por Redação Mídia@Mais em 10 de julho de 2009 Destaques - Clipping
Depois de abandonar às pressas a reunião do G-8 na Itália, o presidente chinês Hu Jintao coordenou outra reunião na noite desta quarta-feira, 08/07: a do Politburo do Partido Comunista Chinês. Tema: “Questões relativas aos motins na província de Xinjiang”. A principal decisão do Politburo foi a “de manter a estabilidade”, um eufemismo para a dura repressão. Além do reforço policial, tropas do exército chinês fazem o patrulhamento em Urumqi, capital da província. Estranha harmonia, uma vez que Pequim acusa Rebiya Kadeer, líder dissidente Uighur, solta da prisão em 2005, e atualmente residente nos EUA, de ser a responsável pelo incitamento à revolta. Suas recentes conversas telefônicas foram gravadas e os chineses afirmam que tais gravações são provas irrefutáveis de sua responsabilidade. Mas, um momento: e o boatos propagados por membros da etnia Han? Rebiya Kadeer se aproveitou deles ou há algo mais, ainda não revelado? Também no Wall Street Journal,
O número oficial de mortos e feridos, até agora, é de 156 e 1.000, respectivamente. No entanto, nenhuma foto de feridos, mortos ou mesmo de hospitais foi liberada, o que permite especular que esses números podem ser bem maiores. Além disso, pelos padrões de brutalidade da China comunista, é difícil imaginar que “apenas” 156 mortes demandassem uma reunião de emergência do Politburo, e mais ainda: uma reunião tornada pública.
Uma das fagulhas que atingiu o barril de pólvora das tensões étnicas em Urumqi teria origem a 2.000 km de distância, numa fábrica de brinquedos em Shaoguan, onde trabalhadores muçulmanos da etnia Urghui teriam estuprado uma mulher da etnia Han. A notícia se espalhou pela Internet e dois homens foram presos, acusados de espalhar boatos. Por outro lado, uma mulher entrevistada pelo WSJ afirma que o governo silencia as vítimas de estupros, em nome da harmonia entre as etnias.
Num país de 1,20 bilhão de habitantes, 1,16 bilhão pertencem à etnia Han e 81 milhões a outras. Os Uighur são meros 8,4 milhões nesse mar de gente e tensões.
De tudo isso e num futuro próximo, há apenas uma certeza: a mão de ferro da liderança comunista chinesa.
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