QUINTA-FEIRA, JANEIRO 15, 2009
O ser humano não nasce humano. Essa constatação básica tem implicações profundas na vida do sujeito que não só entende esse fato como também consegue compreender toda a série de relações mais essenciais que ele leva consigo. Uma criança recém nascida não é nada mais que potencialmente humana. Se conseguimos vislumbrar ali um ser humano não é porque podemos ver a humanidade, mas porque ela possui o potencial para continuar o processo da humanidade. Assim a educação de um ser humano leva tantos anos. Tornar-se humano é praticamente ir contra a natureza, é fazer florescer o potencial que não há em nenhum outro animal. Tente ensinar um cachorro a ler. Esta é a diferença fundamental entre nós e os outros animais. Temos potencial para sermos humanos.
Aprender a falar e escrever, se vestir e dar descarga após aliviar a bexiga estão longe de serem atos que garantem que o ser seja humano. Para quem passou algum tempo pensando no que é ser humano não é muito difícil ver que Fernandinho Beira-Mar e Tomás de Aquino compartilham todas essas características e nem por isso podemos igualá-los na escala de humanidade. Aquino é mais humano que Beira-Mar. Isso diz muito. Conseguimos classificar entre dos seres humanos aquele que possui maior humanidade e por isso temos a noção clara de que a realização humana é gradual. A distância entre o melhor macaco do mundo e o pior é ínfima. A distância entre o melhor ser humano do mundo e o pior é gigantesca e abismal. Entre aquele que apenas sabe falar e outro que maneja a língua, ou as línguas, de forma articulada e majestosa é de uma brutal discrepância.
Se a criança não nasce completamente humana é porque temos a obrigação de ensiná-la a se tornar uma pessoa boa, que saiba conviver com seus companheiros, que busque realizar o que de melhor puder e consiga se erguer no meio do caos para uma zona de busca do equilíbrio constante. Ensinamos que não se pode dar liberdade a todas as emoções e que o uso da razão, do comedimento e da educação é extremamente importante. E assim vamos construindo dentro daquela pessoinha que cresce uma atualização do ser humano que temos como idéia na mente, por mais que não consigamos sê-lo definitivamente. O que importa ressaltar nesse ponto é a dificuldade que existe em ser humano e se tornar humano. É uma luta diária e constante. Cada criança que nasce nos diz que devemos lutar pela humanidade, temos que nos esforçar para passar adiante nossa condição.
A cada geração a humanidade tem que aprender a falar, escrever, andar, se adequar a maneira do meio social em que vive etc. Nesse processo uma coisa é notável: se os pais não sabem escrever, e o filho não tiver contato com mais ninguém a não ser a família, ele nunca vai aprender a escrever. A conquista da fala e da escrita pode ser considerada a pedra fundamental do processo humano de se tornar humano. Se por um acaso só sobrarem crianças no mundo e todas as pessoas que sabem falar e escrever desaparecessem subitamente a raça humana estaria condenada a não mais falar nem ler, e quiçá existir. Se só aprendemos a ler com quem sabe ler, e só aprendemos falar com quem sabe falar, o processo tem sua analogia básica extensível para todos os outros campos da ação, externa ou interna. Só aprendemos a fazer uma mesa com um carpinteiro. Só aprendemos amar com quem ama. Que casos excepcionais possam acontecer e um gênio olhe para uma árvore e veja uma mesa, ou uma criança que vive em meio a mais baixa condição humana sem qualquer tipo de demonstração de carinho e afeto consiga construir o amor dentro de si, não podemos negar. Mas falamos das condições usuais de seres humanos normais. E os casos específicos só contribuem para demonstrar que o ser humano pode tornar-se humano, não de maneira fácil e pueril, mas que a condição e a potência para tal estão nos próprios seres é inegável.
