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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

A pior parte da crise: Começou o desemprego em massa

MOVIMENTO ORDEM VIGÍLIA CONTRA A CORRUPÇÃO

CRISE REDUZ EMPREGO E BANCOS ELEVAM JURO

Indústria de São Paulo sinaliza menor produção e elimina 10 mil vagas de trabalho em outubro - Correio Braziliense

Perdeu fundamento, ontem, a tese de que o crescimento do PIB evitaria a pior conseqüência da crise, a demissão em massa de trabalhadores. Como reflexo direto da maior restrição ao crédito e do menor nível de consumo, o setor industrial paulista fechou 10 mil postos de trabalho em outubro.

 A Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) informou que o nível de emprego na indústria paulista caiu 0,41% sem ajuste sazonal em outubro na comparação com setembro, representando a primeira queda para mês de outubro desde 2003, quando o indicador havia recuado 0,63%.

Ao divulgar o indicador, o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, relacionou o fechamento das vagas à turbulência internacional. “O que move a economia são as decisões de indivíduos carregados de maior ou menor confiança. A percepção é de que o mundo está em crise, e isso determina as ações dos empresários”, explicou.

Um agravante é que os efeitos da crise na economia real começam a despontar na região mais dinâmica do país e que responde por grande parte da economia, numa sinalização de que essa conseqüência tende a se propagar.

Ao apresentar a queda no indicador, Paulo Francini disse que se tratava de uma mudança do padrão. “O que realmente importou foi a alteração de padrão. Houve inflexão na curva de crescimento e, de repente, a tendência se alterou”, comentou. No acumulado dos últimos 12 meses, a expansão, que vinha num nível de 4,5% até setembro, decresceu para 3,6%. Outubro também foi o primeiro mês em que a maior parte dos segmentos registrou redução nos postos. Das 21 atividades que compõem a mostra do emprego pesquisada pela Fiesp, 10 tiveram desempenho negativo e seis registraram estabilidade.

O maior número de demissões ocorreu nas fábricas de calçados (-4,09%), de móveis (-3,10%) e confecções (-1,07%). Os maiores desligamentos ocorreram em Franca, Jaú e São Carlos. De acordo com Francini, o desempenho negativo indica menor produção. “A redução do emprego não está ligada à diminuição efetiva da atividade industrial, mas à expectativa sobre o desempenho futuro da economia”, explicou.



TERRORISMO

O Lula repercutiu o corte de vagas ocorrido em São Paulo. Ontem, ainda em viagem à Itália, ele ressaltou a preocupação com o desemprego. Em resposta a uma pergunta sobre se o desemprego tirava o seu sono, ele respondeu que o “terrorismo psicológico” causado pela crise deixa investidores e consumidores cautelosos.

O que me preocupa, e o que já aconteceu comigo, é que muitas vezes você quer comprar ou trocar de carro e ouve por aí que vai ter um problema e acaba não comprando. Na hora que você não compra um carro, é menos um carro produzido e pode ser um posto de trabalho que você perde”, afirmou. Arte/Gabriel Góes/Esp. CB/D.A





O AUMENTO DA IOF (POR LULA) AJUDA A ELEVAR A INADIMPLÊNCIA
A crise financeira já começa a ter impacto na inadimplência da pessoa física no Brasil. O índice calculado pela Serasa de inadimplência da pessoa física aumentou 4,9% em outubro em relação ao mês anterior.

Já era previsto para este ano um aumento da inadimplência, em razão de uma série de fatores. No início do ano, o governo aumentou o imposto sobre o crédito (IOF), o Banco Central iniciou em abril um novo ciclo de alta dos juros e as pessoas tinham se endividado mais nos últimos anos. O crédito subiu 20,8% até setembro, depois de uma alta sólida de 33% em 2006.

Antecipação
Na opinião de Erivelto Rodrigues, presidente da Austin Rating, o que a crise financeira fez foi antecipar o aumento da inadimplência para o final deste ano. Sua expectativa era de que ela só começasse a subir no início de 2009, mas a crise acelerou o processo. Rodrigues atribuiu essa alta da inadimplência aos problemas gerados pela restrição ao crédito e aos efeitos das demissões que já começam a ocorrer em alguns setores da economia. PorGuilherme Barros e Marina Gazzoni - Folha de São Paulo. Assinante lê mais 
aqui





É GRAVE A CRISE
A Vale anunciou ontem em comunicado interno que estão canceladas todas as festividades de fim de ano. A empresa diz que não é corte de custos, mas respeito aos funcionários neste momento de crise, em que quatro minas já foram fechadas, 1.200 empregados foram postos em férias coletivas e se analisa o possível fechamento da Valesul - Ancelmo Góis – O Globo





AGRICULTORES PODEM PERDER MÁQUINAS EM PLENA SAFRA
Supera a marca dos 30% o índice de inadimplência nos empréstimos bancários para a compra de máquinas e equipamentos agrícolas.

