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quinta-feira, 19 de março de 2009

Chávez tentou derrubar Raul Castro

ÉPOCA
19/03/2009

Segundo ex-ministro do Exterior do México, que escreveu artigo para a Newsweek, plano teria sido frustrado pelo expurgo realizado no início do mês por Raúl, que afastou do poder Carlos Lage e Felipe Pérez Roque, duas figuras muito próximas a seu irmão mais velho, Fidel

REDAÇÃO ÉPOCA
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GOLPE 
Chávez (à dir.) teria recuado ao ser confrontado por Raúl (à esq.) e Fidel








O ex-ministro das Relações Exteriores do México Jorge Castañeda, que se tornou um importante articulista de temas latino-americanos, escreveu um texto para a revista americana Newsweek afirmando que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, esteve envolvido em uma tentativa de golpe para derrubar Raúl Castro da Presidência de Cuba. O plano teria sido frustrado pelo expurgo realizado no início do mês por Raúl, que afastou do poder Carlos Lage e Felipe Pérez Roque, duas figuras muito próximas a seu irmão mais velho, Fidel. 

Segundo Castañeda, Cuba passa por um momento semelhante ao vivido pela União Soviética em 1953, quando o ditador Joseph Stalin morreu – ninguém sabe o que está ocorrendo na disputa pelo poder da ilha. Ainda assim, escreve Castañeda, “há sólidas razões para acreditar que Lage e Pérez Roque e os outros dez expurgados estavam envolvidos em uma conspiração para tirar Raúl Castro do poder, e que, na empreitada, recrutaram – ou foram recrutados – pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez”. O mexicano afirma ainda que Chávez tentou atrair para o plano outros líderes latino-americanos, como o presidente da República Dominicana, Leonel Fernández, que se recusou a participar do golpe. 



O objetivo de Lage, Pérez Roque e outros conspiradores era impedir o que consideram “a traição da revolução” que está sendo promovida por Raúl. Para eles, diz Castañeda, o irmão mais jovem de Fidel está se sentindo ameaçado pela reação do povo cubano às “privações sociais e econômicas excessivas” e vê como único caminho para manter o controle do país a realização de reformas políticas e econômicas que ajudem a normalizar a relação com os Estados Unidos. Se Raúl fizer isso, pensam os revolucionários de acordo com Castañeda, será o “começo do fim da revolução”. 


A história contada na Newsweek ganha ares de filme de ação quando Raúl descobre, por meio do serviço de inteligência militar cubano, o golpe para tirá-lo do poder. Com as evidências em mãos, Raúl vai a Fidel e pede para o irmão escolher de qual lado ficará. Decepcionado com Lage e Felipe Pérez Roque, Fidel ficou com o irmão, e convocou Hugo Chávez a Havana. Na ilha, Chávez recebeu duas opções: desistir do golpe e manter o apoio econômico a Cuba, ou perder o apoio do aparato de inteligência cubano, que ajuda o venezuelano a se proteger de golpes e tentativas de assassinato. Ele escolheu ficar com a família Castro.


Castañeda encerra o texto lembrando que líderes como os soviéticos Lenin, Stálin e o chinês Mao Tse-Tung não conseguiram guiar suas sucessões antes da morte, o que Fidel pode fazer. Para isso, no entanto, Raúl Castro terá que agir rápido para reaproximar a ilha dos Estados Unidos, aliviando a precária situação do povo cubano. Caso contrário, quando Fidel morrer, o humilde, jovem e popular Pérez Roque pode reclamar o título de “herdeiro natural” de Fidel e tentar assumir o poder na ilha.

3 comentários:

  1. Cavaleiro...
    Texto de arrepiar!
    O que estão fazendo conosco?
    Com o "Canhoto" Obama, quem vai deter o Foro de SP?
    Chapolin Colorado?
    Acho que não...

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  2. Stenio, comunista pode ou não comer criancinha MAS COM CERTEZA eles comem muito mais outros comunistas. Ninguém matou mais deles do que eles mesmos.

    Quem pode ajudar? Deus e homens e mulheres de fé. Contra o chifrudo, só Ele e os Seus, amigo.

    Veja isto abaixo:

    http://cavaleirodotemplo.blogspot.com/2009/02/livro-era-karl-marx-um-satanista.html

    e

    http://cavaleirodotemplo.blogspot.com/2009/03/marx-e-satanas.html.

    Abraços irmão
    Cavaleiro do Templo

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  3. Cavaleiro, agora só faltava um governo sério de direita para utilizar o serviço de inteligência para criar mais paranóia na cabeça de Chávez. Basta que ele vislumbre o que vai acontecer, e tem que acontecer, que é o fim daquela ditadura, que ele vai por as mangas de fora e assim será possível derrubar dos regimes numa só tacada.

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