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quinta-feira, 23 de julho de 2009

De olho na China: Calmaria antes de outra tempestade?

Fonte: MÍDIA A MAIS
por Redação Mídia@Mais em 10 de julho de 2009 Destaques - Clipping


Tropas chinesas: repressão contra minoria muçulmana (AFP/Getty Images]

Depois de abandonar às pressas a reunião do G-8 na Itália, o presidente chinês Hu Jintao coordenou outra reunião na noite desta quarta-feira, 08/07: a do Politburo do Partido Comunista Chinês. Tema: “Questões relativas aos motins na província de Xinjiang”. A principal decisão do Politburo foi a “de manter a estabilidade”, um eufemismo para a dura repressão. Além do reforço policial, tropas do exército chinês fazem o patrulhamento em Urumqi, capital da província.

O número oficial de mortos e feridos, até agora, é de 156 e 1.000, respectivamente. No entanto, nenhuma foto de feridos, mortos ou mesmo de hospitais foi liberada, o que permite especular que esses números podem ser bem maiores. Além disso, pelos padrões de brutalidade da China comunista, é difícil imaginar que “apenas” 156 mortes demandassem uma reunião de emergência do Politburo, e mais ainda: uma reunião tornada pública.
Uma das fagulhas que atingiu o barril de pólvora das tensões étnicas em Urumqi teria origem a 2.000 km de distância, numa fábrica de brinquedos em Shaoguan, onde trabalhadores muçulmanos da etnia Urghui teriam estuprado uma mulher da etnia Han. A notícia se espalhou pela Internet e dois homens foram presos, acusados de espalhar boatos. Por outro lado, uma mulher entrevistada pelo WSJ afirma que o governo silencia as vítimas de estupros, em nome da harmonia entre as etnias.

Rebiya Kadeer ( AFP/Getty Images]

Estranha harmonia, uma vez que Pequim acusa Rebiya Kadeer, líder dissidente Uighur, solta da prisão em 2005, e atualmente residente nos EUA, de ser a responsável pelo incitamento à revolta. Suas recentes conversas telefônicas foram gravadas e os chineses afirmam que tais gravações são provas irrefutáveis de sua responsabilidade. Mas, um momento: e o boatos propagados por membros da etnia Han? Rebiya Kadeer se aproveitou deles ou há algo mais, ainda não revelado? Também no Wall Street Journal, ela conta uma história completamente diferente.
Num país de 1,20 bilhão de habitantes, 1,16 bilhão pertencem à etnia Han e 81 milhões a outras. Os Uighur são meros 8,4 milhões nesse mar de gente e tensões.
De tudo isso e num futuro próximo, há apenas uma certeza: a mão de ferro da liderança comunista chinesa.
Para ler mais (em inglês) clique aqui.

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