Por Aluisio Madruga de Moura e Souza
Visite o site: http://www.ternuma.com.br/ Em continuação, citaremos mais alguns exemplos da pregação da violência revolucionária por militantes e grupos do Partido dos Trabalhadores. “A revolução de 1964 foi benevolente, pois apesar de ter desbaratado as organizações que adotaram a luta armada, não chegou a extremos como na Argentina e Uruguai, países onde a repressão praticamente dizimou uma geração inteira de elementos ligados à esquerda. Este fato, ocorrido entre nós, permitiu que as organizações do passado voltassem a se agrupar de forma mais compacta, podendo tirar proveito dos ensinamentos deixados pelo fracasso sofrido”. Nessa mesma ocasião foi dito que: “terrorismo contra militar não era terrorismo e sim uma forma de luta contra o imperialismo”. (Flávio Koutzi, militante da Tendência Partidária Democracia Socialista (TP/DS), que deu origem ao P SOL, ao proferir palestra nas dependências do Plenário da Câmara Legislativa do Rio Grande do Sul, no 1º semestre de 1989).
“Nova República não passa de conspiração. A revolução total dentro da sociedade capitalista tem que se tornar Luta Armada”. (Florestan Fernandes, professor, considerado o Pai da Sociologia no Brasil, ligado ao trotskismo internacional e ao PT. Entrevista à Folha de São Paulo de 22 de junho de 1986).
“O Partido Revolucionário Comunista (PRC) repudia qualquer aliança com a burguesia e não tem dúvida de que a violência revolucionária será necessária para que a classe operária chegue ao poder”. (Ozéas Duarte de Oliveira, ex-membro do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil (PC do B) e a época membro do Comitê Central do PRC. Entrevista ao Jornal do Brasil de 18 de julho de 1984).
Lembro ao leitor que, para o comunista, a classe operária no poder significa ter em mãos o Executivo, Legislativo e Judiciário e que eles estão trabalhando para isto. Esta é a revolução que está em marcha.
“Não acredito na via eleitoral ou democrática como pretende o PDT de Brizola. Não consigo ver na história nenhum exemplo de socialismo chegar ao poder sem que fosse de forma traumática”. (Maria Luiza Fontenele, militante do PRC, eleita prefeita de Fortaleza/CE pelo PT, ao Correio Braziliense, de 22 de novembro de 1985).
“O Trabalho Para Reconstrução da Quarta Internacional (OT/QI) não descarta a Luta Armada como meio de consecução de seus objetivos, admitindo a formação de piquetes de greves armados, que devem reagir à força em um confronto com os órgãos de segurança, como preconizava Trotski”. (Curso de formação de quadros da organização, em 1986). Das resoluções do 1º Congresso do Partido Revolucionário Comunista (PRC), ocorrida em janeiro de 1984, extraímos os seguintes trechos: “... A revolução social do proletariado será necessariamente violenta. A luta armada é um componente essencial de sua realização...” “A luta de classes no Brasil ingressou num período novo, com episódios de rompimento da legalidade, de violação dos tecidos constitucionais, com ampliação sem precedentes das ações de massa e o seu ingresso na luta política. Está germinando a semente da revolução”.
“Para o partido trata-se de aproveitar estas condições, ampliar cada vez mais as mobilizações, radicalizá-las, aprofundar o seu cunho antiditatorial e disputar a hegemonia das massas com a burguesia liberal, empurrando-as para o enfrentamento cada vez maior com a oposição”.
Neste momento cabe destacar que, após três tentativas infrutíferas para chegar à Presidência da República, o PT adotou nova postura, tendo mudado seu discurso, até então radical. Em vez de compor, apenas com os partidos de esquerda, seus tradicionais e naturais aliados, a agremiação decidiu investir, também, em partidos ditos, até então, de centro e até de direita, na crença de que esta nova postura o levaria à Presidência da República. E o levou! Deu certo...
Desde então passou a adotar a doutrina de Gramsci, que entrelaça o liberalismo com o marxismo por meio da “guerra de movimento” e “guerra de posições”. Segundo ele, a “guerra de posições” não visa apenas a conquista do poder do Estado, mas, principalmente, a posse gradual da sociedade, que no seu entender significa o domínio da rede de instituições educativas, religiosas, culturais e demais instituições que possam disseminar um novo modo de pensar, capaz de fornecer uma doutrinação moral e intelectual de caráter unitário. E, para cumprir o que determina esta nova estratégia é preciso uma constante infiltração e subversão dos múltiplos e complexos mecanismos de dominação ideológica, quer dizer, - do aparelho de Estado – que segundo o ideólogo se resume na “sociedade política”.
Daí a necessidade da existência de 37 ministérios, com missões revolucionárias múltiplas, inclusive de repassar para o Partido, uma parcela do que seus militantes recebem pelo cargo que ocupam, já que o cargo é do partido e não do militante.
Logo, para Gramsci, a condição indispensável para a vitória do proletariado é o desinteresse da “sociedade civil pela sociedade política”, provocando a erosão do domínio ideológico burguês, sua substituição por uma hegemonia marxista e a adesão do espírito popular aos novos princípios.
Resumindo: a estratégia de Gramsci, que vem sendo adotada pelo Partido dos Trabalhadores, tem como objetivo conquistar um após outro, todos os instrumentos de difusão ideológica como escolas, universidades, editoras, meios de comunicação social, sindicatos e, se possível, toda a cúpula do Executivo, Legislativo (lembrem-se do mensalão) e Judiciário. |
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