Material essencial

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

A arma da pseudociência

Diário do Comércio, 29 de dezembro de 2008

A quase totalidade das pessoas que conheço nas classes opinantes jamais dedicou um só minuto a examinar os meios e critérios da busca da verdade – seja no sentido mais geral e filosófico da coisa, seja no que se refere à veracidade dos meros fatos que se alegam, na mídia e nas conversas do dia a dia, como provas disto ou daquilo.


Mesmo estudantes de filosofia, quando a obrigação curricular os força a um contato epidérmico com o assunto, não absorvem dele senão as crenças da moda – marxista, desconstrucionista, neopragmatista –, não as usando jamais como pontos de partida para uma investigação moralmente responsável, mas como travesseiros fofos onde podem acomodar-se, sem nenhum problema de consciência, nas reconfortantes certezas usuais do seu meio social.


Não por coincidência, são esses mesmos os que com maior freqüência apelam ao chavão da incerteza geral e da inexistência da verdade, não porque tenham algum dia buscado essa verdade sem encontrá-la, mas precisamente para dispensar-se de buscá-la.


Outro dia, em debate num blog, uma senhorita formada nessa mentalidade despejava sobre os interlocutores seu olímpico desprezo pelas “teorias conspiratórias que buscam um verniz de ‘cientificidade’, ao mesmo tempo que não se submetem às regras do discurso científico, como peer-reviewing.”


Peer-reviewing, “revisão pelos colegas”, é uma regra da publicação de trabalhos científicos em revistas especializadas, não uma regra do próprio discurso científico. Pode ser uma condição sociológica do progresso da ciência, não um componente interno da lógica científica. Milhares de peer-reviews não garantem a cientificidade de um discurso, nem a impugna a completa falta deles, porque aquilo que se entende por “científico” é um certo nexo lógico entre premissas factuais, processos de demonstração, critérios de verificação e resultados obtidos – algo que tem de ser dado na própria estrutura do raciocínio proposto e não pode ser-lhe acrescentado de fora. A revisão por especialistas pode confirmar ou impugnar a presença desses elementos num trabalho científico, mas, a partir do momento em que ela própria se transmuta em “regra do discurso científico”, a noção mesma de discurso científico perde toda substância própria e se dissolve na mera aprovação coletiva de um grupo social. A confusão entre o discurso científico e as condições sociológicas da sua aceitação por esta ou aquela comunidade acadêmica reflete uma visão infantil, concretista, místicóide, fetichista do que seja a ciência. Essa visão é a base sobre a qual se erigem não só alguns dos mitos mais queridos do ativismo acadêmico contemporâneo, como o aquecimento global, o holismo ecológico, as teorias da “exclusão social”, a superpulação ou as eternas causas econômicas da criminalidade, como também o simulacro de autoridade com que os grupos interessados impõem, sob a alegação desses mitos, as políticas que bem lhes interessam. Essas políticas podem ter os resultados sociais mais variados – quase invariavelmente nefastos –, mas pelo menos um desses resultados é constante e infalível: o acréscimo do poder social da classe acadêmica.


Como a opinião da mídia, formada nas mesmas fontes, segue de perto a da comunidade acadêmica, a conjugação de poderes dá a esses dois pilares da ortodoxia contemporânea uma autoridade controladora, inibidora e repressora incomparavelmente mais vasta que a do alto clero católico na Idade Média, com o agravante de que seu exercício não é tolhido por nenhuma consciência de culpa ante um Deus transcendente e invisível. Se acompanharmos a história da formação da doutrina cristã ao longo da sucessão dos concílios, veremos que é uma história marcada por polêmicas apaixonadas, violentas até, que se estendiam por décadas e por séculos antes que uma decisão papal lhes pusesse fim. Nada de semelhante existe na universidade atual, onde a condenação das heresias não vem ao término de um longo processo de discussão, como na Igreja, mas já vem pronta desde o começo, proibindo e impossibilitando a discussão e expelindo do meio social os discordes e recalcitrantes. E a repressão totalitária não se exerce só sobre teorias científicas, mas até sobre meras opiniões políticas. Experimente negar abertamente o evolucionismo, o aquecimento global, a superioridade moral do socialismo ou as virtudes salvíficas de Barack Hussein Obama – e veja quantos minutos transcorrem antes que suas verbas de pesquisa sequem ou seu emprego vá diretamente para o beleléu.


Isso não significa, é claro, que sempre a força repressiva se esteie na opinião da maioria. Um grupo relativamente pequeno pode controlar facilmente os mecanismos de publicação e, justamente através da peer-review, impor ou vetar o que bem entenda. Recentemente, um grupo de 52 cientistas subscreveu um apelo urgente da ONU em favor de medidas drásticas para controlar o “aquecimento global”. O documento foi contestado por nada menos de 650 cientistas, para os quais o aquecimento global é apenas uma farsa montada para juntar dinheiro e poder político. Adivinhem qual das duas correntes tem mais fácil acesso às publicações acadêmicas. A ex-pesquisadora da Nasa, dra. Dr. Joanne Simpson, signatária do manifesto dos 650, até explicou que agora podia falar a verdade porque já não estava ligada a nenhuma organização científica nem dependia de verbas de pesquisa (v.http://epw.senate.gov/public/index.cfm?FuseAction=Minority.Blogs&ContentRecord_id=2158072e-802a-23ad-45f0-274616db87e6).

MAIS UM PASSO RUMO AO SUICÍDIO DA ÁGUIA: AS ESCOLHAS DE OBAMA PARA A ÁREA “SOCIAL”

HEITOR DE PAOLA
28/12/2008


Em Anestesia Obâmica, de 26 de novembro, eu advertia que a verdadeira Change, Yes We Can, de Obama nada tinha a ver com economia, mas com a revolução cultural que foi desencadeada desde os tempos em que Obama exercia a única atividade “profissional” que jamais exerceu: ‘organizador comunitário’, isto é,agitador social, sob o comando do agitador comunista Bill Ayers, Mark Rudd, Jeff Jones da organização terrorista Weather Underground. O esforço da Mídia para ocultar as verdadeiras raízes de Obama e suas ligações com Bill Ayers pode ser visto neste artigo.


Um artigo publicado por Publicola em 20/12 p.p. no Republican Liberty Caucus of Illinois, Obama’s social policy appointees reveal his radical agendavai mais a fundo. Obama tem conseguido enganar com sua política econômica e militar até mesmo Karl Rove  e o Vice-Presidente Dick Cheney, mas a explicação é simples: Obama sabe que será totalmente englobado pelas estruturas burocráticas de Washington, D.C. e não terá como avançar a sua ‘utopia’ socialista e suas fantasias militares durante seus parcos quatro anos de mandato. Portanto, ele está nomeando vários membros do establishment para estes postos mais evidentes.


Mas ele sabe muito bem que ‘implementar as idéias de seus ídolos da Escola de Frankfurt, com sua mistura tóxica de comunismo e freudismo’ levará muito tempo e só será conseguida através da política social. E seus assessores nesta área são líderes da campanha abortista e chefetes do lobby homossexual e, através deles‘refazer os EUA à sua própria imagem. Se forem bem sucedidos os EUA parecerão Greenwich Village durante as paradas de Haloween, incluindo todos os acessórios gays como coleiras, correntes e roupas justas’.


Além dos já citados por mim num artigo anterior seguem-se outros nomes em cargos importantes:


 


Ellen Moran escalada para assumir a Diretoria de Comunicações da Casa Branca é ex-executiva da Emily’s Listum dos mais importantes comitês de ação pró-aborto.


Dawn Johnsen , ex Diretora legal da NARAL Pro-Choice America, será nomeada para a Equipe de Revisão do Departamento de Justiça e certamente será nomeadaassociate attorney general, (uma assessora do Ministro da Justiça, entre nós).


Melody Barnes, nomeada como Assessora Política para Assuntos Domésticos (Assuntos Interiores, uma espécie de assessora do Ministro do Interior) é uma radical ex apparatchik de Ted Kennedy, ex membro do Conselho da Emily’s List e Vice Presidente Executiva para Assuntos Políticos do Center for American Progress, uma organização política radical fundada por George Soros. Neste cargo Melody terá acesso direto e diário a Obama, coordenando e liderando os gabinetes de Serviços Humanos, Justiça, Trabalho, Educação, Moradia e Desenvolvimento Urbano.