A encrenca foi relatada por executivos de bancos ligados aos fabricantes de tratores numa reunião com técnicos do ministério da Fazenda, nesta quinta (13). Num instante em que os produtores rurais semeiam a próxima safra, os bancos ameaçam retomar dos caloteiros o maquinário financiado e não pago. A reunião de Brasília teve o objetivo de sensibilizar o governo a abrir uma linha de crédito para que os produtores possam refinanciar os débitos. Recomenda-se ao contribuinte que leve a mão ao bolso. Vem aí o prómáquina. Por Josias de Souza da Folha





EMPRESAS DE TECNOLOGIA DESACELERAM E CORTAM EMPREGOS
A demanda por novidades tecnológicas está em baixa. O motivo? A crise, claro.

Ninguém mais vive sem eles: telefones celulares, computadores, internet. O problema para quem fabrica é que os consumidores não estão trocando os aparelhos antigos por novos. Culpa da crise econômica. Com a redução nas vendas, há redução também das vagas de trabalho. É o que está acontecendo em todo o mundo. Em vários países, já foram demitidos 22 mil funcionários do setor. Continue lendo 
aqui, no Bom Dia Brasil do Portal G1





ONDE LULA METE AS PATAS, DETONA
Lei de estágio provoca queda em número de vagas oferecidas no país

Em 45 dias, desde que a nova lei de estágio foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o número de vagas oferecidas no País caiu 40%, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Estágios (Abres). A oferta caiu de 55 mil postos mensais para 33 mil. O motivo, segundo a entidade, é o desconhecimento das novas regras, que têm assustado e confundido as empresas e as instituições de ensino superior. Leia mais 
aqui, Agência do Estado/Notícias UOL





PLANALTO SE MOBILIZA CONTRA AUMENTO DOS APOSENTADOS
Por ordem de Lula, os operadores políticos do governo iniciaram uma articulação para sepultar na Câmara três projetos que aumentam despesas da Previdência.Não são propostas da oposição. O autor é o companheiro Paulo Paim (PT-RS), do partido do presidente. Nesta quinta (13), o ministro José Múcio, coordenador político de Lula, começou a fazer a cabeça dos líderes do consórcio governista contra o “pacote Paim”. Na próxima semana, o pedido será reiterado, de forma solene, numa reunião do Conselho Político, no Planalto.O governo alega que os projetos que beneficiam aposentados e pensionistas, se aprovados, vão estourar o caixa da Previdência. Continue lendo 
aqui, no Josias de Souza





GOVERNO NEGOCIA CRIAÇÃO DE MAIS CARGOS

Apesar da crise financeira e da necessidade de cortar gastos no próximo ano, o governo acertou ontem com a base aliada a aprovação de projetos que criam novos cargos na administração federal. A meta é garantir ao Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome e à Secretaria Especial de Direitos Humanos mais, respectivamente, 140 e 60 funções. O plano foi traçado durante reunião, no Palácio do Planalto, entre o presidente da República em exercício, o vice José Alencar, quatro ministros e o chamado conselho político, grupo do qual fazem parte presidentes e líderes de legendas governistas. Continue lendo aqui– no Correio Braziliense




AS CONTAS NÃO PARAM DE CHEGAR
De uma só penada o Conselho da Justiça Federal espetou no Tesouro Nacional uma conta de R$ 2 bilhões.

O conselho entendeu que todo o universo de juízes no país deve receber auxílio-moradia, retroativo ao período de setembro de 1994 a dezembro de 1997, mesmo que eles trabalhem na cidade onde moram. O mesmo benefício já era pago aos ministros do STF e aos parlamentares e a decisão do conselho pretendeu fazer uma equiparação. A medida se aplica a juízes, desembargadores, aposentados que estavam em atividade no período citado e pensionistas, num total estimado de 4 mil pessoas. A decisão foi tomada em agosto, a conta foi apresentada em seguida, mas ainda não foi paga por falta de dotação orçamentária. O governo quer parcelar esse débito.

Tramita na Justiça, também, outra demanda bilionária: o pagamento dos quintos e décimos de 1998 a 2001 aos servidores comissionados. Se o STF julgar a causa procedente - na primeira decisão, o ministro Eros Grau foi favorável ao pagamento - o Tesouro terá que desembolsar entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões, conforme cálculos do Ministério do Planejamento. Esse "esqueleto" compreende pagamento das gratificações retroativas para os funcionários dos três Poderes. Apenas o Executivo, através da Advocacia Geral da União (AGU), recorreu ao STF para não ter que pagar.

Essa é uma história bizarra, fruto de uma balbúrdia de medidas provisórias elaboradas sem clareza e sem cautela. Por Claudia Safatle do Valor Econômico – assinante leia mais 
aqui

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