Se não nascemos plenamente humanos é porque alguns atributos devemos desenvolver para tornarmo-nos tais. Essencialmente o pensamento sobre no que se deve desenvolver para tornar-se um ser humano completo vai variar de acordo com os povos. Mas de pronto já sabemos que alguns povos não construíram e não mantém essa busca. Assim quando a barbárie está instaurada e o que conta é a lei do mais forte, o cada um por si e o olho por olho e dente por dente. Nessas condições não há desenvolvimento humano possível. Este só se torna uma possibilidade com certa paz e tranqüilidade. Se tomarmos a definição olaviana de cultura como “tudo aquilo que não nasce pronto da natureza” podemos ter claramente um indício do que é tornar-se humano. É completar a si mesmo pela realização do que não nasce pronto da natureza. Um povo que está eternamente em luta não é capaz de elaborar sistemas de economia, organizações sociais, desenvolvimentos espirituais, artes e qual sejam os outros modos de manifestação da alta cultura humana, que pode se manifestar de diversas formas nos diversos povos.
O grande benefício é que uma vez elaboradas essas formas da alta manifestação humana elas passam a abrir campos de atuação mais amplos para os seres que vierem. Se demorou milênios para o ser desenvolver uma linguagem culta, é muito mais fácil passar adiante essa linguagem do momento que está criada do que reinventá-la a cada geração, coisa por si só impossível. A grande dificuldade disso é que esse tipo de manifestação humana não nasce pronta da natureza, mas é conquistada pelo agir humano. Nesse ponto podemos ver que preservar as formas da alta manifestação humana se torna uma imperativo para nossa sobrevivência como seres cada vez mais humanos. A destruição dessas manifestações é a maior afronta que pode acontecer à humanidade.
Mas como entender as manifestações existentes? Todo o processo de formação humano se dá com o aprendizado da fala e posteriormente da linguagem. A linguagem surge como forma de compartimentar, explicar e reter, para poder manejar, as diversas manifestações do cosmos na vida vivida. Por essa revelação não podemos negar que o ensino da língua é a forma primordial de crescimento do ser. Ao se articular ele pode analisar e transformar a realidade, e essas análises e transformações são partes integrantes do agir humano. A dúvida é perene em nossa raça, o questionamento nunca cessará. E é por isso que livros e ensinamentos orais são tão importantes em nossa história. Quando seres humanos notáveis passaram por essa existência e deixaram seu registro do que a eles foi revelado, seja por trabalho interno ou mera graça, só podemos festejar que esses registros não tenham se perdido. E devemos agradecer ainda mais pelos mais notórios dos notáveis. Pois nunca deixaremos de sermos devedores de pessoas como Sócrates, Platão e Aristóteles, de Jesus, Gandhi e Buda. Sem querer reduzir tudo unicamente a essas pessoas, eles representam muito bem o que de mais elevado o ser humano pode ser. Nossa cultura ocidental é eterna devedora do direito romano, da filosofia grega e das bases do judaísmo e do cristianismo. Negligenciar isso é esquecer e por à parte as mais altas contribuições que temos em prol de nos tornarmos mais humanos.
Toda educação deve privilegiar o ensino dessas bases, por serem tais, as bases nunca deixarão de serem fundamentais para a vida do ser humano pleno. Muito mais importante que ensinar conteúdos específicos devemos privilegiar as ferramentas mentais para a vida nesse mundo. Coisa totalmente oposta a educação atual e por isso devemos crer que nosso sistema educacional, ao privilegiar tudo que não é a base da civilização ocidental, só pode contribuir para a derrocada do ser humano. Somos cada vez mais, cada vez menos humanos somos também. A relativização da moral, a instrução clara de que tudo é relativo, a ordem de que só se pode agir em prol da revolução e o único estado que existe é o de guerra permanente, só contribui para a desmoralização humana e descentralização da sociedade.
