Ternuma Regional Brasília
Gen. Bda RI Valmir Fonseca Azevedo Pereira
Gen. Bda RI Valmir Fonseca Azevedo Pereira
“O Comunismo não é a fraternidade: é a invasão do ódio entre as classes.
Não é a reconciliação dos homens: é a sua exterminação mútua.
Não arvora a bandeira do Evangelho: bane Deus das almas e das reivindicações populares.
Não dá tréguas à ordem. Não conhece a liberdade cristã. Extinguiria a religião.
Desumanaria a humanidade. Everteria, subverteria, inverteria a obra do criador”.
Rui Barbosa
A vitória da Revolução Comunista na Rússia, em 1917 havia empolgado aos comunistas brasileiros, entusiasmados com as amplas possibilidades de sua disseminação no Brasil. Em conseqüência, fora criado o “Partido Comunista do Brasil”, em 1922, que passou a promover intensa doutrinação marxista.
Em 1934, aglutinando socialistas, comunistas, militares de esquerda e os liberais, e adotando a política da frente única, foi organizada a Aliança Nacional Libertadora (ANL), que encobria a ação do Partido Comunista, que, de fato, atuava sob a orientação secreta e direta do Partido. A ANL abrigava entre os seus quadros vários Oficiais do Exército e da Marinha.
A conspiração para a tomada do poder foi ganhando espaços e adeptos, através de intensa pregação, até que, julgando-se fortalecidos pela ampla propaganda de caráter doutrinário, iludidos com a possibilidade de receberem forte apoio popular, além da efetiva agregação de setores civis e militares, foram iniciados os planejamentos e traçados os planos para o desencadeamento do golpe.
O Governo, apesar dos fortes indícios que era articulada uma ação armada, por inépcia ou torpes intenções, pouco ou nada fazia. Maldosamente, alguns entendiam que o Governo, enfraquecido politicamente, assistia as manobras subversivas com a intenção, de ao degolar o movimento, restaurar o regime ditatorial nos moldes anteriores.
Destarte, em 1935, inoculados pelo vírus do comunismo e espelhados no êxito da revolução comunista na Rússia em 1917, tresloucados brasileiros intentaram um golpe, planejado e determinado pela Rússia Soviética, para a tomada do poder no Brasil.
Seu alvo inicial foi o Exército Brasileiro, a única barreira às suas tenebrosas intenções. A Instituição acompanhava, conforme sua missão de salvaguarda da soberania nacional, a expansão do perigo vermelho, que por todos os meios, inclusive armados, avançava sobre as nações e, portanto, constituía - se em perigo para a democrática nação brasileira.
No funesto ano de 1935, o Exército já assinalava em Relatório de Trabalho do Estado – Maior incluído na coletânea de “Documentos Históricos do Estado – Maior do Exército”, da lavra do pesquisador, Coronel Diniz Esteves:
-“O Estado–Maior do Exército não foi surpreendido pelo movimento extremista de novembro, pois o vinha seguindo desde os primeiros preparos. Foi organizado um boletim sobre o comunismo, mostrando os meios empregados pela Rússia para fazer a propaganda”.
E a Intentona eclodiu, prematuramente, no dia 23 de novembro, em Natal, propagou–se no dia seguinte para o Recife, para irromper no Rio de Janeiro, um dos focos da Intentona, no dia 27, no 3º Regimento de Infantaria, na Praia Vermelha e na Escola de Aviação, reduto dos insurgentes, no Campo dos Afonsos.
As diversas revoltas ocorridas em 1922, 24, 30 e 32, tiveram como ponto de origem quartéis do Exército, contudo, os revoltosos naqueles levantes não atingiram o grau de envolvimento verificado em 35, quando não titubearam em levar seu insano ato até às mais terríveis conseqüências. Em diversos quartéis, militares comunistas perpetraram a chacina de outros militares, mediante atos de traição e covardia.