Arne Duncan será o chefe do Departamento de Educação. Duncan inovou em Chicago criando a primeira escola de segundo grau para ‘gays, lésbicas e transgênicos’.


Tom Daschle, que está metido num escândalo  que será Secretário de Saúde e Serviços Humanos é um ex Senador de South Dakota e líder democrata no Senado é um amigo da comunidade LGBT e o jornal Bay Windowso maior jornal GLBT da Nova Inglaterra assegura que sete dos integrantes desta comunidade fazem parte da sua equipe de transição. Como disse Lisa Keen, do Bay Windows: “... até o momento a maioria das escolhas de Obama são ótimas notícias para a comunidade GLBT”.


 


Prossegue Publicola: ‘Como outros marxistas culturais, Marcusianos e Gramscistas, Obama sabe que a maneira de destruir o Ocidente e o capitalismo é desde dentro através do lento colapso cultural e moral. Institucionalizar o relativismo moral é o primeiro objetivo de Obama e suas escolhas são as melhores para a próxima batalha contra a sobrevivência da civilização americana.’


Gary Bauer, ex assessor de Política Doméstica de Ronald Reagan e Presidente daCampaign for Working Familiesescreveu em Human EventsObama: no Closet Centrist: ‘As escolhas de Obama deixaram o lobby homossexual feliz (….) Tim Carpenter , Diretor Nacional do Progressive Democrats of América  diz que Obama confirmou nossas suspeitas de que estaria se cercando de pessoas da centro-direita. Mas esperamos que isto seja tudo e possamos ter nomeações progressivistas autênticas’.


 


Bauer acrescenta alguns nomes à lista:


Dr. Steven Chu, a escolha de Obama para Secretário de Energia, laureado pelo Nobel, tem dito que  o carvão é um pesadelo e apóia o aumento dos impostos aos nívesi europeus. Neste caso não posição moderada pois o carvão é a maior fonte de energia dos EUA e os preços do gás nos EUA são duas a três vozes maiores do que na Europa.


Alexander Aleinikoff, escolhido para a política de imigração e Homeland Securityda equipe de transição, foi alto funcionários do governo Clinton onde dirigiu um programa chamado Citizenship USA destinado a acelerar o programa de legalização de um milhão de pedidos de imigração, um verdadeiro desastre burocrático que permitiu a entrada de milhares de criminosos através de fraude.


Cecile Richards, Diretora Executiva da Planned Parenthood&nbspdeclarou que a Secretária de Estado Hillary e a Embaixadora na ONU, Susan Rice, constituirão‘uma equipe forte que defenderá, com a seriedade que merecem, os direitos e a saúde das mulheres e o planejamento familiar’.


 


Quatro anos é realmente muito pouco tempo para destruir completamente uma tradição de mais de dois séculos, mas é muito para causar estragos irreversíveis. Mormente com uma maioria expressiva de anti-americanistas Democratas nas duas casas os quais, há décadas – desde o governo socialista de Roosevelt – tenta virar de cabeça para baixo a tradição dos Founding Fathers. Assume importância fundamental a  exigência do casal Clinton em abocanhar o segundo cargo mais importante da Nação e exatamente o que lhe dá poderes extraordinários de levar adiante a agenda da ‘comunidade internacional’ de submeter os EUA aos desmandos da maioria de ditaduras e teocracias que domina a ONU. Em tudo e por tudo parece que o fim dos Estados Unidos tal como os conhecemos hoje – o campeão das liberdades individuais e do liberalismo – está próximo. É, Como venho advertindo, o SUICÍDIO DA ÁGUIA!

A ONU e a ameaça aos direitos humanos



Filed under: Sem Categoria — Prof. Felipe Aquino at 2:45 pm on Wednesday, December 24, 2008

 

Entrevista com Mons. Michel Schooyans

 

SÃO PAULO, quinta-feira, 25 de dezembro de 2008 (ZENIT.org). - Quando se celebram os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a maior ameaça ao documento e aos princípios ali proclamados vem da própria entidade que deu vida ao texto: a ONU.

 

Neste mês de aniversário da Declaração de 1948, Zenit entrevistou mons. Michel Schooyans, renomado especialista em filosofia política e demografia.

 

Mons. Schooyans é membro da Pontifícia Academia para a Vida, da Pontifícia Academia das Ciências Sociais e professor emérito da Universidade de Lovaina (Bélgica).

 

 

–Fale-nos, por favor, do surgimento da Declaração de 1948.

 

–Mons. Michel Schooyans: A ONU foi criada em 1945 com a carta de São Francisco e, de certa forma, consolidada em 1948 com a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Foi consolidada na base de uma missão essencial que é a promoção dos direitos de todo ser humano. Todo ser humano tem direito à vida, afirma o artigo terceiro da Declaração. O texto convida todos os homens, países, governantes a reconhecer a dignidade de cada ser humano, qualquer que seja a sua força, a cor da sua pele, a sua religião, idade. Todos merecemos ser reconhecidos simplesmente pelo fato de sermos homens. É sobre esta base, diz a Declaração, que vamos poder construir novas relações internacionais, uma sociedade de paz e de fraternidade.

Se houve a Guerra Mundial que terminou em 1945, é porque houve um desconhecimento da realidade desses seres humanos que, todos, têm direitos inalienáveis e imperecíveis. A Declaração situa-se na continuidade de todas as grandes declarações que marcaram a história política e jurídica das nações ocidentais. Por exemplo, a Declaração da Independência dos Estados Unidos, de 1776, a Constituição dos Estados Unidos de 1787, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, da França, em 1789, são as declarações clássicas. A Declaração de 1948 se situa na tradição mais fiel àquelas Declarações que demonstraram a sua eficácia no campo do reconhecimento e da promoção dos direitos humanos. Esses direitos são reconhecidos em decorrência de uma atitude moral e antropológica. Eu reconheço a realidade do meu semelhante. Eu me inclino na sua presença. Reconheço a sua dignidade. Ainda que ele seja doente, esteja no início ou no final da sua vida, ele tem uma dignidade igual à  minha.

 

 

–Que tipo de documento é a Declaração de 1948?

 

–Mons. Michel Schooyans: A Declaração não é um documento de Direito no sentido técnico da palavra. O documento enuncia os direitos básicos. Mas para que esses direitos básicos sejam colocados em prática, eles necessitam de uma tradução em textos legais. Precisam ser codificados. Devem ser prolongados em instrumentos jurídicos apropriados, no que se chama o direito positivo. Isso significa que os direitos proclamados em 1948 devem se exprimir em leis que serão aplicadas pelos governos das nações e controladas pelo poder judicial. São, portanto, duas coisas: primeiro, o reconhecimento da realidade de seres humanos que têm a mesma dignidade e os mesmo direitos básicos, e, por outro lado, instrumentos jurídicos que dão uma forma concreta, exigível, àqueles direitosreconhecidos como fundamentais.

 

Quando se trata da Declaração de 1948, convém perceber que os mesmos direitos fundamentais podem dar lugar a codificações diferentes de acordo com as diversas tradições jurídicas dos países. As nações podem traduzir diferentemente o mesmo respeito que elas têm aos direitos fundamentais dos homens.

 

O que acabamos de evocar é o que se chama a tradição realista. Essa tradição se inclina frente à realidade de seres concretos: você, eu e a universalidade dos seres humanos. Essa mesma tradição comanda todo o edifício das nações democráticas, não só o edifício jurídico, mas o edifício político, que também se baseia no reconhecimento da igualdignidade. Agora, hoje em dia, a Declaração de 1948, que se inspira nítida e explicitamente na tradição realista, e que foi redigida com a colaboração de um dos brasileiros mais ilustres da história, Alceu Amoroso de Lima, está sendo contestada.

 

 

–Que tipo de contestação?

