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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Obama, por Saramago OU a prova do que falou o Olavo sobre este escritor...

QUANDO MENOS É MAIS

SEXTA-FEIRA, 23 DE JANEIRO DE 2009


Donde saiu este homem? Não peço que me digam onde nasceu, quem foram os seus pais, que estudos fez, que projeto de vida desenhou para si e para a sua família. 

Cavaleiro do Templo: como pode não ter importância o PASSADO de uma pessoa que ocupa a cadeira mais importante do mundo? Se mesmo para tomar conta de nossas crianças (uma babá) nós investigamos seu PASSADO, para um presidente de república isto não se faz necessário? 

Tudo isso mais ou menos o sabemos, tenho aí a sua autobiografia, livro sério e sincero, além de inteligentemente escrito. 

Cavaleiro do Templo: agora o que eu escrevo sobre mim mesmo é a verdade sobre mim mesmo? Se Hitler escrevesse sobre si falando APENAS os belos aspectos de sua própria pessoa ele seria um homem bom? No mundo do Saramago vale apenas a auto-definição, prova de delírio, de psicose, de que se acha muito mais do que é. Aliás, não só dele. Qualquer um que fizer isto é doente e quem aceita isto é no mínimo imbecil OU está cheio de interesses outros...

Quando pergunto donde saiu Barack Obama estou a manifestar a minha perplexidade por este tempo que vivemos, cínico, desesperançado, sombrio, terrível em mil dos seus aspectos, ter gerado uma pessoa (é um homem, podia ser uma mulher) que levanta a voz para falar de valores, de responsabilidade pessoal e coletiva, de respeito pelo trabalho, também pela memória daqueles que nos antecederam na vida.

Cavaleiro do Templo: só um canalha tentaria associar todas estas coisas como se elas fossem intercambiáveis ou interdependentes. Ademais, quanta "ingenuidade" achar que discurso político será convertido em ação exata. Saramago é burro? Eu acho que é um idiota útil apenas, os primeiros a morrer na revolução. Os que dão suporte às revoluções viram comida de verme rapidinho. São os "intelequituais" os primeiros a irem para o paredão.

Estes conceitos que alguma vez foram o cimento da melhor convivência humana sofreram por muito tempo o desprezo dos poderosos, esses mesmos que, a partir de hoje (tenham-no por certo), vão vestir à pressa o novo figurino e clamar em todos os tons - “Eu também, eu também”. Barack Obama, no seu discurso, deu-nos razões (as razões) para que não nos deixemos enganar. O mundo pode ser melhor do que isto a que parecemos ter sido condenados. No fundo, o que Obama nos veio dizer é que outro mundo é possível

Cavaleiro do Templo: mas não é esta a frase de todo revolucionário? Não é esta a bandeira das revoluções? E não é a revolução fruto da doença mental que faz o sujeito acreditar que da sua cabeça é capaz de sair um mundo novo e, segundo eles, melhor? Não foram todas as revoluções boas apenas para os revolucionários? Não está Saramago colocando-se do lado do Obama, usando para isto a bandeira da revolução? Me parece mesmo que existem outros interesses aí, além de uma declaração de intenções, pensamentos e de uma visão (psicótica) do mundo...

Muitos de nós já o vínhamos dizendo há muito. Talvez a ocasião seja boa para que tentemos pôr-nos de acordo sobre o modo e a maneira. Para começar.

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