Material essencial

sábado, 18 de outubro de 2008

“No tempo dos faraós e dos imperadores”

ARQUIVO DE ARTIGOS ETC
Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa, sexta-feira, Outubro 17, 2008

Há os que pedem para o Lula se calar. Pois eu, não. Imaginem perder essa maravilha: Lula, reunido com o presidente de Moçambique, indignado ao saber que a ajuda de R$10 milhões de dólares que prometera cinco anos atrás ao país africano ainda não chegara lá, reagiu à explicação de seu chanceler, de que a culpa era da burocracia. E saiu-se com esta, dirigindo-se ao chefe do estado moçambicano:

“No tempo em que você tinha os faraós e os imperadores, isso não acontecia”. Todos os brasileiros da imensa equipe do presidente sorriram e olharam para os moçambicanos com ar de quem diz “ele não é uma simpatia?”. Dificilmente um amigo que promete essa pequena fortuna não vai ser encarado como simpático, mesmo que Moçambique tenha que reescrever sua história e colocar lá uns faraós. Com certeza estão até agora se perguntando onde foi que o Lula pescou um faraó em Moçambique...

Perder as sentenças do Lula, nem pelos tais dez milhões de dólares. Não sei se vocês já repararam, o Lula não fala, nem diz. Ele sentencia. Espeta os indicadores para baixo ou para cima, e dá suas sentenças.

Lá da Índia veio uma: “A Marta já ganhou”. O que, ele não se dá ao trabalho de dizer. Mas nós presumimos que se refira às eleições para prefeita de São Paulo. De todas as sentenças que deu, essa foi a mais arriscada. Eu não acredito que depois da grosseria de sua campanha, a candidata do PT venha a ganhar. Mas como ele sentenciou...

A campanha de dona Marta agrediu gratuitamente todos os solteiros, solteiras e gays deste país. Sim, porque ao sugerir, naquele tom usado pelo locutor de sua peça publicitária, que por ser solteiro Kassab era gay, ela ao mesmo tempo declarava que, sendo gay, não serviria para prefeito.

Discordo dela em gênero, número e grau. O estado civil, a cor, a religião, se tem filhos ou não, as preferências sexuais, são tão importantes para governar quanto a altura, o peso ou as condições capilares do indivíduo.

A pergunta, além de irrelevante, é obtusa. Escolher não casar vem se tornando, a cada dia que passa neste mundo complicado em que vivemos, mais e mais comum. Ser homo ou ser hetero, deixou de ser um anátema. Não ter filhos, é outra opção que alguns acham do maior bom senso. É tão tola a pergunta sobre qual o estado civil do Kassab, que fiquei até com pena da candidata. É preciso estar mesmo no desespero para fazer um questionamento desse tipo. Mas pior do que isso foi, para mim, outra das perguntas feitas no mesmo programa:

“Sabe de onde ele veio?”.

O que será que o publicitário do PT e dona Marta quiseram dizer com isso? Não consigo atinar com o motivo para tal pergunta. Se Kassab fosse verde, ou tivesse uma luzinha na ponta de um dedo, ou voasse, ou falasse numa língua esquisita, ou pensasse que todos os países africanos têm faraós, a pergunta até que faria sentido. Mas como nada disso ocorre, fico encafifada. Será que a candidata se referia a úteros aristocratas e plebeus? E quem rotula?

Todos sabem que estas eleições municipais são uma encruzilhada para a eleição de 2010. Rio e São Paulo, as estrelas mais brilhantes de nossa bandeira, estão escapando do controle do PT. Em São Paulo, como a fofoca tipo revista de celebridades foi um tiro na culatra, começam a pipocar cenas de barbárie. Polícia contra polícia, diante do palácio do governador, desrespeitando a população.

No Rio, querem nos convencer, primeiro através de folhetos anônimos, depois através de notas à Imprensa, que votar em Fernando Gabeira é votar num maconheiro preconceituoso. Aliás, solteiro, aliás, ateu. Serviu como deputado federal pelo PT, mas não serve como prefeito da cidade que ama? E onde é amado?

PT e afiliados, cresçam e reapareçam. Mas agora fiquem bem tranqüilos. Nós não estamos mais no tempo dos faraós. Quem manda agora é o povo, a sociedade, a população, os homens, as mulheres, os ateus, os religiosos, os negros, os brancos, os índios, os gays, os machões, os enrustidos, os altos, os baixos, os carecas, os gordos, os sarados, os cultos, os incultos, os feios e os bonitos.

Nós queremos Kassab em São Paulo e Gabeira no Rio. E que deixem Lula nos palanques, sentenciando adoidado, para amenizar estes dias pesados em que a tal de globalização nos meteu. Mas atenção, só até 31 de dezembro de 2010! Nem mais um minuto!

Índios, terra, pobreza e aspirações

PAZ NO CAMPO
Boletim Eletrônico de Atualidades - N° 77 - 17/10/2008 
 
Por que condenar os pobres índios à barbárie perpétua? Não têm também eles o direito de progredir na vida e de prosperar em liberdade? Por acaso foram eles criados por Deus para que vegetem sempre num regime coletivista, miserável e primitivo? Vejam o artigo abaixo, de Onofre Ribeiro, Diretor e articulista do Portal e Revista RDM de Cuiabá - MT.

Na semana que passou estive em Brasnorte, na região noroeste de Mato Grosso, a 370 km de Cuiabá, onde assisti ao movimento dos produtores rurais “Marcha a Brasnorte: acorda Brasil, a Amazônia é nossa!”, conduzido pela Federação da Agricultura e Pecuária e com a participação de produtores de todas as regiões do estado. O movimento combate a demarcação e a ampliação indiscriminada de áreas indígenas sobre terras legalmente tituladas. A essência das discussões acaba na insegurança jurídica que o governo federal vem provocando quando expropria áreas legalmente tituladas, contrariando a Constituição Federal, sem consulta, sem indenização e sem respeito aos princípios mínimos da legalidade. Organizações não-governamentais específicas, antropólogos autoritários e as ideologias de esquerda radical de ocupantes de cargos comissionados no governo, da velha guarda radical do Partido dos Trabalhadores, promovem a baderna legal.