O cúmulo da desumanidade se deu no século XX. Refaço minha declaração: o cúmulo, até agora visto, da desumanidade se deu no século XX. E não podemos negar que isso se deu na subversão dos valores morais ao destruir a função da religião na sociedade, na subversão do aprendizado no positivismo destrutivo e imoral e na subversão da ordem pública no ataque veemente à democracia e à liberdade humana. Se a democracia foi abolida em nome da revolução e levou ao pensamento da melhor raça exterminando as piores em prol do pensamento pseudo-científico da evolução da espécie e ainda recebeu a conivência da maior instituição religiosa que temos... só podemos concluir que dali nada poderia vir de bom. Os estragos da primeira metade do século XX só poderiam trazer as deturpações monstruosas da segunda metade. Através do positivismo o pensamento que se difundiu na mente de um grupo de pessoas poderosas no mundo é que elas poderiam sistematicamente tomar conta do mundo, garantir sua riqueza e controle indefinidamente e garantir que o resto lhes sirva como meros autômatos semi-humanos.
Para quem olha agora o caos em que nos encontramos e não possui as ferramentas adequadas para analisar tal situação só pode, não há outra opção, ficar desesperado e cair nas várias formas escapistas que se apresentam sob formas de pseudo-salvação e redenção. É triste ver pessoas, povos inteiros, manipulados a bel prazer de uma elite grotesca. Quem tem o mínimo esclarecimento poderá perceber um exército de zumbis que se satisfazem em aderir a uma luta para salvar as baleias, a defender veementemente que o seu programa esportivo preferido é essencial para a vida humana, a não acreditar que seja possível outra sociedade, a crer com fé redobrada na ingerência humana e que o melhor é o Estado ditar o que devemos fazer, na maioria das vezes deixando claro a luta das pessoas nos concursos públicos como forma de salvação. E aqui eu falo somente das pessoas que tiveram a desgraça de serem educadas pelos nossos sistemas de subversão humana. O resto da população, analfabeta, miserável e doente nunca vai saber o que se passa e o que se passará com elas. Não espanta muito que as autoridades estejam se lixando para o futuro dessas pessoas. Inclusive há planos das Nações Unidas para a redução da população humana, e nada melhor para reduzir a população tirar dela todo o poder de auto determinação, para então martelar projetos de planejamento familiar, ou então disseminar as idéias abortistas, ou fomentar o movimento homossexual, ou aderir totalmente na transformação das pessoas em hedonistas idiotas que só vão pensar em sexo, prazer e drogas, que inclusive são o alvo principal da ONU que deixa livremente a disseminação do uso de drogas e o apoio a grupos terroristas genocidas parece ser uma constante. Vendo o mundo por esse prisma vê-se até que ponto pode chegar a humanidade quando todo o contato com a língua, seu significado e sua profundidade metafísica na realidade são perdidos.
Quando se fala que antigamente a vida poderia ser materialmente pior, mas espiritualmente melhor, a maioria não consegue crer nisso. Essas pessoas já estão tão afastadas da idéia de autodeterminação, de liberdade, de atividade e gerência que não vislumbram mais um mundo onde essas palavras possuam um correspondente real. Assim através do ataque maciço à autonomia, à liberdade e ao ser humano como coisa possível, construímos uma massa desprovida de vontade. A prova mais cabal disso é a depressão da terceira idade que se criou e espalhou por toda a parte em nossa civilização ocidental. Quando perdem suas funções no trabalho perdem o motivo e a razão de viver. Essa realização pessoal pelo trabalho é mais uma deformação da mentalidade geral. Que nem sabe mais o que significa trabalho, associando diretamente à palavra sobrevivência. Trabalhar é sobreviver. Só na mente deturpada da atualidade tal associação poderia ser feita. E tanto mais quanto o melhor trabalho a ser feito é o burocrático governamental, que é visto para a luz no fim do túnel.