 

–Mons. Michel Schooyans: Uma contestação que vem da influência da teoria positivista do Direito, elaborada sobretudo por um autor chamado Kelsen (1881-1973). Sob a influência de Kelsen, propagou-se uma nova concepção do direito e, portanto, dos direitos humanos. Tudo o que a gente explicou a respeito dos direitos inatos do homem que, por ser homem, tem naturalmente direitos, é contestado. Tudo isso é negado, é colocado entre parênteses, é desprezado e esquecido. Só subsistem as normas jurídicas; só subsiste o direito positivo, barrando toda referência aos direitos que os homens têm naturalmente. Nesse contexto, as determinações jurídicas são a única coisa que merecem estudo e respeito. Agora esses ordenamentos jurídicos, essas disposições lavradas nos Códigos, podem mudar ao sabor de quem tem força para defini-las. São puro produto da vontade de quem tem poder, de quem consegue impor a sua visão do que seja tal ou tal direito humano. De modo que, como salta aos olhos, a visão puramente positivista dos direitos humanos depende finalmente do arbítrio de quem tem a possibilidade de impor a sua concepção própria dos  direitos humanos, já que não há mais nenhuma referência à verdade, concernente à realidade do homem.

 

 

–Quais as consequências?

 

–Mons. Michel Schooyans: São trágicas. O positivismo jurídico abriu e abre o caminho para todas as formas de ditadura. Como o próprio Kelsen dizia, na União Soviética de Stalin havia estado de direito, já que havia leis. Era um ditador, mas ele fazia a lei.  Mas que lei? A lei que era a expressão da  vontade dele, da brutalidade dele. Não tinha referência a direitos que seriam naturais, que seriam objeto de uma verdade à qual a gente adere e que se impõe pelo seu fulgor. A lei no tempo de Stalin era reflexo da vontade do mais forte. Hoje em dia, a lei que permite o aborto, que permite a eutanásia, não é outra coisa. É uma lei que permite que vença a força do mais forte, que diz: já que tal é a minha vontade, nós vamos decidir quem pode ser admitido à existência e quem não pode.

 

Essa mentalidade entrou em várias agências da ONU. E a ONU hoje em dia está se comportando como uma superpotência global, transnacional, na linha exata de Kelsen. Ele mesmo diz que as leis nacionais, as que conhecemos nos nossos Códigos nacionais, devem ser submetidas à aprovação, validação, de um centro  de poder piramidal. A validez das leis nacionais depende da validade outorgada, concedida pelo poder supranacional aos códigos nacionais, particulares. Isso significa que as nações ficam totalmente alienadas da sua soberania e os seres humanos de sua autonomia. A gente observa isso todos os dias, nas discussões parlamentares. Muitos parlamentos são simplesmente teatros de marionetes que executam determinações vindo de fora, cumprem a vontade de quem impõe suas decisões, eventualmente comprando os votos, através da corrupção.

 

Isso tudo se passa sob o simulacro da globalização, que merece muito a nossa vigilância. É que, na mentalidade de quem adere a essa concepção puramente positivista do direito, a lei não está a serviço dos homens e da comunidade humana; está apenas a serviço deste ou daquele centro de poder. Este pode ser uma nação como os Estados Unidos, mas pode ser sobretudo a trama das vontades que se aglomeram nas Nações Unidas, apoiadas por numerosas ONGs, e também por algumas sociedades secretas, como a maçonaria. Isso mostra que hoje em dia o direito internacional tende a prevalecer sobre os direitos nacionais, a esmagá-los, pois estão sendo aos poucos desativados. É uma coisa terrível! Estamos assistindo à emergência de um direito internacional tirânico porque puramente positivista, ignorando os direitos humanos inalienáveis proclamados em1948. E a gente não percebe…

 

 

–Um novo tipo de totalitarismo?

 

–Mons. Michel Schooyans: Sim, porque daqui em diante a soberania das nações é pura fachada. Kelsen explica muito bem isso: o direito internacional, que dita sua lei às nações, deve ser ele mesmo validado, aprovado, pelo topo da pirâmide, pela instância suprema. Vejamos um exemplo: no momento em que estamos falando, há uma discussão na sede das Nações Unidas sobre a introdução ou não do aborto como “novo direito humano”. Seria uma nova versão da Declaração de 1948. Uma modificação calamitosa porque introduziria sub-repticiamente um princípio puramente positivo numa declaração que é antropológica e moral. Ali se colocaria também o direito à eutanásia. Restaria às nações particulares ratificar estes “novos direitos humanos” emanando da instância suprema. Isso significa que, como a referência aos direitos naturais dos homens já teria sido desativada, essa nova Declaração se tornaria um documento de direito puramente positivo, que deveria ser aplicado por todas as nações que aderissem ao novo texto da Declaração ou a algum outro documento similar.

 

É uma coisa pavorosa o que está quase acontecendo. E vai mais longe. A Corte Penal Internacional, que foi instituída há alguns anos, vai ter como área de competência julgar as nações ou as entidades que se recusarem a reconhecer esses “novos direitos” inventados ou a serem inventados. A Igreja Católica é um dos alvos possíveis dessa Corte Internacional. Já houve quem dissesse há anos que o Papa João Paulo II poderia ter sido intimado a comparecer no Tribunal Internacional por se opor a um “novo direito”, o “direito” da mulher ao aborto. Ameaça semelhante paira sobre Bento XVI. E no domínio da educação é a mesma coisa com a ideologia do gênero. Em virtude de um “novo direito humano”, as pessoas escolheriam o seu gênero, poderiam mudar de gênero. Então o gênero deve ser ensinado nas escolas. É doutrinação ideológica em grande escala, a ponto de quem não subscrever a essa ideologia ser passível de punição por uma corte internacional.

 

 

–Discute-se então uma alteração do texto da Declaração?

 

–Mons. Michel Schooyans: A Declaração de 1948 enuncia princípios fundamentais. São verdades primeiras, fundadoras. Nós reconhecemos esse fato, que o ser humano tem naturalmente direito à vida, à liberdade, à propriedade, a se casar, a se associar, a se exprimir livremente e que tudo isso não decorre da vontade arbitrária dos homens. Mesmo antes de entrar numa sociedade política, organizada, o homem já tem direitos humanos fundamentais. E os direitos precedem a lei. Mas o homem precisa que a sociedade se organize para que esses direitos sejam aplicados, respeitados e que, eventualmente, as infrações sejam reprimidas. Tudo isso está sendo questionado atualmente. Circulam abaixo-assinados. Há um abaixo-assinado a favor do aborto e outro contra. Mas os que mais alto gritam são os partidários da introdução de uma modificação da Declaraçãode 1948 que alteraria a natureza da Declaração, bem como da própria ONU.

 

 

–Isso é fruto unicamente da manipulação do poder ou também de um ‘obscurecimento das consciências’, utilizando uma expressão de Bento XVI?

 

–Mons. Michel Schooyans: Bento XVI tem motivos dos mais sólidos para insistir no papel e na nobreza da razão. Tudo o que acabamos de discutir são problemas de antropologia e de moral natural. Note-se que a defesa do ser humano não é um privilégio da Igreja; faz parte do patrimônio das grandes tradições morais da humanidade. A necessidade de defender o homem, de reconhecer a dignidade do homem é uma coisa à qual a gente tem acesso através do uso correto da razão. Infelizmente estamos assistindo a uma espécie de perversão da própria razão. A razão é utilizada para ser levada a certas armadilhas dela mesma. O homem é capaz de ser manipulado; é capaz de ser dominado. Em português há uma expressão muito bonita, ao que parece usada no candomblé, para dizer isso: a gente pode ‘fazer a cabeça’ de alguém. É exatamente isso. A razão de um indivíduo ou de um povo pode ser desconectada. E você pode encher a cabeça de alguém com idéias completamente malucas. É o caso do aborto e da eutanásia.