Mas gostaria de tratar neste artigo de uma variante paralela do encontro. Estiveram presentes dois caciques da etnia xavante da área indígena de Sangradouro, a 40 quilômetros de Primavera do Leste e 280 de Cuiabá: o cacique Paixão, de 78 anos, e Domingos, de 42. O cacique Domingos fez uma explanação absolutamente didática e perfeitamente articulada. Na verdade, conheço-o há mais de cinco anos quando uma comissão de deputados federais, estaduais de Mato Grosso, membros do Ministério Público Federal e da Funai, estiveram na reserva para discutir uma parceria de produção com os produtores rurais da região.

Na contramão da realidade local, os deputados federais, os membros do Ministério Público Federal e da Funai, apanharam feio dos índios. Os caciques são muito politizados e têm a perfeita consciência de sua realidade. Querem máquinas para produzir, não querem enxadas porque elas não bastam para alimentar as mais de 600 crianças da aldeia. Os índios lidam com cartões magnéticos de bancos, dirigem pick-ups, possuem celular, televisão na aldeia, energia elétrica, muitos têm computadores, a maioria sabe ler e falar em português e aspiram tudo que os não-índios também aspiram. Os deputados federais escutaram , mas na calada da burocracia em Brasília, votaram contra qualquer aproximação com os não-índios. Tempo perdido. A realidade é mais real do que as ideologias de velhos antropólogos esquerdistas que sonham com uma impossível segregação étnica.

Em Brasnorte o cacique Domingos repetiu a performance, quando disse que “a Funai não ajuda os índios, mas insufla contra os fazendeiros. Existem 36 municípios do estado em risco de serem transformado em áreas indígenas por iniciativa da Funai”. Para ele, existe o risco de confronto dos fazendeiros e os técnicos da Funai. Não por parte dos índios, que raramente são os provocadores das ampliações e das demarcações de áreas sobre terras tituladas.

“Não são necessárias mais áreas, disse. Os índios precisam de assistência às suas causas para saírem da pobreza, da miséria e acabar com a fome nas aldeias. Os índios querem trabalhar, não querem ampliação de áreas”. A sua defesa foi pela auto-sustentação e contrário à guerra”.

RECORDANDO A HISTÓRIA - ALGUMAS AÇÕES TERRORISTAS

TERRORISMO NUNCA MAIS - TERNUMA


1-Seqüestros, Terrorismo e Ações Armadas 2- Justiçamentos
3-Algumas  Organizações Subversivas do Período Militar 4-Organizações   pré-guerrilheiras atuais (em fase de estudo )

 
1-Seqüestros, Terrorismo e Ações Armadas

ADHEMAR: "A GRANDE AÇÃO OU ROUBO DO COFRE DO ADHEMAR"
BRIZOLA:
CAPÍTULO I
"OS INCRÍVEIS EXÉRCITOS DE BRIZOLEONE  ( 06 CAPÍTULOS)"
OS GRUPOS DOS ONZE E O EXÉRCITO POPULAR DELIBERTAÇÃO 
BRIZOLA:
CAPÍTULO II
"OS INCRÍVEIS EXÉRCITOS DE BRIZOLEONE "
CAP II:OPERAÇAO  PINTASSILGO
BRIZOLA:
CAPÍTULO III
"O PACTO DE MONTEVIDÉU E A FRENTE POPULAR DE LIBERTAÇÃO (FPL)"
BRIZOLA:
CAPÍTULO IV
 
JEFFERSON CARDIM E AS ESCARAMUÇAS DAS FORÇAS ARMADAS DE LIBERTAÇÃO NACIONAL
BRIZOLA:
CAPÍTULO V
 
O MOVIMENTO DE RESISTÊNCIA MILITAR NACIONALISTA (MRMN) E A RESISTÊNCIA ARMADA NACIONALISTA (RAN)
BRIZOLA:
CAPÍTULO VI
 
O MOVIMENTO NACIONALISTA REVOLUCIONÁRIO (MNR) E AS GUERRILHAS DE CAPARAÓ E DO TRIÂNGULO MINEIRO
DIÓGENES DO PT "DIÓGENES DO PT" 
GUARARAPES "ATENTADO NO AEROPORTO DE GUARARAPES"
INTENTONA "INTENTONA COMUNISTA DE 1935" 
KOSEL "ATENTADO AO QG DO II EXÉRCITO"
LAMARCA "A TRAJETÓRIA DE UM DESERTOR"
LEVINO "ASSASSINATO DO 2º TEN DA FAB MATHEUS LEVINO DOS SANTOS"
MRT " OS IRMÃOS METRALHA"(1ª Parte )
MRT      " OS IRMÃOS METRALHA"(2ª Parte / final)
PCB          "ALGUNS CRIMES DO PCB"
PCB            "ASSASSINATO DE ELZA FERNANDES"
SEQÜESTRO "O SEQÜESTRO DO EMBAIXADOR DA ALEMANHA"
SEQÜESTRO "O SEQÜESTRO DO EMBAIXADOR DOS EUA"

SEQÜESTRO "O FRACASSADO SEQÜESTRO DO CÔNSUL DOS  EUA"
SEQÜESTRO "O SEQÜESTRO DO CÔNSUL DO JAPÃO "  
                                      
SEQÜESTRO  "O SEQÜESTRO DO EMBAIXADOR DA SUÍÇA
ORGANIZAÇÕES SUBVERSIVAS "MAR -MOVIMENTO DE AÇÃO REVOLUCIONÁRIA" 
GUERRILHA URBANA O TESTAMENTO POLÍTICO DE CARLOS MARIGHELA por Carlos I. Azambuja