Pela demonstração acima podemos perceber quão grave é o estado de coisas atual. E as pessoas que naturalmente, fora do âmbito cultural, possuem um resquício de potencial humano, todo o esforço feito pela educação pública e particular, aliadas ao trabalho incessante da mídia em bombardear as mentes fracas com slogans e paráfrases politicamente corretas, é capaz de destruir completamente esse potencial. Transformamo-nos aos poucos na profética visão de Romero no seu constante cinema de Zumbis. Que ganha mais relevância quanto mais a realidade se aproxima dele. Na verdade é triste percebermos que até nossas classes acadêmicas e pensantes se tornam completos “idiotas úteis” no processo revolucionário, não deixando qualquer espaço para a criação e fomento do ser humano, da alta cultura e consequentemente sua ramificação pelas camadas mais baixas da sociedade. Quando as expressões mais altas da cultura de um povo são os jogadores de futebol, os pobres de rua reformados que agora batucam instrumentos de percussão, pseudo-escritores como Paulo Coelho e os artistas das novelas que espalham a desordem, a desmoralização e a corrupção só podemos concluir que esse povo já não tem mais rumo. E assim só temos que nos decidir sobre o que fazer. Ou ir com a maré e tornar-se um zumbi ou lutar bravamente contra esse ataque à extinção da humanidade como forma de ser completo e complexo. Se a segunda opção é a que lhe parece mais plausível, eu dou algumas rápidas dicas de como começar a se livrar disso, e por tabela tentar ajudar aos mais próximos.
5 Passos para fugir da merda:
1) Desligar a televisão.
Comentário: TUDO o que se vê na televisão é lixo. Rede Globo, SBT, RedeTV e Record não prestam, desde o programa de culinária matinal até o programa dominical de auditório são formas de doutrinação, são meios para a subversão da moral, dos bons costumes e ta inteligência.
2) Manter a televisão desligada.
Comentário: É praticamente impossível conseguir fazer isso. Esse é um dos passos mais determinantes para a transformação e lavagem da mente humana. Querendo ver um programa específico busque-o na internet, veja quando quiser e puder. Nunca compre DVDs desses programas, assim você alimentará essa indústria.
3) Não utilize jornais e revistas brasileiros para informar-se.
Comentário: Todos os jornais e revistas brasileiros do mainstream, da grande mídia, são doutrinários, mentirosos, caluniadores, defensores do crime e da desmoralização. O Globo, Estadão, A Folha de São Paulo e Jornal do Brasil não prestam. IstoÉ, Época, Veja não prestam. Nem preciso dizer de coisas como Jornal O Povo, Meia Hora, Extra e similares. Especial atenção para revistas ditas científicas. PS. Não existe revista científica brasileira que mereça o respeito. Galileu, Super Interessante e similares só fazem é confirmar as doutrinas e a desmoralização com afirmações pseudo científicas.
4) Resgate as bases de nossa cultura.
Comentário: Leia os clássicos da literatura mundial. Leia os gregos, principalmente Aristóteles e Platão. Não se incomode de ficar um ano lendo um livro desses autores, é melhor ler um livro de Aristóteles em um ano que assistir todas as edições do Jornal Nacional. Refine seu gosto musical relembrando os clássicos da música. Aprenda a gostar de música clássica. Diversifique seu ouvido com esses bálsamos. E principalmente reviva o pensamento religioso, mesmo que você não seja religioso. Se você preza o amor, o carinho, a solidariedade, a misericórdia, a democracia, a educação, o respeito, a honra etc., não se preze de buscar referências em obras consagradas.
5) USE A INTERNET.
Comentário: Essa é a única saída que nós temos para nos contrapormos a esses infelizes subversivos das grandes mídias que posam de autoridade. Ignore todas as fontes digitais do que você excluiu antes. Busque sites alternativos de informação. Blogs de comentaristas são bem vindos se lidos à exaustão. Crie o costume de sempre buscar o outro lado de algum comentário. Se 10 fulanos dizem X procure alguém que diga Y e compare, mas nunca tire uma conclusão, fique com as duas idéias na cabeça até que você se sinta confortável para se for o caso desacreditar todos os jornais e a mídia na hora em que eles estiverem mentindo descaradamente.
Sinceramente esses cinco passos são primordiais para a reabilitação do ser humano como potencial e atuante no mundo em que vivemos, longe da doutrinação verás que abre-se um campo de possibilidades muito maior e com o campo de ação maior ganha-se uma maior compreensão de mundo. Compreensão essa que é dura e cruel, mas necessária para fazermos do mundo algo melhor, lembre-se para que a Rede Globo termine, basta que desliguemos nossas televisões. Basta isso: o dedo no POWER OFF. Basta apertar um botão para ganhar a liberdade, mas quem está afim?