 

Na Bélgica, o aborto foi criminalizado pela lei em 1867. Quem mandou aprovar essa lei não eram os católicos, mas sim os liberais, que, naquela época, eram mais de tendência maçônica, como até hoje, aliás. Foram eles que fizeram essa lei. Os católicos aprovaram, mas a iniciativa veio dos liberais, então maioritários. Quer dizer que a razão funcionava. A razão deles tinha descoberto que era evidente que o ser humano devia ser protegido antes do nascimento. É uma questão de razão. Os tempos mudaram. Pode-se alterar a capacidade de raciocínio. Hoje assistimos a várias manobras que vão nesse sentido. Há os casos de aborto, de eutanásia, do gênero. Há o problema da homossexualidade: há 30 anos, quem teria pensado em promover um “novo direito” à homossexualidade? A razão humana é capaz de genialidade, mas é também uma faculdade delicada, vulnerável, frágil, uma faculdade que pode ser desmobilizada, hibernada. A pior forma de escravidão é a escravidão mental, a escravidão da razão, que comporta um brinde: o naufrágio da fé, porque não há ato de fé que não seja razoável. Então se você entra naquela confusão mental de dizer que o aborto é um direito, a eutanásia é um direito, você entra num processo que acaba corrompendo não só a sua razão, mas também a sua fé.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Mostrem para seus filhos, eduquem-nos antes que o PT o faça...

CONDE LOPPEUX DE LA VILLANUEVA

Um cartoon simplesmente educativo e espetacular. Produzido pelo Departamento da Faculdade de Harding, nos Eua, mostra os males do comunismo e por que a economia de mercado a democracia liberal continuam sendo as melhores melhores opções.



Para quem quiser baixar o vídeo, clique abaixo:

Palestina - apenas uma farsa

Por e-mail (sic)

História e Significado de "PALESTINA" e "PALESTINOS" - 1ª PARTE

 

Para os que se interessam por história e em conhecer a verdadeira origem dos “Palestinos”, resolvi escrever para vocês baseando-me em traduções do artigo: “A história e o significado da 'Palestina' e dos 'Palestinos', por Joseph Katz, renomado historiador e escritor americano. Vale a pena aprender um pouco sobre a verdadeira origem do Conflito Árabe-Israelense, até porque este conflito não é milenar como muitos afirmam, mas bem recente e repleto de interesses políticos. O artigo está dividido em DUAS partes. -


Leiam e se surpreendam! Indiquem também para amigos ou conhecidos que desejam saber mais sobre a história de Israel e sobre a verdadeira história dos "Palestinos" e não aquela que a "ONU" quer fazer você acreditar.

Shabat Shalom,

MZandona
 

Por Joseph Katz
Tradução e adaptação por MZandona

“Não existe uma nação árabe chamada Palestina (...). Palestina é o nome que os romanos deram para o Eretz Israel com o intuito de enfurecer os judeus. Por que deveríamos usar o mesmo infeliz nome dado para nos humilhar? Os ingleses escolherem chamar a terra que eles controlavam de Palestina, e os árabes pegaram este nome como seu suposto nome milenar, apesar de nem sequer conseguirem pronunciá-lo corretamente. Eles transformaram a Palestina em 'Falastin', uma entidade ficcional.”

Golda Meir

O QUE SIGNIFICA “PALESTINA”?

“Palestina” nunca foi o nome de uma nação ou estado. É na verdade um termo geográfico utilizado para designar uma região abandonada ao descaso desde o século II d.C. O nome em si deriva do termo “Peléshet”, que aparece constantemente na Bíblia hebraica e foi traduzido como “Filístia” ou “Palestina”. Os Filisteus eram um povo do mediterrâneo com origens na Ásia Menor e na Grécia. Eles chegaram à costa Israelense em várias caravanas. Um grupo chegou no período pré-patriarcal, estabelecendo-se em Beer Sheva, entrando em conflito com Abraão, Isaque e Ismael. Um outro grupo, vindo da ilha de Creta após uma frustrada tentativa de invasão do Egito (1194 a.C.), se estabeleceu na área costeira de Israel. Lá eles fundaram cinco assentamentos: Gaza, Ashkelon, Ashdod, Ekron e Gat. Posteriormente, durante o domínio dos Persas e Gregos, povos de outras ilhas do Mediterrâneo invadiram e destruíram os assentamentos filisteus. Desde os dias de Heródoto, os gregos chamam a costa leste do Mediterrâneo de “Síria Palestina”.

Os filisteus não eram árabes nem ao menos semitas. Sua origem era grega. Eles não falavam árabe, nem nunca tiveram qualquer conexão étnica, lingüística ou histórica com a Arábia ou com os Árabes. O nome “Falastin” que os árabes usam atualmente para “Palestina”, nem sequer é uma palavra árabe mas sim hebraica - Peleshet (raiz Pelesh), que significa divisor, invasor. O uso do termo “Palestino” para se referir a um grupo étnico árabe é uma criação política moderna, sem qualquer credibilidade acadêmica histórica.

COMO A TERRA DE ISRAEL VEIO A SE TORNAR “PALESTINA”?

No primeiro século d.C., os romanos destruíram o reino independente da Judéia. Após a revolta frustrada de Bar Korchba no segundo século, o imperador romano Adriano determinou a eliminação da identidade de Israel (também conhecido como Judá ou Judéia), visando destruir o vínculo milenar do povo judeu com a região. Assim, ele escolheu o nome “Palestina”, impondo-o em toda a terra de Israel. Ao mesmo tempo, ele mudou o nome de Jerusalém para “Aélia Capitolina”.

Os romanos mataram milhares de judeus e expulsaram ou venderam como escravos outras centenas de milhares. Muitos dos sobreviventes optaram por não abandonar a terra de Israel, e jamais houve um momento sequer na história da região sem que judeus e comunidades judaicas estivessem presentes, apesar das condições serem extremamente precárias e perigosas.

BREVE HISTÓRIA DA “PALESTINA”

Milhares de anos antes dos romanos criarem o termo “Palestina”, a região era conhecida como Canaã. Os cananitas possuíam muitas cidades-estados, às vezes independentes às vezes vassalos de reis egípcios ou hititas. Os cananitas nunca se uniram para formar um estado. Após o Êxodo do Egito (provavelmente no sec. XV ou XIII a.C.), os filhos de Israel se estabeleceram na terra de Canaã. Ali formaram primeiramente uma confederação tribal e depois os reinos de Israel e Judá.

Desde os primórdios da história até os dias atuais, Israel (Judá ou Judéia) foi a única entidade independente e soberana que existiu ao oeste do rio Jordão (nos dias bíblicos, Amon, Moabe e Edom, bem como Israel, possuíram territórios ao leste do Jordão, mas estes desapareceram na antiguidade e nenhuma outra nação reivindicou a região, até os britânicos criarem o termo “Trans-Jordânia”, nos anos 20).

Após a conquista romana da Judéia, a “Palestina” se tornou uma província do império romano e posteriormente do império cristão Bizantino (brevemente também foi conquistada pelo império zoroástrico persa). Em 638 d.C, um califa árabe muçulmano tomou a Palestina das mãos dos bizantinos e a anexou ao império árabe-muçulmano. Os árabes, que não tinham nem sequer um nome em árabe para a região, adoraram o nome dado pelos romanos, pronunciando-o como “Falastina”, ou invés de “Palestina” (na língua árabe não há o som de “p”).

Durante este período árabe, grande parte da população da região (composta por uma mistura de povos e tribos nômades de várias regiões ao redor) foi forçada a converter-se ao islamismo. Eles eram governados por um califa que reinava de sua capital (primeiramente em Damasco e depois em Bagdá). A região da Palestina nunca se tornou uma nação ou um estado independente, nem desenvolveu uma cultura ou sociedade distinta. Em 1099, cruzados cristãos da Europa conquistaram a “Palestina – Filistina”. Após 1099, nunca a região esteve novamente sob domínio árabe. O reino estabelecido posteriormente pelos cruzados europeus era politicamente independente, mas nunca desenvolveu uma identidade nacional, servindo apenas como um posto militar da Europa Cristã por menos de 100 anos. Após este período, a Palestina foi anexada à Síria como uma província mameluca (etnicamente um povo fruto de uma mistura entre guerreiros e escravos cujo centro político encontrava-se no Egito), e posteriormente anexada ao Império Turco-Otomano, cuja a capital encontrava-se em Istambul.

