A presidência francesa desmentiu nesta quinta-feira que Nicolas Sarkozy tenha realizado qualquer interferência mediante as autoridades brasileiras a favor da concessão do status de refugiado político ao ex-ativista italiano Cesare Battisti. A informação é da Agência Ansa.
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"O Eliseu desmente qualquer intervenção sobre a iniciativa tomada pelo governo brasileiro a respeito de Battisti", afirmou o porta-voz Pierre-Jérôme Henin.
A presidência francesa reiterou que não interferiu no caso "a despeito daquilo que afirma o advogado Turcon", acrescenta Henin. Eric Turcon, advogado de Battisti, teria relatado uma intervenção de Sarkozy a favor do ex-ativista.
Battisti, 54 anos, foi condenado em 1993 na Itália à prisão perpétua por quatro assassinatos que teriam sido cometidos na década de 70 enquanto militava no Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), grupo ligado às Brigadas Vermelhas.
Na terça-feira, o ministro da Justiça, Tarso Genro, decidiu pelo status de refugiado político, o que garante que Battisti deixe a prisão de Papuda, em Brasília, onde se encontra, e possa trabalhar e morar no Brasil. O ministro argumenta que a decisão foi baseada na "existência fundada de um temor de perseguição" contra Battisti, que alega inocência.
A decisão gerou tensão entre as duas nações e levou a Itália a emitir um pedido oficial ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que a decisão seja revista.
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