Aprender a falar e escrever, se vestir e dar descarga após aliviar a bexiga estão longe de serem atos que garantem que o ser seja humano. Para quem passou algum tempo pensando no que é ser humano não é muito difícil ver que Fernandinho Beira-Mar e Tomás de Aquino compartilham todas essas características e nem por isso podemos igualá-los na escala de humanidade. Aquino é mais humano que Beira-Mar. Isso diz muito. Conseguimos classificar entre dos seres humanos aquele que possui maior humanidade e por isso temos a noção clara de que a realização humana é gradual. A distância entre o melhor macaco do mundo e o pior é ínfima. A distância entre o melhor ser humano do mundo e o pior é gigantesca e abismal. Entre aquele que apenas sabe falar e outro que maneja a língua, ou as línguas, de forma articulada e majestosa é de uma brutal discrepância.
Se a criança não nasce completamente humana é porque temos a obrigação de ensiná-la a se tornar uma pessoa boa, que saiba conviver com seus companheiros, que busque realizar o que de melhor puder e consiga se erguer no meio do caos para uma zona de busca do equilíbrio constante. Ensinamos que não se pode dar liberdade a todas as emoções e que o uso da razão, do comedimento e da educação é extremamente importante. E assim vamos construindo dentro daquela pessoinha que cresce uma atualização do ser humano que temos como idéia na mente, por mais que não consigamos sê-lo definitivamente. O que importa ressaltar nesse ponto é a dificuldade que existe em ser humano e se tornar humano. É uma luta diária e constante. Cada criança que nasce nos diz que devemos lutar pela humanidade, temos que nos esforçar para passar adiante nossa condição.
A cada geração a humanidade tem que aprender a falar, escrever, andar, se adequar a maneira do meio social em que vive etc. Nesse processo uma coisa é notável: se os pais não sabem escrever, e o filho não tiver contato com mais ninguém a não ser a família, ele nunca vai aprender a escrever. A conquista da fala e da escrita pode ser considerada a pedra fundamental do processo humano de se tornar humano. Se por um acaso só sobrarem crianças no mundo e todas as pessoas que sabem falar e escrever desaparecessem subitamente a raça humana estaria condenada a não mais falar nem ler, e quiçá existir. Se só aprendemos a ler com quem sabe ler, e só aprendemos falar com quem sabe falar, o processo tem sua analogia básica extensível para todos os outros campos da ação, externa ou interna. Só aprendemos a fazer uma mesa com um carpinteiro. Só aprendemos amar com quem ama. Que casos excepcionais possam acontecer e um gênio olhe para uma árvore e veja uma mesa, ou uma criança que vive em meio a mais baixa condição humana sem qualquer tipo de demonstração de carinho e afeto consiga construir o amor dentro de si, não podemos negar. Mas falamos das condições usuais de seres humanos normais. E os casos específicos só contribuem para demonstrar que o ser humano pode tornar-se humano, não de maneira fácil e pueril, mas que a condição e a potência para tal estão nos próprios seres é inegável.
Se não nascemos plenamente humanos é porque alguns atributos devemos desenvolver para tornarmo-nos tais. Essencialmente o pensamento sobre no que se deve desenvolver para tornar-se um ser humano completo vai variar de acordo com os povos. Mas de pronto já sabemos que alguns povos não construíram e não mantém essa busca. Assim quando a barbárie está instaurada e o que conta é a lei do mais forte, o cada um por si e o olho por olho e dente por dente. Nessas condições não há desenvolvimento humano possível. Este só se torna uma possibilidade com certa paz e tranqüilidade. Se tomarmos a definição olaviana de cultura como “tudo aquilo que não nasce pronto da natureza” podemos ter claramente um indício do que é tornar-se humano. É completar a si mesmo pela realização do que não nasce pronto da natureza. Um povo que está eternamente em luta não é capaz de elaborar sistemas de economia, organizações sociais, desenvolvimentos espirituais, artes e qual sejam os outros modos de manifestação da alta cultura humana, que pode se manifestar de diversas formas nos diversos povos.
