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terça-feira, 31 de março de 2009

Apêndice à Mente Infantilizada: Exposição e proposta de cura

CONSIDERAÇÕES SOBRE A VIDA VIVIDA OU DESCONSIDERAÇÕES SOBRE A VIDA ESCRITA
QUINTA-FEIRA, MARÇO 19, 2009

Em meu último post concluí uma série crescente de três textos explicativos sobre o que eu chamei da Mente Infantilizada. Essa doença mental que acontece hoje em dia não é mero reflexo de descaso das pessoas. É um estado mental condicionado perfeitamente pelas mais variadas formas da campanha subversiva. Em ação há muitos anos, décadas, a ação subversiva tem como ponto básico, primeiro passo da subversão, desestruturar a moral e os valores tradicionais de um povo. Essa parte já foi completada há muito tempo e hoje colhemos os frutos de uma geração posterior que já nasceu sem referências

A função primária dos pais é educar os filhos, e mais nada. Se os pais não educam seus filhos, esses serão descontinuidades dos valores e padrões morais. Essa regra básica e visível é clara e objetiva e todos podem verificar na realidade. Seja lá como for que os pais eduquem seus filhos, se com amor e dedicação, por mais que seja falha, e sempre vai ser, essa educação vai gerar um novo indivíduo que poderá por conta própria sobreviver e se corrigir ao longo de sua vida das falhas que possui, mas sem perder o núcleo dos valores que serão necessários tanto para ele quanto para a sociedade.

Qual é, então, a primeira regra da subversão? Negar todos os valores

A relativização dos valores em todos os níveis é a função primária do movimento subversivo. Esse movimento revolucionário possui um único alvo, que quando atingido e destruído termina por acabar de vez com todos os valores tradicionais. A família. A constituição da família é o manancial que garante a propagação dos valores, da moral, da decência etc. Quando os pais não educam devidamente os seus filhos eles crescem e nunca se tornam adultos, com responsabilidade, mas crescem infantilizados. A isso eu chamo categoricamente de mente infantilizada. 

Como se dá a desestruturação da família? Simples. Algumas regras básicas podem ser traçadas e todo o resto se assentará nelas. Vamos enumerá-las:

1) Estímulo ao divórcio. 
Ex. “Estudo do BID relaciona novelas a divórcios no Brasil – Um estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) sugere uma ligação entre as populares novelas da TV Globo e um aumento no número de divórcios no Brasil nas últimas décadas.”
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2009/01/090130_noveladivorciobrasil_np.shtml


2) Direitos feministas.
Ex. “Rede feminista vai monitorar a imagem da mulher na mídia – Cerca de 150 integrantes de movimentos feministas decidiram criar uma rede para monitoramento e controle da imagem da mulher na mídia. As militantes participaram do seminário Controle Social da Imagem da Mulher na Mídia, encerrado domingo (15) em São Paulo.”
http://correio24horas.globo.com/noticias/noticia.asp?codigo=21394&mdl=27


3) Estímulo ao homossexualismo.
Ex. “Público da Parada Gay caiu para 3,4 milhões, diz ONG após medição – Depois de três dias, a Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo divulgou, nesta quarta-feira (28), sua estimativa de público para o evento, cuja 12ª edição foi realizada no último domingo. Nos cálculos da ONG, foram cerca de 3,4 milhões de participantes. Pela primeira vez, o número é menor do que o registrado no ano anterior (3,5 milhões) pelos organizadores.”
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u406419.shtml


4) Fomento ao aborto.
Ex. “Menina de 9 anos estuprada por padrasto é submetida a aborto em Recife – A menina de 9 anos abusada pelo padrasto em Alagoinha, em Pernambuco, e grávida de gêmeos, realizou aborto na manhã desta quarta-feira na Maternidade Cisam, vinculada à Universidade de Pernambuco, no Recife. Segundo o diretor médico Sérgio Cabral, responsável pelo procedimento, os dois fetos já foram expelidos. A equipe médica realizou ainda uma curetagem. Segundo Cabral, o aborto em caso de estupro é legal . O padrastro da criança, Jailson José da Silva, confessou o crime, e está preso na Delegacia de Pesqueira, no agreste pernambucano.”
http://oglobo.globo.com/pais/cidades/mat/2009/03/04/menina-de-9-anos-estuprada-por-padrasto-submetida-aborto-em-recife-754680349.asp