Cruzados na Palestina, 1099, Chateau de Versailles, França

A PROMESSA DO "LAR JUDAICO NACIONAL"

Viajantes do ocidente à região da Palestina deixaram registros do que viram no local. O tema presente em todos os relatos é DESCASO. Vejamos alguns testemunhos:

“A terra está desolada, vazia, negligenciada, abandonada, destinada à ruínas. Não há nada lá (Jerusalém) para ser visto, a não ser poucos vestígios da antiga muralha que ainda permanece. Todo o resto está coberto por musgo e mato”. Peregrino inglês, 1590.

“A região está em situação deplorável, sem habitantes. Sua maior necessidade são pessoas!” Cônsul Britânico, 1857.

“Não há sequer uma vila em toda a extensão do vale chamado Jezreel, nem mesmo em um raio de 50Km. Viajamos quilômetros sem encontrar uma alma sequer. Nazaré está abandonada, Jericó é uma ruína que se desfaz; Belém e Betânia, na sua pobreza e humilhação, não é desejada por qualquer criação (...). Um país desolado cujo solo é bastante rico, mas é dado inteiramente a ervas inúteis (...) uma expansão silenciosa, pesarosa (...) uma desolação (...). Nunca vimos um ser humano durante todo o caminho. A Palestina encontra-se vestida em pano de saco e cinzas...”.
Mark Twain, “The Innocents Abroad”, 1867.

A restauração da terra “desolada” e “não desejada” começou na segunda metade do século XIX, com os primeiros pioneiros judeus. O trabalho realizado por estes pioneiros criou novas e melhores condições e oportunidades, o que acabou por atrair outros imigrantes de várias partes do Oriente Médio, tanto árabes quanto outros.

A Declaração Balfour, de 1917, confirmada pela Liga (ou Sociedade) das Nações, comprometeu o governo britânico aos princípios que “o governo de vossa majestade vê com favor o estabelecimento, na Palestina, de um Lar Nacional Judaico, e fará uso de seus melhores recursos para facilitar a materialização deste objeto (...)”. Ficou então determinado o controle britânico sobre toda a região e que a área seria aberta à criação de assentamentos judaicos. Também determinou-se que os direitos de todos os seus habitantes (já residentes na região) seriam preservados e protegidos.

O Mandato Britânico na Palestina originalmente incluía tudo o que é hoje a Jordânia, bem como o que hoje é Israel e os territórios entre eles. No entanto, quando o “protégé” britânico Emir Abdullah foi forçado a abandonar seu domínio hashmaíta na Arábia, os britânicos criaram para ele uma região alternativa para seu reino, localizada ao leste do rio Jordão. Não havia nenhum nome árabe para a região, assim os ingleses a chamaram de “além do Jordão”, ou “Trans-Jordânia”; posteriormente apenas “Jordânia”.

Com esta manobra política, que violava todas as regras estipuladas pela Declaração Balfour e pelo Mandato Britânico, os ingleses retiraram 75% da região destinada a ser o “Lar dos Judeus”, como havia declarado a rainha. Não foi permitido que nenhum judeu habitasse na região da Trans-Jordânia (ou Jordânia). Menos de 25% permaneceu da Palestina original do Mandato Britânico, destinado aos “assentamentos judaicos” prometidos pelos ingleses. Além disso, eles restringiram a imigração judaica na região e impuseram restrições quanto ao local onde os judeus poderiam trabalhar, viver, construir ou plantar. Na verdade, as regiões mais deploráveis da então Palestina britânica foram destinadas aos judeus, como os pântanos da Galiléia e as regiões infestadas de malária como Jafa e Tel-Aviv.

Somente após 1967, Israel finalmente conseguiu habitar em algumas das regiões prometidas pelos britânicos aos judeus. Apesar dos britânicos constantemente declararem como ilegais os assentamentos judaicos durante o Mandato Britânico, foram eles mesmos que agiram contrariamente à lei ao expulsarem os judeus da região já declarada “O Lar Judaico Nacional” pela Liga das Nações e pela rainha da Inglaterra.


História e Significado de "PALESTINA" e "PALESTINOS" - 2ª PARTE
Por Joseph E. Katz
Tradução e adaptação por MZandona
MAS ENTÃO, QUEM SÃO OS “PALESTINOS”?

Durante o Mandato Britânico em Israel (1920-1948), os ingleses se referiam a população judaica de Israel como “Palestinos” (termo na verdade criado pelos Romanos no início da era cristã com o intuito de humilhar os judeus – uma vez que “Palestina” significa “local dos Filisteus”, antigos inimigos dos judeus que foram extintos pelos Persas no sec. X a.C). Em 1939, os ingleses decidem proibir toda imigração Judaica para a “Palestina”, algo que era constante desde o século XVIII na região. Esta proibição foi feita no momento em que os Judeus mais precisariam, uma vez que o Nazismo estava fortemente se estabelecendo na Europa e milhões de judeus estavam sendo perseguidos. Milhares que conseguiam escapar dos campos de concentração e tentaram ir para Israel, foram mandados de volta para o inferno, novamente para as câmaras de gás na Europa.

Mas ao mesmo tempo em que os britânicos proíbem a imigração judaica, eles permitem ou ignoram a imigração ilegal de milhares de árabes da Jordânia (chamada de Palestina Oriental), Síria, Egito e de várias partes do norte da África. Em 1939, Winston Churchill declara que “...longe de serem perseguidos, os árabes invadiram a região e se multiplicaram...!” Estatísticas exatas da população da região na época são problemáticas, mas sabe-se que em 1947 o número de árabes ao oeste do Jordão triplicou em comparação a 1900.

O mito atual é que estes árabes há muitos séculos já estavam estabelecidos na Palestina, até que vieram os judeus e os “desalojaram” em 1948. Mas na verdade a imigração recente de árabes para a Palestina foi que “desalojou” os judeus. O aumento massivo da população árabe na região é comprovada pela lei criada pela ONU em 47: “Qualquer árabe que tenha habitado na Palestina por pelo menos dois anos, mas que deixou a região em 1948, é considerado um “refugiado palestino”. Esta é a origem dos famosos “refugiados palestinos”.

As estatísticas sobre a população judaica e árabe na região raramente levam em consideração como surgiram tais proporções. Um dos fatores foi a política inglesa de manter os judeus fora ao mesmo tempo em que traziam os árabes. Outro fator foi a violência utilizada para matar ou expulsar até mesmo judeus que já estavam há muito tempo estabelecidos na região. Por exemplo: A conexão judaica com a cidade de Hebron data dos dias de Abraão, e na verdade, sempre existiu lá uma comunidade judaica desde os dias de Josué, antes mesmo do Rei Davi torná-la capital. Mas em 1929, uma revolta armada de árabes (com o consenso britânico), matou e expulsou quase toda a comunidade judaica de Hebron.

Outro exemplo: Em 1948, a Transjordânia passou a ocupar quase todo o território da Judéia e Samaria (os quais eles chamavam de Cisjordânia) bem como a parte Oriental de Jerusalém e a cidade antiga. O que foi feito com os milhares de judeus que já habitavam na região? Foram assassinados ou expulsos.


DE PALESTINA PARA ISRAEL

O que seria da “Palestina” após o Mandato Britânico? Esta questão foi levantada por vários líderes britânicos e também mundiais, culminando com a decisão da ONU em 1947. Durante as várias deliberações, oficiais, representantes e escritores ÁRABES expressaram suas visões sobre a “Palestina”. Vejam que interessante:

“Não existe um país chamado Palestina. ‘Palestina’ é um termo que os sionistas inventaram (...). Nosso país foi por séculos parte da Síria. ‘Palestina’ é estranha a nós. Foram os sionistas (termo como os árabes se referem aos judeus) que criaram este termo." Líder árabe que discursou na Comissão Britânica, 1937.

“Palestina? Jamais existiu tal coisa na história! Absolutamente não!” Professor Philip Hitti, historiador árabe a serviço do Comitê Anglo-Americano, 1946.