O grande benefício é que uma vez elaboradas essas formas da alta manifestação humana elas passam a abrir campos de atuação mais amplos para os seres que vierem. Se demorou milênios para o ser desenvolver uma linguagem culta, é muito mais fácil passar adiante essa linguagem do momento que está criada do que reinventá-la a cada geração, coisa por si só impossível. A grande dificuldade disso é que esse tipo de manifestação humana não nasce pronta da natureza, mas é conquistada pelo agir humano. Nesse ponto podemos ver que preservar as formas da alta manifestação humana se torna uma imperativo para nossa sobrevivência como seres cada vez mais humanos. A destruição dessas manifestações é a maior afronta que pode acontecer à humanidade.
Mas como entender as manifestações existentes? Todo o processo de formação humano se dá com o aprendizado da fala e posteriormente da linguagem. A linguagem surge como forma de compartimentar, explicar e reter, para poder manejar, as diversas manifestações do cosmos na vida vivida. Por essa revelação não podemos negar que o ensino da língua é a forma primordial de crescimento do ser. Ao se articular ele pode analisar e transformar a realidade, e essas análises e transformações são partes integrantes do agir humano. A dúvida é perene em nossa raça, o questionamento nunca cessará. E é por isso que livros e ensinamentos orais são tão importantes em nossa história. Quando seres humanos notáveis passaram por essa existência e deixaram seu registro do que a eles foi revelado, seja por trabalho interno ou mera graça, só podemos festejar que esses registros não tenham se perdido. E devemos agradecer ainda mais pelos mais notórios dos notáveis. Pois nunca deixaremos de sermos devedores de pessoas como Sócrates, Platão e Aristóteles, de Jesus, Gandhi e Buda. Sem querer reduzir tudo unicamente a essas pessoas, eles representam muito bem o que de mais elevado o ser humano pode ser. Nossa cultura ocidental é eterna devedora do direito romano, da filosofia grega e das bases do judaísmo e do cristianismo. Negligenciar isso é esquecer e por à parte as mais altas contribuições que temos em prol de nos tornarmos mais humanos.
Toda educação deve privilegiar o ensino dessas bases, por serem tais, as bases nunca deixarão de serem fundamentais para a vida do ser humano pleno. Muito mais importante que ensinar conteúdos específicos devemos privilegiar as ferramentas mentais para a vida nesse mundo. Coisa totalmente oposta a educação atual e por isso devemos crer que nosso sistema educacional, ao privilegiar tudo que não é a base da civilização ocidental, só pode contribuir para a derrocada do ser humano. Somos cada vez mais, cada vez menos humanos somos também. A relativização da moral, a instrução clara de que tudo é relativo, a ordem de que só se pode agir em prol da revolução e o único estado que existe é o de guerra permanente, só contribui para a desmoralização humana e descentralização da sociedade.
O cúmulo da desumanidade se deu no século XX. Refaço minha declaração: o cúmulo, até agora visto, da desumanidade se deu no século XX. E não podemos negar que isso se deu na subversão dos valores morais ao destruir a função da religião na sociedade, na subversão do aprendizado no positivismo destrutivo e imoral e na subversão da ordem pública no ataque veemente à democracia e à liberdade humana. Se a democracia foi abolida em nome da revolução e levou ao pensamento da melhor raça exterminando as piores em prol do pensamento pseudo-científico da evolução da espécie e ainda recebeu a conivência da maior instituição religiosa que temos... só podemos concluir que dali nada poderia vir de bom. Os estragos da primeira metade do século XX só poderiam trazer as deturpações monstruosas da segunda metade. Através do positivismo o pensamento que se difundiu na mente de um grupo de pessoas poderosas no mundo é que elas poderiam sistematicamente tomar conta do mundo, garantir sua riqueza e controle indefinidamente e garantir que o resto lhes sirva como meros autômatos semi-humanos.