5) Direitos da criança e do adolescente.
Ex. “Especialista alerta: Tratado da ONU proibirá disciplina física e educação escolar em casa se filhos objetarem – O tratado internacional cria direitos civis, econômicos, sociais e culturais específicos para todas as crianças e declara que “os melhores interesses da criança receberão consideração prioritária”. Quem fará a monitoração desses direitos é a CDC, que tem poderes para forçar os países signatários a obedecer.”
http://juliosevero.blogspot.com/2009/02/ameaca-da-onu-destruicao-dos-direitos.html


6) Hedonismo sexual.
Ex. Basta ler qualquer revista Nova ou Vogue como exemplo rápido.
Ex2. Benedito Ruy Barbosa critica 'putaria' em novelas da Rede Globo – “As novelas hoje só mostram ‘putaria’. Nenhuma mulher quer ver outra que, no quinto capítulo, já dormiu com três ou quatro caras”, disse.
http://www.gp1.com.br/noticias/benedito-ruy-barbosa-critica-putaria-em-novelas-da-rede-globo-66013.asp

Ex3. "NOVA a favor do orgasmo - sempre! - Quer apimentar ainda mais sua relação? NOVA selecionou posições, curiosidades, passo-a-passo e muito mais para que você e seu amor divirtam-se muito e tenham manhãs, tardes e noites incendiárias, i-nes-que-cí-veis, repletas de prazer."
http://nova.abril.com.br/especiais/guia-orgasmo/

7) Mudança do comportamento pela lavagem cerebral. Apoiado pelos “especialistas”.
Ex. “Chocolate amargo diminui o apetite” ou “Vegetarianos correm menos risco de câncer” ou ainda “Escolha adequada da trilha sonora na atividade física melhora rendimento”. Até o infinito.

8) Destruir a Igreja Católica.
Ex. “Enfermeira é suspensa após orar por paciente — Foi anunciado que os funcionários do NHS (Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido) que falarem sobre sua religião com os pacientes podem perder seu emprego.” 
http://juliosevero.blogspot.com/2009/02/enfermeira-e-suspensa-apos-orar-por.html

***

Posso ter-me esquecido de alguma outra forma de subversão, mas essas oito são as principais. Elas são usadas sistematicamente para destruir o núcleo familiar. E consequentemente fazer com que os filhos já nasçam em um ambiente propício para a nova forma de poder que querem implementar. Afinal é mais fácil dominar uma criança que um adulto. 

A tática da revolução é substituir tudo por palavras de ordem. Transformar todos os cidadãos em militantes, em vozes da consciência revolucionária geral. A patrulha ideológica já atingiu camadas várias mais estratificadas. Assim uma discussão é “ganha” pelo que grita mais alto e consegue atrair mais comparsas para o seu lado. Transformar tudo em palavras de ordem requer que se divida o mesmo mundo concreto em vários submundos ilusórios. Esses são as histórias infantis que contam para cada grupinho que se sente no direito de dizer que o seu mundo é mais válido que outro. Temos o grupinho feminista que diz que o mundo feminino deve ser defendido, como se essa história da carochinha existisse. Temos o grupinho dos homossexuais que crêem fortemente que o mundo heterossexual quer os oprimir. Temos o grupinho dos negros que lutam pela reparação do branco ao mundo negro. E assim sucessivamente. 