2- Justiçamentos

   Dentre o extenso rol de crimes violentos cometidos pelos comunistas brasileiros - assassinatos, assaltos, explosões de bombas, seqüestros de diplomatas e de aviões, etc - um deles tornou-se o símbolo maior da violência desmedida, conseqüência inevitável de uma doutrina genocida: o denominado, por eles mesmos, de justiçamento.
     O justiçamento foi empregado para assassinar os próprios comunistas considerados traidores e os seus inimigos, os integrantes das forças legais de segurança e todos aqueles que com elas colaboravam.
     Não foram mortes causadas na paixão ou no ódio de um confronto. Não foram mortes involuntárias, surgidas por acaso, no fragor de alguma ação violenta. Não foram mortes aleatórias, cujos nomes só surgiam depois da explosão de uma bomba, depois de um assalto, depois de um seqüestro. Não foram nada disso.
     O justiçamento praticado pelos comunistas foi o crime premeditado, extremadamente planejado, o crime frio e cruel de uma doutrina que sobrepunha os fins aos meios.
     O justiçamento era o último capítulo de um longo processo, que começava por uma denúncia, que passava pelo julgamento de um pseudo "tribunal revolucionário", que gastava muito tempo em minuciosos levantamentos, que organizava um grupo de execução com militantes travestidos de carrascos e que se encerrava com o sangue do "justiçado" salpicando a propaganda do ato cometido, que escarnecia a vítima e, quixotescamente, tentava justificar um mero assassinato. E, tudo isso, a sangue frio, com o sangue congelado de uma doutrina que impunha a violência sobre a sociedade tida como algoz.
     "Senhores da vida e da morte", os terroristas brasileiros ufanavam-se de que "guerrilheiros não matam por raiva, nem por impulso, pressa ou improvisação.Matam  com naturalidade. Não interessa o cadáver, mas seu impacto sobre o público."
     "Donos da verdade", os comunistas brasileiros escarneciam das vítimas e ameaçavam:
          
"Como ele, existem muitos outros e sabemos quem são. Todos terão o mesmo fim, não importa quanto tempo demore; o que importa é que todos eles sentirão o peso da justiça revolucionária.Olho por olho, dente por dente".             
       Durante o negro período da luta armada, foram quase duas dezenas de justiçamentos conhecidos. Talvez outros ainda não descobertos.Vamos conhecer e nos horrorizar com cada um deles.

JUSTIÇAMENTO 01: ASSASSINATO DE UM MAJOR DO EXÉRCITO DA ALEMANHA
JUSTIÇAMENTO 02: ASSASSINATO DO CAP CHARLES RODNEY CHANDLER
JUSTIÇAMENTO 03: ASSASSINATO DE MÁRCIO LEITE TOLEDO, DA ALN
JUSTIÇAMENTO 04: ASSASSINATO DE HENNING ALBERT BOILESEN
JUSTIÇAMENTO 05: ASSASSINATO DO MARINHEIRO INGLÊS DAVID A. CUTHBERG
JUSTIÇAMENTO 06: ASSASSINATO DO DR. OCTÁVIO GONÇALVES MOREIRA JÚNIOR (OTAVINHO)
JUSTIÇAMENTO 07: ASSASSINATO DO PROF. FRANCISCO JACQUES MOREIRA DE ALVARENGA

3-Algumas Organizações Subversivas do Período Militar

- AÇAO LIBERTADORA NACIONAL (ALN)
        - ANTES: ALA MARIGHELA E AC/SP (AGRUPAMENTO COMUNISTA DE SAO PAULO)
- AÇAO POPULAR (AP)
        - DEPOIS: AÇAO POPULAR MARXISTA LENINISTA (APML); AÇAO POPULAR MARXISTA LENINISTA DO BRASIL (APML do B)
- AÇAO POPULAR MARXISTA LENINISTA SOCIALISTA (APML SOC)
- AGRUPAMENTO COMUNISTA DE SAO PAULO (AC/SP)
- ALA MARIGHELA
- ALA PRESTES
- ALA VERMELHA (AV)
- ALIANÇA DE LIBERTAÇAO PROLETARIA (ALP)
- ALIANÇA NACIONAL LIBERTADORA (ANL)
- ALICERCE DA JUVENTUDE SOCIALISTA (AJS): DA CS
- COLETIVO AUTONOMISTA (CA)
- COLETIVO GREGORIO BEZERRA = VER PLP
- COMANDO DE LIBERTAÇAO NACIONAL (COLINA)
- COMITE LUIZ CARLOS PRESTES (CLCP)
- COMITE DE LIGAÇAO DOS TROTSKISTAS BRASILEIROS (CLTB)
- COMITE DE ORGANIZAÇAO PARA RECONSTRUÇAO DA QUARTA INTERNACIONAL (CORQI)
- CONVERGENCIA SOCIALISTA (CS)
- CORRENTE REVOLUCIONARIA NACIONAL (CORRENTE)
- DEMOCRACIA SOCIALISTA (DS)
- DISSIDENCIA DA DISSIDENCIA (DDD)
- DISSIDENCIA DA GUANABARA (DI/GB)
        - DEPOIS: MOVIMENTO REVOLUCIONARIO OITO DE OUTUBRO (2º) (MR-8)
- DISSIDENCIA LENINISTA DO RIO GRANDE DO SUL (DL/RS)
- DISSIDENCIA DE NITEROI (DI/NIT)
        - DEPOIS: MORELN; DEPOIS: MR-8 (1º)
- DISSIDENCIA DE SAO PAULO (DI/SP)
- DISSIDENCIA DA VAR-PALMARES (DVP)
        - DEPOIS: LIGA OPERARIA (LO) = GRUPO UNIDADE (GU)
- FORÇA ARMADA DE LIBERTAÇAO NACIONAL (FALN)
        - DE RIBEIRAO PRETO/SP
- FORÇA DE LIBERTAÇAO NACIONAL (FLN)
- FRENTE BRASILEIRA DE INFORMAÇOES (FBI)
- FRENTE REVOLUCIONARIA POPULAR (FREP)
- FRAÇAO BOLCHEVIQUE (FB)
- FRAÇAO BOLCHEVIQUE DA POLITICA OPERARIA (FB-PO) = GRUPO CAMPANHA
- FRAÇAO BOLCHEVIQUE TROTSKISTA (FBT)
- FRAÇAO LENINISTA PELA RECONSTRUÇAO DO PARTIDO (FLRP)
- FRAÇAO LENINISTA TROTSKISTA (FLT)
- FRAÇAO OPERARIA COMUNISTA (FOC)
- FRAÇAO OPERARIA TROTSKISTA (FOT)
- FRAÇAO QUARTA INTERNACIONAL (FQI)
- FRAÇAO UNITARIA PELA RECONSTRUÇAO DO PARTIDO (FURP)
- FRENTE DE AÇAO REVOLUCIONARIA BRASILEIRA (FARB)
- FRENTE DEMOCRATICA DE LIBERTAÇAO NACIONAL (FDLN)
- FRENTE DE MOBILIZAÇAO REVOLUCIONARIA (FMR)
- GRUPO BOLCHEVIQUE LENIN (GBL)
- GRUPO CAMPANHA = FB-PO
- GRUPO FRACIONISTA TROTSKISTA (GFT)
- GRUPO INDEPENDENCIA OU MORTE (GIM)
        - DEPOIS: RESISTENCIA ARMADA NACIONAL (RAN)
- GRUPO POLITICO REVOLUCIONARIO (GPR)
- GRUPO TACAPE (DO PCDOB)
- JUNTA DE COORDENAÇAO REVOLUCIONARIA (JCR)
-- LIGA DE AÇAO REVOLUCIONARIA (LAR)
- LIGA COMUNISTA INTERNACIONALISTA (LCI)
- LIGA OPERARIA (LO)
- LIGA OPERARIA E CAMPONESA (LOC)
- LIGA SOCIALISTA INDEPENDENTE (LSI)
- LIGAS CAMPONESAS
-
MOVIMENTO DE AÇAO REVOLUCIONARIA (MAR)
- MOVIMENTO DE AÇAO SOCIALISTA (MAS)
-MOVIMENTOCOMUNISTA INTERNACIONALISTA (MCI)
-MOVIMENTO COMUNISTA REVOLUCIONARIO (MCR)
-MOVIMENTO PELA EMANCIPAÇAO DO PROLETARIADO (MEP)
- MOVIMENTO DE LIBERTAÇAO POPULAR (MOLIPO)
-MOVIMENTO NACIONALISTA REVOLUCIONARIO (MNR)
- MOVIMENTO OPERARIO DE LIBERTAÇAO (MOL)
- MOVIMENTO POPULAR DE LIBERTAÇAO (MPL)
- MOVIMENTO POPULAR REVOLUCIONARIO (MPR)
- MOVIMENTO PELA REVOLUÇAO PROLETARIA (MRP)
- MOVIMENTO REVOLUCIONARIO DE LIBERTAÇAO NACIONAL (MORELN)
        - ANTES: DISSIDENCIA DE NITEROI (DI/NIT); DEPOIS: MOVIMENTO REVOLUCIONARIO OITO DE OUTUBRO (1º) (MR-8)
- MOVIMENTO REVOLUCIONARIO MARXISTA (MRM)