“Todos sabem que a ‘Palestina’ não é nada mais do que o sul da Síria”.Delegado da Arábia Saudita no Conselho de Segurança da ONU, 1956.

“Nunca existiu uma região chamada Palestina, governada por palestinos. Não há uma língua chamada Palestina. Não existe uma cultura Palestina. Palestinos são na verdade árabes, sem distinção de Jordanianos (outra invenção recente), Sírios, Libaneses, Iraquianos, etc. Os árabes controlam 99,9% das terras do Oriente Médio. Israel representa 0,1% da região. Mas isso já é muito para os árabes. Eles querem tudo! Esta é a razão dos conflitos existentes hoje em Israel. Não importa quantas concessões territoriais o governo de Israel fará; nunca será o suficiente.

“Mitos do Oriente Médio”, por Joseph Farah, escritor e jornalista árabe.

Ainda em 1948, os árabes ainda não haviam descoberto sua nação milenar chamada “Falastina” (até hoje eles nem sequer conseguem pronunciar a palavra “Palestina”, trocando o “P” pelo “F”). Quando a ONU lhes ofereceu metade da Palestina ao oeste do Jordão como seu país, eles violentamente rejeitaram a proposta. Logo após a declaração da ONU criando as duas nações na região (uma árabe e uma judaica), seis nações árabes iniciaram uma guerra visando a aniquilação da recém formada nação de Israel. O propósito desta guerra jamais foi estabelecer uma nação independente chamada “Falastina”, mas sim, expulsar e aniquilar os judeus para dividir entre eles a região antes controlada pelos ingleses.

Os líderes destas nações árabes ordenaram que a população árabe da então Palestina emigrasse para as regiões de fronteira e para a costa, uma vez que conduziriam um ataque massivo aos judeus em todos os povoados. Ironicamente, eles demandaram a retirada mas jamais ofereceram seus territórios para receberem tais refugiados. Israel, pressentindo a guerra eminente, organizou uma campanha nacional onde garantiu aos árabes que ficassem no país, cidadania israelense, liberdade de religião e de culto, bem como os mesmos direitos civis e políticos que os judeus teriam. Após o término da Guerra e a vitória de Israel, os árabes que permaneceram se tornaram cidadãos de Israel, e os que abandonaram suas casas esperando a destruição dos judeus foram rejeitados pelos países árabes das fronteiras onde estavam refugiados. Egito, Jordânia, Síria e Líbano fecharam suas portas para seus irmãos árabes, dando início ao que conhecemos hoje como os “Refugiados Palestinos”.

Apesar de ter perdido esta guerra, a Jordânia (então chamada Transjordânia) conseguiu anexar a Cisjordânia e a cidade oriental de Jerusalém, matando ou expulsando os judeus que já habitavam na região (judeus de todas as nações que há milênios cuidavam dos locais judaicos sagrados para o judaísmo). O Egito, por sua vez, ocupou a faixa de Gaza. Estas duas nações árabes ocuparam estas regiões até 1967. Neste ano, elas iniciaram uma outra guerra para aniquilar Israel, e como conseqüência de seu fracasso, perderam as terras que tomaram na Guerra de 1948. Nestes 19 anos que ocuparam estas regiões, Jordânia e Egito nunca planejaram criar um estado “Falestino” para os “palestinos”. Nem mesmo os palestinos tinham esta reivindicação. Aliás, ninguém no mundo jamais sugeriu tal coisa.

Finalmente, em 1964, o “Movimento para Libertação da Palestina” foi criado por Yasser Arafat com o claro objetivo de promover a destruição de Israel. Com este propósito, ele ajudou também nos ataques precipitados a Israel em 1967. O resultado frustrado deste ataque inspirou uma mudança da opinião pública. Como propaganda, era mais prudente falar em “liberação da Palestina” do que em “destruição de Israel”. Grande parte do mundo, governos, a mídia e a opinião pública aceitou sem questionamento ou análise o novo mito árabe de luta para criação da nação chamada “Falastina”. Até os dias de hoje as principais organizações terroristas entre os árabes financiam o terror em Israel. Eles não têm nenhum plano para fundar uma nação Palestina nem nunca terão. Seu intuito é armar até os dentes grupos como o Fatah, Hizbolá e o Hamas para matarem o maior número de judeus possível. Famílias de jovens suicidas, conhecidos como “homens bomba”, recebem gratificações de milhares de dólares de governos e Sheiks árabes, como recompensa pelo “sacrifício” de seus filhos. Eles abertamente financiam e incentivam o terrorismo em Israel e no mundo, mas a mídia mundial finge não saber.

Yasser Arafat (1929 – 2004) – Criador e líder da OLP e do grupo terrorista Fatah. O “maior líder palestino” desviou 2 bilhões de dólares de fundos públicos palestinos para sua conta bancária pessoal.


A SITUAÇÃO NA ÚLTIMA DÉCADA

Desde o início da década de 2000, Israel tem colocado em prática um plano de evacuação dos territórios conquistados em 67, que inclui a faixa de Gaza, a Cisjordânia e as planícies do Golan. Gaza já foi completamente entregue em 2005, e se tornou um centro de treinamento para o Hamas, que aos trancos e barrancos finge administrar a região. A Cisjordânia está sendo evacuada e entregue para os palestinos (lê-se Fatah), e a região afunda economicamente e socialmente de forma proporcional à retirada de Israel. Agora, os terroristas do Hizbolá (financiados pelo Iran) esperam receberem o Golan. Para a mídia mundial os palestinos prometem paz em troca de território, mas para os Israelenses esta promessa nunca foi nem nunca será cumprida. Se o objetivo de todas estas entidades terroristas é abertamente “destruir a Israel”, como alguém pode acreditar que a entrega de terra cessará o conflito?

À medida que a faixa de Gaza e a Cisjordânia eram evacuadas, Israel via o número de atentados suicidas aumentar a cada ano, tendo todos os assassinos provenientes desses territórios. Israel então dá início ao audacioso plano de construir uma barreira nos pontos mais frágeis da fronteira com a Cisjordânia, visando diminuir o número de atentados. O projeto atual é proteger toda a extensão da fronteira, totalizando quase 700 km. Até o final de 2007, 60% da barreira já havia sido construída. Desde o início da construção, em 2003, o número de atentados suicidas nas cidades israelenses diminuiu em 99,5%. “Tivemos que aprender a usar foguetes uma vez que Israel descobriu uma maneira de se proteger de nossos ataques suicidas. Com a construção deste muro, nossos militantes não conseguem mais penetrar em território Israelense para realizarem seus ataques suicidas”, afirmou Ramadan Shalah, líder da Jihad Islamica Palestina em entrevista ao jornal islâmico Al-Sharq.

Os palestinos, que carregam o ódio islâmico contra os judeus e contra Israel, aproveitaram-se durante décadas da falta de segurança nas fronteiras para invadirem e promoverem atos de terrorismo em território Israelense. Centenas de civis inocentes morreram em Israel em ônibus, em restaurantes, lanchonetes, praças, ruas, shopping centers, etc. Nunca houve qualquer comoção por parte da mídia internacional ou da ONU. Agora, após a início da construção do Muro de Segurança, os palestinos posam para a mídia mundial como aprisionados, injustiçados e separados de Israel com um muro que chamam de “Muro do Apartheid”. “Muitos são os danos psicológicos que os palestinos destas regiões têm sofrido, além do efeito na economia, na saúde e no bem estar da população”, afirma o relatório elaborado pela ONU em 2005. Mas onde estão os relatórios sobre os danos psicológicos, econômicos e sociais de Israel frutos de anos de barbárie palestina? É lícito tentar manter seguro suas fronteiras? É lícito proteger o seu povo de organizações que abertamente desejam a sua aniquilação?