Ao segmentar a realidade em diversas camadas ilusórias o movimento subversivo só consegue ser aceito por todos aqueles que possuem uma mente debilitada. Uma mente que não cresceu e não está madura para ver o mundo como ele é. Mas o processo é tão bem engendrado que praticamente não há pessoas apontáveis que estão no comando. Uma vez largadas na sociedade sem qualquer educação as mente infantilizadas vão criando um gigantesco ambiente a lá O Senhor das Moscas. O cúmulo da patetice aguda chega quando vemos na Câmara dos Deputados uma néscia chorar porque foi chamada de FEIA, repito, FEIA (“...Cida relatou que Hernandez teria dito que ela era ‘tão feia que não poderia nem ser puta’.”)
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2007/05/09/clodovil_agride_verbalmente_deputada_781702.html


Essa realidade é mais notável ainda quando vemos a vida mental interna dos nossos adultos. Isso para nem mencionar as dos jovens. E para chorar de tristeza podemos mencionar a dos nossos adolescentes. Como sabemos procuramos expressar nossos pensamentos com uma linguagem, no nosso caso a portuguesa. O que é muito preocupante é que a deterioração do domínio da língua por nossos cidadãos os torna mais vulneráveis ainda. E isso mostra com mais agudeza a gravidade do problema.

Diz Eugen Rosenstock no seu livro A Origem da Linguagem que as línguas formais são predominantemente nominais e as informais são predominantemente pronominais. Isso quer dizer que enquanto a língua formal se utiliza primariamente de nomes para se expressar, a língua informal, caracteristicamente a dos adolescentes e das crianças, se utiliza dos pronomes. Enquanto uma língua formal diz “apartamento”, “corrimão”, “galho”, “carro” etc., a informal ataca com “isso”, “aquilo”, “coisa”, “negócio”, “troço” etc. para referir-se a toda a gama de objetos e unidades do real. Ainda mais grave é a utilização das gírias pela linguagem informal. 

A falta de exatidão mental reflete no descaso lingüístico. Esse processo, entretanto, é natural e é devidamente corrigido com o ensino eficiente da língua. A realidade é percebida pela pessoa e depois referida pela linguagem. Quando o sujeito nunca aprende a referir-se devidamente ao que experimenta isso só pode fomentar em sua mente uma pasta disforme, que é como acaba enxergando o mundo. Em uma sociedade em que os cidadãos não conseguem diferenciar na prática o que é “depressão” de “angústia”, “tristeza”, “aflição”, “inquietação”, “infelicidade”, “luto”, “desânimo”, “nervosismo” etc., só podemos esperar que qualquer discurso que se utilize dessas palavras nunca vá alcançar qualquer efeito real na mente do indivíduo. 

Vemos que hoje em dia qualquer discussão, ou conversa, recai rapidamente em um verbalismo sem sentido, onde o que é dito nunca é referido com propriedade na realidade em que se vive. E se encontramos palavras de ordem repetidas à exaustão como: “a religião é o ópio do povo” ou “tudo é relativo”, isso só pode se dar por conta dessa separação abismal entre o verbalismo descontrolado e a falta de propriedade mental substancial daquele que fala.

Se o manejo da língua é um benefício para o indivíduo, ao ajudá-lo a identificar e diferenciar as várias camadas e partes da realidade em que vive, só podemos concluir que esses métodos pedagógicos e educacionais, que desprivilegiam o ensino consistente da gramática e da sintaxe, assim como a expansão do vocabulário e o aprendizado das figuras de linguagem, formas retóricas etc., só podem trazer ao indivíduo o rebaixamento da sua mente a nível infantil. 

Toda a luta de pedagogos por uma tal “liberdade” do ensino só pode ser vista como a liberdade mais tosca, uma libertinagem mental. Quando se priva o sujeito do ensino do latim, da gramática e da sintaxe isso não é um ganho ao sujeito, mas a forma mesma de tolher aquele indivíduo das ferramentas mais básicas para experimentar, analisar e pensar o mundo. Toda a desculpa esfarrapada da opressão da elite em relação aos pobres e um hipotético domínio de uma sobre os outros através da linguagem formal, culta e erudita, nunca poderá ser verdadeira. Já que a língua não é um conjunto de regras feitas aleatoriamente ou um conjunto elaborado de normas que separam pobres e ricos. Mas um conjunto vivo e orgânico de manifestações humanas que ao longo do tempo evoluiu e nos deu a capacidade de ver o mundo, analisar o mundo, crescer internamente como seres humanos, independentemente de classe social ou raça. Ou alguém vai dizer que Machado de Assis nascido nas camadas mais baixas da sociedade dominou a norma culta e oprimiu os pobres ao elevar o nível intelectual da literatura brasileira como nunca antes havia sido elevado?