Ressaltamos que a infiltração comunista se fizera presente, também no seio do Exército, inclusive na própria Escola Militar do Realengo, objeto de insidiosa propaganda comunista, interessada em instalar na mente dos futuros oficiais suas teorias alienígenas. No entanto, em razão da marcante atuação, do então Coronel Mascarenhas de Moraes, seu comandante por ocasião da Intentona destacamos, como fato de alto significado, no qual fica sublinhada a importância da pronta e permanente ação do comando atento e determinado, o trecho abaixo, extraído do livro “Memórias”, do decantado militar, relevando que sob suas ordens, a Escola Militar marchara contra a Escola da Aviação, reduto dos revoltosos:
- “Foi minha preocupação constante modelar a mentalidade dos jovens cadetes no sentido do mais respeitoso e intransigente sentimento de fidelidade à disciplina e lealdade aos superiores hierárquicos, incutindo–lhes no espírito que o militar deve possuir a mística da obediência consciente”.
O alentado Comandante da Força Expedicionária Brasileira prossegue:
- “Naquele memorável dia havia eu realizado, com o Corpo de cadetes, um teste de disciplina e civismo. Sob o meu comando, pela primeira vez no Brasil, os cadetes da Escola Militar saíam do quartel para defender a ordem e as suas instituições”.
Diga-se, por muito relevante, que, em 31 de março de 1964, o então Comandante da Academia Militar das Agulhas Negras, General Emílio Garrastazu Médici, empregaria os Cadetes pela segunda vez, em nossa História, em defesa da Democracia, contra o mesmo inimigo soez, de 1935.
Felizmente, sem lograr a concretização de todas as diabólicas ações planejadas, sem poder contar com a propagação da sublevação por outras unidades militares, e sem o engajamento de outros setores, pouco a pouco a Intentona foi reduzida à fragilidade de esparsos núcleos que, cercados, renderam – se às tropas governamentais.
Posteriormente, os revoltosos foram anistiados, mas perdoados pela sociedade, não pestanejaram em encetar, no futuro, nova tentativa em 1964 para estabelecer o regime marxista no Brasil.
Esta breve reminiscência tem por finalidade manter viva a nossa atenção em relação ao “velho inimigo”, agora mais solerte, travestido e matreiro, que esconde suas afiadas garras, por meio de esmolas patrocinadas pela própria classe média; que mantém, em compasso de espera, grupelhos capazes de empreender movimentos armados; que domina os sindicatos; que dissemina a cizânia entre os grupos sociais; que envolve e corrompe os seus opositores e, assim, palmo - a - palmo, amestra e acumplicia aos seus propósitos uma sociedade acomodada e pronta para ser dominada.
Brasília, DF, 14 de novembro de 2008
Gen. Bda RI Valmir Fonseca Azevedo Pereira
Este artigo foi composto a partir de textos do Título “A Intentona Comunista”, incluso na nossa obra inédita “A FORMAÇÃO DA IDENTIDADE DO EXÉRCITO BRASILEIRO ATRAVÉS DA SUA EVOLUÇÃO HISTÓRICA”.
Em 1934, aglutinando socialistas, comunistas, militares de esquerda e os liberais, e adotando a política da frente única, foi organizada a Aliança Nacional Libertadora (ANL), que encobria a ação do Partido Comunista, que, de fato, atuava sob a orientação secreta e direta do Partido. A ANL abrigava entre os seus quadros vários Oficiais do Exército e da Marinha.
A conspiração para a tomada do poder foi ganhando espaços e adeptos, através de intensa pregação, até que, julgando-se fortalecidos pela ampla propaganda de caráter doutrinário, iludidos com a possibilidade de receberem forte apoio popular, além da efetiva agregação de setores civis e militares, foram iniciados os planejamentos e traçados os planos para o desencadeamento do golpe.
O Governo, apesar dos fortes indícios que era articulada uma ação armada, por inépcia ou torpes intenções, pouco ou nada fazia. Maldosamente, alguns entendiam que o Governo, enfraquecido politicamente, assistia as manobras subversivas com a intenção, de ao degolar o movimento, restaurar o regime ditatorial nos moldes anteriores.
Destarte, em 1935, inoculados pelo vírus do comunismo e espelhados no êxito da revolução comunista na Rússia em 1917, tresloucados brasileiros intentaram um golpe, planejado e determinado pela Rússia Soviética, para a tomada do poder no Brasil.
Seu alvo inicial foi o Exército Brasileiro, a única barreira às suas tenebrosas intenções. A Instituição acompanhava, conforme sua missão de salvaguarda da soberania nacional, a expansão do perigo vermelho, que por todos os meios, inclusive armados, avançava sobre as nações e, portanto, constituía - se em perigo para a democrática nação brasileira.