Muro de Segurança em Israel – Responsável direto pela redução em 99,5% dos ataques suicidas em Israel


Os EUA há décadas têm construído uma barreira de segurança na fronteira com o México. Até 2008, 580Km já haviam sido construídos. A proposta, já aprovada pelo congresso americano em 2005, é cobrir todos os 3.141km da fronteira com a construção de um muro de concreto armado, cercas elétricas, e policiamento constante. Vejam que os EUA tomaram esta medida emergencial para conter a imigração ilegal de mexicanos e o tráfego de drogas. Os mexicanos não entram nos EUA com o intuito de matarem civis americanos, mas, em sua maioria, com o intuito de trabalharem e ajudarem suas famílias pobres no México. Imaginem se os mesmos estivessem invadindo os EUA para promoverem atentados terroristas? O que fariam os EUA nesta situação? Pois bem, ninguém se atreve a falar contra o muro de separação dos EUA e jamais vemos documentários ou reportagens sobre como os mexicanos se sentem rejeitados e psicologicamente afetados com o “apartheid” americano. Mas Israel, que desesperadamente tenta proteger sua população contra atentados terroristas e que conseguiu provar ao mundo que 99,5% destes atentados foram reduzidos em conseqüência de sua barreira de segurança, é acusado de racista e de estar reconstruindo o “muro de Berlin”.

Desde o término da I Grande Guerra, os árabes do Oriente Médio e do norte da África receberam estados independentes em 99,5% dos territórios por eles requisitados. Lord Balfour (estadista inglês que expressou o apoio britânico à criação de um estado judaico na Palestina) certa vez expressou sua esperança que, uma vez que os árabes receberam tanto, não se incomodariam com o pequeno território prometido aos judeus. Infelizmente, Lord Balfour estava errado.
 
Sempre chamo a atenção das pessoas sobre a manipulação da mídia mundial e nacional (brasileira) em relação às informações sobre Israel e o conflito árabe-israelense. É deplorável a forma como as maiores empresas jornalísticas do mundo deturpam, omitem e alteram fatos com o intuito de prejudicar a imagem de Israel no cenário mundial. Não apenas isto, mas o desejo por detrás das notícias, artigos e comentários é na verdade mostrar Israel como o grande inimigo, a grande “pedra no sapato” do Oriente Médio e do mundo. Todos buscam histórias mirabolantes para provar ao mundo que os Palestinos são os verdadeiros habitantes de Israel e que seu vínculo com a terra data de milênios. Mas, quem são os Palestinos? Qual a sua origem? Como a região denominada “Palestina”, pelos romanos, veio a se tornar a nação judaica da atualidade?-

MZandona

A farsa (?) da cidadã blogueira - a cubana Yoani Sánchez

NOTALATINA


Na última edição do Notalatina eu havia prometido que na próxima falaria da Argentina, seus escândalos, crimes políticos, corrupção. Não desisti disso e tenho uma entrevista-bomba, na verdade, uma confissão de culpa de um crime cometido em 2005 e que só agora veio à luz, depois de denunciado num livro. Entretanto, recebi mais um artigo a respeito da blogueira “cubana de Cuba”, Yoani Sánchez, que não posso de modo algum calar, malgrado a receptividade que teve a primeira denúncia e onde fui achincalhada, rotulada de invejosa, incompetente, difamadora e caluniadora. Só faltou dizerem que cometi algum crime previsto em lei contra a donzela pura, santa e imaculada.

Volto a bater nesta tecla porque a autora deste artigo é uma pessoa absolutamente idônea, séria, respeitadíssima e que esteve presa na “Primavera Negra de Cuba”, portanto, sentiu na própria carne o gosto do chicote àqueles que se insurgem contra o regime, e só há muito pouco exilou-se nos Estados Unidos; portanto, é uma “cubana de Cuba” também. Ademais, faço-o por um dever de consciência para com a verdade e, àqueles que preferem se iludir com as aparências e para quem fatos são um mero detalhe sem importância, respondo que estou me lixando; faço o que me compete fazer, por mais incômodo que seja.

Não existe nesta maldita história escrita com o sangue dos mártires há cinqüenta anos, nenhum FATO semelhante ao desta blogueira que tivesse ficado impune. A forma arrogante como ela refere ter deixado a delegacia quando foi intimada “apenas” para ser notificada de que não poderia realizar o encontro dos blogs é, por si só, um fato alarmante. Não se conhece um só opositor que tivesse sido tão desaforado com os interrogadores e que não tivesse – no mínimo – levado uns bofetões de arrancar os dentes e em seguida jogado no calabouço da Villa Marista. Mas Yoanis disse o que quis e saiu ilesa, inclusive saudada pela rede inteira como “heroína”. Agora afronta ninguém menos que a filha do ditador hereditário substituto e não passa nada? Ah, me poupem porque, como bem diz Adela Soto, nem um rapaz imberbe engole esta farsa!

Deixo com as consciências de cada um a escolha de: querer conhecer a verdade, ou iludir-se com a farsa servindo ao regime criminoso que dizem combater, como dóceis idiotas úteis. Eu sei de muito mais coisas mas tudo a seu tempo; a verdade um dia vai ofuscar a todos com seu clarão de luz.

E como amanhã é véspera de Natal, o Notalatina deseja a todos uma noite de paz, fraternidade, amor e concórdia, pois festejamos o nascimento deste Menino-Deus pré-eterno, nosso Senhor e Salvador. Que Ele esteja em todos os lares e no coração de cada um. Fiquem com Deus e até a próxima!

*****

A CIDADÃ BLOGUEIRA
*Adela Soto Álvarez

Cada noticia sobre a “cidadã blogueira” Yoanis Sánchez me deixa mais confusa e repito que não é porque tenha nada contra ela pessoalmente, mas porque suas possibilidades e liberdade de movimentos chegam a pôr em dúvida a qualquer pessoa, por imberbe que seja; imaginem então um opositor ou jornalista independente cubano que tenha sofrido ou sofra na própria carne a repressão, a perseguição, a humilhação e a tortura psicológica que o regime castrista aplica aos que discordam de seus ditames.

E me refiro à publicação do dia de hoje na página digital “Cubaencuentro”, onde sob o título “Mariela Castro acusa a blogueira Yonis Sánchez... e a chama de galinho insignificante entre outros qualificativos”, sendo isto o resultado do acontecido em dias anteriores no Museu de Belas Artes na cidade de Havana, quando se afirmou pela própria blogueira através de seu espaço digital e na filmagem em vídeo enviado ao exílio, de quando interpelou a filha do mandatário Raúl Castro em meio de uma conferência de abertura social.

Alguns meios do exílio catalogaram a Yoanis por este incrível incidente “público” de demonstrar muito mais valentia do que os dissidentes políticos, esquecendo a luta em honra da liberdade e o encarniçado enfrentamento que conduzem os opositores pacíficos, a imprensa independente e os presos políticos e de consciência cubanos. E sem contar a quantidade de homens e mulheres que perderam suas vidas na tentativa, e os que vivem fora de sua Pátria por causa das injustiças da ditadura.

Quem conheça o aparato repressivo da ilha sabe que o ocorrido no Museu de Belas artes dias atrás deixa muito a dizer, pois ninguém pode esquecer que Mariela Castro é da família dos intocáveis e, portanto, embora queira dar mostras de abertura em temas sociais como o homossexualismo, nunca o fará em assuntos ideológicos e muito menos de corte político.

Todos os que vivemos e sofremos o regime dos Castro sabemos que todas as atividades públicas são custodiadas pelo pessoal da Segurança do Estado; imaginem então onde participe algum membro do aparato governamental?

Por isso considero impossível que uma pessoa que realmente esteja fichada por suas manifestações contestatórias, que tenha sido premiada uma infinidade de vezes por isso e que esteja em primeiro plano em quase todos os jornais independentes do exílio e Europa, inclusive televisões e emissoras de rádio governamentais, possa interpelar abertamente a um membro oficial sem ser presa de imediato pela polícia política.

O que é mais de se admirar em todo este caso, é como a Diretora do Cenesex responde à opinião de um usuário sobre a pergunta da blogueira Yoanis, através de uma página web, e que este fato fique impune ante o regime o qual, por muito menos, mantém a mais de 22 jornalistas independentes morrendo na inclemência penitenciária.