A libertinagem mental estimulada pela desestruturação do ensino sistemático das ferramentas básicas que fazem, ou podem fazer, do sujeito um cidadão, cônscio e completo, mostra sua mais nefasta conseqüência: a infantilização da mente.

Com as mentes débeis e fracas, ou seja, com um exército de adultos com idade mental infantil, a possibilidade é muito maior de guiar a massa para a agenda revolucionária. Quais são os comportamentos típicos das crianças? Se amontoarem em grupinhos, cuja constituição é regida pela regra do “gosto” ou “não gosto”. Brigarem por qualquer coisa. Resolverem quem tem razão pela imposição da maioria que faz coro uníssono e desacredita o outro. E serem completamente vulneráveis a figuras de autoridade. 

Os grupinhos que hoje encontramos na sociedade que reivindicam direitos, que não são mais que privilégios concedidos, possuem essas mesmas características. A única diferença é que são financiados com bilhões e bilhões de dólares. Aqui o paralelo com O Senhor das Moscas é completo. O que acontece quando grupos de crianças ganham poderes de decisão? Só podemos notar a total desestruturação da sociedade, o caos completo e a falta de referências.

Isso toma proporções homéricas quando em todos os estratos da sociedade temos tais tipos de pessoas. O problema maior é que sendo influenciadas pela agenda revolucionária, na maioria das vezes sem saberem, essas pessoas constituem um coro maciço do mais completo e eficiente “cala a boca” contra todos aqueles que possuem uma opinião válida e real, baseada no conhecimento sério. 

Quando unimos a essa realidade um grupo que planeja tudo no plano de fundo temos a composição da nossa sociedade como ela se compõe hoje. Reconhecer tal realidade é muito complexo e requer um profundo centro pelo qual avaliar a situação. Quando o centro de avaliação é desconhecido, toda e qualquer opinião embasada só poderá parecer insana e descabida, logo rechaçada como loucura ou impropriedade do pensamento. Isso se dá porque qualquer coisa dita carecerá de correspondência interna, já que a avaliação do avaliador diferirá da capacidade do avaliado em níveis profundos. 

Como explicar uma teoria complexa a uma criança? É impossível.

Como acima esboçado é impossível não perceber a carência real que a maioria da população tem em relação aos conhecimentos mais básicos. Subvertendo o entendimento comum e o transformando em uma hipotética luta contra a opressão, a subversão termina por destruir qualquer tipo de cultura que existe. E o fato notável é fazer com que a população que se encontra em vias da destruição ainda queira e anseie por isso. Quando vemos a exaltação do não saber, do enaltecimento daqueles que nunca leram um livro, do festejo porque o sujeito não sabe nada... só podemos lamentar a profunda falta de referências que tem nossa sociedade.

A infantilização da mente é um processo vagaroso, contundente e deveras eficiente. Projeto esse que se estende por gerações e nunca poderia ser associado a um conjunto de acontecimentos aleatórios. A superficialização do entendimento da realidade só pode ter como conseqüência a crença sincera de que a realidade é assim mesmo. 

