Amigo
Puggina vem lutando há muitos anos por uma reestruturação em nosso estamento político.
Postula mudanças que invertam o quadro atual em que as instituições favorecem maximamente o êxito do canalha na ambiência estatal, ao tempo que praticamente condena o honesto.
Destes fatos - deliberadamente ampliados por esquerdistas na Constituição de '88 e viciosos desde a base - decorrem as feridas sociais que hoje nos aponta neste artigo, que em meu entender, peca apenas por não enfatizar a intencionalidade cuidadosamente planejada: destruir lentamente os valores morais que alicerçam a ordem, a paz e a produtividade e turbinar os anti-valores que conduzem ao caos social, entendido como passo necessário para a instalação da "ditadura do proletariado."
Neste esforço corruptor, em processo há décadas, comungam e empenham-se todos os partidos de esquerda. Todos, sem exceção, são - consciente e deliberadamente - agentes do caos.
Na apreciação destas nossas condições sócio-políticas, tão confusas para tantos brasileiros, pelo menos um fato deveria ser compreendido de forma contundentemente clara:
a intencionalidade.
Nem uma única das misérias apontadas pelo articulista se deve ao acaso, ou à banal incompetência e cupidez dos costumeiros politiquelhos; antes, é planejada e cuidadosamente criada pelos agentes do caos - o comunismo entronizado em Brasília -
apoiado e alimentado pelos demais partidos, pela mídia, pelas escolas e pelas igrejas contaminadas pela Teologia da Libertação.
Assuma como exemplo a crescente leniência institucional para com a criminalidade, esta facilitação progressiva que o estamento judicial oferece ao criminoso não só pelo sucateamento e escandalosa inoperância dos corpos policiais, ou pela quantidade de brechas legais por onde o criminal escapa, mas ainda por penalizações tão ridiculamente suaves que se fazem um convite irrecusável à prática do crime.
Ou seja, exata e precisamente o oposto do que é comprovadamente eficaz - a certeza da punição.
A conhecida e inegável estupidez do esquerdista - exatamente similar à do canalha - atua em níveis existenciais profundos cegando-os para dados transcendentes e essenciais da realidade manifesta, sem afetar-lhes o Q.I. e, em especial, a astúcia.
Sabem beníssimo que estão incentivando a criminalidade.
E que isto promane desde instâncias mais altas das instituições é evidência do gravíssimo grau de dominância e corrupção já instaladas na estrutura governamental.
Nosso Brasil está sendo gerido por sociopatas criminais.
E não existe a mais mínima possibilidade de que esta situação seja mudada pelas urnas - estas eletrônicas em cujo programa uma facílima alteração de uma única frase leva aos resultados desejados por seus atuais donos - exatamente como vem ocorrendo na Venezuela e Bolívia.
E ainda que fossem honestas, a manipulação de mentes pelas instâncias formadoras de opinião, tal como as fontes dos recursos financeiros imprescindíveis em campanhas eleitorais - todas dominadas pelos sociopatas canhotos - irão produzir o desenlace favorável à situação.
Em relação a esta monumental armadilha, estamos, nós brasileiros, no-mato-e-sem-cachorro.
Nesta selva medonha ainda nos resta um único recurso benígno, um tigre, de braço forte e mão amiga, que em silêncio discreto, observa atentamente.
Rezemos por ele.
É toda a esperança que nos resta...
M.
Percival Puggina
14/02/2009
Há uma polêmica estabelecida em relação aos delitos e às penas. Bem organizadas correntes de opinião promovem a condenação das condenações. O quadro das penas tidas como reprováveis começou pela de morte, seguiu para a de prisão perpétua e alcança, agora, a pena de prisão seja pelo tempo que for. Dizem que é preciso buscar outros meios para enfrentar o crime. Denunciam que a privação de liberdade é coisa medieval. Argumentam que ela tem sido insuficiente para conter o avanço da criminalidade. Alegam que os presídios deseducam. Proclamam que manter um indivíduo atrás das grades agrava os desajustes que o levam à prática criminosa. Em outras palavras: os criminosos deveriam receber sanções mais criativas. Talvez algo assim como escrever cem vezes no quadro negro: “Não devo oferecer drogas na porta das escolas”.
A tolerância com o intolerável virou praga social. Os pais deixam de punir os filhos e a própria expressão castigo tornou-se malvista. O professor que segura o braço de um aluno enfrenta constrangimentos. Magistrados trocam a lei pela misericórdia e relutam em mandar para a cadeia. Presos do semi-aberto viram assaltantes em full time. Adotam-se decisões que podem resultar na soltura de mais de 200 mil presos em todo o país. E por aí despenca nossa segurança.