No funesto ano de 1935, o Exército já assinalava em Relatório de Trabalho do Estado – Maior incluído na coletânea de “Documentos Históricos do Estado – Maior do Exército”, da lavra do pesquisador, Coronel Diniz Esteves:
-“O Estado–Maior do Exército não foi surpreendido pelo movimento extremista de novembro, pois o vinha seguindo desde os primeiros preparos. Foi organizado um boletim sobre o comunismo, mostrando os meios empregados pela Rússia para fazer a propaganda”.
E a Intentona eclodiu, prematuramente, no dia 23 de novembro, em Natal, propagou–se no dia seguinte para o Recife, para irromper no Rio de Janeiro, um dos focos da Intentona, no dia 27, no 3º Regimento de Infantaria, na Praia Vermelha e na Escola de Aviação, reduto dos insurgentes, no Campo dos Afonsos.
As diversas revoltas ocorridas em 1922, 24, 30 e 32, tiveram como ponto de origem quartéis do Exército, contudo, os revoltosos naqueles levantes não atingiram o grau de envolvimento verificado em 35, quando não titubearam em levar seu insano ato até às mais terríveis conseqüências. Em diversos quartéis, militares comunistas perpetraram a chacina de outros militares, mediante atos de traição e covardia.
Ressaltamos que a infiltração comunista se fizera presente, também no seio do Exército, inclusive na própria Escola Militar do Realengo, objeto de insidiosa propaganda comunista, interessada em instalar na mente dos futuros oficiais suas teorias alienígenas. No entanto, em razão da marcante atuação, do então Coronel Mascarenhas de Moraes, seu comandante por ocasião da Intentona destacamos, como fato de alto significado, no qual fica sublinhada a importância da pronta e permanente ação do comando atento e determinado, o trecho abaixo, extraído do livro “Memórias”, do decantado militar, relevando que sob suas ordens, a Escola Militar marchara contra a Escola da Aviação, reduto dos revoltosos:
- “Foi minha preocupação constante modelar a mentalidade dos jovens cadetes no sentido do mais respeitoso e intransigente sentimento de fidelidade à disciplina e lealdade aos superiores hierárquicos, incutindo–lhes no espírito que o militar deve possuir a mística da obediência consciente”.
O alentado Comandante da Força Expedicionária Brasileira prossegue:
- “Naquele memorável dia havia eu realizado, com o Corpo de cadetes, um teste de disciplina e civismo. Sob o meu comando, pela primeira vez no Brasil, os cadetes da Escola Militar saíam do quartel para defender a ordem e as suas instituições”.
Diga-se, por muito relevante, que, em 31 de março de 1964, o então Comandante da Academia Militar das Agulhas Negras, General Emílio Garrastazu Médici, empregaria os Cadetes pela segunda vez, em nossa História, em defesa da Democracia, contra o mesmo inimigo soez, de 1935.
Felizmente, sem lograr a concretização de todas as diabólicas ações planejadas, sem poder contar com a propagação da sublevação por outras unidades militares, e sem o engajamento de outros setores, pouco a pouco a Intentona foi reduzida à fragilidade de esparsos núcleos que, cercados, renderam – se às tropas governamentais.
Posteriormente, os revoltosos foram anistiados, mas perdoados pela sociedade, não pestanejaram em encetar, no futuro, nova tentativa em 1964 para estabelecer o regime marxista no Brasil.
Esta breve reminiscência tem por finalidade manter viva a nossa atenção em relação ao “velho inimigo”, agora mais solerte, travestido e matreiro, que esconde suas afiadas garras, por meio de esmolas patrocinadas pela própria classe média; que mantém, em compasso de espera, grupelhos capazes de empreender movimentos armados; que domina os sindicatos; que dissemina a cizânia entre os grupos sociais; que envolve e corrompe os seus opositores e, assim, palmo - a - palmo, amestra e acumplicia aos seus propósitos uma sociedade acomodada e pronta para ser dominada.
Brasília, DF, 14 de novembro de 2008
Gen. Bda RI Valmir Fonseca Azevedo Pereira
Este artigo foi composto a partir de textos do Título “A Intentona Comunista”, incluso na nossa obra inédita “A FORMAÇÃO DA IDENTIDADE DO EXÉRCITO BRASILEIRO ATRAVÉS DA SUA EVOLUÇÃO HISTÓRICA”.
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