A falta de esquemas mentais para abarcar a complexidade do processo revolucionário é um impedimento à mínima compreensão da nossa situação atual. Por isso vamos ver algumas das armas que são utilizadas no processo subversivo. Essas armas estão em funcionamento há muito tempo e por mais de três décadas já renderam frutos extraordinários. O processo básico para a tomada do poder mediante aplausos estrondosos de ratificação por boa parte da população, que não sabe o que está apoiando, é sutil e bem engendrado. Ele atua em todos os campos da vida social. Sendo assim não se consegue fugir dele em canto algum. Para se ter noção do problema vamos enumerar os mais notáveis meios pelos quais o movimento subversivo atua (conceitos retirados do livro de A.J. Paula Couto, O Desafio da Subversão):

1) Desmembramento – É a técnica que, como o nome diz, visa a desmembrar o antigo organismo social. No quadro da guerra política, conta com dois recursos: a) greves de formas diversas, e b) resistência passiva.

2) Intimidação – É esta uma técnica que permite completar e reforçar a do desmembramento. Consiste em neutralizar a ação daqueles que não têm simpatia ou se opõem à causa comunista, criando neles a sensação de receio ou de medo. Pode ir desde o simples apodo, chamando de fascistas, nazistas, direitistas, reacionários etc... 

3) Desmoralização – Consiste esta técnica em procurar a desmoralização das autoridades políticas, policiais e militares, negando-lhes sistematicamente as vitórias e os acertos e ampliando e exagerando as inevitáveis falhas e desacertos, procurando criar o ceticismo e a descrença em relação às suas iniciativas e a dúvida quanto à sua boa fé. Quando essa técnica pode ser usada em sua plenitude, com irrestrito uso dos meios de comunicação de massa, em pouco tempo os próprios agentes do poder, atingidos pelo peso da pressão psicológica, perdem suas convicções e começam eles próprios a duvidar do valor daquilo que executam.

4) Seleção e formação – Esta técnica é uma das maiores responsáveis pelo segredo da força das minorias comunistas. O primeiro passo consiste em procurar elementos ativos e dinâmicos, com qualidade de liderança em seus diversos aspectos (oradores, propagandistas, especialistas em determinados ambientes, etc...)

5) Semeadura (infiltração, entrismo) – É a técnica complementar da anterior. Consiste em distribuir os quadros selecionados e formados, pelos diversos pontos do país, designando-os para trabalhos nas diversas organizações onde há necessidade de reforçar o trabalho de subversão.

6) Enquadramento – Enquanto a técnica anterior permitia a conquista psicológica, a do enquadramento permite a conquista física das populações, outro importante objetivo intermediário da guerra revolucionária. E isto se realiza através do controle gradativo das associações de classe, diretórios estudantis, sindicatos e todos os órgãos semelhantes que dirigem e centralizam a ação de massas de empregados, funcionários, professores e estudantes, bem como de outros grupos sociais expressivos.

Podemos acrescentar que ainda há o mais notável deles que está em plena atividade hoje em dia. Esse inclui todos grupinhos com raivinha que lutam pelos seus “direitos” sem saberem que praticam a mais mortal e maléfica arma da subversão atual. Essa é a estratégia Cloward-Piven. “A estratégia de forçar uma mudança política através da crise orquestrada. A ‘Estratégia Cloward-Piven’ procura acelerar a queda do capitalismo ao sobrecarregar a burocracia governamental com uma enchende de demandas impossíveis, arrastando então a sociedade para uma crise e um colapso econômico.” (o artigo completo pode ser lido aqui.)

Adicionando aos supracitados meios subversivos a Estratégia Cloward-Piven completa um esquema básico de análise completo do processo subversivo que tem lugar hoje não só nos EUA e no Brasil como em todos os países do Ocidente. Entender a profundidade de cada item já é tarefa hercúlea para um indivíduo mediano, entender o intrincado mecanismo e a complexa rede entrelaçada de todos eles acontecendo ao mesmo tempo é tarefa impossível. E é justamente por isso que sempre à uma crítica fundamentada do processo subversivo o indivíduo encontra mil contradições aparentes e termina por desacreditar o que entende.