Diante de tal cenário, vale lembrar certas verdades:
1º) a maior parte dos crimes é antecedida de uma avaliação de riscos, sendo o impulso à ação criminosa inversamente proporcional à expectativa de punição;
2º) o trinômio polícia ágil, processo rápido e pena severa é altamente inibidor;
3º) a pena pesada, aplicada a um réu, intimida outros indivíduos de fazerem a mesma coisa;
4º) bandido preso sai do mercado do crime e deixa de causar dano à sociedade;
5º) quem está na cadeia pode ser reeducado.
Em contrapartida, examinemos essa ojeriza às penas severas (aí incluída a de prisão). É verdade que somente elas não resolvem o problema da criminalidade, que precisa ser enfrentada por muitos meios. Aliás, nenhuma das outras condições, tomada de modo isolado, acaba com o problema. Tampouco o farão todas juntas – desenvolvimento econômico e social, educação de qualidade, melhor distribuição de renda, aumento dos contingentes policiais, celeridade nos processos criminais, planejamento familiar. Portanto, assim como a insuficiência específica de cada providência em seus efeitos sobre a criminalidade não nos leva a desistir delas, tampouco servirá para justificar a não aplicação de penas severas. Que aconteceria se adotássemos a regra de que a prisão não resolve coisa alguma e soltássemos todos os presos?
A experiência mostra que a pena rigorosa, aplicada com a devida rapidez, inibe a criminalidade. Países muçulmanos que adotam a lei da sharia cortam as mãos dos ladrões. Nasri Salhab, que foi embaixador do Líbano na Santa Sé, escreveu um livro não traduzido para o português, com o título “Islam as I came to know it”, de caráter apologético em relação ao Corão, e nele afirma que a aplicação desse preceito “tirou a Arábia Saudita da lei da selva e a transformou num paraíso de segurança na terra”.
Cerca de 64 países ainda mantêm a pena capital e a metade destes aplicam-na aos traficantes de drogas. Entre eles estão Indonésia, Malásia, Filipinas, China e Cingapura. As execuções de tais sentenças raramente alcançam algumas dezenas ao ano. Por quê? Porque lá, vender droga é fatal para a saúde! E aqui, no paraíso da pena branda? Não consegui descobrir quantos dos quase meio milhão de presos brasileiros são traficantes. Certamente não são dezenas, mas dezenas de milhares. E quantos mais, fora das prisões, infernizam o país com o maldito negócio do vício e da desgraça pessoal, familiar e social? Não, leitor, não estou advogando a mutilação de ladrões nem a execução de traficantes. Estou apenas provando que a aplicação de penas severas inibe o crime. Ponto.
____________________________
* Percival Puggina (64) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezena de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo e de Cuba, a tragédia da utopia.
Em contrapartida, examinemos essa ojeriza às penas severas (aí incluída a de prisão). É verdade que somente elas não resolvem o problema da criminalidade, que precisa ser enfrentada por muitos meios. Aliás, nenhuma das outras condições, tomada de modo isolado, acaba com o problema. Tampouco o farão todas juntas – desenvolvimento econômico e social, educação de qualidade, melhor distribuição de renda, aumento dos contingentes policiais, celeridade nos processos criminais, planejamento familiar. Portanto, assim como a insuficiência específica de cada providência em seus efeitos sobre a criminalidade não nos leva a desistir delas, tampouco servirá para justificar a não aplicação de penas severas. Que aconteceria se adotássemos a regra de que a prisão não resolve coisa alguma e soltássemos todos os presos?
A experiência mostra que a pena rigorosa, aplicada com a devida rapidez, inibe a criminalidade. Países muçulmanos que adotam a lei da sharia cortam as mãos dos ladrões. Nasri Salhab, que foi embaixador do Líbano na Santa Sé, escreveu um livro não traduzido para o português, com o título “Islam as I came to know it”, de caráter apologético em relação ao Corão, e nele afirma que a aplicação desse preceito “tirou a Arábia Saudita da lei da selva e a transformou num paraíso de segurança na terra”.
Cerca de 64 países ainda mantêm a pena capital e a metade destes aplicam-na aos traficantes de drogas. Entre eles estão Indonésia, Malásia, Filipinas, China e Cingapura. As execuções de tais sentenças raramente alcançam algumas dezenas ao ano. Por quê? Porque lá, vender droga é fatal para a saúde! E aqui, no paraíso da pena branda? Não consegui descobrir quantos dos quase meio milhão de presos brasileiros são traficantes. Certamente não são dezenas, mas dezenas de milhares. E quantos mais, fora das prisões, infernizam o país com o maldito negócio do vício e da desgraça pessoal, familiar e social? Não, leitor, não estou advogando a mutilação de ladrões nem a execução de traficantes. Estou apenas provando que a aplicação de penas severas inibe o crime. Ponto.
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* Percival Puggina (64) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezena de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo e de Cuba, a tragédia da utopia.
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