       
- DEPOIS: ORGANIZAÇAO PARTIDARIA CLASSE OPERARIA REVOLUCIONARIA (OPCOR)
- MOVIMENTO REVOLUCIONARIO NACIONAL
- MOVIMENTO REVOLUCIONARIO OITO DE OUTUBRO (1º) (MR-8)
        - ANTES: DISSIDENCIA DE NITEROI (DI/NIT) E MOVIMENTO REVOLUCIONARIO DE LIBERTAÇAO NACIONAL (MORELN)
- MOVIMENTO REVOLUCIONARIO OITO DE OUTUBRO (2º) (MR-8)
        - ANTES: DISSIDENCIA DA GUANABARA (DI/GB)
- MOVIMENTO REVOLUCIONARIO 4 DE NOVEMBRO (MR-4)
- MOVIMENTO REVOLUCIONARIO VINTE E SEIS DE MARÇO (MR-26)
- MOVIMENTO REVOLUCIONARIO TIRADENTES (MRT)
- MTS
- MARX, MAO, MARIGHELA - GUEVARA (M3G)
- NUCLEO COMBATE BRASILEIRO (NCB)
- NUCLEO MARXISTA-LENINISTA (NML)
- ORGANIZAÇAO DE COMBATE MARXISTA LENINISTA - POLITICA OPERARIA (OCML-PO)
- ORGANIZAÇAO COMUNISTA DEMOCRACIA PROLETARIA (OCDP)
- ORGANIZAÇAO COMUNISTA PRIMEIRO DE MAIO (OC-1º MAIO)
- ORGANIZAÇAO COMUNISTA DO SUL (OCS)
- ORGANIZAÇAO MARXISTA BRASILEIRA (OMB)
- ORGANIZAÇAO DE MOBILIZAÇAO OPERARIA (OMO)
- ORGANIZAÇAO PARTIDARIA CLASSE OPERARIA REVOLUCIONARIA (OPCOR)
        - ANTES: MOVIMENTO REVOLUCIONARIO MARXISTA (MRM)
- ORGANIZAÇAO QUARTA INTERNACIONAL (OQI)
- ORGANIZAÇAO REVOLUCIONARIA MARXISTA - DEMOCRACIA SOCIALISTA (ORM-DS)
- ORGANIZAÇAO REVOLUCIONARIA TROTSKISTA (ORT)
- ORGANIZAÇAO SOCIALISTA INTERNACIONALISTA (OSI)
- OUTUBRO
- PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO (PCB) (AGO 61)
- PARTIDO COMUNISTA - SEÇAO BRASILEIRA DA INTERNACIONAL COMUNISTA (PC-SBIC)
        - 01 AGO 34: PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL (PCB)
- PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO REVOLUCIONARIO (PCBR)
- PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL (PCdoB)
- PARTIDO COMUNISTA MARXISTA LENINISTA (PCML)
- PARTIDO COMUNISTA NOVO (PCN)
- PARTIDO COMUNISTA REVOLUCIONARIO (PCR)
- PARTIDO DA LIBERTAÇAO PROLETARIA (PLP)
        - 90: É O NOVO NOME DO COLETIVO GREGORIO BEZERRA (CGB)
- PARTIDO OPERARIO COMUNISTA (POC)
        - DEPOIS: PARTIDO OPERARIO COMUNISTA - COMBATE (POC-C)
- PARTIDO OPERARIO INDEPENDENTE (POI)
- PARTIDO OPERARIO LENINISTA (POL)
- PARTIDO OPERARIO REVOLUCIONARIO TROTSKISTA (PORT)
- PARTIDO OPERARIO SOCIALISTA (POS)
- PARTIDO DA REVOLUÇAO OPERARIA (PRO)
- PARTIDO REVOLUCIONARIO COMUNISTA (PRC)
- PARTIDO REVOLUCIONARIO DO PROLETARIADO (PRP)
- PARTIDO REVOLUCIONARIO DOS TRABALHADORES (PRT)
- PARTIDO REVOLUCIONARIO TROTSKISTA (PRT)
- PARTIDO SOCIALISTA REVOLUCIONARIO (PSR)
- PARTIDO SOCIALISTA DOS TRABALHADORES (PST)
- PARTIDO UNIFICADO DO PROLETARIADO BRASILEIRO (PUPB)
- POLITICA OPERARIA (POLOP; PO)
- PONTO DE PARTIDA (PP)
- RECONSTRUÇAO DO PARTIDO COMUNISTA (RPC)
- RESISTENCIA ARMADA NACIONAL (RAN)
           - ANTES: GRUPO INDEPENDENCIA OU MORTE (GIM)
- RESISTENCIA NACIONAL DEMOCRATICA POPULAR (REDE; RNDP)
- SECRETARIADO INTERNACIONAL (SI)
- SECRETARIADO UNIFICADO (SU)
- TENDENCIA BOLCHEVIQUE (TB)
- TENDENCIA LENINISTA DA AÇAO LIBERTADORA NACIONAL (TL/ALN)
- TENDENCIA LENINISTA TROTSKISTA (TLT)
- TENDENCIA MAJORITARIA INTERNACIONAL (TMI)
- TENDENCIA PROLETARIA DA DEMOCRACIA SOCIALISTA (TP/DS)
- TENDENCIA QUARTA INTERNACIONAL (TQI)
- TENDENCIA TROTSKISTA (TT)
- O TRABALHO NA LUTA PELO SOCIALISMO (OT-LPS)
- O TRABALHO PELA QUARTA INTERNACIONAL (OT-QI)
- UNIAO DOS COMUNISTAS BRASILEIROS (UCB)
- UNIAO MARXIMALISTA (UM)
- UNIAO MARXISTA LENINISTA (UML)
- UNIAO SOCIALISTA POPULAR (USP)
- UNIDADE COMUNISTA (UC)
- VANGUARDA ARMADA REVOLUCIONARIA - PALMARES (VAR; VAR-P; VAR-PAL)
- VANGUARDA POPULAR REVOLUCIONARIA (VPR)
- VANGUARDA SOCIALISTA (VS)
- VERTENTE SOCIALISTA (VERSO)

