Material essencial

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

USP desenvolve tratamento barato de cicatrização

JORNAL NACIONAL
30/01/09 - 21h02

O preço de R$ 3 mil a R$ 4 mil por semana do curativo importado cai para cerca de R$ 30 quando é usado o desenvolvido no hospital da Universidade de São Paulo.


Pesquisadores brasileiros desenvolveram um tratamento de custo baixíssimo que pode ajudar milhões de pacientes com dificuldades de cicatrização. Vamos ver na reportagem de Graziela Azevedo. 

Da escova usada para lavar as mãos é aproveitada a esponja esterilizada. As mangueiras plásticas e a rede de vácuo são as mesmas sobre os leitos de qualquer hospital. Foi com materiais simples que um médico desenvolveu um curativo capaz de mudar a vida dos pacientes. 

O eletricista Carlos Alberto Oliveira correu o risco de perder a perna depois de um acidente de moto, o corte profundo e infeccionado não cicatrizava. O quadro mudou em sete dias com o uso do novo curativo. 

“Foi um alívio com certeza, porque eu podia perder minha perna. Graças a esse curativo, eu estou com ela firme e forte para outra”. 

O médico demonstra como o curativo funciona: feridas provocadas por acidentes, queimaduras ou diabetes são cobertas pelas esponjas e envolvidas com plástico adesivo, um tubo ligado à rede de vácuo faz uma sucção constante. Essa drenagem impede infecções e promove a multiplicação de vasos e a regeneração do tecido. 

 

A novidade ajudou o contador João Pinter Neto a se livrar do corte que não fechava depois de uma cirurgia complicada. “Depois de três dias que foi instalado esse sistema, você já percebe a diferença, porque o corte vai se fechando” 

O curativo a vácuo desenvolvido no hospital da Universidade de São Paulo tem o mesmo resultado do similar importado, usado em hospitais particulares. O que muda, e muito, é o preço, o que faz toda a diferença na hora de tratar quem não pode pagar. 

De R$ 3 mil a R$ 4 mil por semana, o preço dos curativos cai para cerca de R$ 30. O sistema, aperfeiçoado com ajuda de engenheiros da escola politécnica, foi patenteado e já pode ser usado por qualquer um que precisar. 

“A idéia é divulgar conhecimento, difundir um tratamento que vai ser mais eficiente, que vai ter um custo mais acessível para todas as pessoas do país inteiro”, declarou o médico Fábio Kamamoto.

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