Um exemplo, contido nesse texto mesmo pode servir de ilustração. Quando você vê que no item dos Direitos Feministas as ativistas se propõem a patrulhar os programas televisivos, pois esses “vendem” uma idéia de mulher objeto, temos as novelas que fazem isso abertamente, cuja crítica de Benedito Rui Barbosa também foi linkada mais acima. Ao mesmo tempo em que jogam em um lado, também jogam no outro. O espectador, ou leitor, que não possui o esquema completo para começar a entender o processo acha que as duas coisas andam separadas e que nada tem uma com a outra, quando na verdade fazem parte do mesmo plano.

Toda a dificuldade para a mente fragilizada está em compreender que todas as facetas do processo não são manifestações orgânicas e naturais de grupos oprimidos. A própria separação em classes e grupos da sociedade é arma básica do processo subversivo. Ao mesmo tempo em que fomentam a crise econômica com ativistas que obrigam às autoridade a ceder empréstimos de risco às famílias sem dinheiro, são os primeiros a criticar o governo por fazê-lo. Os exemplos se multiplicam ao extremo, e se fossem compendiar todos os tipos em um só semestre, seria praticamente impossível publicá-los em obra com menos de 2000 folhas.

O núcleo principal da luta subversiva é a educação e por isso que hoje em dia é alvo principal de reivindicações. Seja na educação doméstica dos pais, seja na educação escolar. As duas têm sido sistematicamente destruídas. E com isso criando um exército de mentes infantis.

Contra essa doença não basta discutir, não se argumenta com doentes. Contra doentes só há uma saída, o tratamento. Aqui sem esperanças de cura, já que a cultura marxista reestrutura toda a rede mental e todo o horizonte de consciência contemplativa do indivíduo. A substituição dos valores morais e espirituais por valores econômicos está completa. A avaliação de todas as camadas da vida pelos valores econômicos e financeiros é uma certeza.

***

Traçado o panorama cultural em que vivemos, o indivíduo tem agora a chave para avaliar o ambiente ao seu redor, assim com se avaliar perante esses fatos. Se não possui o profundo conhecimento, tem as chaves iniciais para o processo de avaliação. 

Sabendo-se infantilizado obtém o primeiro requisito para sair dessa condição, o conhecimento da enfermidade. O sentimentalismo é um campo infantil altamente explorável. Assim como a carência, a necessidade de uma autoridade, a necessidade de indicações por onde se basear, e todos os demais tipos de referência. A mídia inteira está contaminada com o movimento subversivo, salvo uma ou outra exceção. Enquanto não souber diferenciar uma opinião verdadeira de um panfleto subversivo não é recomendável ver jornais televisivos, impressos ou online. Sempre que ver a solução de um problema que se baseie na concentração de poder nas mãos de poucos, há de desconfiar. Sempre, e repito: SEMPRE, busque outra opinião a qualquer assunto. Se alguém diz X e todos dizem X procure alguém que diga Y. Para o bem e para o mal. Assim se acostumará no confronto de idéias e, porventura, como resolvê-las será um problema, que é o primeiro passo para a solução da aporia. Reacostumar-se a ver o mundo com olhos sinceros, sem vieses ideológicos. E, por último e principalmente, ganhar o senso de responsabilidade pelo que pensa e diz. Sempre pensar se uma idéia é sua mesma ou uma mera repetição do slogan da vez.

Com essas recomendações básicas e a exposição do esquema para avaliação da realidade o leitor possui um ferramental básico para começar a tentar entender o mundo em que vive, sem distorções nem descalabros. O que é uma tarefa imensamente difícil, mas o que está em jogo é a sua liberdade, a sua responsabilidade e sua vida. Pois já começam a tirar os filhos dos pais, já começam a querer decidir sobre o que você deve gostar ou desgostar, já definem o que e como se deve pensar, se comportar e viver. Antes que seja tarde demais, e o sujeito se dê conta que é uma pessoa na hora em que estiver aterrorizado no muro de fuzilamento de algum governo comunista revolucionário, já que no século XX matou mais de 100.000.000 de pessoas, e o perigo só faz crescer. Antes que seja irreversivelmente tarde demais, comece a viver!

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