4- Organizações atuais pré-guerrilheiras

MST:Atuando mais agressivamente que as antigas "Ligas Camponesas", sõa mantidos por "dizimos escorchantes "de seus seguidores. Obrigam os movimentos filiados, a "doarem" parte de recursos que recebem do governo. Invadem terras produtivas e não produtivas . Têm invadido instalações federais e já invadiram uma fazenda da família de um ex-presidente quando ele estava no cargo.Têm um apoio explícito de muitas autoridades do Incra e do Min da Reforma Agrária. Seu líder principal nomoento é Pedro Stédile.
A leitura dos artigos que se seguem demonstram como estão organizados e qual a coloração ideológica. Ler
Madraçais do MST

Madraçais do MST

VEJA ONLINE

Assim como os internatos muçulmanos, as escolas dos sem-terra ensinam o ódio e instigam a revolução. Os infiéis, no caso, somos todos nós


Monica Weinberg

 

Liane Neves

Professor do MST dá aula para crianças em assentamento: cartilha quedesobedece às normas de ensino



NESTA REPORTAGEM
Quadro: Calendário vermelho

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) criou sua própria versão das madraçais – os internatos religiosos muçulmanos em que crianças aprendem a recitar o Corão e dar a vida em nome do Islã. Nas 1.800 escolas instaladas em acampamentos e assentamentos do MST, crianças entre 7 e 14 anos de idade aprendem a defender o socialismo, a "desenvolver a consciência revolucionária" e a cultuar personalidades do comunismo como Karl Marx, Ho Chi Minh e Che Guevara. "Sem-terrinha em ação,pra fazer a revolução!", gritam os alunos, de mãos dadas, ao final de eventos e apresentações. Pelo menos 1.000 dessas escolas são reconhecidas pelos conselhos estaduais de educação – o que significa que têm status idêntico a qualquer outro estabelecimento de ensino da rede pública e que seus professores são pagos com dinheiro do contribuinte. Elas nasceram informais, fruto da necessidade de alfabetizar e educar os filhos de militantes do movimento – que chegam a ficar durante anos acampados nas fazendas que invadem, à espera da desapropriação. No fim dos anos 80, atendendo a uma reivindicação do MST, o governo passou a integrar essas escolas improvisadas à rede pública. Parte delas funciona nas antigas sedes das fazendas invadidas, parte foi construída pelos Estados e municípios. Ao todo, as escolas do MST abrigam 160.000 alunos e empregam 4.000 professores.

 

Liane Neves
Alunos da escola Chico Mendes, no Sul: no pátio da escola, a onipresente bandeira do MST e faixa pela reforma agrária

A reportagem de VEJA visitou duas delas, ambas no Rio Grande do Sul. Tanto a escola Nova Sociedade, em Nova Santa Rita, quanto a Chico Mendes, em Hulha Negra, exibem, nas classes e no pátio, a bandeira do MST; no currículo, abordagens ausentes da cartilha do Ministério da Educação e que transmitem a ideologia sem-terra. Os professores utilizam, por exemplo, uma espécie de calendário alternativo que inclui a celebração da revolução chinesa, a morte de Che Guevara e o nascimento de Karl Marx. O Sete de Setembro virou o "Dia dos Excluídos", e a Independência do Brasil é grafada entre aspas. "Continuamos dependentes dos países ricos", justifica o professor de história da escola Nova Sociedade, Cícero Marcolin. No ano passado, seus alunos aproveitaram o Dia da Independência, ou "independência", para sair em passeata pelas ruas da cidade carregando faixas com críticas à Área de Livre Comércio das Américas (Alca). Na escola Chico Mendes, professores exibem vídeos que atacam as grandes propriedades e enaltecem as virtudes da agricultura familiar, modelo que o MST gostaria de ver esparramado no território nacional: "A pequena propriedade é oprimida pelos grandes latifúndios, que só fazem roubar emprego do povo", diz um dos filmes. A mesma fita é usada para ensinar aos alunos que os produtos transgênicos "contêm veneno". A reportagem de VEJA assistiu a uma dessas aulas. No fim da exibição do filme, o professor pergunta quem da classe come margarina. A maioria das crianças levanta o braço. Tem início o sermão: "Margarina é à base de soja, que pode ser transgênica e, por isso, ter ve-ne-no!" A atividade seguinte foi uma encenação teatral. No pátio, carregando bandeiras do MST, crianças entoaram uma música que dizia: "Traga a bandeira de luta / Deixe a bandeira passar / Essa é a nossa conduta / Deixe fluir para mudar". Para encerrar, deram o grito de guerra conclamando para a revolução.

