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domingo, 28 de dezembro de 2008

A liberdade e a esquerda

MÍDIA SEM MÁSCARA
Autor: 26 dezembro 2008 
Editorias - CulturaPolítica

Cavaleiro do Templo: leiam atentamente o artigo e, logo abaixo, os comentários enviados por e-mail (sic) pelo meu amigo M.

A maior parte das pessoas na esquerda não se opõe à liberdade. Elas apenas são favoráveis a todo tipo de coisas que são incompatíveis com a liberdade.


Liberdade significa, no fim das contas, o direito de as pessoas fazerem coisas que nós não aprovamos. Os nazistas tinham o direito de ser nazistas sob Hitler. Somos livres apenas quando somos capazes de fazer coisas que outros não aprovam.


Um dos mais aparentemente inocentes exemplos das muitas imposições da visão da esquerda sobre os outros é a difundida exigência das escolas e universidades do “serviço comunitário”, para admissão de estudantes.


Há escolas de ensino médio em todo o país em que você não se forma, e faculdades em que você não entra, a menos que tenha se engajado em atividades arbitrariamente definidas como “serviço comunitário”.


A arrogância de se confiscar o tempo dos jovens – em vez de deixá-los (e a seus pais) livres para decidir como usar seu tempo – só não é maior que a arrogância de se impor o que é ou não é um serviço à comunidade.


Trabalhar num abrigo de sem-teto é amplamente considerado um “serviço comunitário” – como se ajudar e se acumpliciar com a vagabundagem fosse necessariamente um serviço, em vez de um desserviço, à comunidade.


Estará a comunidade mais bem servida com mais desempregados vagando pelas ruas, agressivamente mendigando pelas calçadas, urinando nos muros, deixando agulhas e seringas nos parques onde as crianças brincam?


Este é apenas um dos muitos modos em que a distribuição dos vários tipos de benefícios a pessoas que não trabalham rompe a conexão entre produtividade e recompensa.


Mas essa conexão permanece tão inquebrável como sempre esteve para a sociedade como um todo. Você pode fazer de qualquer coisa um “direito” para indivíduos ou grupos, mas nada é um direito para a sociedade como um todo, nem mesmo comida ou abrigo, que têm de ser produzidos pelo trabalho de alguém ou eles não existirão.


Para alguns, o que “direitos” significam é forçar outras pessoas a trabalharem para o benefício deles. Como uma frase de pára-choque de caminhão diz: “Trabalhe duro. Milhões de pessoason welfare [vivendo dos programas sociais do governo] estão dependendo de você.”


O mais fundamental dos problemas, contudo, não é que atividades particulares são exigidas dos estudantes sob o título “serviços comunitários”.


A pergunta fundamental é: O que, afinal, qualifica professores e membros das comissões de admissão das faculdades a definir o que é bom para a sociedade como um todo, ou mesmo para os estudantes sobre os quais são impostas suas noções arbitrárias?


Qual especialidade eles têm que justifica sobrepor-se à liberdade dos outros? O que suas imposições mostram, exceto que “os idiotas abundam onde os anjos temem pisar”1?


Que lições os estudantes aprendem disso, exceto a de submissão a um poder arbitrário?


A finalidade é, supostamente, a de que os estudantes adquiram um sentido de compaixão ou nobreza por meio do serviço aos outros. Mas isso depende de quem define compaixão. Na prática, isso significa forçar os estudantes a se submeterem à propaganda para fazê-los receptivos à visão de mundo da esquerda.


Estou certo de que aqueles favoráveis às exigências de “serviços comunitários” entenderiam o princípio por trás das objeções a esses serviços se exercícios militares fossem exigidos nas escolas de ensino médio.


De fato, muitos que promovem o “serviço comunitário” obrigatório são fortemente contrários ao treinamento militar mesmo voluntário nas escolas de ensino médio e faculdades, embora muitos outros considerem esse treinamento como uma contribuição à sociedade muito maior que alimentar pessoas que se recusam a trabalhar.


Em outras palavras, esquerdistas querem o direito de impor suas idéias do que é bom para toda a sociedade – um direito que eles veementemente negam àqueles cujas idéias do que é bom para a sociedade diferem das deles.


A essência da intolerância é recusar aos outros os direitos que você exige para si próprio. Tal intolerância é inerentemente incompatível com a liberdade, embora muitos esquerdistas fiquem chocados de serem considerados oponentes da liberdade.


Townhall.com


Tradução de Antônio Emílio Angueth de Araújo.


***


O estilão de Sowell tem como selo inconfundível este abrir com lucidez o cerne vivo, essencial, dos temas tratados. E o faz com tal engenho e arte que alcança condensar mais de um sentido em um única frase. Atente para a primeira delas:
 
"A maior parte das pessoas na esquerda não se opõe à liberdade. Elas apenas são favoráveis a todo tipo de coisas que são incompatíveis com a liberdade."
 
Significa:
 
a) - Muitos esquerdistas não alcançam entender que suas intervenções são negativas e fatalmente limitarão a liberdade.

Esta é a postura do primeiro dos três - únicos e clássicos - perfis humanos passíveis de adição ao esquerdismo - o imbecil.