Para quem olha agora o caos em que nos encontramos e não possui as ferramentas adequadas para analisar tal situação só pode, não há outra opção, ficar desesperado e cair nas várias formas escapistas que se apresentam sob formas de pseudo-salvação e redenção. É triste ver pessoas, povos inteiros, manipulados a bel prazer de uma elite grotesca. Quem tem o mínimo esclarecimento poderá perceber um exército de zumbis que se satisfazem em aderir a uma luta para salvar as baleias, a defender veementemente que o seu programa esportivo preferido é essencial para a vida humana, a não acreditar que seja possível outra sociedade, a crer com fé redobrada na ingerência humana e que o melhor é o Estado ditar o que devemos fazer, na maioria das vezes deixando claro a luta das pessoas nos concursos públicos como forma de salvação. E aqui eu falo somente das pessoas que tiveram a desgraça de serem educadas pelos nossos sistemas de subversão humana. O resto da população, analfabeta, miserável e doente nunca vai saber o que se passa e o que se passará com elas. Não espanta muito que as autoridades estejam se lixando para o futuro dessas pessoas. Inclusive há planos das Nações Unidas para a redução da população humana, e nada melhor para reduzir a população tirar dela todo o poder de auto determinação, para então martelar projetos de planejamento familiar, ou então disseminar as idéias abortistas, ou fomentar o movimento homossexual, ou aderir totalmente na transformação das pessoas em hedonistas idiotas que só vão pensar em sexo, prazer e drogas, que inclusive são o alvo principal da ONU que deixa livremente a disseminação do uso de drogas e o apoio a grupos terroristas genocidas parece ser uma constante. Vendo o mundo por esse prisma vê-se até que ponto pode chegar a humanidade quando todo o contato com a língua, seu significado e sua profundidade metafísica na realidade são perdidos.
Quando se fala que antigamente a vida poderia ser materialmente pior, mas espiritualmente melhor, a maioria não consegue crer nisso. Essas pessoas já estão tão afastadas da idéia de autodeterminação, de liberdade, de atividade e gerência que não vislumbram mais um mundo onde essas palavras possuam um correspondente real. Assim através do ataque maciço à autonomia, à liberdade e ao ser humano como coisa possível, construímos uma massa desprovida de vontade. A prova mais cabal disso é a depressão da terceira idade que se criou e espalhou por toda a parte em nossa civilização ocidental. Quando perdem suas funções no trabalho perdem o motivo e a razão de viver. Essa realização pessoal pelo trabalho é mais uma deformação da mentalidade geral. Que nem sabe mais o que significa trabalho, associando diretamente à palavra sobrevivência. Trabalhar é sobreviver. Só na mente deturpada da atualidade tal associação poderia ser feita. E tanto mais quanto o melhor trabalho a ser feito é o burocrático governamental, que é visto para a luz no fim do túnel.
Pela demonstração acima podemos perceber quão grave é o estado de coisas atual. E as pessoas que naturalmente, fora do âmbito cultural, possuem um resquício de potencial humano, todo o esforço feito pela educação pública e particular, aliadas ao trabalho incessante da mídia em bombardear as mentes fracas com slogans e paráfrases politicamente corretas, é capaz de destruir completamente esse potencial. Transformamo-nos aos poucos na profética visão de Romero no seu constante cinema de Zumbis. Que ganha mais relevância quanto mais a realidade se aproxima dele. Na verdade é triste percebermos que até nossas classes acadêmicas e pensantes se tornam completos “idiotas úteis” no processo revolucionário, não deixando qualquer espaço para a criação e fomento do ser humano, da alta cultura e consequentemente sua ramificação pelas camadas mais baixas da sociedade. Quando as expressões mais altas da cultura de um povo são os jogadores de futebol, os pobres de rua reformados que agora batucam instrumentos de percussão, pseudo-escritores como Paulo Coelho e os artistas das novelas que espalham a desordem, a desmoralização e a corrupção só podemos concluir que esse povo já não tem mais rumo. E assim só temos que nos decidir sobre o que fazer. Ou ir com a maré e tornar-se um zumbi ou lutar bravamente contra esse ataque à extinção da humanidade como forma de ser completo e complexo. Se a segunda opção é a que lhe parece mais plausível, eu dou algumas rápidas dicas de como começar a se livrar disso, e por tabela tentar ajudar aos mais próximos.
