do Caribe.
Finalmente, depois da intervenção dos embaixadores do Brasil, Argentina, México e Cuba, o presidente do Conselho de Direitos Humanos, o embaixador da Bélgica, Alex Van Meeuwen, negou a palavra ao diplomata hondurenho e pediu que se retirasse da sala.
"O Brasil quis receber a confirmação de que o delegado de Honduras representa o governo constitucional do presidente Zelaya, que é o único que reconhecemos", afirmou um diplomata brasileiro durante o fórum.
Urbizo já era embaixador durante o governo de Zelaya, mas apoia o presidente interino, Roberto Micheletti. Ele permaneceu no recinto durante as discussões sobre sua legitimidade. "Eu represento meu país e meu povo e não há razão para não participar dos trabalhos do Conselho", disse Urbizo.
Com Efe, Reuters e France Presse
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