É doloroso ver como se criam e utilizam objetivos humanos com o interesse de diminuir os que informam diariamente a realidade cubana, a falta de liberdades, a repressão e a perseguição continuada, pelo qual considero tudo isto um descrédito à oposição pacífica e à imprensa independente, e muito mais quando lembro depois da Onda Repressiva de 2003, a morte por pena capital imposta a três jovens por tão só tentar sair do país. Sanção que foi cumprida de imediato “como um escarmento”, como expressa com orgulho o chanceler cubano Felipe Pérez Roque, cada vez que se toca no assunto.

É impossível esquecer a recente greve de fome do jornalista independente Guillermo Fariñas, onde chegou à desnutrição total e quase perde a vida por expor-se ao jejum, com o objetivo de que o regime cubano permitisse à oposição pacífica o acesso à internet, jejum que resultou em vão porque este serviço nunca foi autorizado.

As múltiplas detenções e cativeiro de Antúnez, os maus tratos psicológicos a Gloria Amaya, mãe dos Sigler Amaya, as calúnias e maus tratos às Damas de Branco, as súplicas de Blanca, pedindo internacionalmente que intercedam por seu filho Normando Hernández, prisioneiro político que está morrendo no presídio sem atenção médica. E como este, um sem-número de homens que são maltratados por exigir seus direitos.

Tampouco podemos esquecer as prisões massivas que se produzem ano após ano, nas vésperas do dia dos Direitos Humanos, somente por celebrar um dia mundial ou portar uma carta da qual Cuba é co-signatária. Ou simplesmente por reunir-se ou jogar flores no mar em comemoração a alguma data alegórica. Ou ainda as confiscações que a Aduana da República realiza às doações de livros que o mundo faz para as bibliotecas independentes denominando-as “Literatura Proibida”, entre elas livros de literatura infantil e a Carta Universal dos Direitos Humanos.

São muitos os exemplos de repressão a expor; por desgraça não cabem neste artigo, porém por todos eles me pergunto: como é possível que as personalidades políticas e intelectuais de países democráticos, incluindo com grande incidência Miami, que mostraram grande inconformidade quando da Onda Repressiva da Primavera Negra, onde foram detidos e condenados à pena máxima opositores pacíficos, bibliotecários e jornalistas independentes, tão somente por discordar do regime cubano, não lembrem quedestes, cinqüenta e nove ainda continuam nas masmorras da tirania por causas muito inferiores às que pretendem promover ao mundo através das muito bem confeccionadas e dirigidas proezas da blogueira Yoanis Sánchez?

quem duvida de minhas palavras os convido a que se remetam aos fatos repressivos contra o povo cubano durante todo o processo totalitário de mais de cinqüenta anos de ditadura, e assim possam tirar suas próprias conclusões.

Adela Soto Álvarez é licenciada em Filologia, Jornalista, Escritora, Poeta. Fundou a Imprensa Independente em Cuba e foi condenada a um ano de privação domiciliar na Primavera Negra de 2003, por suas atividades contestatórias. Reside atualmente em Miami como refugiada política. Autora da novela-testemunho “O Império da Simulação” (Miami 2005) e outros livros sobre a realidade cubana.

UNOAMERICA - Declaração Final corrigida

NOTALATINA
Quarta-feira, 17 de Dezembro de 2008

Há dois dias o Notalatina divulgou com exclusividade a criação de uma organização denominada UNOAMÉRICA, cuja finalidade é combater o Foro de São Paulo e que congrega vários países da América Latina dentre os quais o Brasil. Ocorre que a nota que publicamos como “Declaração” Final”, foi escrita às pressas apenas para poder montar o site e fazer a divulgação entre os membros e participantes, além dos órgãos de imprensa e sites informativos, como foi o nosso caso.


Aquela nota contém a essência do que ficou acordado mas não trazia todos os detalhes da verdadeira, como foi o caso da criação do Foro de São Paulo, onde consta apenas o nome de Fidel. Para nós brasileiros, mais que qualquer outro país, fazer constar o nome do Sr. Inácio da Silva como criador desta organização criminosa e que apóia e defende bandos terroristas como as FARC, o ELN, o MIR chileno, os Tupamaros uruguaios ou o Sendero Luminoso peruano, é de vital importância. Por isso, o Notalatina apresenta agora a verdadeira Declaração Final.


Na próxima edição o Notalatina volta-se sobre a Argentina e as inconfessáveis falcatruas e crimes que estão ocorrendo sob a dinastia KK. Fiquem com Deus e até a próxima!


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DECLARAÇÃO FINAL DE UNOAMÉRICA


Nos dias 12, 13 e 14 de dezembro de 2008, delegações de diversos países latino-americanos se reuniram na cidade de Santa Fé de Bogotá, com o objetivo de conformar uma organização capaz de defender a democracia e a liberdade em nosso continente que se encontra sob ameaça.


O fracasso dos governos em resolver os problemas de pobreza da região, em que pese ser o continente mais rico do planeta, permitiu o crescimento e avanço do Foro de São Paulo, organização que agrupa todos os movimentos de esquerda da América Latina, inclusive as FARC colombianas.


Foro de São Paulo se aproveita das necessidades dos povos para manipular os mais pobres, prometendo melhoras econômicas e justiça social. Porém, uma vez no poder, não solucionam nenhum dos problemas cruciais dos nossos países, senão que introduzem um modelo ideológico socialista que divide a sociedade, a polariza em dois lados e provoca violência e anarquia.


Atualmente, há quatorze países latino-americanos cujos governos pertencem ou estão vinculados ao Foro de São Paulo e, embora tenham chegado ao poder pela via democrática, muitos deles estão destruindo a democracia e restringindo as liberdades, como é o caso de Hugo Chávez, Evo Morales, Rafael Correa, Cristina de Kirchner e Daniel Ortega.


Para conseguir isso não recorrem ao “paredón” de fuzilamento, como o fez em Cuba o principal mentor do Foro de São Paulo, Fidel Castro, mas utilizam métodos mais modernos e sofisticados, como as reformas constitucionais, os quais lhes permitem controlar os poderes públicos e eternizar-se no poder, ante o olhar complacente dos integrantes mais moderados do Foro como Lula da Silva (co-fundador junto com Fidel), Tabaré Vázquez e Michelle Bachelet.


Foro de São Paulo tem um projeto supranacional que não respeita fronteiras, nem soberanias nacionais. Para alcançar seus fins, todos os seus integrantes intervêm flagrantemente nos assuntos internos das demais nações, quer seja financiando candidatos, enviando apetrechos militares, ou dirimindo conflitos, valendo-se de organizações subsidiárias como a UNASUL, enquanto que as forças democráticas da região atuam isoladamente, limitando-se a seu próprio terreno.


Estas diferentes formas de atuação colocam os democratas da América Latina em uma situação de franca desvantagem, pois se vêem impossibilitados de fazer frente aos planos de expansão doForo de São Paulo.


O objetivo de UnoAmérica que decidimos construir durante este Encontro, é proporcionar aos setores democráticos da América Latina um mecanismo de intercâmbio de informação, coordenação permanente e apoio mútuo, sem ferir – como costumam nossos adversários – os princípios de soberania e auto-determinação dos povos.


Adicionalmente, UnoAmérica se propôs a elaborar e oferecer aos povos da América um programa de desenvolvimento e industrialização que resolva os problemas de fundo da região, particularmente o da pobreza, como verdadeiro antídoto ao totalitarismo.


A democracia e a liberdade se afiançarão em nossos países na medida em que os cidadãos se libertem da escravidão da pobreza e da ignorância. Não há nenhum motivo que impeça um continente tão rico como o nosso, com idiomas similares e culturas quase idênticas, a alcançar os níveis de desenvolvimento e industrialização que alcançaram as nações do norte.


Convidamos todas as forças democráticas da América Latina a se incorporar ativa e entusiasticamente a esta iniciativa. Convidamos-lhes a construir um futuro maravilhoso, onde prevaleça a liberdade, a justiça social, a solidariedade e a integração.


Cavaleiro do Templo: VISITE O SITE, CLIQUE AQUI E JUNTE-SE NA LUTA PELA LIBERDADE.


Comentários e Tradução: G. Salgueiro