5 Passos para fugir da merda:
1) Desligar a televisão.
Comentário: TUDO o que se vê na televisão é lixo. Rede Globo, SBT, RedeTV e Record não prestam, desde o programa de culinária matinal até o programa dominical de auditório são formas de doutrinação, são meios para a subversão da moral, dos bons costumes e ta inteligência.
2) Manter a televisão desligada.
Comentário: É praticamente impossível conseguir fazer isso. Esse é um dos passos mais determinantes para a transformação e lavagem da mente humana. Querendo ver um programa específico busque-o na internet, veja quando quiser e puder. Nunca compre DVDs desses programas, assim você alimentará essa indústria.
3) Não utilize jornais e revistas brasileiros para informar-se.
Comentário: Todos os jornais e revistas brasileiros do mainstream, da grande mídia, são doutrinários, mentirosos, caluniadores, defensores do crime e da desmoralização. O Globo, Estadão, A Folha de São Paulo e Jornal do Brasil não prestam. IstoÉ, Época, Veja não prestam. Nem preciso dizer de coisas como Jornal O Povo, Meia Hora, Extra e similares. Especial atenção para revistas ditas científicas. PS. Não existe revista científica brasileira que mereça o respeito. Galileu, Super Interessante e similares só fazem é confirmar as doutrinas e a desmoralização com afirmações pseudo científicas.
4) Resgate as bases de nossa cultura.
Comentário: Leia os clássicos da literatura mundial. Leia os gregos, principalmente Aristóteles e Platão. Não se incomode de ficar um ano lendo um livro desses autores, é melhor ler um livro de Aristóteles em um ano que assistir todas as edições do Jornal Nacional. Refine seu gosto musical relembrando os clássicos da música. Aprenda a gostar de música clássica. Diversifique seu ouvido com esses bálsamos. E principalmente reviva o pensamento religioso, mesmo que você não seja religioso. Se você preza o amor, o carinho, a solidariedade, a misericórdia, a democracia, a educação, o respeito, a honra etc., não se preze de buscar referências em obras consagradas.
5) USE A INTERNET.
Comentário: Essa é a única saída que nós temos para nos contrapormos a esses infelizes subversivos das grandes mídias que posam de autoridade. Ignore todas as fontes digitais do que você excluiu antes. Busque sites alternativos de informação. Blogs de comentaristas são bem vindos se lidos à exaustão. Crie o costume de sempre buscar o outro lado de algum comentário. Se 10 fulanos dizem X procure alguém que diga Y e compare, mas nunca tire uma conclusão, fique com as duas idéias na cabeça até que você se sinta confortável para se for o caso desacreditar todos os jornais e a mídia na hora em que eles estiverem mentindo descaradamente.
Sinceramente esses cinco passos são primordiais para a reabilitação do ser humano como potencial e atuante no mundo em que vivemos, longe da doutrinação verás que abre-se um campo de possibilidades muito maior e com o campo de ação maior ganha-se uma maior compreensão de mundo. Compreensão essa que é dura e cruel, mas necessária para fazermos do mundo algo melhor, lembre-se para que a Rede Globo termine, basta que desliguemos nossas televisões. Basta isso: o dedo no POWER OFF. Basta apertar um botão para ganhar a liberdade, mas quem está afim?
Caro Cavaleiro, Esta última seleção de textos e vídeos que o senhor postou, como sempre, está ótima. Este texto, em particular, coincide com aquilo que eu já estava intuindo. O autor é de uma clarividência capaz de modificar realmente nossas vidas.
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