Material essencial

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

SÍMBOLOS E MITOS NO FILME “O SILÊNCIO DOS INOCENTES”

SCRIBD (obra de OLAVO DE CARVALHO)

[Retirado do antigo fórum “Sapientia”, que fazia parte da HP do Olavo de Carvalho – www.olavodecarvalho.org]

I. Terror e piedade

O Silêncio dos Inocentes (“The Silence of the Lambs”) é bem mais do que o thriller habilmente realizado ou do que o drama passional que a crítica brasileira viu nele. Se toca tão intensamente o coração da platéia, é menos pelo fascínio macabro do tema, pela destreza quase alucinante da direção ou pelas interpretações memoráveis de Anthony Hopkins e de Jodie Foster do que pelo simbolismo profundo da sua fábula. Mesmo quando passe despercebido pela consciência do espectador, esse simbolismo não pode deixar de atingi-lo no âmago da sua condição humana, pela força de uma linguagem universal. Seu alcance simbólico eleva o filme de Jonathan Demme à categoria de grande obra de arte.

Como toda grande arte, este filme desencadeia conseqüências que se prolongam para muito além do gozo estético imediato, e reverberam em benefícios psicológicos de longa duração. Nunca, desde M, o Vampiro de Düsseldorf, de Fritz Lang, ou Vergonha, de Ingmar Bergman, esteve o cinema tão perto de realizar um intuito equiparável ao da tragédia grega, que, nas palavras de Aristóteles, era o de inspirar “terror e piedade”, ou, mais precisamente, a piedade por meio do terror: purificar a alma do homem e incliná-lo ao bem pela visão do absurdo e do mal inerentes à ordem cósmica.

Mas, para desfrutar plenamente dos ganhos que esta obra nos traz, é necessário ultrapassar o puro impacto estético da primeira hora e aprofundar uma consciência intelectual do seu significado. O educador que mostra e adverte, dirigindo a atenção do espectador para os pontos significativos e as estruturas profundas, prolonga assim e potencializa o trabalho do artista, abrindo os canais para o seu encontro com a alma do público.

LEIA NA ÍNTEGRA CLICANDO AQUI.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá internauta

O blog Cavaleiro do Templo não é de forma algum um espaço democrático no sentido que se entende hoje em dia, qual seja, cada um faz o que quiser. É antes de tudo meu "diário aberto", que todos podem ler e os de bem podem participar.

Espero contribuições, perguntas, críticas e colocações sinceras e de boa fé. Do contrário, excluo.

Grande abraço
Cavaleiro do Templo