O MST implementou um sistema de ensino paralelo, sobre o qual o poder público não exerce quase nenhum controle. O Ministério da Educação desconhece até mesmo quantas são e onde estão exatamente as escolas públicas com a grife do movimento. E as secretarias estaduais e municipais de ensino, embora sustentem as escolas, enfrentam dificuldades até para fazer com que professores não ligados aos sem-terra sejam aceitos nas salas de aula. "O MST torna a vida do educador que vem de fora um inferno", diz Gislaine do Amaral Ribeiro, coordenadora estadual das escolas de assentamentos na região de Bagé, Rio Grande do Sul. Nos assentamentos, pelo menos a metade do corpo docente vem do MST. Já nos acampamentos, todos os professores pertencem ao movimento. Muitos não têm o curso de magistério completo – pré-requisito básico para a contratação na rede pública –, e alguns não chegaram sequer a terminar o ensino fundamental. "A realidade é que há pessoas atuando como profissionais da educação nessas escolas sem o mínimo de preparo para exercer a função", reconhece o secretário estadual de Educação do Rio Grande do Sul, José Fortunati. O governo gaúcho diz que está de mãos atadas diante da situação, porque herdou um grande número de professores contratados pelo governo anterior, do PT. Pela proximidade com o MST, a antiga gestão teria sido mais complacente na contratação do corpo docente. A secretaria diz estar pleiteando junto ao MEC verbas para implantar um programa para dar a esses professores o nível básico de estudo para que possam lecionar.

 

Liane Neves
Roteiro de peça teatral tem condenação aos transgênicos, canção revolucionária e grito de guerra: "Sem-terrinha em ação, pra fazer a revolução!"

Em seu Caderno de Educação de número 8, o MST deixa claro que a educação que pretende dar a seus alunos deve ter "o compromisso em desenvolver a consciência de classe e a consciência revolucionária". A rigor, nada impede que uma organização como o MST queira propagar sua ideologia para crianças que mal aprenderam a escrever o próprio nome. O problema é fazer isso dentro do sistema de ensino público e com dinheiro do contribuinte. A legislação brasileira preserva a autonomia das escolas, desde que cumpram o currículo exigido pelos Estados e estejam em consonância com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 1996, que prega o "pluralismo de idéias" e o "apreço à tolerância" – elementos básicos para que as crianças desenvolvam o raciocínio e o espírito crítico. Não são os critérios adotados no território dos sem-terra. "Essas escolas estão aprisionando as crianças num modelo único de pensamento", observa a pedagoga Sílvia Gasparian Colello, da Universidade de São Paulo.

Um modelo, acrescente-se, falido do ponto de vista histórico e equivocado do ponto de vista filosófico. Está-se falando, evidentemente, do marxismo. Falido porque levou à instauração de regimes totalitários que implodiram social, política e economicamente. Equivocado porque, embora se apresente como ciência e ponto final da filosofia, nada mais é do que messianismo. De fato, o marxismo não passa de uma religião que, como todas as outras, manipula os dados da realidade a partir de pressupostos não verificáveis empiricamente. E, assim também como as religiões, rejeita violentamente a diferença. "Burgueses não pegam na enxada / Burgueses não plantam feijão / E nem se preocupam com nada / Arrasam aos poucos a nação", diz a letra de uma das canções ensinadas aos "sem-terrinha". Da mesma forma que os internos das madraçais, as crianças do MST são treinadas para aprender aquilo que os adultos que as cercam praticam: a intolerância.


Itamaraty ignora brasileira à morte na Alemanha

MOVIMENTO ORDEM VIGÍLIA CONTRA A CORRUPÇÃO - MOVCC

Por Cláudio Humberto 


A baiana Michelle Santos, 21, sentiu na pele o descaso do governo a brasileiros no exterior: em junho foi surpreendida por avançada leucemia quando visitava o namorado em Ludwighafen. Sem seguro de saúde, pediu ajuda ao Itamaraty para voltar e morrer no Brasil, mas foi negada sob a alegação de “falta de verbas”. Michelle, que é pobre, retorna neste sábado ao Brasil graças à ajuda de brasileiros residentes na Alemanha.

Vergonha
Indagada sobre a ação do governo, Michelle disse a esta coluna: “tenho vergonha do meu país, eles simplesmente me negaram o direito à vida”.

Muita despesa
O Itamaraty afirma que fez “o possível” para ajudar a brasileira, lidando com negociações do seu retorno. Michelle nega e diz que nada foi feito.

Solidariedade
A comunidade brasileira em Ludwighafen realizou uma campanha que pagou a ida da mãe de Michelle à Alemanha e sua estadia no país.

Aloprados e truculentos

MOVIMENTO ORDEM VIGÍLIA CONTRA A CORRUPÇÃO - MOVCC

 Sete dias depois de veicular uma das maiores barbaridades eleitorais dos últimos tempos, o marqueteiro João Saldanha admitiu um “erro de avaliação”. O comandante da campanha de Marta Suplicy, João Santanna, em entrevista à jornalista Renata Lo Prete, da Folha de S. Paulo, lamentou profundamente não ter previsto a reação da opinião pública.Opinião do RPC – Por Alberto Dines

Aprendiz de Duda Mendonça, o novo Dr. Goebbels não lamentou o pérfido preconceito, nem a ostensiva introdução do lixo no debate eleitoral. A admissão do erro não foi um dever de consciência, esforço para mostrar alguma urbanidade e decência, na realidade foi mais uma tentativa de livrar a ex-campeã da tolerância do papel de ícone da arrogância e da presunção.

