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segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Vitória de Obama dispara compra de armas nos EUA

UOL NOTÍCIAS - enviado por WAB
08/11/2008 - 14h35


As vendas de rifles, pistolas e munição estão aumentando em várias partes dos Estados Unidos, já que muitos proprietários de armas temem que a administração do presidente eleito Barack Obama possa dificultar a posse de certos tipos de armas.



"No dia depois da eleição, tive muito mais ligações do que de costume de pessoas procurando por rifles semi-automáticos," contou David Greenberg, dono da loja Second Amendment Family Gun, em Bisbee, Arizona, que esgotou seu estoque de rifles AR-15 nos últimos dias.


"Parece haver um medo de que eles serão banidos, e isso é bem provável," acrescentou. "Obama e Biden estão dispostos a eliminar as armas de fogo do país."


Lojas de armas e grupos comerciais haviam informado um aumento na venda de armas de fogo nos dias que antecederam a vitória do democrata Barack Obama e do vice-presidente Joe Biden, em 4 de novembro, que muitos consideram totalmente favoráveis ao controle de armas.


A Fundação Nacional de Esportes de Tiro, associação comercial de tiro, caça e indústria de armas de fogo, disse que as vendas de armas deram um salto de dez por cento este ano, baseado em suas análises da taxa de comercialização de armas de fogo e munição, e um porta-voz afirmou que o crescimento se intensificou sensivelmente antes das eleições.


"Proprietários de armas estão com medo do que Obama irá fazer com relação a elas", declarou o porta-voz Tony Aeschliman. "Ele tem uma história clara de ser contra nós."


Durante a campanha, Obama deixou claro seu apoio ao direito de possuir uma arma, embora ele e Biden apóiem o banimento permanente de armas de assalto - rifles semi-automáticos de estilo militar - e "medidas de senso comum" para manter as armas longe das crianças e criminosos, posições que geraram preocupação entre os entusiastas das armas.


"Sempre foi programa do Partido Democrata restringir a posse de arma," afirmou Jim Pruett, proprietário de uma loja de armas em Houston, cujas vendas do dia triplicaram no sábado antes da eleição, para 35 mil dólares.


Em McPherson, Kansas, o vendedor de armas Steve Sechler contou que a demanda num evento de armas no final de semana passado cresceu em mais de 50 por cento, com os clientes correndo para garantir sua arma, incluindo rifles Kalashnikov e AR-15.


"A maioria das pessoas estava lá amaldiçoando Obama e dizendo que precisavam proteger sua casa," disse Sechler.


Negócio em alta


Os adeptos de Obama dizem que os donos de armas não têm o que temer quando ele assumir o poder em janeiro. Entretanto, os lobistas da poderosa Associação Nacional do Rifle mostraram preocupação durante a campanha, falando que Obama era uma "séria ameaça à segunda emenda de liberdade."


Entre outras queixas, eles acusam Obama de apoiar o aumento de 500 por cento da taxa federal de circulação de armas de fogo e munição - comentário que ele fez como senador de Illinois em 1999, mas que não repetiu.


Em Scottdale, Arizona, o proprietário de loja de armas Manuel Chee vendeu todos os seus rifles AR-15, mas disse que preferiria ter vendas regulares e nenhuma perspectiva de retração - sejam elas reais ou imaginárias - no futuro.


"Eu preferia que o (senador republicano John) McCain ganhasse e que não houvesse um grande receio e que nós continuássemos com nossas vendas normais," disse Chee à Reuters.


"É melhor do que dizer que agora nós vamos ganhar muito dinheiro por alguns meses, e poucos meses depois nossos negócios podem estar fechados," acrescentou.


(Com reportagem de Chris Baltimore, em Houston, Carey Gillam, em Kansas)

Um comentário:

  1. Desarmar a população é o primeiro sintoma de que as coisas vão mal.
    Muitos dos regimes que promoveram limpeza étnica, exterminos e genocídios de massas, antes de levarem a cabo seus intentos desarmaram a população civil. Desarmar o povo é deixá-lo a mercê dos governos, do poder politico vigente. Desarmada a população não tem meios próprios de defesa ou reação contra abusos praticados pelos governos em nome do povo.
    Há continuar assim, tempos sobrios virão.

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