O termo resume várias condições, desde a ingenuidade desarmada do adolescente inexperto até a madura estupidez congênita, incapaz de senso crítico, desprovida desta humana curiosidade que nos leva a esmiuçar os vários aspectos de um fenômeno em busca da verdade. Como cracas - cujo Q.I. compartilham - aderem teimosamente à primeira visão-de-mundo haurida de algum doutrinador canhoto e tanto, que se tornam inamovíveis, pouco importando a pertinência e factualidade da argumentação contraditória. Formam a maior porção das massas de manobras.
 
b) - Esquerdistas 'dizem' não se opor à liberdade, ao tempo que labutam por sua extinção.

É a disposição dos dois tipos seguintes, que completam a trilogia maldita: o 'doente' e o canalha, características frequentemente somadas no mesmo indivíduo, como ocorria com Karl Marx, Lênin, Stalin, Trotsky e atualmente, cá por casa. em uns tantos personagens em Brasília.

Entre aspas, porque tal patologia é tão encontradiça que se faz estatisticamente normal. Refiro-me a fulcros neuróticos que a partir do inconsciente ( instância anímica existente apenas no Outro, claro! Não em mim, Deus me livre! ) determinam as opções existenciais e, sob capas racionalizantes, moldam o comportamento.

A criatura, em geral, é um 'universitariado', semi-intelectualizado, tem umas quantas leituras que, inclusive, lhe facultam conhecimento dos efeitos inevitavelmente ruinosos das ideologias canhotas. Atente, amigo: ele sabe que o esquerdismo é uma maldição para a humanidade. Este é um dado-chave para a real natureza deste espécimen:
 
o anzol que assegura sua adição é precisamente a destrutividade implícita na práxis ideológica.
 
É um fato muito bem conhecido por psicoterapeutas, mas que o tipo nega à própria consciência. E o faz porque o passo seguinte em direção à causa usa ser insuportável - aceitar que é um medíocre frustrado consumindo-se em inveja. (Há tempos, uma pesquisa entre brazucas revelou que 86% dos entrevistados apontam a inveja como o pior dos defeitos humanos. Mas, atenção! defeito do Outro. Apenas 1% admitia sentir inveja - ocasionalmente.).

Claramente, todos nós, bípedes implumes, somos suscetíveis à inveja. Entretanto, seres sadios não a negam, reconhecem sua ocorrência enquanto evento que nos acomete desde os porões psiquicos, aceitam-na como traço humano, mas não se identificam com ela ( está momentaneamente em nós, mas não somos aquilo ) e cuidam que se dissipe sem prejuízos para ninguém. 

Inveja é a difusa sensação da própria incompetência e inferioridade em relação ao objeto-alvo e tão indigesta para a auto-estima, tão dolorosamente humilhante, que egos primários tendem a assumir, por dinâmica defensiva inerente à natureza humana, que a destruição do objeto invejado é, não apenas, a única solução para seu sofrimento, como também 'perfeitamente justa'. Para criar-se tão curioso e confortável sentimento de 'justiça', que alicerça e apoia as resultantes agressões, ativam-se banais mecanismos projetivos: atiro sobre o invejado todo o lixo anímico que, mui cuidadosamente, nego reconhecer em mim mesmo: ele - não eu! - é desonesto; ele - nunca eu! - é ganancioso, odiento, inescrupoloso, agressivo, mentiroso, destrutivo, voraz, falso, hipócrita... e o que mais se fizer necessário para configurar no próprio imagínário "um cachorro muito do fia-da-puta", merecedor de todo meu ódio.

No rude bestunto esquerdótico o futuro 'benefício à humanidade' derivado da destruição de tamanho monstro, justifica a priori que ele atue com malícia, que minta, roube, perverta, corrompa, assassine... Para isto foi criado o sofisma Os fins justificam..Atuando como lente inversora coadjuvante da auto-cegueira, reveste sua própria monstruosidade com a brilhante armadura de um paladino pela justiça: "-- Nossa! Como EU sou ótimo! "
 
As zelites esquerdopatas, sempre compostas pelo terceiro tipo ( canalhas bem criados ) usam ser desdobramentos - por aprofundamento da auto-corrupção - do segundo perfil, com um fator superlativamente agravante: a compulsiva ânsia por domínio e poder, temperada com aquela sede de vingança que era uma característica de Marx.

O foco é neurótico, turbinado pela inevitável dinâmica da compulsão.

Atenta, amigo: compulsão é coerção, imposição interna irresistível que obriga a dado comportamento, e tanto mais coercitiva quanto mais inconsciente.

A periculosidade de tal quadro se potencializa maximamente pela completa ausência de escrúpulos limitantes. Há muito, ele - ateu convicto - sabe que "se Deus não existe, tudo é permitido."  Sabe também que a ideologia canhota é nada mais que um amontoado de absurdos, mas excelente instrumento para manipular idiotas. Algo que executa com frio cinismo e total desprezo pelos "otários".

O símile cabível é o da fera à solta na selva, exclusivamente motivada a livremente satisfazer seus apetites. É precisamente este o termo com que um evangelista nos alertava desde séculos - a Fera.

Reagan sabia bem o que dizia ao chamar a URSS de "o império do Mal".
 
Às vítimas, presas potenciais expectantes - democratas, empresários, militares - fica a questão:
 
- Como se pára uma fera?
 
M.

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