A solução “relaxa e goza” proposta pela então ministra do Turismo para enfrentar o caos aéreo foi evidentemente uma gafe, fruto da desatenção ou do despreparo, mas, como sabem psicólogos, psicanalistas e inclusive a autora do despautério, gafes são lapsos que não acontecem por acaso. Armazenados em algum recanto da alma, soltam-se na primeira oportunidade.

As duas perguntinhas fatais – “Ele é casado? Ele tem filhos?” – foram estudadas, foram estratégicas, resultaram de uma bateria de “pesquisas qualitativas” onde os marqueteiros identificaram uma oportunidade para cobrar esclarecimentos a respeito da intimidade de Gilberto Kassab.


Imaginaram que o eleitor engoliria a maldade. Não contaram com a internet onde, no mesmo dia em que começaram a ser transmitidas as primeiras mensagens (domingo, 12/10) já se abrigava uma enorme onda de protestos.

Na reta final da disputa pelo governo de São Paulo, em 2006, um pelotão de milicianos ligados à candidatura de Aloísio Mercadante também inventou uma operação suicida: a divulgação através da revista “IstoÉ” de um falso dossiê contra o candidato José Serra, o famigerado Dossiê Vedoin. Apesar da repercussão, como se tratava de grave crime eleitoral o então-ministro da Justiça Márcio Thomas Bastos associado ao então diretor-geral da Polícia Federal deram um jeito de livrar da merecida condenação os “aloprados” – a designação é do próprio presidente Lula.

A partir daquele episódio, aloprar e seus derivados, incorporaram-se ao nosso riquíssimo vocabulário político como sinônimos de paranóia e falta de escrúpulos. Insinuar que Gilberto Kassab pode ser homossexual porque não é casado e não tem filhos não constitui crime. É um ardiloso desvio de conduta, manifestação de preconceito, falha ética, irregularidade que o TRE de S. Paulo puniu rápida e exemplarmente.

É possível que o “deslize” (como o classificaram círculos petistas que condenaram as perguntas, mas não a candidata) possa ser absorvido e superado. O saldo, porém, dificilmente será esquecido: a percepção do eleitorado avançou, a veneranda passividade e complacência começam a ser substituídas por um senso de vigilância e responsabilidade social.

A ameaça de novos surtos de alopramento é concreta. A possibilidade da derrota de candidatos próximos ao governo federal em cidades-chave, como Rio de Janeiro, S. Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre, pode estimular a insensatez, os desvarios e o seu ingrediente mais perigoso: o vale-tudo político.

Convém lembrar que nesta quinta-feira, um dos mais animados participantes do bafafá que resultou no confronto entre as polícias civil e militar em S. Paulo, era o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT), o Paulinho, presidente da Força Sindical que corre o perigo de perder o mandato por conta de uma sucessão de estrepolias com dinheiro público. Gente assim, ameaçada de perder as regalias, embarca sem qualquer constrangimento em aventuras e desatinos. Diferentes do Dr. Goebbels, não apelam para perguntas insidiosas. Preferem a truculência. - Alberto Dines é jornalista.




VALE-TUDO ELEITORAL
As campanhas de Marta Suplicy, em São Paulo, e de Eduardo Paes, no Rio de Janeiro, lançam mão de golpes baixos contra seus adversários, Kassab e Gabeira. - Fábio Portela e Ronaldo França - Veja


Disputas eleitorais aguerridas fazem parte do cardápio de qualquer democracia digna deste nome. E, quando a temperatura da batalha está muito alta, é desculpável que os candidatos subam um pouco o tom das críticas mútuas. O que não é admissível é que, em nome da disputa pelo poder, sejam jogadas no lixo as regras mínimas da ética, da decência e da responsabilidade. É isso que vem ocorrendo em São Paulo e no Rio de Janeiro, as duas maiores cidades do país. As candidaturas de Marta Suplicy, do PT paulista, e de Eduardo Paes, do PMDB fluminense, transformaram a reta final das eleições municipais num período que será lembrado com vergonha. Para tirarem votos de seus adversários – Gilberto Kassab, do DEM, e Fernando Gabeira, do PV, respectivamente –, as campanhas de Marta e Paes degeneraram em um caldo de insinuações preconceituosas de caráter sexual, calúnias publicadas em panfletos clandestinos e uso ostensivo da máquina pública.

A delinqüência eleitoral culminou, na última quinta-feira, com a transformação das ruas próximas ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, em uma praça de guerra.

O que parecia ser um confronto entre a Polícia Civil, que está em greve e tentava invadir o palácio, e a Polícia Militar, que defendia o prédio, era, na verdade, uma ação engendrada por sindicalistas irresponsáveis, liderados pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, que preside a Força Sindical apesar de ser acusado de desviar dinheiro do BNDES com a ajuda do dono de um prostíbulo. Paulinho deveria ter um único diálogo com a polícia: a confissão. Deram-lhe a chance de seguir outro caminho. Aliado de Marta, ele insuflou os policiais contra o governador José Serra, para atingir a candidatura de Kassab, apoiado pelo tucano. Paulinho escancarou seu objetivo em um discurso feito a policiais na semana passada: "Estamos chegando às vésperas do segundo turno. O chefe de vocês, que é o José Serra, sabe que tem de ganhar as eleições. E sabe que uma greve da polícia tem repercussão nacional. A proposta que eu quero fazer aos companheiros é que, na semana que vem, na quinta-feira, a gente faça uma passeata saindo do Morumbi, com carro de som, com bandeira, com faixa. E, do Morumbi, vamos para a porta do Palácio dos Bandeirantes". Ofereceu 200 carros de som e apoio da Força Sindical para encorpar a passeata.

Os grevistas compareceram armados – o que configura sedição, e não protesto trabalhista. O saldo foi o único que se podia esperar: os policiais civis entraram em confronto com os militares, que bloquearam o caminho. Houve tiroteio, ataques com armas de bala de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. Ao final, 24 pessoas ficaram feridas, incluindo o coronel da PM Danilo Antão Fernandes, baleado com uma pistola de calibre 9 milímetros. Paulinho saiu ileso. O sindicalista mandou os policiais e seus colegas para os escudos da polícia, enquanto estimulava a turba da retaguarda. Juntamente com ele estava o líder do PT na Assembléia Legislativa, Roberto Felício. "Não foi um duelo entre forças policiais, mas um movimento incitado politicamente. Houve participação da CUT, que é ligada ao PT, e da Força Sindical, ligada ao PDT", denunciou o governador José Serra.

Não foi o primeiro ato aloprado da campanha de Marta. No último domingo, a petista desceu ao subsolo ao divulgar um comercial de TV com especulações maliciosas sobre a sexualidade do prefeito Kassab, de 48 anos, solteiro e sem filhos. Para justificar a ignomínia, a petista e seu marqueteiro, João Santana, botaram, é claro, a culpa na imprensa. Disseram que os jornalistas têm a mente poluída e vêem preconceito onde ele não existe. A Justiça Eleitoral não se convenceu e puniu a campanha petista com a perda de 104 minutos de comerciais no horário político da TV e 102 no do rádio. O episódio, que apequena a biografia de Marta e Santana, não teve impacto eleitoral: Kassab segue liderando com folga a disputa. De acordo com o Datafolha, ele tem 53% das intenções de voto, contra 37% da petista.

Imaginava-se que o segundo turno no Rio daria lugar a um debate de alto nível, mas lá também a campanha descambou para a baixaria. O alvo foi o verde Gabeira, cujo desempenho surpreendente tem tirado do sério a campanha de Eduardo Paes. Segundo o Datafolha, ele tem 44% das intenções de voto, contra 42% do peemedebista. Nas duas últimas semanas, foram distribuídos folhetos em que o verde é acusado de discriminar os suburbanos. O objetivo era explorar uma gafe de Gabeira, que se referiu à vereadora tucana Lucinha, a mais votada da cidade, como uma "analfabeta política, com uma visão suburbana". Paes tomou as dores de Lucinha, não para defendê-la, mas para jogar o adversário contra o eleitorado da Zona Oeste da cidade, que deverá ser decisivo nesta eleição. Peemedebistas organizaram ali uma passeata cujo mote era "fora Gabeira" e começaram a distribuir os tais panfletos, que não traziam a assinatura de Paes. Na semana passada, o Tribunal Regional Eleitoral flagrou uma Kombi lotada com esses papéis. Os ocupantes do veículo admitiram trabalhar para o PMDB.

A campanha carioca foi manchada, ainda, pelo uso da máquina estadual. O governador Sérgio Cabral não poupa esforços para beneficiar Paes, seu aliado. Depois de um quebra-quebra de cabos eleitorais, seu secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, entregou à campanha de Paes a ficha policial de um militante do PV agredido por peemedebistas. Encabeçou, portanto, uma tentativa de desqualificar a vítima para limpar a barra do agressor. Nem o futebol escapou. No Estádio do Maracanã, há um serviço que permite aos torcedores mandar mensagens de texto de seus celulares para ser exibidas no placar eletrônico, durante os jogos. Numa partida entre Flamengo e Atlético Mineiro, o telão do estádio exibiu os dizeres "Parabéns, Eduardo Paes" e "O subúrbio merece respeito". Nenhuma das mensagens dos eleitores de Gabeira foi exibida. Outro gol contra do governo Cabral.

Para o diretor do Datafolha, Mauro Paulino, baixaria não dá resultado. "O eleitor é esperto e bem informado. Esse tipo de ação não se reverte em votos." Suas pesquisas confirmam a análise. A uma semana da eleição, os dois candidatos que partiram para o vale-tudo continuam atrás de seus oponentes. Seria muito bom se os candidatos que enfiaram o pé na lama se esforçassem para manter pelo menos a cabeça fora dela.




KASSAB LIDERA ENQUETE FEITA NA USP
Sondagem realizada na Cidade Universitária da USP mostra que, lá, Gilberto Kassab é o preferido dos eleitores.

Enquete feita entre os dias 8 e 10 de outubro com 443 pessoas do campus revela que o prefeito venceria o segundo turno lá com 44,3%. Marta Suplicy teria 31,4%. Os votos nulos somam 17,4%, e os indecisos, 5,6%. O levantamento foi publicado pelo "Jornal do Campus", feito por alunos da ECA (Escola de Comunicação e Artes). A sondagem, segundo os responsáveis pelo jornal, tem representação proporcional de todas as unidades da USP e de todas as categorias da Cidade Universitária, alunos, professores e funcionários. Leia mais 
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PT FICA EM SEXTO NO NORDESTE
Mesmo com o Bolsa Família, partido de Lula amarga desempenho insuficiente na região

O PT não conseguiu eleger um número expressivo de prefeitos no Nordeste, apesar da farta distribuição de benefícios do Bolsa Família na região. O percentual de políticos eleitos dobrou em relação a 2004, mas o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou em sexto lugar na região, atrás de grandes legendas, como PMDB, PSDB e DEM, e até mesmo de partidos médios, como o PSB e o PTB. Dirigentes petistas e até mesmo líderes da oposição imaginavam que o principal programa social do governo Lula traria dividendos eleitorais ao PT no Nordeste já nestas eleições. Na região, foram distribuídas 5,5 milhões de bolsas (11%) numa população de 50 milhões de pessoas. Como o governo considera 4,5 pessoas por família, metade da população nordestina estaria sendo atendida.

O maior percentual de prefeitos eleitos pelo PT ocorreu na Região Norte (14,8%), onde o percentual de bolsas-família também foi elevado (7,5%). O número de prefeitos eleitos também foi alto no Sul (16,6% do total na região). Nesses estados, o percentual de bolsas concedidas foi o menor (3,3%), o que demonstra, mais uma vez, a desvinculação desse programa com o resultado das eleições municipais. Isso não significa, porém, que o programa não tenha repercussões eleitorais numa campanha presidencial, onde a influência do presidente da República é maior. Por Lúcio Vaz do Correio Braziliense